sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Canção - Cecilia Meireles

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Nunca eu tivera querido
dizer palavra tão louca:
bateu-me o vento na boca,
e depois no teu ouvido.
Levou somente a palavra,
deixou ficar o sentido.

O sentido está guardado
no rosto com que te miro,
neste perdido suspiro
que te segue alucinado,
no meu sorriso suspenso
como um beijo malogrado.

Nunca ninguém viu ninguém
que o amor pusesse tão triste.
Essa tristeza não viste,
e eu sei que ela se vê bem.
Só se aquele mesmo vento
fechou teus olhos, também...

(Cecilia Meireles) 
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Um comentário:

  1. Olá Berenice!

    Lindo! A poesia é como o vento, traz os sentidos quando soam as palavras lidas, em nosso inconsciente! Depois nos traz os sentidos conforme as vivencias que vem! Nossa mente, nossa vida, é incrível que tudo se faz na viagem do tempo que nos envolvem com os sentimentos, tudo feito para o nosso despertar, a vida e Sua Sabedoria!

    Um abraço,
    "Todo o Conhecimento é Luz que Inspira a Alma" -*Vera Luz*-

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