terça-feira, 18 de novembro de 2014

OBRAS DO PT NO EXTERIOR - VEJA PARA ONDE VAI O SEU DINHEIRO



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Este é um tema que vale a pena explorar. Por incrível que possa parecer, tem mais impacto que a corrupção. Tirou dos brasileiros para dar para aos “gringos” companheiros de ideologia. Parece que alguns desses “empréstimos" estão na categoria de “segredo de Estado”. Há a hipótese de que os recursos não foram todos para as obras como “contabilizados”; daí a oposição estar cobrando investigação a respeito, como transcrito ao final, que o PT não quer que venha a público.

















































A BOMBA QUE O PT NÃO QUER QUE ESTOURE

Por iniciativa do valoroso e único parlamentar de quem se pode esperar atitudes, o STF se posicionará através de seu ministro presidente sobre o pedido do Senador Álvaro Dias (PSDB-PR) de que sejam revelados todos os meandros dos empréstimos de financiamento de obras no exterior, em especial em Cuba, Venezuela e Angola.

Assim o Sen. Álvaro Dias se pronunciou sobre o caso: “Não se pode admitir que o governo faça empréstimos vultosos sem que aqueles que pagam impostos saibam de informações como o valor dos empréstimos, o prazo de carência para o seu resgate, taxas de juros. Não vejo outro assunto que revolte tanto a população como saber que o governo empresta dinheiro dos brasileiros para a construção de um porto em Cuba, para o metrô de Caracas, para a construção de uma hidrelétrica na Venezuela, entre outras tantas obras em países controlados por ditadores sanguinários”.


Eu, até então, desconhecia a extensão dos empréstimos e para que eles serviam nesses países. Sabe-se agora que não foi apenas para se construir o Porto de Mariel, em Cuba, que o nosso suado dinheirinho foi empregado. Enquanto São Paulo e, principalmente, Salvador sofrem com a falta de transporte via metrô, o BNDES financia completamente o metrô de Caracas.

Calcula-se que o desvio de dinheiro público por intermédio desses “empréstimos” é tão grande que o Mensalão será completamente esquecido por ter sido apenas um ‘roubozinho’ sem a “menor importância.

Lembrem-se de que os empréstimos foram feitos em moeda estrangeira, dólares, bilhões deles!

Se o Brasil tiver a sorte de ter como relator da matéria um Luiz Fux ou um Gilmar Mendes, o PT estará com seus dias contados, pois o roubo é tão grande que ninguém é capaz de avaliar o quanto.

Vamos torcer para que seja um desses dois ministros o relator, porque se cair nas mãos de Barroso, Toffoli, Lewandowski ou daquele gaúcho…

Bom, melhor esperar pra vermos.

O pedido de Álvaro Dias é uma ação direta contra a Presidenta Dilma Rousseff, o ministro Mauro Borges (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Álvaro Dias fez seu pedido ao STF com base na Lei nº 12.527, de 2011, (Lei de Acesso à Informação) que, conforme preceitua seu art. 1º, tem a finalidade de “garantir o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal”.

Dessa ação judicial dependerá o futuro de Rousseff e seu séquito de ladrões, incluído aí o chefão de todos: Lulalarápio da Silva!

(Lourinaldo Teles Bezerra – O Diário do Poder – Cláudio Humberto)

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Raízes da corrupção brasileira

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Há cinco séculos, em 1549, eram implantadas as bases do futuro Estado brasileiro com a criação do Governo-Geral pela coroa portuguesa. O governador-geral Tomé de Souza, nomeado pelo rei de Portugal, desembarcava em Salvador, instalando a primeira capital do Brasil. Nascia nas terras brasileiras, concomitantemente com a implantação da estrutura de poder administrativo, o germe da corrupção.

Os dois principais colaboradores do nascente poder colonial, eram fidalgos portugueses com prestígio na corte de Lisboa. O primeiro, Antonio Cardoso de Barros, com titularidade de “Provedor-mor”, responsável pela arrecadação de impostos. O segundo, Pero Borges, “Ouvidor-mor” administraria a justiça diferenciada. Os “fidalgos” (filhos de algo) recebiam punições suaves em relação aos “peões” (homens a pé), integrantes das camadas populares. Era, de fato, Ministro da Justiça.

Pero Borges, não vinha por vontade própria implantar alguns fundamentos legais das “Ordenações Manuelinas”, estatuto constitucional do reino. Havia sido condenado pela justiça portuguesa por ato de corrupção. Motivo: Administrador da obra, desviara parte do dinheiro destinado à construção do aqueduto de Mafra, cidade muito próxima a Lisboa. Ao invés da prisão, as relações familiares de prestígio na Casa Real, negociaram sua vinda ao Brasil. O primeiro administrador da justiça brasileira.

Antonio Cardoso de Barros seria o administrador das finanças públicas e gestor da economia. Sua missão: alocar recursos para a construção da cidade de Salvador e áreas do recôncavo baiano. Era de fato, o Ministro da Fazenda, tributando com rigor os poucos engenhos de açúcar existentes. Partes dos recursos eram incorporados ao seu patrimônio pessoal. Ficou milionário, tornando-se proprietário de engenhos açucareiros, acumulando poder e fortuna. Era o tiro de largada na “roubalheira” do patrimônio público.

Cinco séculos depois, 2014, o professor e cientista político Bolívar Lamounier, no livro “A cultura da transgressão no Brasil”, afirma: “O Brasil é essencialmente corrupto e precisamos encarar isso. É falso que a elite é ruim, mas o povo é essencialmente bom. Essa impressão é profundamente artificial.” O paralelismo de cinco séculos, reforça, no presente, o terrível diagnóstico do ilustre professor. O Brasil colonial, imperial e republicano é herdeiro de uma cultura patrimonialista, onde o Estado, detentor de grandes riquezas, é vítima de assaltos recorrentes.

O professor José Murilo de Carvalho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, traduziu essa realidade: “Há uma cultura generalizada de transgressão que afeta todas as classes sociais, de alto a baixo. Furtam o político, o empresário, alguns magistrados, de um lado; furtam, do outro, o profissional liberal, o policial, o trabalhador informal. Tal cultura tem a ver com valores e instituições. O valor republicano de respeito à lei e à coisa pública não existe.”

As recentes eleições no Brasil comprovaram que corrupção, roubalheira institucionalizada é aceitável para grandes parcelas da sociedade. Uma empresa símbolo dos melhores valores da competência nacional é assaltada por quadrilha enquistada no poder e o roubo de bilhões de reais é considerado fato normal. Não fosse a ação do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, a Petrobrás continuaria sendo esquartejada pela corrupção garantida na omissão suspeita do próprio governo.

Os fatos, até agora revelados, envolvendo agentes públicos no executivo e no legislativo, não representam nem 10% do que será oficializado. Nos próximos meses o Brasil viverá crise institucional de gravidade inédita. A cassação de mandatos será consequência das delações feitas pelo ex-diretor da estatal e pelo doleiro lavador das fortunas desviadas da roubalheira da Petrobrás. Foram mais de dez anos (governos Lula/Dilma) de assalto para favorecer “larápios políticos” investidos de funções públicas. Daí ser fácil entender porque nas recentes CPIs sobre a Petrobrás, a maioria governista sempre foi contra as investigações sérias, transformando-as em “CPIs de Farsantes.”

Empresas e empresários da elite nacional aliaram-se em autêntico contubérnio do capitalismo corporativista de compadrio com agentes públicos do executivo e do legislativo. Deu no que deu: quando grandes empresas passam a ter ligações umbelicais com a administração pública, corrompendo homens públicos, o objetivo é levar vantagens ilícitas, aumentado os seus lucros e acumulando poder financeiro.

Além dos corruptos e ladrões de colarinho branco, é fundamental que os corruptores (grandes empresas), através os seus dirigentes envolvidos, não saiam, como sempre, livres, leves e soltos. Combater corruptos e corruptores precisa ser uma cruzada dos brasileiros decentes. Só assim deixaremos para filhos e netos um Brasil que eles possam se orgulhar.



Hélio Duque é doutor em Ciências, área econômica, pela Universidade Estadual Paulista (Unesp).


Fonte:http://www.alertatotal.net/2014/11/raizes-da-corrupcao-brasileira.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+AlertaTotal+%28Alerta+Total%29.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

A circuncisão (por um cronista judeu)

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Ó Pedaço de Mim...


Sempre que ouço aquela música do Chico, "ó pedaço de mim, ó pedaço arrancado de mim", me bate uma deprê braba. Lembro da minha infância e acabo voltando no tempo.

Estava eu deitado no meu bercinho, ainda com uma semana de vida, quando começou a chegar gente em casa. Era dia de festa. E festa de judeu lembra muito reunião do PSDB: só tem tucano. Cada nareba que não tem mais tamanho.

Mamãe convidou só 30 pessoas, mas como era boca livre, veio judeu de tudo quanto foi canto. Se mamãe cobrasse ingresso, corria o risco de nem o papai aparecer. Não precisa dizer que os presentes não trouxeram presentes. Metade esqueceu em casa e a outra metade disse que não tinha dado tempo de comprar. Coisas da religião.

Cada um que chegava, vinha até o meu bercinho. Quando se abaixavam para me ver mais de perto, virava um autêntico ataque do exército israelense. Contabilizei pelo menos umas 30 narigadas na barriga. Em vez de olharem para os próprios umbigos, vinham olhar pro meu. Acho que era por causa da "faixa de gaze".

De repente, se fez o silêncio. Um ser estranho, trajando um terno preto pra lá de surrado, com barba até a cintura, chapéu e cabelo ponhonhóin dos lados adentrou a sala. Parecia o Capitão Caverna na versão judaica. Ele veio na minha direção. Tirou um bisturi reluzente. Ficamos frente a frente. Ele, o lobo mau, e eu, o Solidéu Vermelho.

Para que esse nariz tão grande, perguntei. Por uns segundos, cheguei a pensar que mamãe tinha resolvido fazer uma plástica no meu nariz que, com menos de uma semana de vida, já era avantajado. Mas o negócio era mais embaixo. Bem mais embaixo.

Ele tirou a minha fraldinha descartável, que mamãe tinha acabado de lavar, e eu gritei, abri o berreiro: Tira esse Michael Jackson ortodoxo daqui! Esse comunista judeu quer comer criancinha!!! E no rabino, não vai nada? Apesar de tanta tecnologia, buááááá não vem com legenda. Não sei por que ainda não inventaram uma tecla SAP para bebês.

Parti então para a minha última tentativa: um ataque com armas químicas. Soltei duas bombas de efeito moral. PUM! PUM! Mas o bigode do sujeito cobria o nariz como uma máscara antigases. Ataquei com meus jatos poderosos, mas o xixi não conseguiu furar o bloqueio da barba blindada do velho. Não teve jeito. O Jacozinho virou o Jacozinhozinho. Vai entender o que esse povo tem na cabeça, além desse chapeuzinho medonho?

Em vez de sacrificarem uma galinha como na velha e boa macumba, eles sacrificam o pinto. Cortaram o meu pausówsky, meu penisberg. Ficou só o "cara". O "lho" foi-se. Uma parte de mim estava agora que nem pinto no lixo, literalmente.

Depois de circuncidado, passei a entender o porquê daquele muro das lamentações. Eu, pelo menos, lamento até hoje.

Ó pedaço de mim...



Sammy Lachmann - Cronista
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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Partida e Chegada

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PARTIDA E CHEGADA


Quando observamos, da praia, um veleiro a afastar-se da costa, navegando mar adentro, impelido pela brisa matinal, estamos diante de um espetáculo de beleza rara.

O barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez menor.

Não demora muito e só podemos contemplar um pequeno ponto branco na linha remota e indecisa, onde o mar e o céu se encontram.

Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte, certamente exclamará: "já se foi". Terá sumido? Evaporado?

Não, certamente. Apenas o perdemos de vista. O barco continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade que tinha quando estava próximo de nós. Continua tão capaz quanto antes de levar ao porto de destino as cargas recebidas. O veleiro não evaporou, apenas não o podemos mais ver.

Mas ele continua o mesmo. E talvez, no exato instante em que alguém diz: "já se foi", haverá outras vozes, mais além, a afirmar: "lá vem o veleiro"!!!

Assim é a morte. Quando o veleiro parte levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro, e o vemos sumir na linha que separa o visível do invisível dizemos:

"Já se foi". Terá sumido? Evaporado?

Não, certamente. Apenas o perdemos de vista. O ser que amamos continua o mesmo, suas conquistas persistem dentro do mistério divino.

Nada se perde, a não ser o corpo físico de que não mais necessita. E é assim que, no mesmo instante em que dizemos: "já se foi", no além, outro alguém dirá: "já está chegando".

Chegou ao destino levando consigo as aquisições feitas durante a vida.

Na vida cada um leva sua carga de vícios e virtudes, de afetos e desafetos, até que se resolva por desfazer-se do que julgar desnecessário.

A vida é feita de partidas e chegadas. De idas e vindas. Assim, o que para uns parece ser a partida, para outros é a chegada.

Assim, um dia, todos nós partimos como seres imortais que somos todos nós ao encontro Daquele que nos criou.


  


(Essa parábola contada por Henry Sobel está presente no volume 10 da coleção FRASES, DICAS E HISTÓRIAS MARAVILHOSAS)

sábado, 1 de novembro de 2014

Pido silencio - Neruda

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Pido silencio
Ahora me dejen tranquilo.
Ahora si acostumbren sin mi.
Yo voy a cerrar los ojos.
Yo solo quiero cinco cosas,
Cinco raices preferidas.
Una es el amor sin fin.
Lo segundo es ver el otono.
No puedo ser sin que las hojas
Vuelen y vuelvan a la tierra.
Lo tercero es el grave invierno,
La lluvia que ame, la caricia
Del fuego en el frio silvestre.
En quarto lugar el verano
Redondo como una sandia.
La quinta cosa son tus ojos.
Matilde mia, bienamada,
No quiero dormir, sin tus ojos,
No quiero ser sin que me mires:
Yo cambio la primavera
Porque tu me sigas mirando.
Amigos, eso es cuanto quiero.
Es casi nada y casi todo.
Ahora si quieren se vayan.
He vivido tanto que un dia
Tendran que olvidarme por fuerza,
Borrandome de la pizarra:
Mi corazon fue interminable.
Pero porque pido silencio
No crean que voy a morrirme:
Me passa todo lo contrario:
Sucede que voy a vivirme.
Sucede que soy y que sigo.
No sera pues sino que adentro
De mi creceran cereales,
Primero los granos que rompen
La tierra para ver la luz,
Pero la madre tierra es oscura:
Y dentro de mi soy oscuro:
Soy como un pozo en cuyas aguas
La noche deja sus estrellas
Y sigue sola por el campo.
Se trata de que tanto he vivido
Que quiero vivir otro tanto.
Nunca me senti tan sonoro,
Nunca he tenido tantos besos.
Ahora, como siempre, es temprano.
Vuela la luz con sus abejas.
Dejenme solo con el dia
Pido permiso para nacer.

(Pablo Neruda)

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

A urna eletrônica é realmente segura?

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A urna eletrnica realmente segura
Passado quase um século marcado por uma república mantida à base da fraude, duas ditaduras e uma experiência republicana repleta de instabilidades políticas, o Brasil inaugurou, em 1985, a sua Nova República, como um verdadeiro marco em defesa da estabilidade institucional e do desenvolvimento econômico-social. Um dos principais pontos desse novo procedimento democrático foi a instauração da urna eletrônica, tratada como uma evolução da democracia que estabeleceria agilidade, modernidade e segurança aos milhões de eleitores do país na escolha de seus governantes. Infelizmente, com uma análise mais apurada, chegaremos à conclusão de que esse pensamento se dá muito mais mais como uma forma de conforto psicológico do que pela real segurança existente na nossa urna eletrônica.
Nossa primeira experiência democrática eletrônica se deu em Santa Catarina – sete anos após a experiência indiana, o que impediu o nosso reconhecimento da paternidade do dispositivo. A urna eletrônica foi instaurada em maior escala no país pela primeira vez nas eleições de 1996, em mais de 50 municípios, e implantada em todas as regiões do país nas eleições de 2000. Com a implementação em larga escala, a discussão sobre a real segurança do modelo por especialistas em informática se tornou inevitável.
A urna eletrnica realmente segura
O primeiro relatório sobre o assunto foi o Relatório Unicamp, elaborado por professores da instituição. Recebeu conclusões tão ambíguas sobre o seu resultado que outros estudos sobre o caso foram indispensáveis: o relatório COPPE(encomendado pelo PT a professores da UFRJ, com resultados inconclusivos sobre a segurança), o relatório SBC (encomendado pelo TRE e elaborado por professores da UFMG e da UFSC, cujo diagnóstico tratou da possibilidade de identificação física do votante e da dificuldade na transparência e auditabilidade), o relatório BRISA (mantido em sigilo por muitos anos, cujoresultado expôs a falta de atendimento aos parâmetros internacionais de transparência pelo principal engenheiro por trás da urna eletrônica), o relatório CMTES (que diagnosticou que o sistema de DRE utilizado pelo Brasil possui defeitos sanáveis), desmentido pelo relatório CMIND (que demonstrou que o sistema brasileiro não se atenta às normas internacionais de segurança), o Relatório Alagoas-2006 (de idoneidade dúbia, por ser encomendado pelo candidato derrotado nas eleições a um professor do ITA, e atesta uma possibilidade de fraude nas eleições do estado) e o Relatório FACTI-CENPRA (encomendado pelo TSE e ainda mantido em sigilo).
O estudo mais polêmico sobre o tema, entretanto, foi o Relatório UNB (realizado por uma equipe de professores da instituição ao TSE). O relatório atesta a possibilidade de quebra do sigilo e uma possível adulteração dos votos. Em apenas um teste, conseguiu quebrar não apenas a suposta existência de um sigilo dentro das eleições no Brasil, como demonstrar que a transparência e auditabilidade se encontram prejudicadas com esse sistema. O TSE, como de praxe, minimizou os efeitos e afirmou que uma simples melhora do algoritmo poderia acabar com estes problemas. Resta saber como confiar em um aparelho cujo próprio tripé (sigilo, transparência e auditabilidade) não são respeitados ou, na melhor das hipóteses, são no mínimo de duvidosa apuração.
E essa falta de segurança não é presente apenas no plano teórico. Na prática, provavelmente o caso mais notório tenha sido de um hacker de 19 anos que assumiu ter executado fraudes nas eleições municipais do Rio de Janeiro, a fim de beneficiar determinados candidatos em detrimento de outros. E esse tampouco é um problema restrito ao Brasil. Nas eleições de 2000 dos Estados Unidos, que elegeu George W. Bush, houve fraude eleitoral no Condado de Volusia, na Florida - não por acaso, o estado que definiu a eleição mais conturbada da história do país.
A urna eletrnica realmente segura
Tendo em vista que a própria Constituição Federal afirma como cláusula pétrea o voto direto, secreto e universal, a mera dúvida sobre a existência dessa violação do sigilo já seria motivo suficiente para, no mínimo, questionarmos se a urna eletrônica seria realmente o melhor instrumento para se decidir uma eleição. E a situação apenas se agrava ao constatarmos que essa dúvida está amparada por relatórios de especialistas no assunto. Quando a instância jurídica máxima da justiça eleitoral, a qual deveria zelar pela lisura, ignora este problema e sequer se dispõe a fazer novos testes públicos em relação à segurança de seus aparelhos, a desconfiança só aumenta.
Até mesmo países que já importaram a urna eletrônica brasileira perceberam que o aparelho não consegue oferecer uma eleição verdadeiramente segura: como a justiça eleitoral paraguaia, a justiça holandesa e a Corte Constitucional Alemã. Em todos esses casos houve o reconhecimento que a lisura da eleição não pode ser tida através de um software de caráter duvidoso.
Evidentemente, não proponho que se retorne ao período do voto manual. É preciso que ocorra um aprimoramento no atual sistema de voto eletrônico que o ampare às normas internacionais de auditoria. Em tese, o Brasil adota o conceito deindependência do software em sistemas eleitorais, que afirma que modificações ou erros no software não podem acarretar em modificações no resultado da eleição. Mas a própria urna eletrônica utilizada no Brasil torna a aplicação desse conceito inviável.
segunda geração de urnas eletrônicas consegue garantir uma eleição célere, ao utilizar um sistema de duas etapas – na primeira o voto é obtido eletronicamente, na segunda ele é impresso e depositado em uma urna para eventual recontagem (que apenas é realizada se necessária e de acordo com a legislação eleitoral de cada país que a adota). Esse sistema é utilizado na Bélgica, Holanda, Alemanha, Argentina, Rússia, em boa parte dos Estados Unidos, além de alguns estados do México e províncias do Canadá. É perceptível que os exemplos citados correspondem a países das mais distintas dimensões e desenvolvimento econômico. Não temos qualquer desculpa para não adotar o mesmo modelo.
Mas se existia alguma esperança de caminharmos neste sentido, o STF declarou inconstitucional o dispositivo da mini reforma do Código Eleitoral que estabelecia a impressão do voto a partir das eleições de 2014. A alegação? A velha desculpa do sigilo dos votos e o reconhecimento internacional quanto às benesses da urna eletrônica brasileira – mitos que se perpetuam e que são derrubados numa breve análise de evidências. Dessa maneira, estamos condenados a termos que insistir num sistema que, por mais útil que tenha sido durante determinado momento, encontra-se em desconformidade com os padrões internacionais de segurança das eleições, cujo resultado é um extenso número de municípios com suspeita de fraude nas urnas eletrônicas.
A urna eletrnica realmente segura
É impossível olharmos para um cenário político minimamente confiável para o eleitor sem que tenhamos mecanismos de controle para que a sua vontade seja soberana nas eleições. Um passo inevitável para que isso seja possível é, sem dúvida, questionarmos e extinguirmos a atual urna eletrônica brasileira – uma peça tão arcaica que estaria melhor aproveitada num museu ao lado de fósseis de dinossauros e pirâmides egípcias.

Publicado originalmente no Liberzone  Fonte: http://direitoeliberdade.jusbrasil.com.br/artigos/131347059/a-urna-eletronica-e-realmente-segura?utm_campaign=newsletter&utm_medium=email&utm_source=newsletter
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O VOTO, NA CONCEPÇÃO DE RACHEL DE QUEIROZ

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VOTAR 




Não sei se vocês têm meditado como devem no funcionamento do complexo maquinismo político que se chama governo democrático, ou governo do povo. Em política a gente se desabitua de tomar as palavras no seu sentido imediato. 

No entanto, talvez não exista, mais do que esta, expressão nenhuma nas línguas vivas que deva ser tomada no seu sentido mais literal: governo do povo. 


Numa democracia, o ato de votar representa o ato de FAZER O GOVERNO


Pelo voto não se serve a um amigo, não se combate um inimigo, não se presta ato de obediência a um chefe, não se satisfaz uma simpatia. Pelo voto a gente escolhe, de maneira definitiva e irrecorrível, o indivíduo ou grupo de indivíduos que nos vão governar por determinado prazo de tempo. 


Escolhe-se pelo voto aqueles que vão modificar as leis velhas e fazer leis novas - e quão profundamente nos interessa essa manufatura de leis! A lei nos pode dar e nos pode tirar tudo, até o ar que se respira e a luz que nos alumia, até os sete palmos de terra da derradeira moradia. 


Escolhemos igualmente pelo voto aqueles que nos vão cobrar impostos e, pior ainda, aqueles que irão estipular a quantidade desses impostos. 


Vejam como é grave a escolha desses “cobradores”. Uma vez lá em cima podem nos arrastar à penúria, nos chupar a última gota de sangue do corpo, nos arrancar o último vintém do bolso.
E, por falar em dinheiro, pelo voto escolhem-se não só aqueles que vão receber, guardar e gerir a fazenda pública, mas também se escolhem aqueles que vão “fabricar” o dinheiro. 


Esta é uma das missões mais delicadas que os votantes confiam aos seus escolhidos. Pois, se a função emissora cai em mãos desonestas, é o mesmo que ficar o país entregue a uma quadrilha de falsários. 


Eles desandam a emitir sem conta nem limite, o dinheiro se multiplica tanto que vira papel sujo, e o que ontem valia mil, hoje não vale mais zero. 


Não preciso explicar muito este capítulo, já que nós ainda nadamos em plena inflação e sabemos à custa da nossa fome o que é ter moedeiros falsos no poder.Escolhem-se nas eleições aqueles que têm direito de demitir e nomear funcionários, e presidir a existência de todo o organismo burocrático. 


E, circunstância mais grave e digna de todo o interesse: dá-se aos representantes do povo que exercem o poder executivo o comando de todas as fôrças armadas: o exército, a marinha, a aviação, as polícias. 


E assim, amigos, quando vocês forem levianamente levar um voto para o Sr. Fulaninho que lhes fez um favor, ou para o Sr. Sicrano que tem tanta vontade de ser governador, coitadinho, ou para Beltrano que é tão amável, parou o automóvel, lhes deu uma carona e depois solicitou o seu sufrágio - lembrem-se de que não vão proporcionar a esses sujeitos um simples emprego bem remunerado.Vão lhes entregar um poder enorme e temeroso, vão fazê-los reis; vão lhes dar soldados para eles comandarem - e soldados são homens cuja principal virtude é a cega obediência às ordens dos chefes que lhe dá o povo. 


Votando, fazemos dos votados nossos representantes legítimos, passando-lhes procuração para agirem em nosso lugar, como se nós próprios fossem


Entregamos a esses homens tanques, metralhadoras, canhões, granadas, aviões, submarinos, navios de guerra - e a flor da nossa mocidade, a eles presa por um juramento de fidelidade. 


E tudo isso pode se virar contra nós e nos destruir, como o monstro Frankenstein se virou contra o seu amo e criador.


Votem, irmãos, votem. 


Mas pensem bem antes.


Votar não é assunto indiferente, é questão pessoal, e quanto! 


Escolham com calma, pesem e meçam os candidatos, com muito mais paciência e desconfiança do que se estivessem escolhendo uma noiva. Porque, afinal, a mulher quando é ruim, briga-se com ela, devolve-se ao pai, pede-se desquite. 


E o governo, quando é ruim, ele é quem briga conosco, ele é que nos põe na rua, tira o último pedaço de pão da boca dos nossos filhos e nos faz apodrecer na cadeia.


E quando a gente não se conforma, nos intitula de revoltoso e dá cabo de nós a ferro e fogo.


E agora um conselho final, que pode parecer um mau conselho, mas no fundo é muito honesto. 


Meu amigo e leitor, se você estiver comprometido a votar com alguém, se sofrer pressão de algum poderoso para sufragar este ou aquele candidato, não se preocupe.
Não se prenda infantilmente a uma promessa arrancada à sua pobreza, à sua dependência ou à sua timidez. Lembre-se de que o voto é secreto.


Se o obrigam a prometer, prometa. 


Se tem medo de dizer não, diga sim. 


O crime não é seu, mas de quem tenta violar a sua livre escolha.


Se, do lado de fora da seção eleitoral, você depende e tem medo, não se esqueça de que DENTRO DA CABINE INDEVASSÁVEL VOCÊ É UM HOMEM LIVRE. 


Falte com a palavra dada à fôrça, e escute apenas a sua consciência. 


Palavras o vento leva, mas a consciência não muda nunca, acompanha a gente até o inferno”. 





Texto de Raquel de Queiroz - Revista O Cruzeiro, 11 de janeiro de 1947 Fonte: http://www.paralerepensar.com.br/paralerepensar/texto.php?id_publicacao=25700
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quarta-feira, 9 de julho de 2014

sábado, 31 de maio de 2014

Pau e Circo

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‘Macaco que muito mexe quer chumbo” é um velho e sábio ditado mineiro sobre os perigos da superexposição e do exibicionismo, mas certamente nem passou pela cabeça de Lula e Ricardo Teixeira quando fizeram o diabo para trazer a Copa do Mundo para o Brasil, imaginando os benefícios políticos e comerciais e esquecendo os riscos e consequências de se colocar no centro das atenções do mundo como sede de um evento dessa grandeza. E veio chumbo grosso.

Recebidas como ofensas ao país, as críticas internacionais foram respondidas com bravatas grandiosas e apelos ao patriotismo paranoico, como se os estrangeiros só revelassem as mazelas e precariedades que estamos cansados de conhecer por maldade, inveja e má-fé, ou talvez por tenebrosas conspirações para atrapalhar a nossa Copa. É reserva de mercado: só nós podemos nos esculachar.

Mas, depois de sete anos, das 167 intervenções urbanas prometidas, só 68 estão prontas e 88 atrasadas, e Lula explicou tudo: “Vai levar alguns séculos para a gente virar uma Alemanha.”

O complexo de vira-latas também se caracteriza pela incapacidade de reconhecer erros, de responder a críticas e de tentar disfarçar o sentimento de inveja e inferioridade com a força bruta de hipérboles, bravatas e rosnados. Quando Nelson Rodrigues disse que a vitória na Copa de 1958 nos livrou do complexo de vira-latas, ao contrário de Dilma, não entendi que havíamos nos tornado cão de raça ou mesmo cachorro grande, mas que nos livrávamos do complexo porque nos assumíamos como vira-latas bons de bola.

Sim, a vira-latice étnica e cultural é uma de nossas características mais fortes, para o bem e para o mal, e isso não há Copa nem metáfora genial que mude. Nesse sentido, ninguém é mais vira-latas do que os americanos, que também são os cachorros grandes do mundo.

Outra expressão atual da vira-latice é a ostentação, como o novo estilo de funk que celebra a riqueza e o exibicionismo, com orgulho e sem vergonha. É a trilha sonora perfeita para o Brasil ostentação da propaganda oficial que nos mostra no melhor dos mundos e fazendo a Copa das Copas.

Macaco que muito mexe…



(Nelson Motta -Fonte: http://www.alertatotal.net/2014/05/pau-e-circo.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+AlertaTotal+%28Alerta+Total%29
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quarta-feira, 28 de maio de 2014

Lei da Copa começa a valer. Veja o que muda pelo Brasil

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Exército e Força Nacional vão para a rua fazer com que regras não sejam desobedecidas

 



Lei da Copa comea a valer Veja o que muda pelo Brasil

Começou a valer na última quinta-feira (22), nas 12 cidades-sedes brasileiras, a Lei Copa do Mundo. As regras foram sancionadas pela presidente Dilma Rousseff em 2012 e entram em vigor só agora, a pouco menos de um mês para o Mundial.

Lei da Copa comea a valer Veja o que muda pelo Brasil


Também nessa semana, os estádios que servirão para o Mundial, tanto nos jogos como em treinos, foram entregues a Fifa, que passará a adaptá-los em seu padrão.

Veja a seguir o que muda com a Lei da Copa e as arenas nas mãos da Fifa:

Os famosos vendedores ambulantes dos estádios brasileiros não poderão ficar próximos às arenas, tendo que trabalhar a uma distância de pelo menos 2km dos locais de jogos. Mesmo na Bahia, o famoso acarajé só poderá ser vendido por pessoas previamente credenciadas

 

Lei da Copa comea a valer Veja o que muda pelo Brasil
(Foto: FERNANDO CALZZANI/Gazeta Press)

 

A Guarda Municipal ficará a serviço da Fifa. As prefeituras das cidades-sedes deixarão parte do contingente à disposição da entidade para fazer valer as regras da Lei da Copa

 

Lei da Copa comea a valer Veja o que muda pelo Brasil

 

As publicidades nas cidades que receberão jogos só poderá conter anunciantes oficiais da Fifa. Mesmo em paredes e cartazes, a uma distância entre 1 e 2 km dos estádios, só serão aceitas propagandas de produtos licenciados para a Copa...

 

Lei da Copa comea a valer Veja o que muda pelo Brasil
Foto: DJALMA VASSÃO/Gazeta Press

 

O mesmo vale para o comércio, que só poderá fazer promoções para produtos oficiais do Mundial. Os estabelecimentos que ficam próximos às terão que seguir à risca esses critérios

 

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Foto: 09.05.2014/Marcelo Sayão/EFE

 

Nos dias de jogos da Copa, os moradores das redondezas dos estádios receberão credenciais para poderem chegar a suas casas. O restante não poderá entrar em um raio marcado em torno dos locais a menos que tenham ingresso para a partida em questão

 

Lei da Copa comea a valer Veja o que muda pelo Brasil

 

As datas das partidas também, os Estados que receberão os jogos poderão optar por estabelecer feriados ou pontos facultativos

 

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Foto: Jefferson Bernardes/VIPCOMM

 

As sedes só poderão ter festas e eventos na rua se as organizações conseguirem aval da prefeitura da cidade. A Fifa pretende tomar conta dessas atividades durante a Copa

 

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Foto: Fernando Borba/R7

 

Os estudantes terão férias escolares especiais em 2014. Durante o período da Copa, eles devem folgar, mas cada cidade poderá decidir como fará com suas instituições

 

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Os bancos terão esquemas especiais para o mês da competição. Além dos feriados, as casas de câmbio também devem interferir no funcionamento deles

 

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A Força Nacional de Segurança, a Polícia Federal e o Exército vão para as ruas durante a Copa do Mundo. A ideia é aumentar o contingente para evitar manifestações violentas e descumprimento das leis

 

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Foto: Jonathan Campos/ Agência de Notícias Gazeta do Povo/ Estadão Conteúdo



Fonte: http://esportes.r7.com/futebol/copa-do-mundo-2014/fotos/lei-da-copa-comecaavaler-vejaoque-muda-p...
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sábado, 24 de maio de 2014

Nutricionista organiza refeição de R$ 3 e ensina dona de casa a economizar

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E no dia a dia, como economizar? Dona de casa de mão cheia, a paulistana Marly está se tornando craque em driblar os preços altos na cozinha. Ela pesquisa em folhetos anota os melhores preços, está sempre bem informada.

Mas Marly não quer correr atrás apenas de produtos baratos. Ela quer pôr na mesa uma comida mais saudável.

“Às vezes, alguma coisinha dá um trabalhinho, um pouco mais, mas é muito melhor”, diz Marly Rostovocev Pirani, dona de casa.

Nutricionista afirma que suco natural é melhor em tudo

Saudável sim, mas e o preço? O suco feito em casa não seria mais caro do que aquele que já vem pronto? É exatamente isso que as nutricionistas da faculdade de Saúde Pública da USP decidiram comprovar. Para elas não restam dúvidas: o suco natural é melhor em tudo.

“Não vai ter o conservante, o corante, todos os aditivos que são acrescentados no alimento industrializados, e a gente consegue economizar também no bolso”, explica Samantha Andrade, nutricionista – USP.

“Um litro de néctar na maioria dos supermercados custa entre R$ 4 e R$ 6 reais. Se você for no mercado comprar R$ 4 de laranja, você consegue fazer mais do que um litro com essas laranjas em R$ 4”, explica Marina Perez, estudante de Nutrição.

Orientações durante as compras

A equipe do Globo Repórter acompanhou a Marly fazendo compras em um supermercado, para ver como ela enfrenta essa temporada de alta nos preços. O desafio foi fazer uma compra econômica, que resultasse em uma refeição saudável e nutritiva. A nutricionista da faculdade de Saúde Pública da USP, Samantha Andrade, acompanhou as compras e deu orientações.

E a Samantha aconselha que metade do prato deve ser composto de hortaliças e legumes, itens que mais subiram na tabela de preços. Então o jeito é procurar bem.

Dicas na escolha dos alimentos

Uma dica: na dúvida prefira um produto multifuncional como a couve.

Para economizar nas ervas e temperos fresco, Samantha ensina um truque. “O que dá para fazer é higienizar bem, limpar e congelar”, explica a nutricionista.

Aprender a variar o cardápio também é importante. “A gente tem opção de levar a abóbora que tá um pouco mais barata, é um alimento que em termos nutricionais substitui a cenoura”, explica ela.

No lugar da carne, a coxa de frango. “A gente sabe que a carne é importante, mas não precisa fazer a carne todos os dias da semana”, orienta a nutricionista.

“As frutas também aumentaram, então o que a gente tem que ver, aquelas frutas que estão na época” explica Samantha.

Colocando a mão na massa

Compras feitas, agora é só colocar a mão na massa. Marly capricha na cozinha. Salada, arroz, feijão, coxa de frango com abóbora, suco de limão e de sobremesa, creme de abacate.

O resultado daquelas compras e da manhã de muito trabalho da Marly está em um almoço bonito e colorido, cheiroso.

“Eu gostei bastante foi bem com alimentos variados, ele está, tinha comentado, bem colorido no final, que fornece bastante nutrientes”, avalia Samantha.

Preço bom e refeição aprovada

E o preço dessa refeição completa?

“Deu R$ 3,04”, revela Samantha.

Um prato feito custa em média R$ 10 reais na capital paulista. Bonito, barato e gostoso. A família aprova.

“Nota dez. Tá ótimo”, avalia o marido da Marly.
 
 
(Fonte: http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2014/05/nutricionista-organiza-refeicao-de-r-3-e-ensina-dona-de-casa-economizar.html)
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