terça-feira, 18 de novembro de 2014

OBRAS DO PT NO EXTERIOR - VEJA PARA ONDE VAI O SEU DINHEIRO



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Este é um tema que vale a pena explorar. Por incrível que possa parecer, tem mais impacto que a corrupção. Tirou dos brasileiros para dar para aos “gringos” companheiros de ideologia. Parece que alguns desses “empréstimos" estão na categoria de “segredo de Estado”. Há a hipótese de que os recursos não foram todos para as obras como “contabilizados”; daí a oposição estar cobrando investigação a respeito, como transcrito ao final, que o PT não quer que venha a público.

















































A BOMBA QUE O PT NÃO QUER QUE ESTOURE

Por iniciativa do valoroso e único parlamentar de quem se pode esperar atitudes, o STF se posicionará através de seu ministro presidente sobre o pedido do Senador Álvaro Dias (PSDB-PR) de que sejam revelados todos os meandros dos empréstimos de financiamento de obras no exterior, em especial em Cuba, Venezuela e Angola.

Assim o Sen. Álvaro Dias se pronunciou sobre o caso: “Não se pode admitir que o governo faça empréstimos vultosos sem que aqueles que pagam impostos saibam de informações como o valor dos empréstimos, o prazo de carência para o seu resgate, taxas de juros. Não vejo outro assunto que revolte tanto a população como saber que o governo empresta dinheiro dos brasileiros para a construção de um porto em Cuba, para o metrô de Caracas, para a construção de uma hidrelétrica na Venezuela, entre outras tantas obras em países controlados por ditadores sanguinários”.


Eu, até então, desconhecia a extensão dos empréstimos e para que eles serviam nesses países. Sabe-se agora que não foi apenas para se construir o Porto de Mariel, em Cuba, que o nosso suado dinheirinho foi empregado. Enquanto São Paulo e, principalmente, Salvador sofrem com a falta de transporte via metrô, o BNDES financia completamente o metrô de Caracas.

Calcula-se que o desvio de dinheiro público por intermédio desses “empréstimos” é tão grande que o Mensalão será completamente esquecido por ter sido apenas um ‘roubozinho’ sem a “menor importância.

Lembrem-se de que os empréstimos foram feitos em moeda estrangeira, dólares, bilhões deles!

Se o Brasil tiver a sorte de ter como relator da matéria um Luiz Fux ou um Gilmar Mendes, o PT estará com seus dias contados, pois o roubo é tão grande que ninguém é capaz de avaliar o quanto.

Vamos torcer para que seja um desses dois ministros o relator, porque se cair nas mãos de Barroso, Toffoli, Lewandowski ou daquele gaúcho…

Bom, melhor esperar pra vermos.

O pedido de Álvaro Dias é uma ação direta contra a Presidenta Dilma Rousseff, o ministro Mauro Borges (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Álvaro Dias fez seu pedido ao STF com base na Lei nº 12.527, de 2011, (Lei de Acesso à Informação) que, conforme preceitua seu art. 1º, tem a finalidade de “garantir o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal”.

Dessa ação judicial dependerá o futuro de Rousseff e seu séquito de ladrões, incluído aí o chefão de todos: Lulalarápio da Silva!

(Lourinaldo Teles Bezerra – O Diário do Poder – Cláudio Humberto)

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Raízes da corrupção brasileira

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Há cinco séculos, em 1549, eram implantadas as bases do futuro Estado brasileiro com a criação do Governo-Geral pela coroa portuguesa. O governador-geral Tomé de Souza, nomeado pelo rei de Portugal, desembarcava em Salvador, instalando a primeira capital do Brasil. Nascia nas terras brasileiras, concomitantemente com a implantação da estrutura de poder administrativo, o germe da corrupção.

Os dois principais colaboradores do nascente poder colonial, eram fidalgos portugueses com prestígio na corte de Lisboa. O primeiro, Antonio Cardoso de Barros, com titularidade de “Provedor-mor”, responsável pela arrecadação de impostos. O segundo, Pero Borges, “Ouvidor-mor” administraria a justiça diferenciada. Os “fidalgos” (filhos de algo) recebiam punições suaves em relação aos “peões” (homens a pé), integrantes das camadas populares. Era, de fato, Ministro da Justiça.

Pero Borges, não vinha por vontade própria implantar alguns fundamentos legais das “Ordenações Manuelinas”, estatuto constitucional do reino. Havia sido condenado pela justiça portuguesa por ato de corrupção. Motivo: Administrador da obra, desviara parte do dinheiro destinado à construção do aqueduto de Mafra, cidade muito próxima a Lisboa. Ao invés da prisão, as relações familiares de prestígio na Casa Real, negociaram sua vinda ao Brasil. O primeiro administrador da justiça brasileira.

Antonio Cardoso de Barros seria o administrador das finanças públicas e gestor da economia. Sua missão: alocar recursos para a construção da cidade de Salvador e áreas do recôncavo baiano. Era de fato, o Ministro da Fazenda, tributando com rigor os poucos engenhos de açúcar existentes. Partes dos recursos eram incorporados ao seu patrimônio pessoal. Ficou milionário, tornando-se proprietário de engenhos açucareiros, acumulando poder e fortuna. Era o tiro de largada na “roubalheira” do patrimônio público.

Cinco séculos depois, 2014, o professor e cientista político Bolívar Lamounier, no livro “A cultura da transgressão no Brasil”, afirma: “O Brasil é essencialmente corrupto e precisamos encarar isso. É falso que a elite é ruim, mas o povo é essencialmente bom. Essa impressão é profundamente artificial.” O paralelismo de cinco séculos, reforça, no presente, o terrível diagnóstico do ilustre professor. O Brasil colonial, imperial e republicano é herdeiro de uma cultura patrimonialista, onde o Estado, detentor de grandes riquezas, é vítima de assaltos recorrentes.

O professor José Murilo de Carvalho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, traduziu essa realidade: “Há uma cultura generalizada de transgressão que afeta todas as classes sociais, de alto a baixo. Furtam o político, o empresário, alguns magistrados, de um lado; furtam, do outro, o profissional liberal, o policial, o trabalhador informal. Tal cultura tem a ver com valores e instituições. O valor republicano de respeito à lei e à coisa pública não existe.”

As recentes eleições no Brasil comprovaram que corrupção, roubalheira institucionalizada é aceitável para grandes parcelas da sociedade. Uma empresa símbolo dos melhores valores da competência nacional é assaltada por quadrilha enquistada no poder e o roubo de bilhões de reais é considerado fato normal. Não fosse a ação do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, a Petrobrás continuaria sendo esquartejada pela corrupção garantida na omissão suspeita do próprio governo.

Os fatos, até agora revelados, envolvendo agentes públicos no executivo e no legislativo, não representam nem 10% do que será oficializado. Nos próximos meses o Brasil viverá crise institucional de gravidade inédita. A cassação de mandatos será consequência das delações feitas pelo ex-diretor da estatal e pelo doleiro lavador das fortunas desviadas da roubalheira da Petrobrás. Foram mais de dez anos (governos Lula/Dilma) de assalto para favorecer “larápios políticos” investidos de funções públicas. Daí ser fácil entender porque nas recentes CPIs sobre a Petrobrás, a maioria governista sempre foi contra as investigações sérias, transformando-as em “CPIs de Farsantes.”

Empresas e empresários da elite nacional aliaram-se em autêntico contubérnio do capitalismo corporativista de compadrio com agentes públicos do executivo e do legislativo. Deu no que deu: quando grandes empresas passam a ter ligações umbelicais com a administração pública, corrompendo homens públicos, o objetivo é levar vantagens ilícitas, aumentado os seus lucros e acumulando poder financeiro.

Além dos corruptos e ladrões de colarinho branco, é fundamental que os corruptores (grandes empresas), através os seus dirigentes envolvidos, não saiam, como sempre, livres, leves e soltos. Combater corruptos e corruptores precisa ser uma cruzada dos brasileiros decentes. Só assim deixaremos para filhos e netos um Brasil que eles possam se orgulhar.



Hélio Duque é doutor em Ciências, área econômica, pela Universidade Estadual Paulista (Unesp).


Fonte:http://www.alertatotal.net/2014/11/raizes-da-corrupcao-brasileira.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+AlertaTotal+%28Alerta+Total%29.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

A circuncisão (por um cronista judeu)

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Ó Pedaço de Mim...


Sempre que ouço aquela música do Chico, "ó pedaço de mim, ó pedaço arrancado de mim", me bate uma deprê braba. Lembro da minha infância e acabo voltando no tempo.

Estava eu deitado no meu bercinho, ainda com uma semana de vida, quando começou a chegar gente em casa. Era dia de festa. E festa de judeu lembra muito reunião do PSDB: só tem tucano. Cada nareba que não tem mais tamanho.

Mamãe convidou só 30 pessoas, mas como era boca livre, veio judeu de tudo quanto foi canto. Se mamãe cobrasse ingresso, corria o risco de nem o papai aparecer. Não precisa dizer que os presentes não trouxeram presentes. Metade esqueceu em casa e a outra metade disse que não tinha dado tempo de comprar. Coisas da religião.

Cada um que chegava, vinha até o meu bercinho. Quando se abaixavam para me ver mais de perto, virava um autêntico ataque do exército israelense. Contabilizei pelo menos umas 30 narigadas na barriga. Em vez de olharem para os próprios umbigos, vinham olhar pro meu. Acho que era por causa da "faixa de gaze".

De repente, se fez o silêncio. Um ser estranho, trajando um terno preto pra lá de surrado, com barba até a cintura, chapéu e cabelo ponhonhóin dos lados adentrou a sala. Parecia o Capitão Caverna na versão judaica. Ele veio na minha direção. Tirou um bisturi reluzente. Ficamos frente a frente. Ele, o lobo mau, e eu, o Solidéu Vermelho.

Para que esse nariz tão grande, perguntei. Por uns segundos, cheguei a pensar que mamãe tinha resolvido fazer uma plástica no meu nariz que, com menos de uma semana de vida, já era avantajado. Mas o negócio era mais embaixo. Bem mais embaixo.

Ele tirou a minha fraldinha descartável, que mamãe tinha acabado de lavar, e eu gritei, abri o berreiro: Tira esse Michael Jackson ortodoxo daqui! Esse comunista judeu quer comer criancinha!!! E no rabino, não vai nada? Apesar de tanta tecnologia, buááááá não vem com legenda. Não sei por que ainda não inventaram uma tecla SAP para bebês.

Parti então para a minha última tentativa: um ataque com armas químicas. Soltei duas bombas de efeito moral. PUM! PUM! Mas o bigode do sujeito cobria o nariz como uma máscara antigases. Ataquei com meus jatos poderosos, mas o xixi não conseguiu furar o bloqueio da barba blindada do velho. Não teve jeito. O Jacozinho virou o Jacozinhozinho. Vai entender o que esse povo tem na cabeça, além desse chapeuzinho medonho?

Em vez de sacrificarem uma galinha como na velha e boa macumba, eles sacrificam o pinto. Cortaram o meu pausówsky, meu penisberg. Ficou só o "cara". O "lho" foi-se. Uma parte de mim estava agora que nem pinto no lixo, literalmente.

Depois de circuncidado, passei a entender o porquê daquele muro das lamentações. Eu, pelo menos, lamento até hoje.

Ó pedaço de mim...



Sammy Lachmann - Cronista
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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Partida e Chegada

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PARTIDA E CHEGADA


Quando observamos, da praia, um veleiro a afastar-se da costa, navegando mar adentro, impelido pela brisa matinal, estamos diante de um espetáculo de beleza rara.

O barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez menor.

Não demora muito e só podemos contemplar um pequeno ponto branco na linha remota e indecisa, onde o mar e o céu se encontram.

Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte, certamente exclamará: "já se foi". Terá sumido? Evaporado?

Não, certamente. Apenas o perdemos de vista. O barco continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade que tinha quando estava próximo de nós. Continua tão capaz quanto antes de levar ao porto de destino as cargas recebidas. O veleiro não evaporou, apenas não o podemos mais ver.

Mas ele continua o mesmo. E talvez, no exato instante em que alguém diz: "já se foi", haverá outras vozes, mais além, a afirmar: "lá vem o veleiro"!!!

Assim é a morte. Quando o veleiro parte levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro, e o vemos sumir na linha que separa o visível do invisível dizemos:

"Já se foi". Terá sumido? Evaporado?

Não, certamente. Apenas o perdemos de vista. O ser que amamos continua o mesmo, suas conquistas persistem dentro do mistério divino.

Nada se perde, a não ser o corpo físico de que não mais necessita. E é assim que, no mesmo instante em que dizemos: "já se foi", no além, outro alguém dirá: "já está chegando".

Chegou ao destino levando consigo as aquisições feitas durante a vida.

Na vida cada um leva sua carga de vícios e virtudes, de afetos e desafetos, até que se resolva por desfazer-se do que julgar desnecessário.

A vida é feita de partidas e chegadas. De idas e vindas. Assim, o que para uns parece ser a partida, para outros é a chegada.

Assim, um dia, todos nós partimos como seres imortais que somos todos nós ao encontro Daquele que nos criou.


  


(Essa parábola contada por Henry Sobel está presente no volume 10 da coleção FRASES, DICAS E HISTÓRIAS MARAVILHOSAS)

sábado, 1 de novembro de 2014

Pido silencio - Neruda

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Pido silencio
Ahora me dejen tranquilo.
Ahora si acostumbren sin mi.
Yo voy a cerrar los ojos.
Yo solo quiero cinco cosas,
Cinco raices preferidas.
Una es el amor sin fin.
Lo segundo es ver el otono.
No puedo ser sin que las hojas
Vuelen y vuelvan a la tierra.
Lo tercero es el grave invierno,
La lluvia que ame, la caricia
Del fuego en el frio silvestre.
En quarto lugar el verano
Redondo como una sandia.
La quinta cosa son tus ojos.
Matilde mia, bienamada,
No quiero dormir, sin tus ojos,
No quiero ser sin que me mires:
Yo cambio la primavera
Porque tu me sigas mirando.
Amigos, eso es cuanto quiero.
Es casi nada y casi todo.
Ahora si quieren se vayan.
He vivido tanto que un dia
Tendran que olvidarme por fuerza,
Borrandome de la pizarra:
Mi corazon fue interminable.
Pero porque pido silencio
No crean que voy a morrirme:
Me passa todo lo contrario:
Sucede que voy a vivirme.
Sucede que soy y que sigo.
No sera pues sino que adentro
De mi creceran cereales,
Primero los granos que rompen
La tierra para ver la luz,
Pero la madre tierra es oscura:
Y dentro de mi soy oscuro:
Soy como un pozo en cuyas aguas
La noche deja sus estrellas
Y sigue sola por el campo.
Se trata de que tanto he vivido
Que quiero vivir otro tanto.
Nunca me senti tan sonoro,
Nunca he tenido tantos besos.
Ahora, como siempre, es temprano.
Vuela la luz con sus abejas.
Dejenme solo con el dia
Pido permiso para nacer.

(Pablo Neruda)