(Coisa de Nordestino)
Nunca vi na minha vida
Delegado ser punido
Porque prendeu gente pobre
Não obstante bandido
Mas com rico aconteceu
Depois que se reverteu
Caso sério em alarido
Na operação Satiagraha
Da Polícia Federal
Prenderam um peixe graúdo
Um mensageiro do mal
O mundo quase acabou
E o homem que investigou
É o único marginal
Quem antes era acusado
Hoje acusa o delegado
Ganhou súmula vinculante
Pra não ser mais algemado
Estou pagando pra ver
O "ter" suplantando o "ser"
Nesse caso mal contado
Pesa sobre o delegado
Crime de usurpação
Violação de sigilo
E de prevaricação
Só falta agora acusá-lo
Que tudo que aqui falo
É dele a inspiração
Nessa inversão de conduta
Já vejo dois condenados
O juiz, Fausto De Sanctis
E Protógenes, o delegado
Vez que o astuto banqueiro
Vai gastar um bom dinheiro
Mas não vai ser enjaulado
Tudo indicada que Protógenes
É o primeiro culpado
Junto com o juiz De Sanctis
Deve ser sacrificado
Até porque Daniel
Só não vai entrar no Céu
Mas vai ser canonizado
A Justiça, embora cega
Enxergou argueiro em rico
Soprou no olho do mal
Tirou tudo quanto é cisco
É que o Ministro Gilmar
Quando quer se superar
Usa o plenário pra isso
O Supremo decidiu
Que o Gilmar tem razão
O Ministro Marco Aurélio
Foi a única dissensão
Mas o espírito de corpo
Corou até quem ta morto
De tanta decepção...
(Edmar Melo)
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é muito bem vindo.