sábado, 29 de junho de 2013

O Brasil é a Ditadura!

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Democracia é segurança do direito!


O povo brasileiro não tem segurança do direito, nem coletiva nem individualmente. Logo, o Brasil é Ditadura!


Vigora no Brasil um regime ditatorial garantidor, apenas, das vantagens da classe política. É a “nobreza da sarjeta”, locupletando-se a custa do povo.


Esse pacto de escravidão dos brasileiros foi firmado por Geisel e concretizado por João Figueiredo, que entregou o Poder do Estado à classe política, sem aprimorar as instituições.


O processo eleitoral é viciado. Os seus mecanismos não garantem a liberdade de escolha do eleitor. Por isso, a eleição, que deveria ser democrática, é o “Cassino do Al Capone”, com as cartas marcadas.


É por isso, que Sarney se esbalda, Collor foi cassado, mas está de volta, e os petistas no poder enriqueceram, à custa do povo brasileiro.


Para manter sua ditadura contra o povo brasileiro, os políticos dividiram a sociedade em castas: raças, cotas, ricos, pobres, sem terra, índios, quilombolas, etc...


De repente, as pessoas acordaram; foram às ruas e exigiram os seus direitos, em pleno festim, do circo da FIFA.


A presidente foi vaiada no “circo” por 60 (sessenta) mil pessoas.


As manifestações explodiram pelo Brasil, em mais de 400 (quatrocentos) municípios, não só contra as tarifas, mas exigindo Democracia e Respeito.


Apavorada, a presidente reuniu-se com “luminares” da República, para redigir um texto espumoso, que leu, com ares de boa moça, prometendo o que já deveria ter cumprido, com o Lula, em 10 (dez) longos e terríveis anos de desgoverno petista. Não convenceu ninguém!


Em vez de proferir promessas vazias, Dª Dilma deveria, por exemplo, impedir o contrabando de minérios, porque o Brasil é lesado, diariamente, em bilhões de dólares, em desvios de minérios estratégicos. Caso Sua Excelência não saiba, deveria saber, porque a presidência não é cargo para inocentes ou desinformados.


Resta o protesto. Toda energia, que a sociedade catalisou com os protestos nas ruas, em todo o Brasil, precisa ser aproveitada pela Nação, para abolir a escravidão, imposta pelos governantes e pela classe política.


ABAIXO A DITADURA!



(Antônio José Ribas Paiva, Advogado, é Presidente da Associação dos Usuários de Serviços Públicos. - Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net)
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A Arrogância ajoelhada

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“O Brasil sempre foi pilhado pelas elites, moral e financeiramente. Mas o PT institucionalizou essa prática. E, pior, a democratizou”



Embora os cartazes dos manifestantes apontem e as condenem, as mazelas foram causadas por uma única e daninha característica: a arrogância das elites do país, que diziam que o país é de todos, mas achavam que era apenas deles.


São os guardanapos dos restaurantes estrelados no exterior, na cabeça de políticos de duvidosa moral, os escarpins de sola vermelha, nos pés das madames deslumbradas com recursos não contabilizados, as frases de desfaçatez, ditas sem receios, como “O SUS está à beira da perfeição”, o “O PT não rouba e não deixa roubar”, ou “A crise aqui é marola”, ou banalizar o crime, chamando-o de falha administrativa, caracterizando o completo desrespeito à inteligência e sensatez alheias.


Foi a arrogância de uma presidente a determinar ser chamada de “presidenta”, quando a sociedade civil, Legislativo, Judiciário, e especialmente a imprensa a chamam como deveria ser, de presidente, termo comum de dois gêneros. Foi a arrogância de um partido que, em seus dez anos no poder, deixou de pensar no futuro, a não ser no seu futuro no poder.


Em tempos de bonança, navegando em mares tranquilos e ventos suaves, especialmente vindos do exterior e apesar da ampla maioria no Congresso, Lula, o estadista às avessas, o líder multiplicado por -1, não fez nenhuma reforma pensando no futuro, esquecendo-se que a tormenta, cedo ou tarde, acabaria vindo. Se as tivesse feito, dando continuidade ao governo anterior, apesar de protestos de quem só quer saber de benesses, seja povo ou elite, não estaríamos no estado em que estamos.


Mas seria querer muito de quem se alia com o que pior existe no país, só para se manter no poder, com a ética e decência jogadas no lixo! E que nunca quis saber de atritos, desde que continuasse nadando sem sobressaltos, gozando dos elogios de seus áulicos e das delícias de seu cartão corporativo, com gastos nunca revelados a quem paga a conta. E mais, muito mais, como os mensaleiros, aloprados, cuequeiros, sanguessugas,....!


Foi a arrogância de um Executivo que tem 39 ministérios e secretarias para propósitos eleitoreiros, e que aparelhou a máquina pública com correligionários não concursados, em detrimento de técnicos de carreira; que distribuiu dinheiro a ONG inidôneas, que nomeou políticos derrotados para cargos públicos, que deu asilo a bandidos internacionais, apoio a ditadores de ideologias perversas e fracassadas, e perdoou dívidas de ditadores africanos.


Foi a arrogância de vassalos e aproveitadores de toda ordem, a chamarem Lula de “nosso guia”, de conhecido lambe-botas, ou o “Lula é Deus”, de sabida e festiva perua, ou a bravata do “mexeu com Lula, mexeu comigo”.


Foi a arrogância do Legislativo, achando que pode tudo, ao se dar aumentos desmedidos, a patrocinar “trens da alegria”, a pagar salários altíssimos a garçons, a nomear cupinchas por atos secretos, a jogar no lixo abaixo-assinado para que Renan saia, ao comprovar verbas indenizatórias com recibos falsos, a reter para si parte de salários de membros de seus gabinetes, do voto secreto, do Conselho de Ética suspeito, do “vício insanável da amizade”, do foro privilegiado, da imunidade e das emendas parlamentares, dos marajás do serviço público, da farra das passagens aéreas no Senado, do plano de saúde vitalício para senadores, ex-senadores e seus familiares, mesmo que tenham exercido o cargo por poucos dias, a desafiar o estado democrático de direito com PECs inaceitáveis, a mais ousada delas a de submeter decisões do STF ao Congresso. E mais, muito mais!!


Foi a arrogância de um sistema eleitoral perverso, com partidos nanicos existindo só para se venderem, com campanhas financiadas por empresas e empresários que sempre retornam para cobrar as faturas, de senadores suplentes sem voto, de um quociente eleitoral canhestro, em que se vota em um e também se elege quem não se quer.


Foi a arrogância do Judiciário, em seus palácios suntuosos, em suas férias exageradas, em sua burocrática processuística, em suas decisões divorciadas da opinião pública, em sua lentidão e bondade para julgar, em seu vergonhoso e retroativo auxílio-alimentação, em suas festas e congresso patrocinados por quem pode ser réu, no uso de camisetas de cervejaria no sambódromo. São o respeito exagerado a agravos e embargos, sabidamente procrastinatórios, para evidentes culpados, as presunções de inocência, o engarrafado trânsito em julgado, os juízes corruptos apenas aposentados, em vez de demitidos e processados como qualquer criminoso, etc, etc, etc.


Foi a arrogância dessas elites pilhando o país, achando-se acima do bem e do mal, desconsiderando, durante todos esses anos, cartas dos leitores e inúmeros artigos nos jornais, revistas e blogs, de vários e renomados articulistas, criticando a frouxidão moral e a forma leviana da condução do país por eles, especialmente por um partido que se arrogava deter o monopólio da ética e se mostrou ser o mais corrupto de todos, nunca antes na História deste país!


Cansado dessa arrogância, desse desrespeito e audácia que causaram todas as mazelas reconhecidas, o povo foi às ruas e os arrogantes estão recolhendo os cacos, temendo pelos seus bens, a maioria incomprovados e alaranjados, trocando o vermelho-orgulho pelo amarelo-vergonha, inclusive nos sorrisos, a soberba pela humildade, a ereção pela ajoelhação, propondo pactos e medidas desesperadas, qual ratos em navio afundando, pois sabem que as reeleições, em todos os níveis, estão como esse mesmo navio, fazendo água por todos os bordos.


Mesmo sabendo que as próximas escolhas e renovações sejam difíceis, com as mesmas figuras lindinhas e garotinhas de sempre, alcançamos, com as manifestações, duas indiscutíveis alegrias contra esses arrogantes e odiosos brasileiros: o nocaute que sofreram, do alto de suas soberbas, jamais imaginando essa reação dos que supunham estarem dominados e anestesiados por migalhas sociais; e a de que agora, reentrando na atmosfera, saberem que nada mais vai ser como até então.


Se assim for e o PT se esfarelar, o Brasil, esse estado democrático e de direito, ressurgirá revigorado, sob o império da ética e do respeito e interesse público. É o que as manifestações querem e os brasileiros de bem esperam!


Fora arrogantes pilhadores do país e roedores das esperanças do bem comum, da inclusão social, da dignidade e decência, de um país verdadeiramente de todos!!!!


Com a alma em festa e a esperança renovada, cantarolo e desfraldo meu cartaz de passeata, escrito com a estrofe da velha, mas inteiramente atual, canção “Como uma Onda”, de Lulu Santos e Nelson Motta:


“Nada do que foi será/ De novo do jeito que já foi um dia...”



(Luiz Sérgio Silveira Costa, Almirante reformado - Artigo no Alerta Total - Fonte: http://www.alertatotal.net/2013/06/a-arrogancia-ajoelhada.html)
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sexta-feira, 28 de junho de 2013

domingo, 23 de junho de 2013

A direção do PT está em pânico.

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A direção do PT está em pânico, diz historiador

Na quarta-feira, enquanto o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Fernando Haddad (PT) anunciavam, constrangidos, o cancelamento do reajuste no transporte, começava a ganhar corpo no comando do PT a ideia de tomar as ruas no dia seguinte, numa tentativa de reverter a imagem de partido vilão dos protestos.

Uma das marcas dos atos que pipocaram em diversas cidades do país foi o repúdio a qualquer tipo de manifestação partidária durante as passeatas. Algo talvez inédito na história das manifestações políticas brasileiras. Desde o início, foram muitos os depoimentos de censura e agressões contra quem tentasse levantar cartaz ou bandeira de partido político.

Com a presidente Dilma Rousseff e o próprio Haddad entre os principais alvos das manifestações, não é difícil entender porque o PT acabou sendo o mais hostilizado.

Na quinta, conforme o plano petista, alguns grupos de simpatizantes da sigla saíram de vermelho com suas bandeiras para se juntar à manifestação convocada para a avenida Paulista. A ideia era "comemorar" a redução das tarifas. O resultado foi um quebra-quebra entre os manifestantes em que os petistas, justamente por estarem de vermelho, ostentando símbolos da legenda, levaram a pior.

O ato simbólico mais revelador da derrota petista foi protagonizado pelo presidente nacional da sigla, o deputado estadual Rui Falcão, de São Paulo.

Na própria quinta, enquanto militantes da sigla ainda apanhavam na rua, Falcão retirou de sua conta no Twitter a mensagem do dia anterior com a hashtag #OndaVermelha. O chamamento que convocava a militância petista para a reação simplesmente desapareceu.

Antes do conflito das bandeiras na Paulista, o historiador Lincoln Secco, autor de livro sobre a história do PT, já tinha uma conclusão sobre a repercussão dos protestos no interior da legenda: "A direção do PT está em pânico".

"É a primeira vez que o PT precisa enfrentar um movimento de massas", constata Secco. "Embora não seja só contra o partido, é contra ele também. Contra alguns de seus governos. Isso é inédito." O PT, diz Secco, não enfrentou esse tipo de problema em 2005, quando o do mensalão veio à tona, porque os protestos convocados contra o governo Lula "não pegaram".

"Acho que só pelos erros que o Haddad cometeu, isso é um indício que a direção do PT está em pânico. Não sabe o que fazer".

Para o pesquisador, os protestos serão lembrados como um marco para a sigla. "O que se viu nesses dias foi um partido que envelheceu distanciado da juventude, de novos movimentos sociais. Controla os antigos, mas não inova."

Entre os erros de Haddad, Secco cita o fato de o prefeito ter autorizado o aumento da passagem de ônibus antes de cumprir a principal promessa de sua campanha, o bilhete único mensal. Lembra também que, ao ficar dando ênfase para um aumento abaixo da inflação, não percebeu que as pessoas não estavam preocupadas com o índice de preço, mas com o aumento em si, qualquer que fosse o reajuste.

Se há um consolo para o partido, está no fato de não parecer existir no atual cenário político nenhuma sigla concorrente em condições de lucrar com os movimentos que tomaram as ruas.

"A partir de um momento, todos políticos deram declarações elogiosas ao movimento: Dilma, Aécio, Eduardo Campos e Marina Silva. Mas eles não têm condições de ir para a rua e dizer isso. Estão disputando a leitura do movimento, não a direção." 


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terça-feira, 18 de junho de 2013

Na falta da Bastilha, temos a laje.

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À falta de uma Bastilha, para ficar na pretensão das alas autointituladas revolucionárias dos protestos Brasil afora, temos a laje do Congresso Nacional.


Às cenas de aglomeração, vandalismo e repressão policial somaram-se imagens simbólicas da "ocupação" do símbolo do poder central.

Enquanto isso, os governantes demonstram sua dificuldade de compreender a natureza dos atos. Estão atônitos com a marcha.

A frase divulgada pela presidente Dilma Rousseff, é reveladora. São apoiadas, diz Dilma, manifestações pacíficas --típicas de "jovens".


O problema dessa leitura, além de óbvia, é que ela não encontra destinatário. Quem são esses "jovens"? A própria cena no Congresso ontem demonstrava isso: havia queixas sobre praticamente tudo, inclusive o nada.

Isso dificulta a vida do negociador-em-chefe do governo, Gilberto Carvalho, que também havia falado algo genérico sobre a importância de ouvir as "angústias". Acostumado a lidar com movimentos sociais, ele falou para o éter, para o ciberespaço de onde as forças que demonstram parecem ter vindo.

Há o cálculo político. Se em São Paulo o prefeito Fernando Haddad (PT) e, principalmente, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) saem chamuscados do episódio, o Planalto ainda tenta dar um jeito de escapar da linha de tiro dos manifestantes.

Afinal de contas, lidar com os atos é, até aqui, problema dos Estados. Não por acaso, a violenta repressão de quinta-feira passada em São Paulo deixou atordoado o governo Alckmin, que alterna pregações pela ordem com tentativas de contemporização.

Ao dizer que apoia manifestantes pacíficos, Dilma no limite evita pintar um alvo no rosto --embora não irá faltar acusações de uso político visando a conquista de São Paulo no ano que vem; o embate de tucanos com o pré-candidato José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, não é nada casual.

Mas parece difícil: sem uma pauta específica, protestos difusos pelo país tendem a mirar o "Grande Outro", para ficar em linguagem psicanalítica. E o "Grande Outro", no Brasil, trabalha lá mesmo, na praça dos Três Poderes.

(IGOR GIELOW - http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/06/1296754-analise-na-falta-da-bastilha-temos-a-laje.shtml)
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segunda-feira, 17 de junho de 2013

A respeito do vídeo da “Ararinha Rosa da Orelha Alargada”...

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Tenho visto muitos amigos divulgando o vídeo da “Ararinha Rosa da Orelha Alargada” no facebook. Ela fala a verdade quando afirma que os militares também são povo e que eles deveriam se juntar ao povo e lutar por nós. Mas a pergunta que faço é: Lutar contra quem?

Ela acusa “O GOVERNO” a todo tempo, mas me perdoe, “O GOVERNO” é uma instituição, e não tenho visto nenhum manifestante protestar contra QUEM ESTÁ À FRENTE DESSE GOVERNO!

Ela fala que o aumento das passagens foi “a gota d’água” para a paciência acabar, eu mais uma vez pergunto: PACIÊNCIA DE QUEM?

Cinco mil pessoas em São Paulo representam os 20 milhões de habitantes? Foi necessário gastar QUATRO REAIS a mais por mês para a paciência acabar? O Mensalão, o caso Rosegate, a incompetência do Prefeito de São Paulo quando estava a frente da Educação, os desvios na Saúde, as obras do PAC , entre outras tantas coisas não poderiam ter esgotado a paciência dessa gente?

Se o objetivo do protesto como a moça fala é “parar com roubalheira”, precisamos identificar QUEM SÃO OS LADRÕES e exigir a saída dessa gente.

Ela também se diz a favor da saúde, educação e "de tudo" que vai mal por causa de descaso. E mais uma vez eu pergunto: Descaso de quem?

Se o objetivo dos protestos é “colocar a cara a tapa para limpar a sujeira”, eu daria total apoio se tal protesto fosse em frente aos palácios governamentais exigindo a saída dos governantes.

Destruir as instituições, querer “acabar com o governo”, fechar congresso, entre tantas outras sandices proclamadas por essa gente, é EXATAMENTE o que desejam os ratos que estão hoje no poder.

Não se coloca fogo numa casa para acabar com uma “infestação” de ratos no porão, matamos os ratos e preservamos a casa.

Por fim a mocinha faz uma pergunta: “Me fala uma revolução que deu certo sem violência”. 
Gostaria de lembrar que a REVOLUÇÃO REDENTORA DE 1964 foi feita sem que fosse disparado um só tiro. 

A violência (como sempre) começou 4 anos depois, quando grupos de esquerda começaram a realizar atos terroristas que vitimaram dezenas de inocentes. E só para constar, essa “reação” da esquerda não resultou em nada senão em mortes. O processo da redemocratização também foi feito sem conflitos.

Se é isso que a moça deseja, uma reação da população junto com nossas FORÇAS ARMADAS para “extirpar” os comunistas do PT, PCdoB, PSOL, PSTU etc... que estão no comando desta nação, concordo e dou meu apoio.

Caso contrário o que vejo é uma manifestação ORQUESTRADA pelos atuais governantes para que a agenda de domínio esquerdista seja cumprida, e mais uma vez, como uma manada, nossos jovens idiotizados ajudam aqueles que pensam estar lutando contra.

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domingo, 9 de junho de 2013

Percepção das mulheres pesa na queda de Dilma.

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Aumento da inflação assusta o eleitorado feminino de renda mais baixa e traz de volta o medo do desemprego

Alterações no otimismo da população em relação a vetores da economia justificam a queda de popularidade do governo Dilma.

Como indica o Datafolha na pesquisa divulgada hoje, a crescente expectativa sobre o aumento da inflação entre os brasileiros projeta insegurança sobre as outras variáveis do cenário econômico.

Não só o poder de compra dos salários passa a ser relativizado com mais ênfase como também, e principalmente, a sensação de empregabilidade da população começa a sofrer arranhões consideráveis. O pessimismo sobre o desemprego chega ao maior patamar desde dezembro de 2009, resultado que na ocasião refletia ainda resquícios da crise americana sobre o imaginário brasileiro. É o pior desempenho desse indicador desde a posse da petista.

As mudanças mais expressivas de opinião quanto à atuação da presidente são observadas em segmentos com maior acesso à informação. Proporcionalmente, as quedas mais significativas de popularidade do governo Dilma se dão nos estratos mais escolarizados, de maior renda e moradores das regiões metropolitanas.

Mas caso a queda de avaliação do governo se limitasse a essas fortes mudanças localizadas na classe média tradicional, Dilma apresentaria no total da amostra oscilações de popularidade pouco significativas. São conjuntos de pequena participação quantitativa na composição da população em geral.

O que chama mais a atenção na pesquisa é que, dos oito pontos de popularidade que a presidente perdeu, a maior parte é proveniente de conjuntos menos escolarizados e de menor renda, especialmente do Sudeste e Sul. E o mais importante --as mulheres, muito mais do que os homens, deixaram de apoiar Dilma. E quando se focaliza o subconjunto de mulheres de renda mais baixa, essa tendência se potencializa.

Isso talvez porque, segundo a pesquisa, elas, mais do que eles, costumam ir a supermercados e experimentam diretamente no bolso o aumento de preços de diferentes categorias de produtos.

O resultado dessa equação também se estende sobre as simulações eleitorais para 2014. Nesse momento, Dilma perde pontos em todos os cenários propostos e até mesmo na intenção de voto espontânea, mas mantém franco favoritismo principalmente pelo expressivo apoio no Nordeste.

A ideia da reeleição agora depende, primordialmente, do controle da economia para que a percepção de insegurança não se concretize no temor revelado pela população --o desemprego de fato.


(http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/113100-percepcao-das-mulheres-pesa-na-queda-de-dilma.shtml)

segunda-feira, 3 de junho de 2013

O dia em que o Brasil foi salvo.

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Gostaria de dizer algumas coisas sobre o que aconteceu no dia 31/03/1964 e nos anos que se seguiram. Porque concluo, diante do que ouço de pessoas em quem confio intelectualmente, que há algo muito errado na forma como a história é contada. Nada tão absurdo, considerando as balelas que ouvimos sobre o "descobrimento" do Brasil ou a forma como as pessoas fazem vistas grossas para as mortes e as torturas perpetradas pela Igreja Católica durante séculos. Mas, ainda assim, simplesmente não entendo como é possível que esse assunto seja tão parcial e levianamente abordado pelos que viveram aqueles tempos e, o que é pior, pelos que não viveram.

Nenhuma pessoa dotada de mediano senso crítico vai negar que houve excessos por parte do Governo Militar. Nesta seara, os fatos falam por si e por mais que se tente vislumbrar certos aspectos sob um prisma eufemístico, tortura e morte são realidades que emergem de maneira inegável.

Ocorre que é preciso contextualizar as coisas. Porque analisar fatos extirpados do substrato histórico-cultural em meio ao qual eles foram forjados é um equívoco dialético (para os ignorantes) e uma desonestidade intelectual (para os que conhecem os ditames do raciocínio lógico). E o que se faz com relação aos Governos Militares do Brasil é justamente ignorar o contexto histórico e analisar seus atos conforme o contexto que melhor serve ao propósito de denegri-los.

Poucos lembram da Guerra Fria, por exemplo. De como o mundo era polarizado e de quão real era a possibilidade de uma investida comunista em território nacional. Basta lembrar de Jango e Jânio  da visita à China; da condecoração de Guevara, este, um assassino cuja empatia pessoal abafa sua natureza implacável diante dos inimigos.

Nada contra o Comunismo, diga-se de passagem, como filosofia. Mas creio que seja desnecessário tecer maiores comentários sobre o grau de autoritarismo e repressão vivido por aqueles que vivem sob este sistema. Porque algumas pessoas adoram Cuba, idolatram Guevara e celebram Chavez, até. Mas esquecem do rastro de sangue deixado por todos eles; esquecem as mazelas que afligem a todos os que ousam insurgir-se contra esse sistema tão "justo e igualitário". Tão belo e perfeito que milhares de retirantes aventuram-se todos os anos em balsas em meio a tempestades e tubarões na tentativa de conseguirem uma vida melhor.

A grande verdade é que o golpe ou revolução de 1964, chame como queira, talvez tenha livrado seus pais, avós, tios e até você mesmo e sua família de viver essa realidade. E digo talvez, porque jamais saberemos se isso, de fato, iria acontecer. Porém, na dúvida, respeito a todos os que não esperaram sentados para ver o Brasil virar uma Cuba.

Respeito, da mesma forma, quem pegou em armas para lutar contra o Governo Militar. Tendo a ver nobreza nos que renunciam ao conforto pessoal em nome de um ideal. Respeito, honestamente.
Mas não respeito a forma como esses "guerreiros" tratam o conflito. E respeito menos ainda quem os trata como heróis e os militares como vilões. É uma simplificação que as pessoas costumam fazer. Fruto da forma dual como somos educados a raciocinar desde pequenos. Ainda assim, equivocada e preconceituosa.

Numa guerra não há heróis. Menos ainda quando ela é travada entre irmãos. E uma coisa que se aprende na caserna é respeitar o inimigo. Respeitar o inimigo não é deixar, por vezes, de puxar o gatilho. Respeitar o inimigo é separar o guerreiro do homem. É tratar com nobreza e fidalguia os que tentam te matar, tão logo a luta esteja acabada. É saber que as ações tomadas em um contexto de guerra não obedecem à ética do dia-a-dia. Elas obedecem a uma lógica excepcional; do estado de necessidade, da missão acima do indivíduo, do evitar o mal maior.

Os grandes chefes militares não permanecem inimigos a vida inteira. Mesmo os que se enfrentam em sangrentas batalhas. E normalmente se encontram após o conflito, trocando suas espadas como sinal de respeito. São vários os exemplos nesse sentido ao longo da história. Aconteceu na Guerra de Secessão, na Segunda Guerra Mundial, no Vietnã, para pegar exemplos mais conhecidos. A verdade é que existe entre os grandes Generais uma relação de admiração.

A esquerda brasileira, por outro lado, adora tratar os seus guerrilheiros como heróis. Guerreiros que pegaram em armas contra a opressão; que sequestraram, explodiram e mataram em nome do seu ideal. 

E aí eu pergunto: os crimes deles são menos importantes que os praticados pelos militares? O sangue dos soldados que tombaram é menos vermelho do que o dos guerrilheiros? Ações equivocadas de um lado desnaturam o caráter nebuloso das ações praticadas pelo outro? Penso que não. E vou além.

A lei de Anistia é um perfeito exemplo da nobreza que me referi anteriormente. Porque o lado vencedor (sim, quem fica 20 anos no poder e sai porque quer, definitivamente é o lado vencedor) concedeu perdão amplo e irrestrito a todos os que participaram da luta armada. De lado a lado. Sem restrições. Como deve ser entre cavalheiros. E por pressão de Figueiredo, ressalto, desde já. Porque havia correntes pressionando por uma anistia mitigada.

Esse respeito, entretanto. Só existiu de um lado. Porque a esquerda, amargurada pela derrota e pela pequenez moral de seus líderes nada mais fez nos anos que se seguiram, do que pisar na memória de suas Forças Armadas. E assim seguem fazendo. Jogando na lama a honra dos que tombaram por este país nos campos de batalha. E contaminando a maneira de pensar daqueles que cresceram ouvindo as tolices ditas pelos nossos comunistas. Comunistas que amam Cuba e Fidel, mas que moram nas suas coberturas e dirigem seus carrões. Bem diferente dos nossos militares, diga-se de passagem.
Graças a eles, nossa juventude sente repulsa pela autoridade. Acha bonito jogar pedras na Polícia e acha que qualquer ato de disciplina encerra um viés repressivo e antilibertário. É uma total inversão de valores. O que explica, de qualquer forma, a maneira como tratamos os professores e os idosos no Brasil.

Então, neste 31 de março, celebrarei aqueles que se levantaram contra o mal iminente. Celebrarei os que serviram à Pátria com honra e abnegação. Celebrarei os que honraram suas estrelas e divisas e não deixaram nosso país cair nas mãos da escória moral que, anos depois, o povo brasileiro resolveu por bem colocar no Poder.

Bem feito. Cada povo tem os políticos que merece. 

Se você não gosta das Forças Armadas porque elas torturaram e mataram, então, seja, pelo menos, coerente. E passe a nutrir o mesmo dissabor pela corja que explodiu sequestrou e justiçou, do outro lado. Mas tenha certeza que, se um dia for necessário sacrificar a vida para defender nosso território e nossas instituições, você só verá um desses lados ter honradez para fazê-lo.


(Alexandre Paz Garcia - Fonte: https://www.facebook.com/alexandre.p.garcia.5/posts/439856962764355)
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