FICHA LIMPA, A PASSEATA, O POVO E MAIS UMA DECEPÇÃO.
O brasileiro é mesmo um povo diferente. Ele é roubado; vilipendiado; abandonado a própria sorte, por aqueles que têm o dever sagrado (moral e profissional) de protegê-lo; tem as ilicitudes de seus políticos esfregadas na sua cara todos os dias, em cadeia nacional e na hora de “dar a volta por cima” e “acabar com a festa”, simplesmente não faz nada.
O jeito manso e cordeiro – que parece ordeiro – na verdade esconde a grande e imensa covardia (além do profundo comodismo) grassando no interior de cada um de nós e imobilizando nossa sociedade como um câncer com metástase por todos os órgãos e células de nossa nação politicamente agonizante.
Chega a ser estranha a indiferença e os contrastes que podemos observar no brasileiro quando o assunto é exercer a sua cidadania e velar por um país melhor. Para pedir a liberação da maconha compareceram de 2 a 3 mil pessoas. Mas, para a passeata pela aprovação do Projeto Ficha Limpa foram entre 300 e 500 pessoas (dependendo da fonte noticiosa).
A “pergunta que não quer calar” nessas horas é: No que pensa o nosso povo?
Será mesmo que o brasileiro acha que basta reclamar da vida; dos políticos; da corrupção desenfreada; dos que se lixam para a opinião pública; dos parentes contratados por “debaixo do pano”; dos hospitais superlotados e transformados em verdadeiros matadouros; das escolas de péssima qualidade que fingem ensinar (um ensino de “quinto mundo”) e de todas as mazelas que vemos dia após dia, bem diante de nossos olhos e sem nenhum pudor?
Será mesmo que o brasileiro acha que a política ficará mais limpa, que os problemas se resolverão e que o país finalmente entrará no primeiro mundo por algum ato de Deus, por um feito inexorável da natureza ou mesmo pelas mãos e obras de um salvador da pátria?
É fácil acordar todos os dias e colocar a culpa no Maluf, no Sarney, no Renan Calheiros, no Serra, no Lula ou no “diabo” da vez. É fácil ficar no boteco da esquina, entre um copo e outro, falar do político safado; da ministra que desvia verbas; do Mensalão deste ou daquele partido ou mesmo sobre a incrível cara-de-pau que eles têm de negar o óbvio e de revogar o irrevogável. O difícil mesmo é entender que todas essas mazelas ocorrem há anos e se repetem constantemente com a eleição dos mesmos corruptos conhecidos e as mesmas caras-de-pau de sempre; graças ao beneplácito dos “cidadãos” brasileiros.Será mesmo que o brasileiro quer uma política mais limpa, mais justiça no gasto dos impostos (que nada mais são que o seu suado dinheirinho)? Será mesmo que o brasileiro entende que, sem “botar a mão na massa” e sem lutar “com unhas e dentes” por isso nada nunca mudará?
Será que o brasileiro acha mesmo que a Câmara dos Deputados, com cerca de 25% dos seus membros já condenados em alguma instância da justiça, e com boa parte dos que ainda não tem problemas com a lei a caminho de cumprir essa etapa – e, portanto, sendo prováveis “vítimas” (ou seus país e parentes próximos) do projeto Ficha Limpa – vai “tomar as dores” da nação e aprovar o projeto, com a dureza com a qual foi concebida? Será que o brasileiro acha mesmo que a corja parasita e habitante daquela casa capitulará “por mágica” a abrirá mão das gordas mordomias e das negociatas sem fim se não houver uma pressão maciça e avassaladora da sociedade?
Pelo que vimos, até agora, penso que sim.
É como eu disse; o brasileiro é mesmo um povo diferente.
(Arthurius Maximus - Fonte - www.visaopanoramica.com)
SOBRE O AUTOR.
Arthurius Maximus nasceu no Rio de Janeiro; tem 40 anos; é casado; e tem três filhos. Ex-fuzileiro naval deixou a caserna para dedicar-se aos estudos. Paradoxalmente, abandonou a faculdade de letras na UERJ para trabalhar com informática. Iniciou a vida profissional nessa área e após vinte anos de serviços prestados e várias promoções, atingindo um excelente patamar salarial e de respeitabilidade, viu-se acometido por uma doença grave; causada pelo excesso de trabalho e pelo descaso da empresa com as normas de segurança laborativa. Foi condenado pelos médicos e impedido de continuar sua ascensão profissional. A partir deste episódio, conheceu o lado negro das corporações e iniciou uma grande luta para expô-lo e para ajudar aos que se encontravam na mesma situação.
Devido a grande perseguição que sofre por parte da empresa em que trabalhou, protege a sua identidade por trás de um pseudônimo. Participa de ações voluntárias que envolvam portadores de L.E.R./D.O.R.T. e fornece orientações baseadas em sua experiência e gratuitas em um de seus blogs e na comunidade Reféns da Ler/Dort no Orkut, sob a alcunha de Lord Sarubiano. Sendo o criador da petição que visa obter assinaturas para iniciarem-se investigações do Ministério Público Federal a respeito de abusos e ilegalidades cometidos pelos peritos da previdência social em relação aos portadores de L.E.R./D.O.R.T.; que causam prejuízos de milhões de reais aos cofres públicos, lesam os trabalhadores contribuintes e beneficiam empresários inescrupulosos. Uma cruzada inglória, já que os doentes, em sua maioria, estão tão deprimidos que não encontram forças para lutar sequer por seus direitos.
Hoje, aposentado por invalidez, usa o computador com arma nessa luta e para expressar suas idéias através dos blogs que edita. Presta assessoria gerencial para pequenos comerciantes e planeja publicar um livro em breve. Você poderá conhecer um pouco mais sobre ele, lendo seus blogs; abaixo, você encontra um breve resumo de cada um deles.
O BLOG.
"O Visão Panorâmica, nasceu de um convite lançado pelo webmaster do site Panorama Internacional, o Rodrigo, que buscava blogueiros para escreverem colunas em seu site jornalístico. Fiquei animado com a idéia e após um breve contato, iniciei as postagens lá. Tendo como foco a política. Mas as crônicas podem também ter como tema atualidades e outros assuntos em geral.
Atualizado diariamente, pouco a pouco, tornou-se um blog bem visitado. Nos finais de semana, o blog exibe contos oriundos do blog Contos Ancestrais.
Com linha editorial polêmica, busco emitir minhas opiniões sobre os principais acontecimentos políticos do país e do mundo, sob minha ótica particular. É principalmente um blog opinativo e que pretende ser um canal de diálogo e troca de idéias com os leitores.
O colapso do site Panorama Internacional em meados de Outubro de 2007, me fez tomar a decisão de abrir um domínio próprio, puxado pelo sucesso obtido com o primeiro blog. A linha editorial será a mesma."
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Agradeço a gentileza da citação.
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