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Enganam-se aqueles que pensam que a sucessão presidencial, em 2010, será marcada pela modernidade na comunicação, seguindo o modelo de sucesso adotado pelo presidente Barack Obama, que inovou ao usar com competência as redes sociais da internet. O governo federal e o PT sabem que o grosso do seu eleitorado nunca ouviu falar em Twitter ou Facebook, e por isso
apostarão suas fichas num aparelho criado pelos irmãos Lumière, no século 19, batizado de cinematógrafo.
Peço licença aos patrulheiros de plantão, mas a verdade é que o filme "Lula, o filho do Brasil", que será lançado no ano da eleição, é o trunfo que o governo precisa para eleger até um poste. Trata-se de um filme-exaltação, contando o drama de um homem igual a milhões de outros
brasileiros que vivem em situação de miséria no país. O problema é que o filme conta apenas a verdade que interessa ao Planalto, omitindo os desvios éticos do protagonista, já como presidente, como a compra de parlamentares no escândalo do Mensalão, o aparelhamento de organizações sociais e os acordos para consolidar sua base política.
Será que o Planalto, através do seu diligente ministro da Justiça, Tarso Genro, permitiria a exibição de um documentário, no estilo Michael Moore, contando os bastidores dos oito anos do governo petista? O público, que será brindado com cenas lacrimosas de um retirante que se tornou presidente, também tem interesse em conhecer os métodos usados pelo "Cara" para domesticar a UNE, o MST e as centrais sindicais.
O cruzamento de imagens de arquivo, onde Lula chamava de corruptos aqueles que hoje são seus aliados, é reflexão necessária sobre uma realidade que não pode ser omitida, para o filme ter começo, meio e fim.
Para quem não está convencido de que "Lula, o filho do Brasil" é um panfleto eleitoral, o próprio presidente dá a pista sobre a verdade que se esconde no escurinho do cinema. Com o filme pronto, sua meta é criar salas de exibição nas periferias do Brasil. A proposta de criação do Vale
Cultura, encaminhada com pedido de urgência urgentíssima ao Congresso, é excelente. Mas por uma questão de respeito e equilíbrio do jogo democrático, é inaceitável que o acesso à cultura seja impregnado por intenções político-eleitoreiras.
A senadora Marina Silva e os governadores José Serra e Aécio Neves rendem excelentes filmes. Nas mãos habilidosas de um cineasta, qualquer história toca a sensibilidade de um povo.
(Solange Amaral)
Nota: "Lula, o filho do Brasil" não foi feito para emocionar. A meta é eleger sua candidata em 2010.
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terça-feira, 1 de dezembro de 2009
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Se depender de mim o filme não sai das prateleiras, claro que tudo não passa de apelo eleitoreiro.
ResponderExcluirAbraços forte
Se depois da exibição do filme luliano a sala de exibição continuar aberta para novas exibições, sou totalmente a favor da apresentação dessa ficção através de vale-cinema ou coisa parecida.
ResponderExcluirO próximo presidente será o mesmo de sempre: como Collor, Itamar, FHC e Lula, alguém obediente aos financiadores de campanha, que vão eleger grande maioria no Congresso e nas assembleias dos Estados.
Não vai mudar nada, portanto.
Afinal, toda política burguesa é ficção, seja ela tucana, petista ou peemedebista.
A única realidade é:
"Diga-me quem financiou tua campanha e eu direi a quem obedecerás".
Bem, pra início de conversa, eu aceitaria as críticas da senhora Solange Amaral se ela fosse isenta de suspeitas, mas como política que é, so esta defendendo seu lado, que por sinal é o mesmo do ARRUDA lá de Brasilia, a deputada senta sobre o o rabo e aponta o dos outros,
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