Hoje estou de luto. Um luto sofrido, doído, doido e inesperado. Soube somente hoje do falecimento do meu ex-marido, no dia 31/10.
Ninguém me avisou, acreditem ou não... A maldade de certas pessoas ainda me espanta.
Eu nunca imaginei que a notícia iria doer tanto, mas é explicável...
Ele foi o melhor marido que uma mulher desejaria ou poderia ter. Sempre companheiro e cúmplice, bondoso e terno, sempre dedicado e preocupado com o bem estar da família.
Ajudou a criar meus filhos como se fossem dele, sem a menor discriminação, proporcionando sempre tudo que necessitavam, inclusive a melhor educação, nas melhores escolas.
Foi um companheiro único nas horas mais difíceis que passei na vida, como a morte de meu pai e a descoberta (e durante) a doença de minha mãe (Alzheimer) e tinha (principalmente quando eu me desesperava e me faltava paciência), ainda mais carinho e paciência com ela. Agia como um filho, fazendo com que nada lhe faltasse, principalmente carinho e atenção.
Foi a pessoa que mais me fez rir. Me ensinou a rir da vida e de mim mesma. Ríamos juntos da vida, de nós mesmos, mesmo nas épocas das maiores adversidades. Em suma: Me fez feliz durante os doze anos que estivemos juntos, como nunca havia sido antes e como nunca consegui ser depois.
Vocês devem ter vontade de perguntar: Então porque se separaram? Seguramente não foi por falta de amor ou respeito.
A resposta é que, na verdade até hoje eu não sei... a vida foi aos poucos nos afastando, as interferências familiares começaram a pesar muito e, um belo dia, sem que houvesse um motivo que justificasse a nossa separação, a nossa união acabou, simplesmente aconteceu... Sem brigas, sem raiva, sem nada que tivesse grande importância e, felizmente, ainda com muito amor e respeito de ambas as partes, o que tornou a separação ainda mais difícil e dolorosa para ambos.
Que Deus o acolha em seus braços Fernando, o companheiro mais dedicado, amoroso, amigo e cúmplice e o homem mais honesto, trabalhador, leal e confiável que conheci.
Descanse em paz.
Fernando de Carvalho e Mello (09/05/43 - 31/10/2015)
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Receba os meus sentimentos, Berenice. Não sei como morte de minha ex-mulher me comoveria porque não aconteceu. Mas posso entender como ela faria falta a nós todos, inclusive para a minha mulher atual, que lhe tem muita amizade e carinho. Obrigado por suas palavras que só reforçam e consolidam o amor universal. Um grande abraco deste seu antigo colega!
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