quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Quanto mais as coisas mudam, mais elas ficam iguais

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ATAQUE À CLASSE MÉDIA

Diálogo entre Colbert e Mazarino durante o reinado de Luís XIV:


• Colbert: Para encontrar dinheiro, há um momento em que enganar já não é possível. Eu gostaria, Senhor  Superintendente, que me explicasse como é que é possível continuar a gastar quando já se está endividado até ao pescoço…


• Mazarino: Se se é um simples mortal, claro está, quando se está coberto de dívidas, vai-se parar à prisão. Mas o Estado… o Estado, esse, é diferente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se… Todos os Estados o fazem!


• Colbert: Ah sim? O Senhor acha isso mesmo ? Contudo, precisamos de dinheiro. E como é que havemos de o obter se já criámos todos os impostos imagináveis?


• Mazarino: Criam-se outros.


• Colbert: Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.


• Mazarino: Sim, é impossível.


• Colbert: E então os ricos?


• Mazarino: Os ricos também não. Eles não gastariam mais. Um rico que gasta faz viver centenas de pobres.


• Colbert: Então como havemos de fazer?


• Mazarino: Colbert! Tu pensas como um queijo, como um penico de um doente! Há uma quantidade enorme de gente entre os ricos e os pobres: os que trabalham sonhando em vir a enriquecer e temendo ficarem pobres. É a esses que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Esses, quanto mais lhes tirarmos mais eles trabalharão para compensarem o que lhes tirámos. É um reservatório inesgotável.


in Le Diable Rouge, de Antoine Rault



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PLUS ÇA CHANGE, PLUS C’EST PAREIL.

Colbert et Mazarin sous LOUIS XIV

Extrait d’une conversation supposée entre Colbert et le Cardinal Mazarin sous LOUIS XIV (Roi de France de 1643 à 1715)


Colbert face à Mazarin

Colbert : Pour trouver de l’argent, il arrive un moment où tripoter ne suffit plus. J’aimerais que Monsieur le Surintendant m’explique comment on s’y prend pour dépenser encore quand on est déjà endetté jusqu’au cou.

Mazarin : Quand on est un simple mortel, bien sûr, et qu’on est couvert de dettes, on va en prison. Mais l’Etat? L’Etat, lui, c’est différent. On ne peut pas jeter l’Etat en prison. Alors, il continue, il creuse la dette ! Tous les Etats font ça.

Colbert : Ah oui ? Vous croyez ? Cependant, il nous faut de l’argent. Et comment en trouver quand on a déjà créé tous les impôts imaginables ?

Mazarin : On en crée d’autres.

Colbert : Nous ne pouvons pas taxer les pauvres plus qu’ils ne le sont déjà.

Mazarin : Oui, c’est impossible.

Colbert : Alors, les riches ?

Mazarin : Les riches, non plus. Ils ne dépenseraient plus. Un riche qui dépense fait vivre des centaines de pauvres.

Colbert : Alors, comment fait-on ? 

Mazarin : Colbert, tu raisonnes comme un fromage (comme un pot de chambre sous le derrière d’un malade) ! Il y a quantité de gens qui sont entre les deux, ni pauvres, ni riches.

Des Français qui travaillent, rêvant d’être riches et redoutant d’être pauvres ! C’est ceux-là que nous devons taxer, encore plus, toujours plus ! Ceux là ! Plus tu leur prends, plus ils travaillent pour compenser. C’est un réservoir inépuisable.

Extrait du Diable Rouge

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Jean-Baptiste Colbert (Reims, 29 de Agosto de 1619Paris, 6 de Setembro de 1683) foi um políticofrancês que ficou conhecido como ministro de Estado e da economia do rei Luís XIV. Instalou o Colbertismo na França, onde teve uma grande importância no desenvolvimento do mercantilismo ou da teoria mercantilista, bem como das práticas de intervenção estatal na economia, que o mercantilismo advocava.

Jules Mazarin, nascido Giulio Raimondo Mazzarino, conhecido como Cardeal Mazarino, (Pescina, 14 de julho de 16029 de março de 1661) foi um estadista italiano radicado na França que serviu como o primeiro-ministro da França de 1642 até sua morte. Mazarino sucedeu seu mentor, Cardeal de Richelieu. Ele era um notável coletor de arte e jóias, particularmente diamantes, e ele deixou por herança os "diamantes Mazarino" para Luís XIV em 1661, alguns dos quais permanecem na coleção do museu do Louvre em Paris.


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