sexta-feira, 15 de março de 2013

Professora de 74 anos bate forte na Presidente Dilma

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Último lembrete: a pobreza é uma consequência da esmola. Corta a esmola que a pobreza acaba, como dois mais dois são quatro.



Não me leve a mal por este protesto público. Tenho obrigação de protestar, sabe por quê? Porque, de cada delírio seu, quem paga a conta sou eu.

(Martha de Freitas Azevedo Pannunzio)


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Bom dia, dona Dilma!

Eu também assisti ao seu pronunciamento risonho e maternal na véspera do Dia das Mães. Como cidadã da classe média, mãe, avó e bisavó, pagadora de impostos escorchantes descontados na fonte no meu contracheque de professora aposentada da rede pública mineira e em cada Nota Fiscal Avulsa de Produtora Rural, fiquei preocupada com o anúncio do BRASIL CARINHOSO.

Brincando de mamãe Noel, dona Dilma? Em ano de eleição municipalista? Faça-me o favor, senhora presidentA! É preciso que o Brasil crie um mecanismo bastante severo de controle dos impulsos eleitoreiros dos seus executivos (presidente da república, governador e prefeito) para que as matracas de fazer voto sejam banidas da História do Brasil.

Setenta reais per capita para as famílias miseráveis que têm filhos entre 0 a 06 anos foium gesto bastante generoso que vai estimular o convívio familiar destas pessoas, porque elas irão, com certeza, reunir sob o mesmo teto o maior número de dependentes para engordar sua renda. Por outro lado mulheres e homens miseráveis irão correndo para a cama produzir filhos de cinco em cinco anos. Este é, sem dúvida, um plano quinquenal engenhoso de estímulo à vagabundagem, claramente expresso nas diversas bolsas-esmola do governo do PT.

É muito fácil dar bom dia com chapéu alheio. É muito fácil fazer gracinha, jogar para a plateia. É fácil e é um sintoma evidente de que se trabalha (que se governa, no seu caso) irresponsavelmente.

Não falo pelos outros, dona Dilma. Falo por mim. Não votei na senhora. Sou bastante madura, bastante politizada, marxista, sobrevivente da ditadura militar e radicalmente nacionalista. Eu jamais votei nem votarei num petista, simplesmente porque a cartilha doutrinária do PT é raivosa e burra. E o governo é paternalista, provedor, pragmático no mau sentido, e delirante. Vocês são adeptos do quanto pior, melhor. São discricionários, praticantes do bullying mais indecente da História do Brasil.

Em 1988 a Assembleia Nacional Constituinte, numa queda-de-braço espetacular, legou ao Brasil uma Carta Magna bastante democrática e moderna. No seu Art. 5º está escrito que todos são iguais perante a lei*. Aí, quando o PT foi ao paraíso, ele completou esta disposição, enfiando goela abaixo das camadas sociais pagadoras de imposto seu modus governandi a partir do qual todos são iguais perante a lei,menos os que são diferentes: os beneficiários das cotas e das bolsas-esmola. A partir de vocês. Sr. Luís Inácio e dona Dilma, negro é negro, pobre é pobre e miserável é miserável. E a Constituição que vá para a pqp. Vocês selecionaram estes brasileiros e brasileiras, colocaram-nos no tronco, como eu faço com o meu gado, e os marcaram com ferro quente, para não deixar dúvida d e que são mal-nascidos. Não fizeram propriamente uma exclusão, mas fizeram, com certeza, publicamente, uma apartação étnica e social. E o PROUNI se transformou num balcão de empréstimo pró escolas superiores particulares de qualidade bem duvidosa, convalidadas pelo Ministério de Educação. Faculdades capengas, que estavam na UTI financeira e deveriam ter sido fechadas a bem da moralidade, da ética e da saúde intelectual, empresarial, cultural e política do País. A Câmara Federal endoidou? O Senado endoidou? O STJ endoidou? O ex-presidente e a atual presidentA endoidaram? Na década de 60 e 70 a gente lutou por uma escola de qualidade, laica, gratuita e democrática. A senhora disse que estava lá, nesta trincheira, se esqueceu disto, dona Dilma? Oi, por favor, alguém pare o trem que eu quero descer!

Uma escola pública decente, realista, sintonizada com um País empreendedor, com uma grade curricular objetiva, com professores bem remunerados, bem preparados, orgulhosos da carreira, felizes, é disto que o Brasil precisa. Para ontem. De ensino técnico, profissionalizante. Para ontem. Nossa grade curricular é tão superficial e supérflua, que o aluno chega ao final do ensino médio incapaz de conjugar um verbo, incapaz de localizar a oração principal de um período composto por coordenação. Não sabe tabuada. Não sabe regra de três. Não sabe calcular juros. Não sabe o nome dos Estados nem de suas capitais. Em casa não sabe consertar o ferro de passar roupa. Não é capaz de fritar um ovo. O estudante e a estudantA brasileiros só servem para prestar vestibular, para mais nada. E tomar bomba, o que é mais triste. Nossos meninos e jovens leem (quando leem), mas não compreendem o que leram. Estamos na rabeira do mundo, dona Dilma. Acorde! Digo isto com conhecimento de causa porque domino o assunto. Fui a vida toda professora regente da escola pública mineira, por opção política e ideológica, apesar da humilhação a que Minas submete seus professores. A educação de Minas é uma vergonha, a senhora é mineira (é?), sabe disto tanto quanto eu. Meu contracheque confirma o que estou informando.

Seu presente para as mães miseráveis seria muito mais aplaudido se anunciasse apenas duas decisões: um programa nacional de planejamento familiar a partir do seu exemplo, como mãe de uma única filha, e uma escola de um turno só, de doze horas. Não sabe como fazer isto? Eu ajudo. Releia Josué de Castro, A GEOGRAFIA DA FOME. Releia Anísio Teixeira. Releia tudo de Darcy Ribeiro. Revisite os governos gaúcho e fluminense de seu meio-conterrâneo e companheiro de PDT, Leonel Brizola. Convide o senador Cristovam Buarque para um café-amigo, mesmo que a Casa Civil torça o nariz. Ele tem o mapa da mina.

A senhora se lembra dos CIEPs? É disto que o Brasil precisa. De escola em tempo integral, igual para as crianças e adolescentes de todas as camadas, miseráveis ou milionárias. Escola com quatro refeições diárias, escova de dente e banho. E aulas objetivas, evidentemente. Com biblioteca, auditório e natação. Com um jardim bem cuidado, sombreado, prazeroso. Com uma baita horta, para aprendizado dos alunos e abastecimento da cantina. Escola adequada para os de zero a seis, para estudantes de ensino fundamental e para os de ensino médio, em instalações individuais para um máximo de quinhentos alunos por prédio. Escola no bairro, virando a esquina de casa. De zero a dezessete anos. Dê um pulinho na Finlândia, dona Dilma. No aerolula dá pra chegar num piscar de olhos. Vá até lá ver como se gerencia a educação pública com responsabilidade e resultado. Enquanto os finlandeses amam a escola, os brasileiros a depredam. Lá eles permanecem. Aqui a evasão é exorbitante. Educação custa caro? Depende do ponto de vista de quem analisa. Só que educação não é despesa. É investimento. E tem que ser feita por qualquer gestor minimamente sério e minimamente inteligente. Povo educado ganha mais, consome mais, come mais corretamente, adoece menos e recolhe mais imposto para as burras dos governos. Vale à pena investir mais em educação do que em caridade, pelo menos assim penso eu, materialista convicta.

Antes que eu me esqueça e para ser bem clara: planejamento familiar não tem nada a ver com controle de natalidade. Aliás, é a única medida capaz de evitar a legalização do controle de natalidade, que é uma medida indesejável, apesar de alguns países precisarem recorrer a ela. Uberlândia, inspirada na lei de Cascavel, Paraná, aprovou, em novembro de 1992, a lei do planejamento familiar. Nossa cidade foi a segunda do Brasil a tomar esta iniciativa, antecipando-se ao SUS. Eu, vereadora à época, fui a autora da mesma e declaro isto sem nenhuma vaidade, apenas para a senhora saber com quem está falando.

Senhora PresidentA, mesmo não tendo votado na senhora, torço pelo sucesso do seu governo como mulher e como cidadã. Mas a maior torcida é para que não lhe falte discernimento, saúde nem coragem para empunhar o chicote e bater forte, se for preciso. A primeira chibatada é o seu veto a este Código Florestal, que ainda está muito ruim, precisado de muito amadurecimento e aprendizado. O planeta terra é muito mais importante do que o lucro do agronegócio e a histeria da reforma agrária fajuta que vocês estão promovendo. Sou fazendeira e ao mesmo tempo educadora ambiental. Exatamente por isto não perco a sensatez. Deixe o Congresso pensar um pouco mais, afinal, pensar não dói e eles estão em Brasília, bem instalados e bem remunerados, para isto mesmo. E acautele-se durante o processo eleitoral que se aproxima. Pega mal quando um político usa a máquina para beneficiar seu partido e sua base aliada. Outros usaram? E daí? A senhora não é os outros. A senhora á a senhora, eleita pelo povo brasileiro para ser a presidentA do Brasil, e não a presidentA de um partidinho de aluguel, qualquer.

Se conselho fosse bom a gente não dava, vendia. Sei disto, é claro. Assim mesmo vou aconselhá-la a pedir desculpas às outras mães excluídas do seu presente: as mães da classe média baixa, da classe média média, da classe média alta, e da classe dominante, sabe por quê? Porque somos nós, com marido ou sem marido, que, junto com os homens produtivos, geradores de empregos, pagadores de impostos, sustentamos a carruagem milionária e a corte perdulária do seu governo tendencioso, refém do PT e da base aliada oportunista e voraz.

A senhora, confinada no seu palácio, conhece ao vivo os beneficiários da Bolsa-família? Os muitos que eu conheço se recusam a aceitar qualquer trabalho de carteira assinada, por medo de perder o benefício. Estou firmemente convencida de que este novo programa, BRASIL CARINHOSO, além de não solucionar o problema de ninguém, ainda tem o condão de produzir uma casta inoperante, parasita social, sem qualificação profissional, que não levará nosso País a lugar nenhum. E, o que é mais grave, com o excesso de propaganda institucional feita incessantemente pelo governo petista na última década, o Brasil está na mira dos desempregados do mundo inteiro, a maioria qualificada, que entrarão por todas as portas e ocuparão todos os empregos disponíveis, se contentando até mesmo com a informalidade. E aí os brasileiros e brasileira vão ficar chupando prego, entregues ao deus-dará, na ociosidade que os levará à delinquência e às drogas.

Quem cala, consente. Eu não me calo. Aos setenta e quatro anos, o que eu mais queria era poder envelhecer despreocupada, apesar da pancadaria de 1964. Isto não está sendo possível. Apesar de ter lutado a vida toda para criar meus cinco filhos, de ter educado milhares de alunos na rede pública, o País que eu vou legar aos meus descendentes ainda está na estaca zero, com uma legislação que deu a todos a obrigação de votar e o direito de votar e ser votado, mas gostou da sacanagem de manter a maioria silenciosa no ostracismo social, alienada e desinteressada de enfrentar o desafio de lutar por um lugar ao sol, de ganhar o pão com o suor do seu rosto. Sem dignidade, mas com um título de eleitor na mão, pronto para depositar um voto na urna, a favor do político paizão/mãezona que lhe dá alguma coisa. Dar o peixe, ao invés de ensinar a pescar, est a foi a escolha de vocês.

A senhora não pediu minha opinião, mas vai mandar a fatura para eu pagar. Vai. Tomou esta decisão sem me consultar. Num país com taxa de crescimento industrial abaixo de zero, eu, agropecuarista, burro-de-carga brasileiro, me dou o direito de pensar em voz alta e o dever de me colocar publicamente contra este cafuné na cabeça dos miseráveis. Vocês não chegaram ao poder agora. Já faz nove anos, pense bem! Torraram uma grana preta com o FOME ZERO, o bolsa-escola, o bolsa-família, o vale-gás, as ONGs fajutas e outras esmolas que tais. Esta sangria nos cofres públicos não salvou ninguém? Não refrescou niente? Gostaria que a senhora me mandasse o mapeamento do Brasil miserável e uma cópia dos estudos feitos para avaliar o quantitativo de miseráveis apurado pelo Palácio do Planalto antes do anúncio do BRASIL CARINHOSO. Quero fazer uma continha de multiplicar e outra de dividir, só para saber qual a parte que me toca nesta chamada de capital. Democracia é isto, minha cara. Transparência. Não ofende. Não dói.

Ah, antes que eu me esqueça, a palavra certa éPRESIDENTE. Não sou impertinente nem desrespeitosa, sou apenas professora de latim, francês e português. Por favor, corrija esta informação.

Se eu mandar esta correspondência pelo correio, talvez ela pare na Casa Civil ou nas mãos de algum assessor censor e a senhora nunca saberá que desagradou alguém em algum lugar. Então vai pela internet. Com pessoas públicas a gente fala publicamente para que alguém, ciente, discorde ou concorde. O contraditório é muito saudável.

Não gostei e desaprovo o BRASIL CARINHOSO. Até o nome me incomoda. R$2,00 (dois reais) por dia para cada familiar de quem tem em casa uma criança de zero a seis anos, é uma esmolinha bem insignificante, bem insultuosa, não é não, dona Dilma? Carinho de presidentA da república do Brasil neste momento, no meu conceito, é uma campanha institucional a favor da vasectomia e da laqueadura em quem já produziu dois filhos. É mais creche institucional e laica. Mais escola pública e laica em tempo integral com quatro refeições diárias. É professor dentro da sala de aula, do laboratório, competente e bem remunerado. É ensino profissionalizante e gente capacitada para o mercado de trabalho.

Eu podia vociferar contra os descalabros do poder público, fazer da corrupção escandalosa o meu assunto para esta catilinária. Mas não. Prefiro me ocupar de algo mais grave, muitíssimo mais grave, que é um desvio de conduta de líderes políticos desonestos, chamado populismo, utilizado para destruir a dignidade da massa ignara. Aliciar as classes sociais menos favorecidas é indecente e profundamente desonesto. Eles são ingênuos, pobres de espírito, analfabetos, excluídos? Os miseráveis são. Mas votam, como qualquer cidadão produtivo, pagador de impostos. Esta é a jogada. Suja.

A televisão mostra ininterruptamente imagens de desespero social. Neste momento em todos os países, pobres, emergentes ou ricos, a população luta, grita, protesta, mata, morre, reivindicando oportunidade de trabalho. Enquanto isto, aqui no País das Maravilhas, a presidente risonha e ricamente produzida anuncia um programa de estímulo à vagabundagem. Estamos na contramão da História, dona Dilma!

Pode ter certeza de que a senhora conseguiu agredir a inteligência da minoria de brasileiros e brasileiras que mourejam dia após dia para sustentar a máquina extraviada do governo petista.

Último lembrete: a pobreza é uma consequência da esmola. Corta a esmola que a pobreza acaba, como dois mais dois são quatro.

Não meleve a mal por este protesto público. Tenho obrigação de protestar, sabe por quê? Porque, de cada delírio seu, quem paga a conta sou eu.

Atenciosamente,

Martha de Freitas Azevedo Pannunzio

Fazenda Água Limpa, Uberlândia, em 16-05-2012

marthapannunzio@hotmail.com CPF nº 394172806-78

OBS.:- foi entregue em mãos à PRESIDENTE

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quinta-feira, 14 de março de 2013

Execução contra herdeiros - TRF4

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A execução fiscal proposta contra devedor já morto não pode ser redirecionada contra os herdeiros. Nesses casos, o processo será extinto sem resolução de mérito, nos termos do artigo 267, inciso IV, do Código de Processo Civil, por ausência de pressupostos válidos.

Com a prevalência desse entendimento, a 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, manteve sentença que extinguiu processo de execução fiscal estimado em R$ 35 mil manejado pela União contra um contribuinte falecido que residia em Porto Alegre. Segundo os desembargadores, sabendo da morte do devedor, a União deveria ter ajuizado execução fiscal contra o espólio ou contra os seus sucessores, se o inventário não tivesse sido aberto. O acórdão foi lavrado no dia 27 de fevereiro.

O juízo da 2ª Vara Federal de Execuções Fiscais da Capital entendeu que houve incorreção no ajuizamento da ação por parte do ente público. É que a ação foi proposta no dia 5 de dezembro de 2002, e o devedor já era falecido desde 1997 — ano em foi ajuizado o inventário junto à 1ª Vara de Família e Sucessões de Porto Alegre.

Na Apelação, a União sustentou que o inventariante, ou a pessoa responsável, deveria ter comunicado a Receita Federal sobre a morte do executado. Além disso, o juízo teria de possibilitar ao fisco que sanasse o vício, para indicar corretamente o pólo passivo da demanda.

A relatora do recurso na corte, desembargadora Maria de Fátima Freitas Labarrère, afirmou que, uma vez comprovado o falecimento do contribuinte inadimplente, o fisco deve propor a demanda contra o espólio. Ou diretamente contra os sucessores do executado, no caso de encerramento ou não-abertura do inventário.

"No caso, tendo a execução fiscal sido intentada contra o devedor falecido, não é possível o redirecionamento da demanda em face dos herdeiros, como pretende a União, uma vez que a relação processual não chegou a s e perfectibilizar de forma válida, carecendo de pressuposto processual", concluiu.

Revista Consultor Jurídico




(Fonte: www.cavini.adv.br).

A farsa dos imbecis

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O morto morreu mesmo



CHÁVEZ, UM MORTO MUITO LOUCO, A FARSA DOS IMBECIS E O DEFUNTO, MORTO, FALECIDO.



Uma coisa nunca muda: Por mais que governos totalitários profanem a verdade e manipulem a população, a história (que tem o tempo como aliado invencível) sempre vai expor as farsas que esses imbecis cometem.


A morte de Chávez, e toda mentira em torno dela, foi usada como arma de manipulação para legitimar um golpe na Constituição venezuelana capaz de assegurar a continuidade de um governo morto (literalmente). O desprezo pela democracia e pelas regras constitucionais é comum a essa gente que acha “democrático” medir a legitimidade de um governo pela popularidade do alcaide da vez.



Democracia não é isso. Democracia é justamente a garantia de um arcabouço legal inviolável as vontades e ideologias dos governos que vem e vão. Esse pilar visa exatamente proteger o cidadão da sanha do governo e de qualquer manipulação que possa advir dessa ou daquela corrente ideológica que, momentaneamente, esteja no poder.



Os objetivos do governo venezuelano de aproveitar-se do cadáver de Chávez para manter vivo o culta a personalidade carismática de seu “Grande Líder” – uma vez que Maduro é incapaz de fazê-lo – caíram por terra diante da tríade de inimigos implacáveis do totalitarismo e da manipulação de informações: a história, o tempo e a verdade.



Chamados para providenciarem a “mágica” que levaria Chávez do túmulo para um caixão de vidro em um museu (e de volta a cadeira de presidente), especialistas soviéticos (oops… russos) e alemães disseram ser impossível efetuar o procedimento uma vez que o corpo do “comandante” já “passara do ponto”.



Isso deixa claro que os imbecis farsantes se preocuparam tanto em esconder a morte de Chávez para assegurar o seu sujo golpe constitucional (agasalhados pelo Brasil) que se esqueceram de uma coisa chamada decomposição. Um pequeno detalhe que costuma afetar os corpos de socialistas, capitalistas ou mesmo anarquistas a partir do primeiro segundo da morte.



Agora, a não ser que desejem um “comandante” com um leve cheirinho de podre ou um caixão exposto em um museu repleto de purificadores de ar (e muito… muito frio) os bolivarianos perderão a chance de contar com Chávez, um morto muito louco, na cadeira presidencial.



Uma grande coisa é essa tal de verdade… você até pode não gostar dela. Mas, ela sempre aparece.


E, para continuar no espírito solene que essa história merece, evoco as famosíssimas e nababescas palavras de Odorico Paraguaçu que farão a obra de Chávez entrar para os anais e menstruais de Sucupira e da esquerda latino-americana: Chávez, agora, é oficialmente um defunto, morto, falecido.



(Fonte: http://www.visaopanoramica.com/2013/03/14/chvez-um-morto-muito-louco-a-farsa-dos-imbecis-e-o-defunto-morto-falecido)
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quarta-feira, 13 de março de 2013

Horrores reais, amores falsos

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No processo de intrigas da sucessão papal, assassinato era solução costumeira. A renúncia de Bento 16 mostra o papado menos malevolente.


Maria Teofilatto (892-927) teria 14 anos quando o papa Sergio 3º a engravidou. Marozia, como a celebrizaram, deve ter tido especial orgulho de ver coroado como João 11, aos 20 anos (ou 21), o filho tido de Sérgio. Cinco outros descendentes dela chegariam a papa.

Amantes e três sucessivos maridos colaboraram. Mas também, claro, não lhe faltaram adversários: outro de seus filhos a manteve encarcerada (ou enclausurada) até ela morrer, ninguém sabe quando nem como nem onde.

Na época, sucessão papal fascinava famílias aristocráticas ramificadas pelos impérios, reinos, principados, ducados e outras casas do xadrez político europeu. Antes de 1059, apenas potentados laicos nomeavam papas, e o primeiro conclave data de 1276.

No processo de intrigas e extorsões da sucessão papal, assassinato era solução costumeira de impasse. Bonifácio 6º, sucessor de Formosus, morreu após 15 dias de pontificado. "Causa mortis" oficial, gota. O imperador Lamberto di Spoleto nomeou para sucedê-lo o dócil Estêvão 6º.

Motivada por inesquecidos rancores, a imperatriz Agiltrude logo exigiu que Estêvão convocasse um sínodo para julgar Formosus. Estêvão mandou exumar o cadáver (sepultado oito meses antes), paramentá-lo e sentá-lo no trono.

A "defesa" nem conseguiu absolver o réu nem livrá-lo de agravamento da pena: ter decepados os três dedos que todo papa estende para abençoar com a mão direita. Como achasse pouco infamante esse desfecho, Agiltrude mandou exumar de novo o cadáver e despejá-lo no rio Tibre.

Passados alguns meses, Lamberto fez as pazes com os aristocratas que tinham patrocinado Formosus. Na reviravolta, Estêvão acabou deposto e estrangulado. Antigos aliados de Formosus descobriram seu corpo, que um monge recolhera do Tibre e sepultara. Encerraram por fim o caso, então, com terceira exumação e quarto sepultamento.

A cultura de horror se manteria enquanto os papas puderam preservar poder temporal nos Estados papais, ricos territórios da Itália doados pelo imperador franco Pepino, o Breve (ou "o Baixinho", 714-761). O encolhimento dos Estados papais se completaria em 1929, quando Benito Mussolini os delimitou com o nome oficial italiano de Santa Sede (Stato della Città del Vaticano), que no latim oficial é Sancta Sedes (Status Civitatis Vaticanæ).

Até que Pio 9º o aposentasse em 1864, o carrasco Giovanni Battista Bugatti (1779-1869) supliciou em Roma 516 pessoas condenadas por delitos comuns e políticos (conspirar contra o papa era crime de lesa-majestade). E por que não? Pois Agostinho e Tomás de Aquino não aprovaram pena capital?

Bugatti a infligia com forca, machado, guilhotina e marreta (para afundamento de crânio seguido de degola), e às vezes subsequente esquartejamento. Embora não aplicada no século 20, a pena de morte vigeu na Constituição da Santa Sé até ser abolida por Paulo 6º em 1969.

A renúncia de Bento 16 e subsequente sucessão mostram hoje o papado menos arrogante e malevolente, mais compatível com a conduta e o sentimento genuinamente humanitários de tantos católicos. Mas regras anacrônicas ainda contradizem o preceito de amor ao próximo.

É desamor favorecer propagação de doenças e procriação irresponsável com proscrição de camisinha e pílula. Impor celibato clerical. Endossar misoginia paulina para interditar o sacerdócio à mulher. Incitar ódio a homossexuais. Dificultar a promissora pesquisa de células-tronco. Negar voz e prestação de contas aos fieis.

Tradição valida autoridade, sim. Mas qual tradição?



(ALDO PEREIRA, 80, é ex-editorialista e colaborador especial da Folha- Fonte: 
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/98292-horrores-reais-amores-falsos.shtml)
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sexta-feira, 8 de março de 2013

Traduzir a indignação em ação

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A ONU julgará os crimes cometidos contra mulheres e nunca permitirá que elas sejam sujeitas a punições pelos abusos que sofreram

Ao comemorarmos o Dia Internacional da Mulher, devemos olhar para o último ano, no qual aconteceram crimes chocantes de violência contra mulheres e meninas, e nos perguntar como atingir um futuro melhor.

Uma jovem mulher foi estuprada por um grupo de homens até a morte. Outra se matou para evitar a vergonha que seus agressores deveriam ter sentido. Adolescentes foram baleadas à queima-roupa por se atreverem a buscar uma boa educação.

Essas atrocidades, que provocaram uma justa indignação mundial, são parte de um problema muito maior, que permeia praticamente todas as sociedades e todas as áreas da vida.

Olhe para as mulheres que o cercam. Pense naquelas queridas por sua família e sua comunidade. E entenda que há uma probabilidade estatística de que muitas delas tenham sofrido violência durante sua vida. Muitas mais confortaram uma irmã ou amiga, dividindo sua dor e raiva depois de uma agressão.

Neste ano, no Dia Internacional da Mulher, traduzimos a nossa indignação em ação. Declaramos que julgaremos os crimes cometidos contra mulheres e nunca permitiremos que elas sejam sujeitas a punições pelos abusos que sofreram.

Renovamos nosso compromisso de combater essa ameaça à saúde global, onde quer que se esconda -em lares e empresas, em zonas de guerra e em países vivendo em paz ou na mente das pessoas que permitem que a violência continue.

Fazemos também uma promessa especial para mulheres em situações de conflito. Nesses casos, a violência sexual, com frequência, torna-se um instrumento de guerra de humilhação do inimigo, ao destruir sua dignidade.

Para essas mulheres, dizemos: a Organização das Nações Unidas (ONU) está com vocês. Como secretário-geral, insisto que o bem-estar de todas as vítimas de violência sexual em conflito deve estar no topo de nossas atividades. E instruo meus conselheiros a fazer nossa resposta à violência sexual uma prioridade em todas as nossas atividades de construção, manutenção e consolidação da paz.

O sistema ONU está avançando na nossa campanha Unidos pelo Fim da Violência contra as Mulheres, que se baseia numa premissa simples, mas poderosa: todas as mulheres e meninas têm o direito humano fundamental de viver uma vida sem violência.

Nesta semana, em Nova York, na Comissão sobre a Condição da Mulher, o mundo está celebrando a maior assembleia da história da ONU para acabar com a violência contra a mulher. Aproveitaremos ao máximo essa reunião e continuaremos pressionando por avanços muito depois de sua conclusão.

Agradeço todos os governos, grupos e pessoas que contribuíram para essa campanha. Peço a todos que se unam ao nosso esforço. Seja doando dinheiro para uma causa ou emprestando sua voz para um protesto, você pode participar do nosso esforço global para pôr fim a essa injustiça e proporcionar a mulheres e meninas a segurança e liberdade que merecem.



(BAN KI-MOON, 68, mestre em administração pública pela Universidade Harvard (EUA), é o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas). Foi ministro das Relações Exteriores e do Comércio da República da Coreia)
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Toda mulher deveria ler

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FELIZ DIA INTERNACIONAL DA MULHER






Camille Paglia, em entrevista à revista Veja, disse que as mulheres andam tão estressadas que muitos homens desistem da ideia de casar, e para ilustrar esse ritmo frenético que estamos vivendo, pergunta: alguém lembra de ter tido uma avó agitada? 

Vamos por partes. 

De fato, ninguém teve uma avó agitada, era outra época e elas se instalavam muito confortavelmente no papel de guardiãs da família. Talvez fossem mulheres plenamente realizadas ou diabolicamente frustradas, quem vai saber? Mas agitadas, não eram mesmo, o que pode ser uma benção ou uma condenação. 

A pergunta que devolvo: alguma mulher hoje gostaria de reproduzir a vida que sua avó teve? 

No entanto, concordo quando Camille Paglia diz que as mulheres andam estressadas demais, ainda que eu não acredite nessa história de que os homens estão desistindo de casar: todos nós, homens e mulheres, sonhamos em ter uma relação estável e legal. Mas para isso acontecer, não pode haver competitividade, e talvez seja essa a razão do nosso stress: estamos competindo bobamente com os homens, infantilmente com nossas avós e estupidamente com nós mesmas. Ainda desejamos provar para o mundo que yes, we can.

Claro que as mulheres podem tudo, está sacramentado. Mas será que devemos querer tudo? Onde foi parar nosso critério de seleção?

Já não sabemos distinguir o que é prioridade e o que pode ficar em segundo plano: tudo virou prioridade. E só uma mulher supersônica consegue ter eficiência absoluta em todos os quesitos: melhor mãe, melhor amiga, melhor filha, melhor namorada, melhor esposa, melhor profissional, melhor dona-de-casa e melhor bunda. É morte por exaustão na certa. 

Proponho que a gente dê uma folga para nós mesmas. Vamos mudar de assunto. 

Que se pare de falar de mulheres que conseguiram engravidar aos 57 anos, que perderam 30 quilos em duas semanas, que beijaram 28 caras em duas noites de carnaval, que aprenderam a ganhar dinheiro sem sair de casa, que visitaram 46 países nos últimos 10 anos, que sobreviveram a tragédias, que conseguiram dominar as melenas, que são executivas completas, que possuem duas centenas de sapatos, que três semanas depois de se separar já estão felizes nos braços de outro, que preparam um risoto de funghi em 10 minutos, que têm disposição para rolar no chão com os filhos, que assistiram a todos os filmes em cartaz, que aparentam ter 15 anos menos, que exibem uma barriga de tanquinho um mês depois de parir, que lembram trechos inteiros dos clássicos que leram na época da faculdade, que superaram traumas, que arranjam tempo pra fazer pilates, ioga, musculação e drenagem linfática. 

Dá orgulho, eu sei, mas é uma competência e uma autopromoção que beira o irreal. Estou com saudades de ler e ouvir sobre as adoráveis qualidades dos homens. Eles merecem voltar a serem valorizados. 

Isso ajudaria a reduzir nosso stress e a nos dar uma situada. Com menos holofotes, deixaremos de nos cobrar tanto e recuperaremos um pouco da paz de nossas avós.


(Martha Medeiros - Fonte: http://www.mensagenscomamor.com/mensagens/mensagens_femininas.htm)
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terça-feira, 5 de março de 2013

Os dez sinais do Mal de Alzheimer

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A Doença de Alzheimer é uma doença relacionada à idade; quanto mais idoso o indivíduo, maior a chance de desenvolver a doença. As estimativas norte-americanas dão conta que uma em cada oito pessoas acima dos 65 anos tem Alzheimer. Ao avaliar apenas as pessoas com 85 anos ou mais, quase 50% manifestam a doença. Além disso, muitas pessoas que nunca exibiram sintomas de Alzheimer podem ter alterações na autópsia que sugerem que o problema já estava se desenvolvendo.

Nos últimos anos, o conhecimento acerca do problema ter crescido muito e embora não tenhamos ainda medicamentos mais eficazes, acredita-se que a detecção precoce permitirá um melhor controle do problema. As esperanças da comunidade científica vão ainda além, com o desenvolvimento de métodos diagnósticos que reconhecem as alterações do Alzheimer antes dos primeiros sintomas, o objetivo será adiar a instalação clínica do Alzheimer e aumentar a expectativa de vida produtiva até nos que estão predispostos à patologia.

Nesse artigo, apresentamos uma tradução de material elaborado e divulgado pela Alzheimer’s Association nos Estados Unidos da América, com a finalidade de aumentar o conhecimento do público leigo para a detecção dos principais sintomas da doença.

Os dez sinais do Alzheimer

1 – Perda de Memória que compromete as atividades da vida diária. Um dos sinais mais comuns da Doença de Alzheimer é a perda de memória, especialmente o esquecimento de informações recentemente aprendidas. Outras incluem esquecer datas ou eventos importantes; perguntar a mesma coisa diversas vezes; depender de apontamentos ou ajuda da família para coisas que antes dava conta sozinha. Quais alterações são normais para a idade? Algumas vezes a pessoa pode se esquecer de nomes ou compromissos, mas depois se lembra deles.

2 – Dificuldade em planejamento ou resolução de problemas. Algumas pessoas podem manifestar alterações em suas habilidades de desenvolver ou seguir um plano ou trabalhar com números. Elas podem ter problemas para seguir uma receita conhecida ou se manter em dia com as contas do mês. Também podem ter dificuldade de se concentrar ou demorar muito mais do que antigamente para fazer coisas. Não é considerado doença, entretanto, ter alguns erros ocasionais para fazer o balanço do talão de cheque.

3 – Dificuldade em completar tarefas usuais em casa, no trabalho ou no lazer. Pessoas com Alzheimer com frequência acham difícil realizar as tarefas diárias. Algumas vezes, as pessoas têm dificuldade de dirigir para um local familiar, administrar o orçamento no trabalho ou se lembrar das regras de um jogo favorito. O que é típico de mudança relacionada à idade? Ocasionalmente precisar de ajuda para fazer a programação de um microondas ou gravar um programa de televisão.

4 – Confusão no tempo e no espaço. Pessoas com Alzheimer podem perder o controle de datas, estações do ano e a passagem do tempo. Elas podem ter dificuldade de compreender algo que não esteja acontecendo imediatamente. Algumas vezes podem esquecer onde estão ou como chegaram ali. O que é típico de mudança relacionada à idade? Fica confuso sobre o dia da semana, mas descobrir depois.

5 – Problemas para entender imagens visuais ou relações espaciais. Para algumas pessoas, ter problemas de visão pode ser um sinal de Alzheimer. Elas podem ter dificuldade de leitura, julgamento de distâncias ou reconhecimento de cores e contrastes. Em termos de percepção, elas podem passar por um espelho e pensar que mais alguém está na sala. Elas podem não perceber que são elas mesmas no espelho. O que é típico de mudança relacionada à idade? Alterações visuais decorrentes de cataratas ou outros problemas oculares.

6 – Novos problemas com palavras na fala ou na escrita. Pessoas com Alzheimer podem ter dificuldade para acompanhar ou participar de uma conversa. Elas podem parar no meio da conversa e não saberem como continuar ou podem ficar se repetindo. Elas podem se complicar com o vocabulário, ter problemas em achar a palavra certa ou chamar as coisas pelo nome errado.(ex: podem chamar um lápis de caneta)O que é típico de mudança relacionada à idade? Algumas vezes ter dificuldade em encontrar a melhor palavra.

7 – Colocar as coisas fora de lugar e perder a capacidade de reconstituir o que fez. Uma pessoa com Alzheimer pode colocar as coisas em lugares inapropriados ou não costumeiros. Eles podem perder as coisas e serem incapazes de reconstituir seus passos para achá-las novamente. Algumas vezes, podem acusar os outros de as terem roubado. Isso pode ocorre com mais frequência à medida que o tempo passa. O que é típico de mudança relacionada à idade? Colocar as coisas fora de lugar de vez em quando, como um par de óculos ou o controle remoto da TV.

8 – Julgamento pobre ou diminuído. Pessoas com Alzheimer pode experimentar mudanças no julgamento e na capacidade de tomar decisões. Por exemplo, elas podem se confundir ao lidar com dinheiro, dando quantias exageradas a vendedores de telemarketing. Elas podem prestar pouca atenção ao asseio pessoal e não se manterem limpas. O que é típico de mudança relacionada à idade? Tomar uma decisão inadequada de vez em quando.

9 – Afastamento do trabalho e de atividades sociais. Uma pessoa com Alzheimer pode começar a se desligar de passatempo, hobbies, atividades sociais, projetos de trabalho ou esportes. Ela pode ter dificuldade em se manter atualizada com o time favorito ou se lembrar como executar seu hobby favorito. Também pode evitar se socializar por causa das mudanças que está sentindo. O que é típico de mudança relacionada à idade? Alguns sentimentos de fadiga em relação a trabalho e compromissos familiares ou sociais.

10 – Alterações de humor e personalidade. O humor e a personalidade das pessoas com Alzheimer pode mudar. Elas podem ser tornar confusas, desconfiadas, deprimidas, medrosas ou ansiosas. Elas podem ficar facilmente descontentes em casa, no trabalho com os amigos ou em lugares nos quais se sintam fora de sua zona de conforto. O que é típico de mudança relacionada à idade? Desenvolver formas muito específicas de fazer as coisas e se tornar irritável quando a rotina é perturbada.


( Roger Taussig Soares é médico neurologista formado pela Universidade Estadual de Londrina (PR) com em Neurologia Clínica pela Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador do Grupo de Neurologia Cognitiva e Comportamental no Hospital das Clínicas – FMUSP www.doutorcerebro.com.br)
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sábado, 2 de março de 2013

Texto dedicado a todas as mamães e futuras mamães

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Nós estamos sentadas, almoçando, quando minha filha casualmente menciona que ela e seu marido estão pensando em “começar uma família”.

— Nós estamos fazendo uma pesquisa — ela diz, meio de brincadeira. — Você acha que eu deveria ter um bebê?

— Vai mudar a sua vida — eu digo, cuidadosamente, mantendo meu tom neutro.

— Eu sei — ela diz. — Nada de dormir até tarde nos finais de semana, nada de férias espontâneas…

Mas não foi nada disso que eu quis dizer. Eu olho para a minha filha tentando decidir o que dizer a ela. Eu quero que ela saiba o que ela nunca vai aprender no curso de casais grávidos. Eu quero lhe dizer que as feridas físicas de dar à luz irão se curar, mas que tornar-se mãe deixará uma ferida emocional tão exposta que ela estará para sempre vulnerável.

Eu penso em alertá-la que ela nunca mais vai ler um jornal sem se perguntar: “E se tivesse sido o MEU filho?”; que cada acidente de avião, cada incêndio irá lhe assombrar; que quando ela vir fotos de crianças morrendo de fome, ela se perguntará se algo poderia ser pior do que ver seu filho morrer.

Olho para suas unhas com a manicure impecável, seu terno estiloso e penso que não importa o quão sofisticada ela seja, tornar-se mãe irá reduzí-la ao nível primitivo da ursa que protege seu filhote; que um grito urgente de “Mãe!” fará com que ela derrube um suflê na sua melhor louça sem hesitar nem por um instante.

Eu sinto que deveria avisá-la que não importa quantos anos investiu em sua carreira, ela será arrancada dos trilhos profissionais pela maternidade. Ela pode conseguir uma escolinha, mas um belo dia entrará numa importante reunião de negócios e pensará no cheiro do seu bebê. Ela vai ter que usar cada milímetro de sua disciplina para evitar sair correndo para casa, apenas para ter certeza de que o seu bebê está bem.

Eu quero que a minha filha saiba que decisões do dia a dia não mais serão rotina; que a decisão de um menino de 5 anos de ir ao banheiro masculino, ao invés do feminino, no McDonald's, se tornará um enorme dilema; que ali mesmo, em meio às bandejas barulhentas e crianças gritando, questões de independência e gênero serão pensadas contra a possibilidade de que um molestador de crianças possa estar observando no banheiro.

Não importa o quão assertiva ela seja no escritório, se questionará constantemente como mãe.

Olhando para minha atraente filha, eu quero assegurá-la de que o peso da gravidez ela perderá eventualmente, mas que jamais se sentirá a mesma sobre si mesma; que a vida dela, hoje tão importante, será de menor valor quando ela tiver um filho; que ela a daria num segundo para salvar sua cria — mas que também começará a desejar mais anos de vida, não para realizar seus próprios sonhos, mas para ver seus filhos realizarem os deles.

Eu quero que ela saiba que a cicatriz de uma cesárea ou estrias, se tornarão medalhas de honra.

O relacionamento de minha filha com seu marido irá mudar, mas não da forma como ela pensa. Eu queria que ela entendesse o quanto mais se pode amar um homem que tem cuidado ao passar pomadinhas num bebê ou que nunca hesita em brincar com seu filho. Eu acho que ela deveria saber que ela se apaixonará por ele novamente por razões que hoje ela acharia nada românticas.

Eu gostaria que minha filha pudesse perceber a conexão que ela sentirá com as mulheres que, através da história, tentaram acabar com as guerras, o preconceito e com os motoristas bêbados.

Eu espero que ela possa entender por que eu posso pensar racionalmente sobre a maioria das coisas, mas que me torno temporariamente insana quando discuto a ameaça da guerra nuclear para o futuro dos meus filhos.

Eu quero descrever para minha filha a enorme emoção de ver seu filho aprender a andar de bicicleta.

Quero mostrar a ela a gargalhada gostosa de um bebê que está tocando o pelo macio de um cachorro ou gato pela primeira vez. Quero que ela prove a alegria que, de tão real, chega a doer.

O olhar de estranheza da minha filha me faz perceber que tenho lágrimas nos olhos.

— Você jamais se arrependerá — digo finalmente. Então estico minha mão sobre a mesa, aperto-lhe a mão e faço uma prece silenciosa por ela e por mim e por todas as mulheres meramente mortais que encontraram em seu caminho esse que é o mais maravilhoso dos chamados; esse presente abençoado de Deus, que é ser mãe.



(Autor Desconhecido - Foto de Lilo Faria - Curitiba)
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sexta-feira, 1 de março de 2013

‘O telec do Linco’, do trovador gaúcho Alamir Longo

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‘O telec do Linco’, do trovador gaúcho Alamir Longo


I
O doutor honoris causa
com pinta de imperador,
se lança de professor
esbanjando sabedoria
e a gente que nem sabia
que o safo era um leitor…

II
Pois agora está explicado
tamanho conhecimento…
pois o livro é um instrumento
valioso e transformador
que converte a pensador
até mesmo um pobre jumento!

III
Mas eu acho que o estadista
deu de mão no livro errado…
ou pegou ele virado
quando foi fazer a leitura!
pois cada vez mais loucura
esse cabra tem perfilado.

IV
Dizer montes de besteiras
pra ele é coisa normal…
no seu discurso boçal
se embriaga em devaneio,
só falta dizer que veio
com a esquadra de Cabral!

V
E agora veio com essa…
telex e computador!
Do Lincoln fez seu pastor
em delirante piadinha,
enfeitada a rizadinha
da sacrossanta plateia,
que sequer fazia ideia
que o “linco,telec” não tinha!


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Assunto encerrado - Olavo de Carvalho

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“These opposed factions might be compared to two swords, of which one had a gilded and ornamental hilt, but a blade formed of glass or other brittle substance, while the brazen handle of the other corresponded in strengh and coarseness to the steel of the weapon itself.” 
(Walter Scott, a propósito dos constitucionalistas e dos jacobinos na Revolução Francesa).



Quem quer que, a esta altura, ainda sonhe em “vencer o PT”, seja nas próximas eleições, seja ao longo das décadas vindouras, deve ser considerado in limine um bobão incurável, indigno de atenção. O PT, como digo há anos, não veio para alternar-se no poder com outros partidos -- muito menos com os da “direita” -- segundo o rodízio normal do sistema constitucional-democrático. Ele veio para destruir esse sistema, para soterrá-lo para sempre nas brumas do passado, trocando-o por algo que os próprios petistas não sabem muito bem o que há de ser, mas a respeito do qual têm uma certeza: seja o que for, será definitivo e irrevogável. Não haverá retorno. O Brasil em que vivemos é, já, o “novo Brasil” prometido pelo PT, e não tem a menor perspectiva de virar outra coisa a médio ou longo prazo, exceto se forçado a isso pela vontade divina ou por mudanças imprevisíveis do quadro internacional.

A causa essencial desse fenômeno é a própria diferença de escala entre a atuação do PT e a de seus pretensos adversários. Estes sempre limitaram suas ações e ambições à esfera político-eleitoral explícita, enquanto o PT segue há décadas uma estratégia abrangente que inclui desde a completa hegemonia das modas culturais, gostos artísticos e reações psicológicas da população, até à infiltração nas Forças Armadas e órgãos policiais, a “ocupação de espaços” em todos os escalões da administração pública e o domínio sobre a mídia. Há mais de uma década os partidos que lutam contra o petismo fazem-no dentro de um quadro social, cultural e psicológico previamente demarcado pelo PT, do qual não chegam sequer a ter consciência.

O PT, ademais, nunca agiu sozinho. Ele é apenas o rótulo mais visível de um complexo muito bem articulado de entidades subservientes (em vários graus) à estratégia do Foro de São Paulo, incluindo-se nisso portanto, além do MST, da CUT e dos partidos menores de esquerda, a quase totalidade das organizações autonomeadas “representantes da sociedade civil”, numa gama que vai desde uma infinidade de ONGs ecológicas, indigenistas e de “direitos humanos” até a CNBB, a OAB, a ABI e similares.

Para completar, o PT esteve sempre bem articulado com a esquerda internacional, tendo contatos e apoio em toda parte -- na ONU, na CE, na mídia européia e americana, nas organizações internacionais de terroristas e narcotraficantes e sobretudo em fundações como Ford e Rockefeller, etc., senhoras da cornucópia global de onde jorra dinheiro em quantidades ilimitadas para qualquer projeto cultural ou social que contenha uma dose suficiente de esquerdismo.

Perto disso, os partidos que poderiam encarnar mesmo remotamente o antipetismo são apenas organizações provincianas, isoladas do mundo, impotentes, limitadas à propaganda eleitoral corriqueira, às intrigas de gabinete e à disputa das migalhas que caem da mesa do banquete petista.

E não me venham falar em PSDB. É oposição biônica, dócil e castrada. A articulação do PSDB com o PT é tão profunda, tão comprometedora, que líderes tucanos e petistas já discutem abertamente a fusão de seus partidos. E não convém esquecer que a mais prestimosa ajuda para eleger o atual presidente veio do homem de papelão, José Serra, o qual, sabendo das conexões políticas entre seu adversário, a narcoguerrilha colombiana e a indústria internacional de seqüestros encabeçada pelo MIR chileno, se omitiu de denunciá-las durante a campanha eleitoral, dando a Lula a chance dourada de impingir à opinião pública uma falsa imagem de candura e honestidade.

É deplorável ter de insistir numa coisa tão evidente, mas uma estratégia de escala continental, escorada numa rede global de organizações e no completo domínio da atmosfera cultural não pode ser enfrentada por meio de resistências locais, de espertezas provincianas, de críticas pontuais a erros econômico-administrativos ou da aposta louca nas brigas internas da facção dominante, que só a revigoram.

A desproporção de forças, aí, é tão brutal, tão avassaladora, que não vale nem mais a pena insistir no assunto.





(Olavo de Carvalho - Fonte: Jornal da Tarde, 12 de fevereiro de 2004 - http://www.olavodecarvalho.org/semana/040212jt.htm)

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