Dilma tem documentos retirados de tribunal
O Superior Tribunal Militar (STM) decidiu retirar de circulação os documentos referentes à prisão da candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) durante a ditadura militar (1964-85). O objetivo é prevenir um eventual uso político do material.
O processo está trancado desde março por ordem do próprio ministro-presidente do tribunal, Carlos Alberto Marques Soares. Os documentos, com a devida autorização do presidente do tribunal, eram de livre acesso ao público.
Estão nos arquivos do STM mais de 116 mil processos, mas só os referentes a Dilma e "mais uns outros 50″ estão no cofre, segundo Carlos Alberto Marques.
O presidente disse que outra razão para que os documentos saiam de circulação é a restauração e digitalização dos processos. A ação pode demorar, já que a licitação para contratar um responsável para restaurar os arquivos ainda nem foi feita.
A assessoria da candidata do PT diz que ela "desconhece" a guarda dos documentos em um cofre.
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Está trancado desde março, em um cofre da presidência do Superior Tribunal Militar, todo o processo que levou a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, à prisão durante a ditadura (1964-85). A papelada, retirada dos arquivos por ordem do próprio presidente do tribunal, para prevenir um eventual uso político do material, revela em fichas, fotos, depoimentos e relatórios de inteligência a militância de Dilma à época. Até março, quando foram "escondidos", os documentos poderiam ser consultados pelo público, como advogados, jornalistas, pesquisadores e pelas partes do processo. A liberação, quase sempre, é feita pelo ministro-presidente do tribunal, Carlos Alberto Marques Soares. Ele admitiu que o processo foi parar no cofre por causa das eleições. "Não quero uso político do Superior Tribunal Militar", afirmou ele: "Não vou correr risco no período eleitoral". Estão nos arquivos do Superior Tribunal Militar mais de 116 mil processos. Além do material sobre a ditadura, há documentos da Intentona Comunista, de 1935, e da chegada de Getúlio Vargas ao poder, em 1930. Só o processo referente a Dilma e "mais uns outros 50", segundo Carlos Alberto Marques, estão no cofre.Tribunal esconde processo contra Dilma nos anos 70
Está trancado desde março, num cofre da presidência do Superior Tribunal Militar, todo o processo que levou a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, à prisão durante a ditadura (1964-85).
A papelada, retirada dos arquivos por ordem do próprio presidente do tribunal para prevenir um eventual uso político do material, revela em fichas, fotos, depoimentos e relatórios de inteligência a militância de Dilma à época.
Até março, quando foram "escondidos", os documentos poderiam ser consultados pelo público, como advogados, jornalistas, pesquisadores e pelas partes do processo. A liberação, quase sempre, é feita pelo ministro-presidente do tribunal, Carlos Alberto Marques Soares.
Em entrevista à Folha, ele admitiu que o processo foi parar no cofre por causa das eleições. "Não quero uso político [do STM]", afirmou ele. "Não vou correr risco no período eleitoral."
Estão nos arquivos do STM mais de 116 mil processos. Além do material sobre a ditadura, há documentos da Intentona Comunista, de 1935, e da chegada de Getúlio Vargas ao poder, em 1930.
Só o processo referente a Dilma e "mais uns outros 50", segundo Carlos Alberto Marques, estão no cofre.
Mas o passado de Dilma em organizações da esquerda armada não é o único argumento para a retirada do material do arquivo. "Também vamos começar a restauração e a digitalização dos processos", disse.
A digitalização, por enquanto, só existe no discurso. Uma licitação para contratar um responsável para restaurar os arquivos ainda nem saiu do papel, como reconhece o ministro.
Apenas depois de restaurados, os papeis serão digitalizados. E o processo só será disponibilizado ao público após a digitalização.
A assessoria da candidata do PT diz que ela "desconhece" a guarda dos documentos em um cofre.
"A mim ninguém pediu nada", afirmou Carlos Alberto ao ser questionado se recebeu alguma solicitação para levar o material aos cofres.
O processo não traz informações somente do passado de Dilma. À época, em 1970, outras 67 pessoas tornaram-se rés no mesmo caso.
Quase todos eram integrantes da VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária - Palmares), organização que Dilma integrava.
Parte do material, mas não ele todo, está espalhado em arquivos públicos do país. O processo não está protegido por sigilo.
Presa no início de 1970, a candidata do PT foi condenada pela Justiça Militar de três Estados --Rio, Minas e São Paulo. Foi torturada. Deixou a prisão no final de 1972.
Em entrevistas sobre o assunto, Dilma Rousseff diz ter orgulho de seu passado de luta contra a ditadura. Ele nega ter atuado em ações armadas e afirma que sua participação restringiu-se à logística das organizações
(Fonte: www.jusbrasil.com.br)
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