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Um dia, no escritório de advocacia, um homem reparou que o seu colega, muito conservador, estava usando um brinco.
- Não sabia que você gostava desse tipo de coisas - comentou.
- Não é nada de especial, é só um brinco - replicou o colega.
- Há quanto tempo você o usa?
- Desde que a minha mulher o encontrou, no meu carro, na semana passada...
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quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Onde você coloca o sal?
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O velho monge pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d'água e bebesse.
- Qual é o gosto? - perguntou o Mestre.
- Ruim - disse o aprendiz.
O monge sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago. Então o velho disse:
- Beba um pouco dessa água.
Enquanto a água escorria do queixo do jovem o Mestre perguntou:
- Qual é o gosto?'
- Normal! disse o rapaz.
- Você sente o gosto do sal? perguntou o Mestre.
- Não... - disse o jovem.
O monge então sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:
- A dor na vida de uma pessoa não muda, mas o sabor da dor depende de onde a colocamos.
Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta.
É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu.
Em outras palavras: É deixar de Ser copo para tornar-se um Lago.
(Pensamento Zen-Budista)
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O velho monge pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d'água e bebesse.
- Qual é o gosto? - perguntou o Mestre.
- Ruim - disse o aprendiz.
O monge sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago. Então o velho disse:
- Beba um pouco dessa água.
Enquanto a água escorria do queixo do jovem o Mestre perguntou:
- Qual é o gosto?'
- Normal! disse o rapaz.
- Você sente o gosto do sal? perguntou o Mestre.
- Não... - disse o jovem.
O monge então sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:
- A dor na vida de uma pessoa não muda, mas o sabor da dor depende de onde a colocamos.
Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta.
É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu.
Em outras palavras: É deixar de Ser copo para tornar-se um Lago.
(Pensamento Zen-Budista)
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O bolsa família segundo Lula (2009 e 2002) - Quanta coerência!!
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Ass pessoas se esquecem de que tudo hoje em dia é gravado e documentado. O resultado é isso que você pode ver neste vídeo.
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Ass pessoas se esquecem de que tudo hoje em dia é gravado e documentado. O resultado é isso que você pode ver neste vídeo.
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A La Paz de Evo Morales tem os primeiros bares de consumo de cocaína do mundo
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Os antropólogos do pé quebrado e do miolo mole querem fazer de Evo Morales apenas um presidente de origem indígena, que trata a folha de coca como um elemento da cultura dos nativos. Bem, no que respeita ao tráfico internacional, a mentira já está demonstrada. Evo está ampliando a produção de folha de coca. Os índios não conseguem mascar mais do que já mascam. O aumento da demanda vem do tráfico.
O post abaixo é de Paulo Mussoi, no blog Sobredrogas, de O Globo.
Reportagem publicada semana passada pelo jornal inglês The Guardian mostra um aspecto ainda pouco conhecido da cultura do uso de drogas na América Latina. A matéria, do correspondente do jornal no continente Jonathan Franklin, conta como é a rotina do que seria um dos primeiros “cocaine bars” do mundo, que funciona há alguns meses em La Paz, capital da Bolívia.
O bar chama-se Route 36, alusão a uma famosa rodovia que liga o leste ao oeste dos Estados Unidos. Ali, é possível comprar e consumir cocaína abertamente, em “porções” servidas pelo garçom em capas de CD, junto com drinques e refrigerantes. Comida, naturalmente, não é o forte do lugar, que também não é o único, e sim apenas o mais famoso bar de cocaína de La Paz.
A reportagem do Guardian tem um tom mais comportamental, e não se aprofunda muito em como o poprietário do Route 36 conseguiu sua licença para vender cocaína, servida ali pelo equivalente a R$ 30 o grama do pó “normal” ou R$ 45 o grama do pó “forte”, mais puro. Obviamente, não há licença nenhuma, apenas a confluência da cultura milenar da coca no país andino com o nem tão antigo mas também secular hábito da corrupção que acomete muitas autoridades públicas e policiais nos países da América do Sul. Em resumo: molhando a mão das pessoas certas, o bar tem conseguido se manter aberto já há mais de um ano. Ainda que sem endereço permanente: à medida que o movimento da casa começa a incomodar os vizinhos e a chamar atenção demais, o bar muda de endereço, sempre com a complacência da polícia local.
Apesar do espírito de total ilegalidade que ronda o Route 36, a reportagem do Guardian (e uma série de blogs de viajantes que consultei na internet) mostra que o ambiente dentro do bar é de tranquilidade, muito similar aos dos coffee shops holandeses. Não há brigas, paranoias ou travações, só grupos sempre animados de jovens turistas que não param de falar. A casa, que funciona 24 horas por dia, tem atraído tantos mochileiros do mundo inteiro que até o respeitado guia Lonely Planet a cita entre suas indicações radicais para a capital boliviana.
Leia a íntegra da reportagem (em inglês) no link abaixo. Quem quiser, acha uma “versão brasileira” da matéria na edição impressa da revista Maxim de agosto (Vergonhosamente, a revista publicou o texto do Guardian dando a entender que era seu material exclusivo - muito feio).
(The Guardian - http://www.guardian.co.uk/world/2009/aug/19/bolivia-cocaine-bar-route-36)
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Os antropólogos do pé quebrado e do miolo mole querem fazer de Evo Morales apenas um presidente de origem indígena, que trata a folha de coca como um elemento da cultura dos nativos. Bem, no que respeita ao tráfico internacional, a mentira já está demonstrada. Evo está ampliando a produção de folha de coca. Os índios não conseguem mascar mais do que já mascam. O aumento da demanda vem do tráfico.
O post abaixo é de Paulo Mussoi, no blog Sobredrogas, de O Globo.
Reportagem publicada semana passada pelo jornal inglês The Guardian mostra um aspecto ainda pouco conhecido da cultura do uso de drogas na América Latina. A matéria, do correspondente do jornal no continente Jonathan Franklin, conta como é a rotina do que seria um dos primeiros “cocaine bars” do mundo, que funciona há alguns meses em La Paz, capital da Bolívia.
O bar chama-se Route 36, alusão a uma famosa rodovia que liga o leste ao oeste dos Estados Unidos. Ali, é possível comprar e consumir cocaína abertamente, em “porções” servidas pelo garçom em capas de CD, junto com drinques e refrigerantes. Comida, naturalmente, não é o forte do lugar, que também não é o único, e sim apenas o mais famoso bar de cocaína de La Paz.
A reportagem do Guardian tem um tom mais comportamental, e não se aprofunda muito em como o poprietário do Route 36 conseguiu sua licença para vender cocaína, servida ali pelo equivalente a R$ 30 o grama do pó “normal” ou R$ 45 o grama do pó “forte”, mais puro. Obviamente, não há licença nenhuma, apenas a confluência da cultura milenar da coca no país andino com o nem tão antigo mas também secular hábito da corrupção que acomete muitas autoridades públicas e policiais nos países da América do Sul. Em resumo: molhando a mão das pessoas certas, o bar tem conseguido se manter aberto já há mais de um ano. Ainda que sem endereço permanente: à medida que o movimento da casa começa a incomodar os vizinhos e a chamar atenção demais, o bar muda de endereço, sempre com a complacência da polícia local.
Apesar do espírito de total ilegalidade que ronda o Route 36, a reportagem do Guardian (e uma série de blogs de viajantes que consultei na internet) mostra que o ambiente dentro do bar é de tranquilidade, muito similar aos dos coffee shops holandeses. Não há brigas, paranoias ou travações, só grupos sempre animados de jovens turistas que não param de falar. A casa, que funciona 24 horas por dia, tem atraído tantos mochileiros do mundo inteiro que até o respeitado guia Lonely Planet a cita entre suas indicações radicais para a capital boliviana.
Leia a íntegra da reportagem (em inglês) no link abaixo. Quem quiser, acha uma “versão brasileira” da matéria na edição impressa da revista Maxim de agosto (Vergonhosamente, a revista publicou o texto do Guardian dando a entender que era seu material exclusivo - muito feio).
(The Guardian - http://www.guardian.co.uk/world/2009/aug/19/bolivia-cocaine-bar-route-36)
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quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Quando a gente pensa que já viu tudo... - Xuxa Vida!!!
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Rancorosa, Xuxa ofende Gramado:
"Eles tiveram de me engolir!"
Noite de horror e indignação em Gramado. Alguma mente desprovida de qualquer senso cinematográfico decidiu coroar Xuxa Meneghel como a Rainha do Cinema. É inclusive a manchete do Diário do Festival, que circula aqui no evento: Gramado Reverencia sua Rainha. E, pior: Kikito especial homenageia a rainha do cinema, da música e da televisão. No país de Fernanda Montenegro, de Aneci Rocha, de Laura Cardoso, de
Helena Ignez, de Tônia Carreiro, de sei lá... Hebe Camargo, caramba...
O Festival de Gramado, pateticamente, tenta vender ao público a mentira que Xuxa é a rainha do cinema. Tudo por um punhado de mídia. Como se vendem barato os organizadores do Festival de Gramado que decidem quais serão os homenageados!
Ontem (13/8), a noite de entrega do tal Kikito especial para Maria da Graça Meneghel foi um show de breguice deslavada que os 37 anos de Gramado não mereciam ter visto. Antes de mais nada, desde o dia anterior, montavam-se esquemas de segurança para a chegada da "Rainha". Não pode isso, não pode aquilo, vai ser assim, vai ser assado, ninguém pode falar com ela, ela não vai responder a nenhuma pergunta, não pode chegar perto, bla, bla, bla... Nem Barack Obama, se a Gramado viesse, mereceria tanta distinção.
Claro que tudo começou com atraso. Xuxa chegou ao chamado Palácio dos Festivais (cada Rainha tem o Palácio que merece) cercada do gigantesco alvoroço dos fãs. Alvoroço, aliás, que é a finalidade básica dos organizadores do festival ao convidá-la. Flashes, corre-corre,gritinhos, aquela coisa toda que o mundo das celebridades conhece bem.
Ao ser chamada para a homenagem, a Rainha elegantemente desfilou pelos corredores do Palácio e, a poucos metros do palco, foi gentilmente abordada por um jovem súdito, aparentando pouco mais de 20 anos, que lhe pediu um beijo. Xuxa, ainda elegantemente, deu um leve beijo no rosto do rapaz e seguiu rumo ao palco, sem problema nenhum.
Imediatamente, dois enormes seguranças imobilizaram o jovem, que levou uma chave de braço, foi rapidamente imobilizado e truculentamente retirado do local sob os gritos de protestos de alguns poucos que viram a cena..
Gramado precisava disso? De um showzinho particular de truculência e ignorância?
Já no palco, Xuxa recebeu seu troféu das mãos da atriz mirim Ana Júlia, foi ovacionada por parte da plateia, e dirigiu-se ao microfone onde desferiu a primeira bobagem: "Eu sou povo", ela disse. Bom, eu não conheço ninguém do povo que ostente seguranças truculentos para dar chaves de braço nas pessoas. Em seguida, num discurso rancoroso e até agressivo, Xuxa afirmou que nunca imaginou receber uma homenagem como aquela. "Nem eu", pensei, calado. E foi além: disse que jamais
poderia pensar que o Festival de Gramado fosse capaz de superar os preconceitos e premiar uma pessoa do povo e suburbana como ela. Ou seja, chamou abertamente o Festival de preconceituoso. Como se, em edições anteriores, o evento só tivesse premiado magnatas e intelectuais.
Gramado precisava disso? De uma ofensa gratuita vinda de um homenageado?
A Rainha terminou sua fala dizendo: "Eu não me arrependo de nada. Eu não tenho vergonha de ser povo, de ser loira e vencedora". Ao que parte da plateia completou: "...E gaúcha!". De onde a loira tirou esta frase? Que nonsense foi este? Se eu não estivesse presente, não teria acreditado.
Porém, o pior estava por vir: ao descer do palco e voltar para os corredores do Palácio, Xuxa percebeu a presença do jornalista Luiz Carlos Merten, que por sinal estava sentado praticamente ao meu lado. Deu-lhe um amplo sorriso, abraçou o jornalista e sussurrou ao ouvido dele: "Eles tiveram de me engolir".
Fiquei pasmo. Eles quem? Os organizadores de Gramado? Os críticos de cinema? O povo? Teria o espírito de Mário Jorge Lobo Zagallo incorporado provisoriamente na
Rainha?
E, depois, se ela diz não se arrepender de nada, por que sua filmografia "oficial", publicada pelo Catálogo também oficial do Festival de Gramado, omite seus longas Fuscão Preto, Gaúcho Negro e Amor Estranho Amor? Os dois primeiros seriam bregas demais para a realeza? E o polêmico Amor Estranho Amor, de Walter Hugo Khoury? Algo
contra a nudez da rainha? A rainha está nua?!
Segundo informações do Jornal de Gramado, além de todas estas barbaridades (para usar um termo bem gaúcho), Xuxa ainda teria cobrado um cachê de R$ 60 mil para aceitar ser homenageada.
Sinceramente, Gramado precisava de tudo isso?
Num momento de lucidez e equilíbrio, o ator José Vitor Castiel, apresentador do evento ao lado de Renata Boldrin, anunciou o próximo filme concorrente e conclamou a todos: "Vamos voltar ao Cinema".
Perfeito! Xuxa, com seus filmes de péssima categoria, conteúdo risível, produção tosca e nenhum objetivo cinematográfico, além do merchandising e da bilheteria, pode representar qualquer coisa. Menos o cinema. Se o Festival de Gramado é um templo do cinema brasileiro, este foi profanado na noite de ontem.
E, Xuxa, rainha do cinema? Só se for a Rainha Má da Branca de Neve.
(Celso Sabadin)
Rancorosa, Xuxa ofende Gramado:
"Eles tiveram de me engolir!"
Noite de horror e indignação em Gramado. Alguma mente desprovida de qualquer senso cinematográfico decidiu coroar Xuxa Meneghel como a Rainha do Cinema. É inclusive a manchete do Diário do Festival, que circula aqui no evento: Gramado Reverencia sua Rainha. E, pior: Kikito especial homenageia a rainha do cinema, da música e da televisão. No país de Fernanda Montenegro, de Aneci Rocha, de Laura Cardoso, de
Helena Ignez, de Tônia Carreiro, de sei lá... Hebe Camargo, caramba...
O Festival de Gramado, pateticamente, tenta vender ao público a mentira que Xuxa é a rainha do cinema. Tudo por um punhado de mídia. Como se vendem barato os organizadores do Festival de Gramado que decidem quais serão os homenageados!
Ontem (13/8), a noite de entrega do tal Kikito especial para Maria da Graça Meneghel foi um show de breguice deslavada que os 37 anos de Gramado não mereciam ter visto. Antes de mais nada, desde o dia anterior, montavam-se esquemas de segurança para a chegada da "Rainha". Não pode isso, não pode aquilo, vai ser assim, vai ser assado, ninguém pode falar com ela, ela não vai responder a nenhuma pergunta, não pode chegar perto, bla, bla, bla... Nem Barack Obama, se a Gramado viesse, mereceria tanta distinção.
Claro que tudo começou com atraso. Xuxa chegou ao chamado Palácio dos Festivais (cada Rainha tem o Palácio que merece) cercada do gigantesco alvoroço dos fãs. Alvoroço, aliás, que é a finalidade básica dos organizadores do festival ao convidá-la. Flashes, corre-corre,gritinhos, aquela coisa toda que o mundo das celebridades conhece bem.
Ao ser chamada para a homenagem, a Rainha elegantemente desfilou pelos corredores do Palácio e, a poucos metros do palco, foi gentilmente abordada por um jovem súdito, aparentando pouco mais de 20 anos, que lhe pediu um beijo. Xuxa, ainda elegantemente, deu um leve beijo no rosto do rapaz e seguiu rumo ao palco, sem problema nenhum.
Imediatamente, dois enormes seguranças imobilizaram o jovem, que levou uma chave de braço, foi rapidamente imobilizado e truculentamente retirado do local sob os gritos de protestos de alguns poucos que viram a cena..
Gramado precisava disso? De um showzinho particular de truculência e ignorância?
Já no palco, Xuxa recebeu seu troféu das mãos da atriz mirim Ana Júlia, foi ovacionada por parte da plateia, e dirigiu-se ao microfone onde desferiu a primeira bobagem: "Eu sou povo", ela disse. Bom, eu não conheço ninguém do povo que ostente seguranças truculentos para dar chaves de braço nas pessoas. Em seguida, num discurso rancoroso e até agressivo, Xuxa afirmou que nunca imaginou receber uma homenagem como aquela. "Nem eu", pensei, calado. E foi além: disse que jamais
poderia pensar que o Festival de Gramado fosse capaz de superar os preconceitos e premiar uma pessoa do povo e suburbana como ela. Ou seja, chamou abertamente o Festival de preconceituoso. Como se, em edições anteriores, o evento só tivesse premiado magnatas e intelectuais.
Gramado precisava disso? De uma ofensa gratuita vinda de um homenageado?
A Rainha terminou sua fala dizendo: "Eu não me arrependo de nada. Eu não tenho vergonha de ser povo, de ser loira e vencedora". Ao que parte da plateia completou: "...E gaúcha!". De onde a loira tirou esta frase? Que nonsense foi este? Se eu não estivesse presente, não teria acreditado.
Porém, o pior estava por vir: ao descer do palco e voltar para os corredores do Palácio, Xuxa percebeu a presença do jornalista Luiz Carlos Merten, que por sinal estava sentado praticamente ao meu lado. Deu-lhe um amplo sorriso, abraçou o jornalista e sussurrou ao ouvido dele: "Eles tiveram de me engolir".
Fiquei pasmo. Eles quem? Os organizadores de Gramado? Os críticos de cinema? O povo? Teria o espírito de Mário Jorge Lobo Zagallo incorporado provisoriamente na
Rainha?
E, depois, se ela diz não se arrepender de nada, por que sua filmografia "oficial", publicada pelo Catálogo também oficial do Festival de Gramado, omite seus longas Fuscão Preto, Gaúcho Negro e Amor Estranho Amor? Os dois primeiros seriam bregas demais para a realeza? E o polêmico Amor Estranho Amor, de Walter Hugo Khoury? Algo
contra a nudez da rainha? A rainha está nua?!
Segundo informações do Jornal de Gramado, além de todas estas barbaridades (para usar um termo bem gaúcho), Xuxa ainda teria cobrado um cachê de R$ 60 mil para aceitar ser homenageada.
Sinceramente, Gramado precisava de tudo isso?
Num momento de lucidez e equilíbrio, o ator José Vitor Castiel, apresentador do evento ao lado de Renata Boldrin, anunciou o próximo filme concorrente e conclamou a todos: "Vamos voltar ao Cinema".
Perfeito! Xuxa, com seus filmes de péssima categoria, conteúdo risível, produção tosca e nenhum objetivo cinematográfico, além do merchandising e da bilheteria, pode representar qualquer coisa. Menos o cinema. Se o Festival de Gramado é um templo do cinema brasileiro, este foi profanado na noite de ontem.
E, Xuxa, rainha do cinema? Só se for a Rainha Má da Branca de Neve.
(Celso Sabadin)
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Intocáveis e Invencíveis - Nelson Motta
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Não tenho mais nenhuma ilusão de um dia ver algum desses criminosos travestidos de parlamentares atrás das grades e devolvendo o que nos roubou. Eles são muitos, e invenciveis.
Sob fogo cruzado de denúncias, juntam-se para se defender, como fizeram PT e PMDB no Senado, embora digam sempre que é pela instituição, a mesma que eles aviltam e apequenam com seus atos.
O dinheiro roubado de nossos impostos, teoricamente, pode até ser recuperado, mas o crime de desmoralizar uma instituição não tem preço.
O que nos resta? Confiar na Justiça? Na Polícia? No ladrão ? Com Sarney e Renan comandando o Senado e espantados com a descoberta das 181 diretorias? A maior parte foi criada pelos dois. O resto, por Jader Barbalho, ACM e Lobão. E pior. Foram criadas por resoluções da Mesa e ninguém reclamou. E mesmo se reclamasse não adiantaria nada. Tudo dentro da Lei, na liturgia do cargo.
Seria um exagero comparar as disputas pelo poder no Congresso com as guerras de quadrilhas pelos pontos de venda de drogas nas favelas cariocas? Só porque uns vendem crack e cocaína e outros, privilégios e ilegalidades? Guerra é guerra, vale tudo na disputa pelos pontos de poder. Se um tiroteio é de balas, o outro é de números e nomes; mas sempre sobram balas perdidas.
Mas, quando o cerco aperta, os dois bandos acertam um armistício: o verdadeiro inimigo é a Policia. Ou, no caso do Senado, a opinião pública. Porque eles não temem a polícia. Nem a justiça. Eles só tem medo de perder eleição.
Diante do pacto de não agressão entre os dois bandos, resta-nos confiar nos ódios, nas invejas e nos ressentimentos das legiões de apadrinhados que estão perdendo a boca e se vingando de seus traidores. Que muitas falas perdidas encontrem seus alvos.
Diante da certeza de que eles vencerão, que jamais pagarão por seus crimes, que continuarão ricos e corruptos, e até mesmo respeitáveis, resta-nos ridicularizar suas figuras toscas, seus figurinos grotescos, seus cabelos tingidos, suas caras botocadas. Para que suas esposas e amantes leiam, e seus filhos se envergonhem deles no colégio. Como nós nos envergonhamos todo dia.
SE CONCORDAR, QUE TAL DIVULGAR?
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Não tenho mais nenhuma ilusão de um dia ver algum desses criminosos travestidos de parlamentares atrás das grades e devolvendo o que nos roubou. Eles são muitos, e invenciveis.
Sob fogo cruzado de denúncias, juntam-se para se defender, como fizeram PT e PMDB no Senado, embora digam sempre que é pela instituição, a mesma que eles aviltam e apequenam com seus atos.
O dinheiro roubado de nossos impostos, teoricamente, pode até ser recuperado, mas o crime de desmoralizar uma instituição não tem preço.
O que nos resta? Confiar na Justiça? Na Polícia? No ladrão ? Com Sarney e Renan comandando o Senado e espantados com a descoberta das 181 diretorias? A maior parte foi criada pelos dois. O resto, por Jader Barbalho, ACM e Lobão. E pior. Foram criadas por resoluções da Mesa e ninguém reclamou. E mesmo se reclamasse não adiantaria nada. Tudo dentro da Lei, na liturgia do cargo.
Seria um exagero comparar as disputas pelo poder no Congresso com as guerras de quadrilhas pelos pontos de venda de drogas nas favelas cariocas? Só porque uns vendem crack e cocaína e outros, privilégios e ilegalidades? Guerra é guerra, vale tudo na disputa pelos pontos de poder. Se um tiroteio é de balas, o outro é de números e nomes; mas sempre sobram balas perdidas.
Mas, quando o cerco aperta, os dois bandos acertam um armistício: o verdadeiro inimigo é a Policia. Ou, no caso do Senado, a opinião pública. Porque eles não temem a polícia. Nem a justiça. Eles só tem medo de perder eleição.
Diante do pacto de não agressão entre os dois bandos, resta-nos confiar nos ódios, nas invejas e nos ressentimentos das legiões de apadrinhados que estão perdendo a boca e se vingando de seus traidores. Que muitas falas perdidas encontrem seus alvos.
Diante da certeza de que eles vencerão, que jamais pagarão por seus crimes, que continuarão ricos e corruptos, e até mesmo respeitáveis, resta-nos ridicularizar suas figuras toscas, seus figurinos grotescos, seus cabelos tingidos, suas caras botocadas. Para que suas esposas e amantes leiam, e seus filhos se envergonhem deles no colégio. Como nós nos envergonhamos todo dia.
SE CONCORDAR, QUE TAL DIVULGAR?
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sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Vídeo sobre o efeito de 10 tipos de drogas
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(clique no link)
TudoNosso.com - Efeito de 10 tipos de drogas - TV UOL
O vídeo é em alemão, a ordem das é...
Heroína
Haxixe ( ou maconha, marijuana, tapa na macaca, charutinho do capeta...)
LSD
Cocaína
Álcool (incluindo a cervejinha do final do dia)
Valium
Ecstasy
Cola de Sapateiro (inclua aí o tiner, benzina, lança perfume...)
Absinto
Todas as drogas acima juntas...
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(clique no link)
TudoNosso.com - Efeito de 10 tipos de drogas - TV UOL
O vídeo é em alemão, a ordem das é...
Heroína
Haxixe ( ou maconha, marijuana, tapa na macaca, charutinho do capeta...)
LSD
Cocaína
Álcool (incluindo a cervejinha do final do dia)
Valium
Ecstasy
Cola de Sapateiro (inclua aí o tiner, benzina, lança perfume...)
Absinto
Todas as drogas acima juntas...
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quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Farra em Brasilia - Diogo Mainardi
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Olhe só que farra:
- Uma afilhada de José Sarney está para ser indicada por Lula à Anatel.
- A Anatel está mudando a lei para beneficiar a Oi, que comprou a empresa do filho de Lula.
- Um dos donos da Oi, Carlos Jereissati, é sócio no shopping-center Praia de Belas, em Porto Alegre, de Jorge Murad, o genro de José Sarney.
Se tudo der certo, a árvore genealógica do lulo-sarneyzismo vai ficar assim:
Lula nomeia a afilhada de José Sarney, ela muda a lei para favorecer o sócio do marido da filha de José Sarney, cuja empresa bancou o filho de Lula, que assina a lei.
Eu disse certa vez que o desejo de Lula era se transformar num José Sarney. Na verdade, ele foi muito mais longe do que isso: transformou-se num parente. Um parente político e empresarial.
Os herdeiros das antigas dinastias européias se uniam em casamento. Os herdeiros das atuais dinastias políticas brasileiras se unem em empresas cotadas na bolsa de Nova York.
De um lado, o rei de Garanhuns. Do outro, o rei do Amapá. No meio dos dois, o ducado tucano do Ceará.
De uns tempos para cá, sempre que eu denuncio alguma estranheza, os leitores reagem repetindo o mesmo mantra:
- Isso não vai dar em nada.
A estranheza denunciada neste podcast se refere à parceria entre o dono da Oi e os familiares de José Sarney, que cria mais um conflito de interesse na Anatel, como se não bastasse a empresa do filho de Lula. Qual será o resultado prático dessa denúncia? Nenhum. A afilhada de José Sarney será aprovada pelo Senado.
A Anatel mudará a lei para permitir a venda da Brasil Telecom à Oi. O BNDES financiará o negócio. Carlos Jereissati controlará a companhia tendo menos de 3% de seu capital. Daniel Dantas aumentará seu rebanho de gado no Pará.
Mas é assim que funciona a imprensa. Quem tem o papel de julgar os políticos é a magistratura. Quem tem o papel de mudá-los é o eleitor. A imprensa pode somente noticiar e comentar os fatos.
É pouco? Claro que é pouco. É melhor gastar seu tempo comigo ou com Tolstói? Claro que é melhor gastá-lo com Tolstói.
(Diogo Mainardi)
Olhe só que farra:
- Uma afilhada de José Sarney está para ser indicada por Lula à Anatel.
- A Anatel está mudando a lei para beneficiar a Oi, que comprou a empresa do filho de Lula.
- Um dos donos da Oi, Carlos Jereissati, é sócio no shopping-center Praia de Belas, em Porto Alegre, de Jorge Murad, o genro de José Sarney.
Se tudo der certo, a árvore genealógica do lulo-sarneyzismo vai ficar assim:
Lula nomeia a afilhada de José Sarney, ela muda a lei para favorecer o sócio do marido da filha de José Sarney, cuja empresa bancou o filho de Lula, que assina a lei.
Eu disse certa vez que o desejo de Lula era se transformar num José Sarney. Na verdade, ele foi muito mais longe do que isso: transformou-se num parente. Um parente político e empresarial.
Os herdeiros das antigas dinastias européias se uniam em casamento. Os herdeiros das atuais dinastias políticas brasileiras se unem em empresas cotadas na bolsa de Nova York.
De um lado, o rei de Garanhuns. Do outro, o rei do Amapá. No meio dos dois, o ducado tucano do Ceará.
De uns tempos para cá, sempre que eu denuncio alguma estranheza, os leitores reagem repetindo o mesmo mantra:
- Isso não vai dar em nada.
A estranheza denunciada neste podcast se refere à parceria entre o dono da Oi e os familiares de José Sarney, que cria mais um conflito de interesse na Anatel, como se não bastasse a empresa do filho de Lula. Qual será o resultado prático dessa denúncia? Nenhum. A afilhada de José Sarney será aprovada pelo Senado.
A Anatel mudará a lei para permitir a venda da Brasil Telecom à Oi. O BNDES financiará o negócio. Carlos Jereissati controlará a companhia tendo menos de 3% de seu capital. Daniel Dantas aumentará seu rebanho de gado no Pará.
Mas é assim que funciona a imprensa. Quem tem o papel de julgar os políticos é a magistratura. Quem tem o papel de mudá-los é o eleitor. A imprensa pode somente noticiar e comentar os fatos.
É pouco? Claro que é pouco. É melhor gastar seu tempo comigo ou com Tolstói? Claro que é melhor gastá-lo com Tolstói.
(Diogo Mainardi)
Militares no poder? Nunca Mais!!!
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“A justiça atrasada não é justiça, senão injustiça qualificada e manifesta”
(Rui Barbosa em "Oração aos Moços").
“O cinema e a literatura inventaram o herói sem causa. O parlamento brasileiro consagrou o canalha sem jaça”.
(Millôr Fernandes).
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Ainda bem que hoje tudo é diferente, temos um PT sério, honesto e progressista. Cresce o grupo que não quer mais ver militares no poder, pelas razões abaixo:
MILITARES NO PODER, NUNCA MAIS!
Militar no poder, nunca mais. Só fizeram lambanças.
Tiraram o cenário bucólico que havia na Via Dutra de uma só pista, que foi duplicada e recebeu melhorias; acabaram aí com as emoções das curvas mal construídas e os solavancos estimulantes provocados pelos buracos na pista. Não satisfeitos, fizeram o mesmo com a rodovia Rio-Juiz de Fora, sem contar a mania de abrir novas estradas de norte a sul e de leste a oeste, o que deixou os motoristas atarantados e perdidos, sem saber qual caminho tomar para chegar ao destino.
Com a construção da ponte Rio-Niterói, acabaram com o sonho de crescimento da pequena Magé, cidade nos fundos da Baía de Guanabara, que era caminho obrigatório dos que vinham do sul, passando pelo Rio, em direção às cidades litorâneas do sudeste acima do Rio e nordeste, contornando a baía num percurso de mais de 100 km. Encurtaram o tempo de viagem entre Rio e Niterói, é verdade, mas acabaram com aquela gostosa espera pela barcaça que levava meia dúzia de carros de um lado a outro da baía.
Criaram esse maldito Proálcool, com o medo infundado de que o petróleo vai acabar um dia. E, para apressar logo o fim do chamado "ouro negro", deram um impulso gigantesco à Petrobras, que passou a extrair petróleo 10 vezes mais (de 75 mil barris diários, passou a produzir 750 mil); mas nem isso adiantou nada, porque, com o álcool mais barato que a gasolina, permaneceu o fedor de bêbado que os carros passaram a ter com o uso do inventado combustível.
Enfiaram o Brasil numa disputa estressante, levando-o da posição de 45ª economia do mundo para a posição de 8ª, trazendo com isso uma nociva onda de inveja mundial.
Tiraram o sossego da vida ociosa de 13 milhões de brasileiros, que, com a gigantesca oferta de emprego em milhares de obras, ficaram sem a desculpa do "estou desempregado".
Em 1971, no governo militar, o Brasil alcançou a posição de segundo maior construtor de navios no mundo, o que veio a ser outra desgraça, porque, além de atrair mais inveja, infernizou a vida dos que moravam perto dos estaleiros, com aquela barulheira da construção desenfreada.
Com gigantesca oferta de empregos, baixaram consideravelmente os índices de roubos e assaltos. Ora! Sem aquela emoção de estar na iminência de sofrer um assalto, os nossos passeios perderem completamente a graça.
Alteraram profundamente a topografia do território brasileiro com a construção de hidrelétricas gigantescas (Tucuruí, Ilha Solteira, Jupiá e Itaipu), o que obrigou as nossas crianças a aprenderem sobre essas bobagens de nomes esquisitos. Por causa disoo, o Brasil, que antes vivia o romantismo do jantar à luz de velas ou de lamparinas, teve que tolerar a instalação de milhares de torres de alta tensão espalhadas pelo seu território, para levar energia elétrica a quem nunca precisou disso.
Implementaram os metrôs de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza, deixando tudo pronto para o início das obras e, com elas, atazanar a vida dos cidadãos e o trânsito nestas cidades.
Inconseqüentes, injustos e perversos, esses militares baniram do Brasil pessoas bem intencionadas, que queriam implantar aqui um regime político que fazia a felicidade dos russos, cubanos e chineses, em cujos países as pessoas se reuniam em fila nas ruas apenas para bater-papo, e ninguém pensava em sair a passeio para nenhum outro país.
Foram demasiadamente rigorosos com os simpatizantes daqueles regimes, só porque esses, que os milicos, em flagrante exagero, chamavam de terroristas, soltaram uma "bombinha de São João" no aeroporto de Guararapes, onde alguns inocentes morreram de susto apenas.
Os militares são muito estressados. Fizeram tempestade em copo d'água só por causa de alguns assaltos a bancos, seqüestros de diplomatas... ninharias que qualquer delegado de polícia resolve.
Tiraram-nos o interesse pela Política, vez que os deputados e senadores daquela época não nos brindavam com esses deliciosos escândalos que fazem a alegria da gente hoje.
Para piorar a coisa, se tudo isso ainda é pouco, ainda criaram o MOBRAL, que ensinou milhões a ler e escrever, aumentando mais ainda o poder dos empregados contra os seus patrões.
Nem o homem do campo escapou, porque criaram para ele o FUNRURAL, tirando do pobre coitado a doce preocupação que ele tinha com o seu futuro. Era tão bom imaginar-se velhinho, pedindo esmolas para sobreviver.
Outras desgraças criadas pelos militares:
Com a construção da ponte Rio-Niterói, acabaram com o sonho de crescimento da pequena Magé, cidade nos fundos da Baía de Guanabara, que era caminho obrigatório dos que vinham do sul, passando pelo Rio, em direção às cidades litorâneas do sudeste acima do Rio e nordeste, contornando a baía num percurso de mais de 100 km. Encurtaram o tempo de viagem entre Rio e Niterói, é verdade, mas acabaram com aquela gostosa espera pela barcaça que levava meia dúzia de carros de um lado a outro da baía.
Criaram esse maldito Proálcool, com o medo infundado de que o petróleo vai acabar um dia. E, para apressar logo o fim do chamado "ouro negro", deram um impulso gigantesco à Petrobras, que passou a extrair petróleo 10 vezes mais (de 75 mil barris diários, passou a produzir 750 mil); mas nem isso adiantou nada, porque, com o álcool mais barato que a gasolina, permaneceu o fedor de bêbado que os carros passaram a ter com o uso do inventado combustível.
Enfiaram o Brasil numa disputa estressante, levando-o da posição de 45ª economia do mundo para a posição de 8ª, trazendo com isso uma nociva onda de inveja mundial.
Tiraram o sossego da vida ociosa de 13 milhões de brasileiros, que, com a gigantesca oferta de emprego em milhares de obras, ficaram sem a desculpa do "estou desempregado".
Em 1971, no governo militar, o Brasil alcançou a posição de segundo maior construtor de navios no mundo, o que veio a ser outra desgraça, porque, além de atrair mais inveja, infernizou a vida dos que moravam perto dos estaleiros, com aquela barulheira da construção desenfreada.
Com gigantesca oferta de empregos, baixaram consideravelmente os índices de roubos e assaltos. Ora! Sem aquela emoção de estar na iminência de sofrer um assalto, os nossos passeios perderem completamente a graça.
Alteraram profundamente a topografia do território brasileiro com a construção de hidrelétricas gigantescas (Tucuruí, Ilha Solteira, Jupiá e Itaipu), o que obrigou as nossas crianças a aprenderem sobre essas bobagens de nomes esquisitos. Por causa disoo, o Brasil, que antes vivia o romantismo do jantar à luz de velas ou de lamparinas, teve que tolerar a instalação de milhares de torres de alta tensão espalhadas pelo seu território, para levar energia elétrica a quem nunca precisou disso.
Implementaram os metrôs de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza, deixando tudo pronto para o início das obras e, com elas, atazanar a vida dos cidadãos e o trânsito nestas cidades.
Inconseqüentes, injustos e perversos, esses militares baniram do Brasil pessoas bem intencionadas, que queriam implantar aqui um regime político que fazia a felicidade dos russos, cubanos e chineses, em cujos países as pessoas se reuniam em fila nas ruas apenas para bater-papo, e ninguém pensava em sair a passeio para nenhum outro país.
Foram demasiadamente rigorosos com os simpatizantes daqueles regimes, só porque esses, que os milicos, em flagrante exagero, chamavam de terroristas, soltaram uma "bombinha de São João" no aeroporto de Guararapes, onde alguns inocentes morreram de susto apenas.
Os militares são muito estressados. Fizeram tempestade em copo d'água só por causa de alguns assaltos a bancos, seqüestros de diplomatas... ninharias que qualquer delegado de polícia resolve.
Tiraram-nos o interesse pela Política, vez que os deputados e senadores daquela época não nos brindavam com esses deliciosos escândalos que fazem a alegria da gente hoje.
Para piorar a coisa, se tudo isso ainda é pouco, ainda criaram o MOBRAL, que ensinou milhões a ler e escrever, aumentando mais ainda o poder dos empregados contra os seus patrões.
Nem o homem do campo escapou, porque criaram para ele o FUNRURAL, tirando do pobre coitado a doce preocupação que ele tinha com o seu futuro. Era tão bom imaginar-se velhinho, pedindo esmolas para sobreviver.
Outras desgraças criadas pelos militares:
Trouxeram a TV a cores para as nossas casas, pelas mãos de um Oficial do Exército, formado pelo Instituto Militar de Engenharia, que, por falta do que fazer, inventou o sistema PAL-M.
Criaram ainda a EMBRATEL; TELEBRÁS; ANGRA I e II; INPS, IAPAS, DATAPREV, LBA, FUNABEM e mais um penca de instituições, cujo amontoado de siglas nos levou a confundir nomes.
Todo esse estrago e muito mais, os militares fizeram em 22 anos de governo. Com isso, ganharam o quê? Inexplicavelmente nada. Todos os Generais-Presidentes foram para casa, levando apenas o soldo do posto. Se tivessem ficado ricos, um pouquinho que fosse, ainda dava para entender essa quantidade absurda de obras. O último deles, um tal Figueiredo, que sofria de um mal na coluna, teve que se valer de amigos para pagar tratamento com especialista. Ora! Então essa zoeira toda de obras foi só para complicar a vida simples das pessoas.
Todo esse estrago e muito mais, os militares fizeram em 22 anos de governo. Com isso, ganharam o quê? Inexplicavelmente nada. Todos os Generais-Presidentes foram para casa, levando apenas o soldo do posto. Se tivessem ficado ricos, um pouquinho que fosse, ainda dava para entender essa quantidade absurda de obras. O último deles, um tal Figueiredo, que sofria de um mal na coluna, teve que se valer de amigos para pagar tratamento com especialista. Ora! Então essa zoeira toda de obras foi só para complicar a vida simples das pessoas.
Depois que entregaram o governo aos civis, estes, nos vinte anos seguintes, não fizeram nem 10% dos estragos que os militares fizeram.
Graças a Deus! Ainda bem que os militares não continuaram no poder!!
Graças a Deus! Ainda bem que os militares não continuaram no poder!!
Tem muito mais coisas horrorosas que eles, os militares, criaram, mas o que está escrito acima é o bastante para dizermos:
"Militar no poder, nunca mais!!!"!
(Anselmo Cordeiro - Fonte: http://net7mares.blogspot.com/2011/06/normal-0-21-false-false-false.html)
(texto atribuído erradamente a Millor Fernandes)
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“A justiça atrasada não é justiça, senão injustiça qualificada e manifesta”
(Rui Barbosa em "Oração aos Moços").
“O cinema e a literatura inventaram o herói sem causa. O parlamento brasileiro consagrou o canalha sem jaça”.
(Millôr Fernandes).
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Projeto em Tramitação - Estátua da Liberdade Brasileira
Novo Símbolo do PT
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Assim como PSDB tem um pássaro (TUCANO) como símbolo, o PT pensa em adotar, como símbolo, um pássaro também.
Será o PARDAL.
Afinal nada é mais semelhante a um petista que um pardal. Tem em tudo que é lugar, não serve pra nada, não canta, só anda em bando, é feio, e ainda caga no país inteiro.
(Recebido por email)
Assim como PSDB tem um pássaro (TUCANO) como símbolo, o PT pensa em adotar, como símbolo, um pássaro também.
Será o PARDAL.
Afinal nada é mais semelhante a um petista que um pardal. Tem em tudo que é lugar, não serve pra nada, não canta, só anda em bando, é feio, e ainda caga no país inteiro.
(Recebido por email)
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Nem a Camisa!!!
Não é verdadeira a camisa que Lula deu a Obama
Agora é grave, Lula foi longe demais, depois dos diplomas falsos de Dilma e Celso Amorim, surge a camisa falsa entregue ao presidente americano, esse governo não leva a sério nem a Seleção Brasileira !?
O Blog do Marcelo Rubem Paiva, foi o primeiro a perceber que a camisa da Seleção Brasileira, que Lula entregou a Obama, como sendo do time que vencerá de virada os Estados Unidos na final da Copa das Confederações não era verdadeira.
O autógrafo que se vê em primeiro plano é de Wagner Love, que não estava na disputa e, por sinal, não é convocado há tempos observou Rubem Paiva.
Examinando com mais cuidado, veem-se autógrafos de Cicinho, Fred, Daniel Carvalho, Edmilson, que não frequentam mais a lista de convocados. Está até o Dudu Cearense, lembra dele?
Pô, compañero "the-guy". Deu uma camisa velha pro brô?
Se era para dar uma camisa antiga, que desse uma com autógrados de Pelé, Garrincha e Didi, ou de outro time imbatível, Pelé, Tostão, Rivelino, Jairzinho, Gerson, ou uma com Zico, Sócrates, Falcão, Júnior e Cerezo.
Até uma com Bebeto, Romário, Dunga e Branco, que ganharam a Copa lá, na terra de Obama, teria mais valor Encerra o blogueiro escritor.
Ricardo Noblat comentou: Depois que flagraram o currículo falso da Dilma, e também o do ministro Celso Amorim, não é surpreendente que Lula cometa a mesma travessura - um pouco pior, já que envolve a Seleção Brasileira e o presidente mais importante do mundo ...
(Fontes: Blog do Noblat, Blog do Marcelo Rubem Paiva)
Frases do dia
"Um povo corrompido não pode tolerar um governo que não seja corrupto."
( Marquês de Maricá )
"Raramente começa a corrupção pelo povo."
( Barão de Montesquieu )
"Corrupção, a partir de certo nível, exige que todos sejam corruptos. Quem se recusa é alvo de pressões insustentáveis. É um processo de seleção negativo."
( Ladislau Dowbor )
"Como as coisas andam, a política nada mais é que corrupção."
( Jonathan Swift )
"A sociedade consumista favorece a corrupção."
( Gherardo Colombo )
"A maior corrupção se acha onde a maior pobreza está ao lado da maior riqueza."
( José Bonifácio de Andrada e Silva )
"A corrupção, em certo sentido, é produto da forma de vida de uma sociedade aquisitiva, onde domina o dinheiro e onde as pessoas são julgadas pelo que possuem e não pelo e são."
( Odegard )
"A corrupção nunca foi compulsória."
( Anthony Eden )
"A corrupção não deixa provas, mas nem sempre desfaz rastros e evidências."
( B. Calheiros Bomfim )
"A corrupção na administração pública agora é organizada, quase partidarizada. Uma barbaridade inaceitável."
( Mário Covas )
"A corrupção dos governantes quase sempre começa com a corrupção dos seus princípios."
( Barão de Montesquieu )
(Fonte: www.webfrases.com)
terça-feira, 18 de agosto de 2009
A Mulher do Vizinho
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Contaram-me que na rua onde mora (ou morava) um conhecido e antipático general de nosso Exército morava (ou mora) também um sueco cujos filhos passavam o dia jogando futebol com bola de meia.
Ora, às vezes acontecia cair a bola no carro do general e um dia o general acabou perdendo a paciência, pediu ao delegado do bairro para dar um jeito nos filhos do sueco. O delegado resolveu passar uma chamada no homem, e intimou-o a comparecer à delegacia.
O sueco era tímido, meio descuidado no vestir e pelo aspecto não parecia ser um importante industrial, dono de grande fabrica de papel (ou coisa parecida), que realmente ele era. Obedecendo a ordem recebida, compareceu em companhia da mulher à delegacia e ouviu calado tudo o que o delegado tinha a dizer-lhe.
O delegado tinha a dizer-lhe o seguinte:
— O senhor pensa que só porque o deixaram morar neste país pode logo ir fazendo o que quer? Nunca ouviu falar numa coisa chamada AUTORIDADES CONSTITUÍDAS? Não sabe que tem de conhecer as leis do país? Não sabe que existe uma coisa chamada EXÉRCITO BRASILEIRO que o senhor tem de respeitar? Que negócio é este? Então é ir chegando assim sem mais nem menos e fazendo o que bem entende, como se isso aqui fosse casa da sogra? Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro: dura lex! Seus filhos são uns moleques e outra vez que eu souber que andaram incomodando o general, vai tudo em cana. Morou? Sei como tratar gringos feito o senhor.
Tudo isso com voz pausada, reclinado para trás, sob o olhar de aprovação do escrivão a um canto.
O sueco pediu (com delicadeza) licença para se retirar.
Foi então que a mulher do sueco interveio:
— Era tudo que o senhor tinha a dizer a meu marido?
O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevimento.
— Pois então fique sabendo que eu também sei tratar tipos como o senhor. Meu marido não e gringo nem meus filhos são moleques. Se por acaso incomodaram o general ele que viesse falar comigo, pois o senhor também está nos incomodando. E fique sabendo que sou brasileira, sou prima de um major do Exército, sobrinha de um coronel, E FILHA DE UM GENERAL! Morou?
Estarrecido, o delegado só teve forças para engolir em seco e balbuciar humildemente:
— Da ativa, minha senhora?
E ante a confirmação, voltou-se para o escrivão, erguendo os braços desalentado:
— Da ativa, Motinha! Sai dessa...
(Fernando Sabino)
Contaram-me que na rua onde mora (ou morava) um conhecido e antipático general de nosso Exército morava (ou mora) também um sueco cujos filhos passavam o dia jogando futebol com bola de meia.
Ora, às vezes acontecia cair a bola no carro do general e um dia o general acabou perdendo a paciência, pediu ao delegado do bairro para dar um jeito nos filhos do sueco. O delegado resolveu passar uma chamada no homem, e intimou-o a comparecer à delegacia.
O sueco era tímido, meio descuidado no vestir e pelo aspecto não parecia ser um importante industrial, dono de grande fabrica de papel (ou coisa parecida), que realmente ele era. Obedecendo a ordem recebida, compareceu em companhia da mulher à delegacia e ouviu calado tudo o que o delegado tinha a dizer-lhe.
O delegado tinha a dizer-lhe o seguinte:
— O senhor pensa que só porque o deixaram morar neste país pode logo ir fazendo o que quer? Nunca ouviu falar numa coisa chamada AUTORIDADES CONSTITUÍDAS? Não sabe que tem de conhecer as leis do país? Não sabe que existe uma coisa chamada EXÉRCITO BRASILEIRO que o senhor tem de respeitar? Que negócio é este? Então é ir chegando assim sem mais nem menos e fazendo o que bem entende, como se isso aqui fosse casa da sogra? Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro: dura lex! Seus filhos são uns moleques e outra vez que eu souber que andaram incomodando o general, vai tudo em cana. Morou? Sei como tratar gringos feito o senhor.
Tudo isso com voz pausada, reclinado para trás, sob o olhar de aprovação do escrivão a um canto.
O sueco pediu (com delicadeza) licença para se retirar.
Foi então que a mulher do sueco interveio:
— Era tudo que o senhor tinha a dizer a meu marido?
O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevimento.
— Pois então fique sabendo que eu também sei tratar tipos como o senhor. Meu marido não e gringo nem meus filhos são moleques. Se por acaso incomodaram o general ele que viesse falar comigo, pois o senhor também está nos incomodando. E fique sabendo que sou brasileira, sou prima de um major do Exército, sobrinha de um coronel, E FILHA DE UM GENERAL! Morou?
Estarrecido, o delegado só teve forças para engolir em seco e balbuciar humildemente:
— Da ativa, minha senhora?
E ante a confirmação, voltou-se para o escrivão, erguendo os braços desalentado:
— Da ativa, Motinha! Sai dessa...
(Fernando Sabino)
Crônica - Adélia Prado
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Depois de muita e boa chuva, Célia voltava de Belo Horizonte para sua casa no interior do Estado. Era bom viajar de ônibus, vendo, parecia-lhe que pela primeira vez, o verde rebrotando com força. Ouviu um passageiro falando pra ninguém: que cheiro de mato! Sol farto e os moradores desses conjuntos habitacionais de caixa de papelão e zinco, que brotam como grama à margem das rodovias, aproveitavam pra esquentar o couro rodeados de criança e cachorro. Os deserdados desfilavam, a moça e seu namorado com bota de imitação de peão boiadeiro iam de mãos dadas, com certeza à casa de uma tia da moça, comunicar que pretendiam se casar. Uma avó gorda com seu neto também passou, ela de sombrinha, ele de calcinha comprida de tergal. Iam aonde? Célia fantasiou, ah, com certeza na casa de uma comadre da avó, uma amiga dela de juventude. O menino ia sentir demais a morte daquela avó que lhe pegava na mão de um jeito que nem sua mãe fazia. Desceram três moços de bermuda e camisa do Clube Atlético Mineiro, e um quarto com grande inscrição na camiseta: SÓ CRISTO SALVA! Camiseta e bermuda não favorecem a ninguém, ela pensou desgostosa com a feiúra das roupas. Bermudas principalmente, teria que se ter menos de dez anos pra se usar aquela invenção horrorosa. Teve dó dos moços que só conheciam futebol e dupla sertaneja. Foi um pensamento soberbo, se arrependeu na hora. Tinha preconceitos, lembrou-se de que gostara muito de um jogo de futebol em Londrina, rodeada de palavrões e chup-chup com água de torneira e famílias inteiras se esturricando gozosamente entre pão com molho e adjetivos brutais, prodigiosamente colocados, lindos e surpreendentes como as melhores invenções da poesia. Concluiu sonolenta, o mundo está certo. Uma criança começou a chorar muito alto: quero ficar aqui não, quero sentar com meu pai, quero o meu pai. A mãe parecia muito agoniada e pelo tom do choro Célia achou que ela abafava a boca da criança com uma fralda ou a apertava raivosa contra o peito, envergonhada de ter filha chorona. Suposições. Tudo estava muito bom naquele dia, não sofria com nada, nem ao menos quis ajudar a mãe, botar a menina no colo, estas coisas em que era presta e mestra. Assistia ao mundo, rodava macio tudo, o ônibus, a vida, nem protagonista nem autora, era figurante, nem ao menos fazia o ponto naquele teatro perfeito, era só platéia. Aplaudia, gostando sinceramente de tudo. Contra céu azul e cheiro de mato verde Deus regia o planeta. Estava muito surpresa com a perfeita mecânica do mundo e muitíssimo agradecida por estar vivendo. Foi quando teve o pensamento de que tudo que nasce deve mesmo nascer sem empecilho, mesmo que os nascituros formem hordas e hordas de miseráveis e os governos não saibam mais o que fazer com os sem-teto, os sem-terra, os sem-dentes e as igrejas todas reunidas em concílio esgotem suas teologias sobre caridade discernida e não tenhamos mais tempo de atender à porta a multidão de pedintes. Ainda assim, a vida é maior, o direito de nascer e morar num caixote à beira da estrada. Porque um dia, e pode ser um único dia em sua vida, um deserdado daqueles sai de seu buraco à noite e se maravilha. Chama seu compadre de infortúnio: vem cá, homem, repara se já viu o céu mais estrelado e mais bonito que este! Para isto vale nascer.
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Depois de muita e boa chuva, Célia voltava de Belo Horizonte para sua casa no interior do Estado. Era bom viajar de ônibus, vendo, parecia-lhe que pela primeira vez, o verde rebrotando com força. Ouviu um passageiro falando pra ninguém: que cheiro de mato! Sol farto e os moradores desses conjuntos habitacionais de caixa de papelão e zinco, que brotam como grama à margem das rodovias, aproveitavam pra esquentar o couro rodeados de criança e cachorro. Os deserdados desfilavam, a moça e seu namorado com bota de imitação de peão boiadeiro iam de mãos dadas, com certeza à casa de uma tia da moça, comunicar que pretendiam se casar. Uma avó gorda com seu neto também passou, ela de sombrinha, ele de calcinha comprida de tergal. Iam aonde? Célia fantasiou, ah, com certeza na casa de uma comadre da avó, uma amiga dela de juventude. O menino ia sentir demais a morte daquela avó que lhe pegava na mão de um jeito que nem sua mãe fazia. Desceram três moços de bermuda e camisa do Clube Atlético Mineiro, e um quarto com grande inscrição na camiseta: SÓ CRISTO SALVA! Camiseta e bermuda não favorecem a ninguém, ela pensou desgostosa com a feiúra das roupas. Bermudas principalmente, teria que se ter menos de dez anos pra se usar aquela invenção horrorosa. Teve dó dos moços que só conheciam futebol e dupla sertaneja. Foi um pensamento soberbo, se arrependeu na hora. Tinha preconceitos, lembrou-se de que gostara muito de um jogo de futebol em Londrina, rodeada de palavrões e chup-chup com água de torneira e famílias inteiras se esturricando gozosamente entre pão com molho e adjetivos brutais, prodigiosamente colocados, lindos e surpreendentes como as melhores invenções da poesia. Concluiu sonolenta, o mundo está certo. Uma criança começou a chorar muito alto: quero ficar aqui não, quero sentar com meu pai, quero o meu pai. A mãe parecia muito agoniada e pelo tom do choro Célia achou que ela abafava a boca da criança com uma fralda ou a apertava raivosa contra o peito, envergonhada de ter filha chorona. Suposições. Tudo estava muito bom naquele dia, não sofria com nada, nem ao menos quis ajudar a mãe, botar a menina no colo, estas coisas em que era presta e mestra. Assistia ao mundo, rodava macio tudo, o ônibus, a vida, nem protagonista nem autora, era figurante, nem ao menos fazia o ponto naquele teatro perfeito, era só platéia. Aplaudia, gostando sinceramente de tudo. Contra céu azul e cheiro de mato verde Deus regia o planeta. Estava muito surpresa com a perfeita mecânica do mundo e muitíssimo agradecida por estar vivendo. Foi quando teve o pensamento de que tudo que nasce deve mesmo nascer sem empecilho, mesmo que os nascituros formem hordas e hordas de miseráveis e os governos não saibam mais o que fazer com os sem-teto, os sem-terra, os sem-dentes e as igrejas todas reunidas em concílio esgotem suas teologias sobre caridade discernida e não tenhamos mais tempo de atender à porta a multidão de pedintes. Ainda assim, a vida é maior, o direito de nascer e morar num caixote à beira da estrada. Porque um dia, e pode ser um único dia em sua vida, um deserdado daqueles sai de seu buraco à noite e se maravilha. Chama seu compadre de infortúnio: vem cá, homem, repara se já viu o céu mais estrelado e mais bonito que este! Para isto vale nascer.
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segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Recall - Urgente
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Devolução de Brinquedo Fabricado no Brasil.
O fabricante do brinquedo 'Lula de Pelúcia' está fazendo um recall para troca ou devolução do dinheiro devido a uma série de falhas de fabricação listadas abaixo:
1) Falta um dedo
2) Tem a fala presa
3) É mentiroso
4) Só diz 'Eu não sabia'
5) Não tem cérebro
6) Não pára em casa! Só quer viajar para o exterior
7) Só anda em má companhia, com dois outros bonecos encrenqueiros , o 'Evo de Coca' e o 'Chavez de Petróleo'
8) Não existe na versão movido a pilha, mas só na movido a alcool.
9) Pode ser adquirido facilmente com utilização de Cartão Corporativo
10) A boneca que faz par não presta para nada.
Troque com urgência na 'urna eleitoral' mais próxima.
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Devolução de Brinquedo Fabricado no Brasil.
O fabricante do brinquedo 'Lula de Pelúcia' está fazendo um recall para troca ou devolução do dinheiro devido a uma série de falhas de fabricação listadas abaixo:
1) Falta um dedo
2) Tem a fala presa
3) É mentiroso
4) Só diz 'Eu não sabia'
5) Não tem cérebro
6) Não pára em casa! Só quer viajar para o exterior
7) Só anda em má companhia, com dois outros bonecos encrenqueiros , o 'Evo de Coca' e o 'Chavez de Petróleo'
8) Não existe na versão movido a pilha, mas só na movido a alcool.
9) Pode ser adquirido facilmente com utilização de Cartão Corporativo
10) A boneca que faz par não presta para nada.
Troque com urgência na 'urna eleitoral' mais próxima.
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sábado, 15 de agosto de 2009
Oração das mulheres resolvidas!
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Que o mar vire cerveja e os homens tira gosto, que a fonte nunca seque, e que a nossa sogra nunca se chame Esperança, porque Esperança é a última que morre...
Que os nossos homens nunca morram viúvos, e que nossos filhos tenham pais ricos e mães gostosas! Que Deus abençoe os homens bonitos, e os feios se tiver tempo...
Deus.... Eu vos peço sabedoria para entender um homem, amor para perdoá-lo e paciência pelos seus atos, porque Deus, se eu pedir força, eu bato nele até matá-lo.
Um brinde... Aos que temos, aos que tivemos e aos que teremos. Um brinde também aos namorados que nos conquistaram, aos trouxas que nos perderam e aos sortudos que ainda vão nos conhecer!
Que sempre sobre, que nunca nos falte, e que a gente dê conta de todos!
Amém.
Homens são como um bom vinho. Todos começam como uvas, e é dever da mulher pisoteá-los e mantê-los no escuro até que amadureçam e se tornem uma boa companhia para o jantar.
(Recebido por email)
Que o mar vire cerveja e os homens tira gosto, que a fonte nunca seque, e que a nossa sogra nunca se chame Esperança, porque Esperança é a última que morre...
Que os nossos homens nunca morram viúvos, e que nossos filhos tenham pais ricos e mães gostosas! Que Deus abençoe os homens bonitos, e os feios se tiver tempo...
Deus.... Eu vos peço sabedoria para entender um homem, amor para perdoá-lo e paciência pelos seus atos, porque Deus, se eu pedir força, eu bato nele até matá-lo.
Um brinde... Aos que temos, aos que tivemos e aos que teremos. Um brinde também aos namorados que nos conquistaram, aos trouxas que nos perderam e aos sortudos que ainda vão nos conhecer!
Que sempre sobre, que nunca nos falte, e que a gente dê conta de todos!
Amém.
Homens são como um bom vinho. Todos começam como uvas, e é dever da mulher pisoteá-los e mantê-los no escuro até que amadureçam e se tornem uma boa companhia para o jantar.
(Recebido por email)
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Entre ser otário e ser sacana
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Há mais ou menos um mês eu estava na fila do cinema com um amigo, também jornalista, quando, praticamente do nada, ele me disse que, em sua opinião, só restavam duas opções para nós, brasileiros: ou sermos sacanas ou sermos otários.
No pouco tempo que teve para defender seu ponto de vista, antes de o filme começar, ele disse que não acreditava mais na possibilidade de sermos honestos sem que isso representasse o primeiro passo para que fôssemos passados para trás, deixados de lado como um objeto antiquado.
Não concordei com ele, argumentei que era um pensamento alarmista, sem fundamento e, acima de tudo perigoso, por representar um convite ou um passe-livre para a bandalheira. Se não quisermos ser otários, e acredito que ninguém realmente o queira, a única alternativa seria a pilantragem. É isso? Prefiro não pensar assim.
Embora o assunto Renan Calheiros já tenha nos cansado demais, volto a ele apenas para dizer que a absolvição do senador me fez pensar novamente naquela conversa do cinema. Hoje, com pesar, eu daria razão para aquele amigo. Espero mudar de opinião em breve, mas hoje eu fecho com ele: o Brasil ficou dividido entre milhões de otários que acreditavam na justiça e na sua representatividade no Senado, e uns poucos sacanas que livraram a barra de um político acusado de um sem-número de atitudes ilícitas.
Por algum motivo que eu não sei direito qual, tenho pensado muito nos petistas nestes últimos dias, principalmente nos meus amigos petistas, que não sei mais de onde eles são capazes de buscar argumentos para defender este governo e suas convicções. Cheguei à conclusão de que defender o PT, hoje, é como defender algo de puro e cristalino que um dia existiu em nós e que agora se acabou. Desistir do PT, como eu desisti depois de 20 anos votando incondicionalmente neste partido, significa desistir de nossas próprias esperanças, é como encarar que ficamos órfãos de um tipo de ideologia e crença que nos alimentou durante muito tempo. Desistir do PT é , principalmente, aceitar o fato de que estamos sozinhos de novo. Por isso deve ser tão difícil, tão penoso.
Talvez estes argumentos soem infantis e debilóides, mas é a única explicação que eu encontro para se continuar acreditando em um partido que fez o inimaginável para manter Renan Calheiros na presidência do Senado. Como aceitar a abstenção de um Aloízio Mercadante, que alegou não haver provas suficientes para incriminar Renan? Meus Deus, o que será que o nobre Mercadante tem lido nos jornais e nas revistas nos últimos dias, além da sessão de horóscopo? Como olhar para a senadora Ideli Salvatti e não sentir uma incontrolável vontade de vomitar na tela da tevê, diante de uma traidora tão contumaz, tão contrária aos anseios populares, tão interessada em aprender a coreografia grotesca de sua coleguinha Angela Guadagnin, aquela da dança da pizza? Como encarar ainda com um certo deleite e cumplicidade a postura anacrônica e cada vez mais insossa de Eduardo Suplicy, que continua cantando Blowin' the Wind quando os ventos que realmente sopram ou são os da corrupção ou o dos furacões?
Como diria a Regina Duarte, hoje eu tenho medo, muito medo. Sabem do quê? De ir ao cinema neste fim de semana e encontrar de novo aquele meu amigo. Tenho medo de que ele me encontre na fila, abra um sorriso sarcástico e me diga: E então, eu não te falei??? Vai ser foda. Acho mais prudente alugar um vídeo e ficar em casa.
(Fonte: roveriblog.blogspot.com - só no blog)
Há mais ou menos um mês eu estava na fila do cinema com um amigo, também jornalista, quando, praticamente do nada, ele me disse que, em sua opinião, só restavam duas opções para nós, brasileiros: ou sermos sacanas ou sermos otários.
No pouco tempo que teve para defender seu ponto de vista, antes de o filme começar, ele disse que não acreditava mais na possibilidade de sermos honestos sem que isso representasse o primeiro passo para que fôssemos passados para trás, deixados de lado como um objeto antiquado.
Não concordei com ele, argumentei que era um pensamento alarmista, sem fundamento e, acima de tudo perigoso, por representar um convite ou um passe-livre para a bandalheira. Se não quisermos ser otários, e acredito que ninguém realmente o queira, a única alternativa seria a pilantragem. É isso? Prefiro não pensar assim.
Embora o assunto Renan Calheiros já tenha nos cansado demais, volto a ele apenas para dizer que a absolvição do senador me fez pensar novamente naquela conversa do cinema. Hoje, com pesar, eu daria razão para aquele amigo. Espero mudar de opinião em breve, mas hoje eu fecho com ele: o Brasil ficou dividido entre milhões de otários que acreditavam na justiça e na sua representatividade no Senado, e uns poucos sacanas que livraram a barra de um político acusado de um sem-número de atitudes ilícitas.
Por algum motivo que eu não sei direito qual, tenho pensado muito nos petistas nestes últimos dias, principalmente nos meus amigos petistas, que não sei mais de onde eles são capazes de buscar argumentos para defender este governo e suas convicções. Cheguei à conclusão de que defender o PT, hoje, é como defender algo de puro e cristalino que um dia existiu em nós e que agora se acabou. Desistir do PT, como eu desisti depois de 20 anos votando incondicionalmente neste partido, significa desistir de nossas próprias esperanças, é como encarar que ficamos órfãos de um tipo de ideologia e crença que nos alimentou durante muito tempo. Desistir do PT é , principalmente, aceitar o fato de que estamos sozinhos de novo. Por isso deve ser tão difícil, tão penoso.
Talvez estes argumentos soem infantis e debilóides, mas é a única explicação que eu encontro para se continuar acreditando em um partido que fez o inimaginável para manter Renan Calheiros na presidência do Senado. Como aceitar a abstenção de um Aloízio Mercadante, que alegou não haver provas suficientes para incriminar Renan? Meus Deus, o que será que o nobre Mercadante tem lido nos jornais e nas revistas nos últimos dias, além da sessão de horóscopo? Como olhar para a senadora Ideli Salvatti e não sentir uma incontrolável vontade de vomitar na tela da tevê, diante de uma traidora tão contumaz, tão contrária aos anseios populares, tão interessada em aprender a coreografia grotesca de sua coleguinha Angela Guadagnin, aquela da dança da pizza? Como encarar ainda com um certo deleite e cumplicidade a postura anacrônica e cada vez mais insossa de Eduardo Suplicy, que continua cantando Blowin' the Wind quando os ventos que realmente sopram ou são os da corrupção ou o dos furacões?
Como diria a Regina Duarte, hoje eu tenho medo, muito medo. Sabem do quê? De ir ao cinema neste fim de semana e encontrar de novo aquele meu amigo. Tenho medo de que ele me encontre na fila, abra um sorriso sarcástico e me diga: E então, eu não te falei??? Vai ser foda. Acho mais prudente alugar um vídeo e ficar em casa.
(Fonte: roveriblog.blogspot.com - só no blog)
Stella Awards - "Causos" do direito nos USA
.
Imaginem os casos abaixo sendo julgados no Brasil !
De acordo com uma pesquisa da CNN, a classe de trabalhadores mais odiada nos USA é a dos advogados !!!!!
O Stella Awards é um prêmio conferido anualmente aos casos mais bizarros de processos judiciais nos Estados Unidos.
O prêmio tem este nome em homenagem a Stella Liebeck, que derrubou café quente no colo e processou, com sucesso, o McDonald's, recebendo quase 3 milhões de dólares de indenização.
Desde então, o Stella Awards existe como uma instituição independente, publicando - e "premiando" - os casos de maior abuso do já folclórico sistema legal norte-americano.
Este ano, os vencedores foram:
5º lugar (empatado):
Kathleen Robertson, de Austin, Texas, recebeu US$780.000,00 de indenização de uma loja de móveis, por ter tropeçado numa criancinha que corria solta pela loja e quebrado o tornozelo.
Até aí, quase compreensível, se a criança descontrolada em questão não fosse o próprio filho da sra. Robertson.
5º lugar (empatado):
Terrence Dickinson, de Bristol, Pennsylvania, estava saindo pela garagem de uma casa que tinha acabado de roubar.
Ele não conseguiu abrir a porta da garagem, porque a automação estava com defeito.
Não conseguiu entrar de volta na casa porque a porta já tinha fechado por dentro.
A família estava de férias e o Sr. Dickinson ficou trancado na garagem por oito dias, comendo ração de cachorro e bebendo pepsi de um engradado que encontrou por ali.
Ele processou o antigo proprietário da casa, alegando que a situação lhe causou profunda angústia mental. Recebeu US$500.000,00.
4º lugar:
Jerry Williams, de Little Rock, Arkansas, foi indenizado com US$14.500,00, mais despesas médias, depois de ter sido mordido na bunda pelo beagle do vizinho.
O cachorro estava na coleira, do outro lado da cerca, mas ainda assim reagiu com violência quando o Sr. Williams pulou a cerca e atirou repetidamente contra ele com uma espingardinha de chumbo.
3º lugar:
Um restaurante na Filadélfia foi condenado a pagar US$113.500,00 de indenização a Amber Carson, de Lancaster, Pennsylvania, após ela ter escorregado e quebrado o cóccix.
O chão estava molhado porque, segundos antes, a própria Amber Carson havia atirado um copo de refrigerante no seu namorado, durante uma discussão.
2º lugar:
Kara Walton, de Claymont, Delaware, processou o proprietário de uma casa noturna da cidade vizinha, por ter caído da janela do banheiro e quebrado os dois dentes da frente.
Ela estava tentando escapar do bar sem ter que pagar o couvert (de US$3,50). Recebeu US$12.000,00, mais despesas dentárias.
1º lugar:
O grande vencedor do ano foi o sr. Merv Grazinski, de Oklahoma City, Oklahoma.
O Sr. Grazinski havia recém comprado um Motorhome Winnebago Automático e estava voltando sozinho de um jogo de futebol, realizado em outra cidade.
Na estrada, ele marcou o piloto automático do carro para 100 km/h , abandonou o banco do motorista e foi para a traseira do veículo preparar um café.
Quase como era de se esperar, o veículo saiu da estrada, bateu e capotou.
O sr. Grazinski processou a Winnebago por não explicar no manual que o piloto automático não permitia que o motorista abandonasse a direção.
O júri concedeu a indenização de US$1.750.000,00, mais um novo Motorhome Winnebago.
A companhia mudou todos os manuais de proprietário a partir deste processo, para o caso de algum outro retardado mental comprar seus carros.
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Imaginem os casos abaixo sendo julgados no Brasil !
De acordo com uma pesquisa da CNN, a classe de trabalhadores mais odiada nos USA é a dos advogados !!!!!
O Stella Awards é um prêmio conferido anualmente aos casos mais bizarros de processos judiciais nos Estados Unidos.
O prêmio tem este nome em homenagem a Stella Liebeck, que derrubou café quente no colo e processou, com sucesso, o McDonald's, recebendo quase 3 milhões de dólares de indenização.
Desde então, o Stella Awards existe como uma instituição independente, publicando - e "premiando" - os casos de maior abuso do já folclórico sistema legal norte-americano.
Este ano, os vencedores foram:
5º lugar (empatado):
Kathleen Robertson, de Austin, Texas, recebeu US$780.000,00 de indenização de uma loja de móveis, por ter tropeçado numa criancinha que corria solta pela loja e quebrado o tornozelo.
Até aí, quase compreensível, se a criança descontrolada em questão não fosse o próprio filho da sra. Robertson.
5º lugar (empatado):
Terrence Dickinson, de Bristol, Pennsylvania, estava saindo pela garagem de uma casa que tinha acabado de roubar.
Ele não conseguiu abrir a porta da garagem, porque a automação estava com defeito.
Não conseguiu entrar de volta na casa porque a porta já tinha fechado por dentro.
A família estava de férias e o Sr. Dickinson ficou trancado na garagem por oito dias, comendo ração de cachorro e bebendo pepsi de um engradado que encontrou por ali.
Ele processou o antigo proprietário da casa, alegando que a situação lhe causou profunda angústia mental. Recebeu US$500.000,00.
4º lugar:
Jerry Williams, de Little Rock, Arkansas, foi indenizado com US$14.500,00, mais despesas médias, depois de ter sido mordido na bunda pelo beagle do vizinho.
O cachorro estava na coleira, do outro lado da cerca, mas ainda assim reagiu com violência quando o Sr. Williams pulou a cerca e atirou repetidamente contra ele com uma espingardinha de chumbo.
3º lugar:
Um restaurante na Filadélfia foi condenado a pagar US$113.500,00 de indenização a Amber Carson, de Lancaster, Pennsylvania, após ela ter escorregado e quebrado o cóccix.
O chão estava molhado porque, segundos antes, a própria Amber Carson havia atirado um copo de refrigerante no seu namorado, durante uma discussão.
2º lugar:
Kara Walton, de Claymont, Delaware, processou o proprietário de uma casa noturna da cidade vizinha, por ter caído da janela do banheiro e quebrado os dois dentes da frente.
Ela estava tentando escapar do bar sem ter que pagar o couvert (de US$3,50). Recebeu US$12.000,00, mais despesas dentárias.
1º lugar:
O grande vencedor do ano foi o sr. Merv Grazinski, de Oklahoma City, Oklahoma.
O Sr. Grazinski havia recém comprado um Motorhome Winnebago Automático e estava voltando sozinho de um jogo de futebol, realizado em outra cidade.
Na estrada, ele marcou o piloto automático do carro para 100 km/h , abandonou o banco do motorista e foi para a traseira do veículo preparar um café.
Quase como era de se esperar, o veículo saiu da estrada, bateu e capotou.
O sr. Grazinski processou a Winnebago por não explicar no manual que o piloto automático não permitia que o motorista abandonasse a direção.
O júri concedeu a indenização de US$1.750.000,00, mais um novo Motorhome Winnebago.
A companhia mudou todos os manuais de proprietário a partir deste processo, para o caso de algum outro retardado mental comprar seus carros.
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Lula consulta vidente
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A vidente se concentra, fecha os olhos e fala:
- Vejo o senhor passando em uma avenida, em carro aberto, e uma imensa multidão acenando...
Lula sorri e pergunta:
- Essa multidão está feliz?
- Sim, feliz como nunca!
- E eles estão correndo atrás do carro?
- Sim, por toda a volta do carro. Os batedores estão tendo dificuldades em abrir caminho.
- Eles carregam bandeiras?
- Sim, bandeiras do Brasil, e faixas com palavras de esperança e de um futuro muito melhor...
- Eles gritam, cantam?
- Gritam frases de esperança:
-Agora sim!!! Agora vai melhorar!!!
- E eu, como estou reagindo?
- Não dá pra ver.
- E por que não?
- Porque o caixão está lacrado...
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A vidente se concentra, fecha os olhos e fala:
- Vejo o senhor passando em uma avenida, em carro aberto, e uma imensa multidão acenando...
Lula sorri e pergunta:
- Essa multidão está feliz?
- Sim, feliz como nunca!
- E eles estão correndo atrás do carro?
- Sim, por toda a volta do carro. Os batedores estão tendo dificuldades em abrir caminho.
- Eles carregam bandeiras?
- Sim, bandeiras do Brasil, e faixas com palavras de esperança e de um futuro muito melhor...
- Eles gritam, cantam?
- Gritam frases de esperança:
-Agora sim!!! Agora vai melhorar!!!
- E eu, como estou reagindo?
- Não dá pra ver.
- E por que não?
- Porque o caixão está lacrado...
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quinta-feira, 13 de agosto de 2009
A Corrida dos Ratos
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Uma das razões pelas quais os ricos ficam cada vez mais ricos, os pobres, mais pobres e a classe média luta com as dívidas é que o assunto dinheiro não é ensinado nem em casa nem na escola.
Você já observou um rato dentro de uma daquelas gaiolas que giram enquanto o rato corre dentro dela?
Se você observar a vida das pessoas de instrução média, trabalhadoras, você verá uma trajetória semelhante. A criança nasce e vai para a escola. Os pais se orgulham porque o filho se destaca, tira notas boas ou altas e consegue entrar na universidade. O filho se forma, talvez faça uma pós-graduação, e então faz exatamente o que estava determinado:
Procura um emprego ou segue uma carreira segura e tranqüila. Encontra esse emprego, quem sabe de médico ou de advogado, ou entra para as Forças Armadas ou para o serviço público. Geralmente, o filho começa a ganhar dinheiro, chega um monte de cartões de crédito e começam as compras, se é que já não tinham começado.
Com dinheiro para torrar, o filho vai aos mesmos lugares aonde vão os jovens, conhece alguém, namora, às vezes, casa. A vida é então maravilhosa porque atualmente marido e mulher trabalham. Dois salários são uma benção. Eles se sentem bem-sucedidos, seu futuro é brilhante, e eles decidem comprar uma casa, um carro, uma televisão, tirar férias e ter filhos.
O desejo se concretiza. A necessidade de dinheiro é imensa. O feliz casal concluiu que suas carreiras são da maior importância e começa a trabalhar ainda mais arduamente, tornam-se funcionários melhores. Voltam a estudar para obter especialização e ganhar mais dinheiro. Talvez arrumem mais um emprego. Suas rendas crescem, mas a alíquota do imposto de renda, o imposto predial da casa maior, as contribuições para a Seguridade Social e outros impostos também crescem. Eles olham para aquele contra cheque alto e se perguntam para onde todo esse dinheiro vai. Aplicam em alguns fundos mútuos e pagam cinco ou seis anos e é necessário poupar não só para os aumentos das mensalidades escolares, mas também para a velhice. O feliz casal, nascido há 35 anos, está agora preso na armadilha da "Corrida dos Ratos" pelo resto de seus dias.
Eles trabalham para os donos da empresa, para o governo, quando pagam os impostos, e para o banco, quando pagam cartões e hipoteca.
Então perguntamos a você. Já notou que há uma porção de contadores que não ficam ricos? E gerentes de banco, e advogados, e corretores de valores e corretores imobiliários? Eles sabem muita coisa, e em geral são inteligentes, mas a maioria não é rica. E como nossa escolas não ensinam o que os ricos conhecem, seguimos os conselhos dessas pessoas. Mas um dia, você esta dirigindo na estrada, preso no engarrafamento enquanto tenta chegar ao escritório e olha para o lado e vê seu contador preso no mesmo engarrafamento. Você olha o outro lado e vê seu gerente de banco. Isso deveria dizer-lhe alguma coisa.
Uma das razões pelas quais os ricos ficam cada vez mais ricos, os pobres, mais pobres e a classe média luta com as dívidas é que o assunto dinheiro não é ensinado nem em casa nem na escola.
O dinheiro não é ensinado nas escolas. As escolas se concentram em habilidades acadêmicas e profissionais mas não nas habilidades financeiras. Isso explica porque médicos, gerentes de banco e contadores inteligentes que tiveram ótimas notas quando estudantes terão problemas financeiros durante toda a vida.
(Trecho extraído do livro "Pai Rico Pai Pobre" - Robert Kyiosaki, Sharon Lechter)
Uma das razões pelas quais os ricos ficam cada vez mais ricos, os pobres, mais pobres e a classe média luta com as dívidas é que o assunto dinheiro não é ensinado nem em casa nem na escola.
Você já observou um rato dentro de uma daquelas gaiolas que giram enquanto o rato corre dentro dela?
Se você observar a vida das pessoas de instrução média, trabalhadoras, você verá uma trajetória semelhante. A criança nasce e vai para a escola. Os pais se orgulham porque o filho se destaca, tira notas boas ou altas e consegue entrar na universidade. O filho se forma, talvez faça uma pós-graduação, e então faz exatamente o que estava determinado:
Procura um emprego ou segue uma carreira segura e tranqüila. Encontra esse emprego, quem sabe de médico ou de advogado, ou entra para as Forças Armadas ou para o serviço público. Geralmente, o filho começa a ganhar dinheiro, chega um monte de cartões de crédito e começam as compras, se é que já não tinham começado.
Com dinheiro para torrar, o filho vai aos mesmos lugares aonde vão os jovens, conhece alguém, namora, às vezes, casa. A vida é então maravilhosa porque atualmente marido e mulher trabalham. Dois salários são uma benção. Eles se sentem bem-sucedidos, seu futuro é brilhante, e eles decidem comprar uma casa, um carro, uma televisão, tirar férias e ter filhos.
O desejo se concretiza. A necessidade de dinheiro é imensa. O feliz casal concluiu que suas carreiras são da maior importância e começa a trabalhar ainda mais arduamente, tornam-se funcionários melhores. Voltam a estudar para obter especialização e ganhar mais dinheiro. Talvez arrumem mais um emprego. Suas rendas crescem, mas a alíquota do imposto de renda, o imposto predial da casa maior, as contribuições para a Seguridade Social e outros impostos também crescem. Eles olham para aquele contra cheque alto e se perguntam para onde todo esse dinheiro vai. Aplicam em alguns fundos mútuos e pagam cinco ou seis anos e é necessário poupar não só para os aumentos das mensalidades escolares, mas também para a velhice. O feliz casal, nascido há 35 anos, está agora preso na armadilha da "Corrida dos Ratos" pelo resto de seus dias.
Eles trabalham para os donos da empresa, para o governo, quando pagam os impostos, e para o banco, quando pagam cartões e hipoteca.
Então perguntamos a você. Já notou que há uma porção de contadores que não ficam ricos? E gerentes de banco, e advogados, e corretores de valores e corretores imobiliários? Eles sabem muita coisa, e em geral são inteligentes, mas a maioria não é rica. E como nossa escolas não ensinam o que os ricos conhecem, seguimos os conselhos dessas pessoas. Mas um dia, você esta dirigindo na estrada, preso no engarrafamento enquanto tenta chegar ao escritório e olha para o lado e vê seu contador preso no mesmo engarrafamento. Você olha o outro lado e vê seu gerente de banco. Isso deveria dizer-lhe alguma coisa.
Uma das razões pelas quais os ricos ficam cada vez mais ricos, os pobres, mais pobres e a classe média luta com as dívidas é que o assunto dinheiro não é ensinado nem em casa nem na escola.
O dinheiro não é ensinado nas escolas. As escolas se concentram em habilidades acadêmicas e profissionais mas não nas habilidades financeiras. Isso explica porque médicos, gerentes de banco e contadores inteligentes que tiveram ótimas notas quando estudantes terão problemas financeiros durante toda a vida.
(Trecho extraído do livro "Pai Rico Pai Pobre" - Robert Kyiosaki, Sharon Lechter)
Troca de Farpas
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Resposta de um médico, Dr. Humberto de Freire Luna Filho, a outro médico, Dr. Aldo Pacinoto publicadas no jornal O Estado de São Paulo.
Carta do Dr. Aldo Pacinoto
Prezado senhor Humberto.
Sei perfeitamente que os leitores do jornal O Estado de S.Paulo são conservadores, muitas vezes reacionários, claramente de direita. Mas algumas cartas chegam ao cúmulo do absurdo.
Ontem um leitor disse que a culpa dos erros nas cartilhas do governo do senhor José Serra é culpa de algum "petista infiltrado" na Secretaria da Educação. Hoje, o senhor faz uma observação completamente equivocada. Não é apenas o presidente americano Obama que elogia o nosso presidente. Os elogios estão vindo de todos os continentes. É o presidente francês, é o presidente sul-africano, o premiê inglês, finlandes, alemã.
Só não vê em Lula um grande líder pessoas preconceituosas que ainda o enxergam como um metalúrgico analfabeto. O senhor deve ser de classe média média ou alta.
Pergunto: o que piorou em sua vida com o governo Lula? O que vai melhorar com o governo Serra? É claro que a classe média não quer enxergar em Lula um presidente que tem enfrentado crises econômicas internacionais como ninguém. O senhor lê a Economist? O El País? O Le Monde? Se ficar lendo apenas o Estadão e a Veja terá uma visão burguesa e centrada em críticas e mais críticas. Radical. O senhor sabe o quanto o atual governo melhorou a vida dos menos favorecidos? O senhor não quer que ele melhore a vida dos mais pobres? Sou médico, não sou petista, sou classe média até digamos alta. Tinha tudo para pensar como os leitores do Estadão que mandam frases de efeito, às vezes engraçadinhas, que o jornal adora publicar. Mas, felizmente, penso exatamente ao contrário desses leitores. Graças a Deus e ao meu pai que me ensinou a olhar a vida sem radicalismos.
Atenciosamente.
ALDO PACINOTO
Curitiba
Resposta do Dr. Humberto de Freire Luna Filho
Prezado colega Aldo
(Também sou médico - Neurocirurgião)
Antes de mais nada quero deixar claro que não sou eleitor do Sr.José Serra, sou apolítico, não filiado a nenhum partido, tenho nojo de politíca e, consequentemente, de políticos, principalmente dos atuais. Sou a favor sim, dos princípios morais, mas, para meu desapontamento,isso transformou-se em fruta rara nos três Poderes da República no atual governo. Quero também informar ao colega que leio qualquer publicação e não só O Estado de S. Paulo e a Revista Veja, como também já viajei por meio mundo, portanto vou responder suas indagações com conhecimento, e o que é mais importante, com a independência de um profissional liberal não comprometido com governo nem com imprensa nem com igreja nem com sindicatos ou com quem quer que seja.
Quanto à sua pergunta sobre o que piorou na minha vida durante o governo Lula e as possíveis melhoras em um possível governo Serra, eu diria que não houve nem haverá nenhuma mudança. Nem eu quero que haja, porque de governo, qualquer que seja a tendência ideológica, eu só desejo uma coisa: DISTÂNCIA.
Não dependo nem nunca dependi de nenhum deles. Uma outra afirmativa sua é sobre a melhoria da vida dos mais pobres (por conta do bolsa família, imagino). Minha opinião é que bolsa família não é inclusão social, é esmola, mais precisamente compra disfarçada de votos.
O pobre não quer esmola, querescolas,hospitais,ambulatórios que funcionem na realidade. Nos palanques eleitorais já foi dito até que a medicina pública brasileira está próxima da perfeição. Só que a cúpula do governo, quando precisa de assistência médica, dirige-se ao Sirio-Libanês ou ao Hospital Israelita e chega em São Paulo em jatos particulares. O colega, como médico, não deve ignorar essa realidade.
Na área rural, falta mão de obra porque o dito trabalhador rural virou parasita do governo e não mais trabalha. Para que trabalhar? Eu fico em casa e no final do mês o governo me paga. Essa foi a frase que tive que engolir, não faz muito tempo, antes de abortar um projeto em minha propriedade rural que empregaria pelo menos de 50 pessoas. Quando optamos pela mecanização, vem um bando de sindicalistas hipócritas junto com a quadrilha do MST, diga-se de passagem foras da lei e baderneiros, financiados com dinheiro público, dizer que a máquina está tirando o emprego no campo.
Outro item a que você se refere é sobre a minha observação, completamente equivocada (equivocada na sua opinião), publicada hoje no jornal O Estado de S.Paulo. Pois é, aquela é a MINHA observação e eu espero que o colega a respeite como eu respeitaria a sua se lá estivesse publicada. E mais se você quiser fazer um giro maior, saindo
portanto, da esfera do Estadão e da Veja para fugir do conservadorismo dos mesmos, (conservadorismo também opinião sua - respeito) , verá que existem muitas outras publicações minhas dentro do mesmo raciocínio, coerência, independência e coragem que tenho para falar o que quero, e assumir totalmente a responsabilidade pelo dito. Colega, por favor, pesquise os seguintes jornais: Diário de Pernambuco (Recife-PE), Diário da Manhã (Goiânia-GO), Gazeta do Povo (Curitiba-PR), O Dia (Rio de Janeiro-RJ), Jornal O Povo(Fortaleza-CE) e outros, além de dezenas de sites e blogs.
Agora faço a minha primeira pergunta: são todos conservadores e reacionários? Não! são independentes. Não são parte da imprensa submissa e remunerada com dinheiro público, não fazem pubilicidade da Petrobras, do Banco do Brasil da Caixa Economica Federal, do PAC, e o mais importante, não recebem ordens de Franklin Martins, (o Joseph Goebbels Tupiniquin), manipulador de informações, prestidigitador que usa o vulnerável substrato cultural brasileiro, para transformar câncer em voto.
E para encerrar, permita-me fazer mais essas perguntas: O The Economist, o El País,O Le Monde etc. informaram a opinião pública européia sobre as dezenas de escândalos financeiros e morais ocorridos no País nos últimos sete anos e que permanecem impunes por pressão do grande lider e asseclas? Informaram que o Congresso Nacional está tomado por uma quadrilha manipulada pelo Executivo ( 80% envolvidos em algum tipo de delito) e que conseguiram extinguir a oposição? Informaram que a maior empresa brasileira é estatal e ao mesmo tempo usufruto do governo, e que o mesmo tenta desesperadamente blindá-la contra qualquer fiscalização? Informaram que 40% dos ministros e ex-ministros desse governo respondem a processos por malversação de dinheiro público?
Eu acho que os chefes de estados da Europa não sabem dessas particularidades. Por muito menos estão rolando cabeças no Parlamento Britânico, e com uma grande diferença, o dinheiro lá desviado é devolvido aos cofres públicos; enquanto aqui parte é rateada; parte é para pagar bons advogados, e outra parte é incorporado ao patrimônio do ladrão.
Casos exaustivamente comentados na imprensa vem ocorrendo há anos com pelo menos cinco indivíduos que hoje fazem parte ativa da base de sustentação do grande líder. Isso para não falar de coisas mais graves como os assassinatos dos prefeitos de Campinas e de Santo André, envolvendo verbas de campanha. Crimes esses nunca esclarecidos e cujos cadáveres permanecem até hoje no armário do PT. Portanto, ver Luiz Inácio Lula da Silva como um líder é querer forçar um pouco. Para mim, ele não passa de papagaio de pirata de Hugo Chavéz. Veja a sua última pérola: "O Brasil acha petróleo a 6 mil metros de profundidade, por que não acha um avião a 2 mil". Isso não é pronunciamento de líder em um evento público envolvendo dezenas de chefes de estado. Isso cairia bem em reunião de sindicato ou em mesa de botequim. Caracteriza oportunismo vulgar.
Moro no Brasil, sei ler e não sinto azia quando leio. Não sou preconceituoso nem radical, modéstia a parte, sou esclarecido, e se combater corrupção é radicalismo, aí sim, sou RADICAL, e estou pronto para qualquer coisa como todo nordestino... de caráter.
Atenciosamente.
Humberto de Luna Freire Filho
São Paulo
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Resposta de um médico, Dr. Humberto de Freire Luna Filho, a outro médico, Dr. Aldo Pacinoto publicadas no jornal O Estado de São Paulo.
Carta do Dr. Aldo Pacinoto
Prezado senhor Humberto.
Sei perfeitamente que os leitores do jornal O Estado de S.Paulo são conservadores, muitas vezes reacionários, claramente de direita. Mas algumas cartas chegam ao cúmulo do absurdo.
Ontem um leitor disse que a culpa dos erros nas cartilhas do governo do senhor José Serra é culpa de algum "petista infiltrado" na Secretaria da Educação. Hoje, o senhor faz uma observação completamente equivocada. Não é apenas o presidente americano Obama que elogia o nosso presidente. Os elogios estão vindo de todos os continentes. É o presidente francês, é o presidente sul-africano, o premiê inglês, finlandes, alemã.
Só não vê em Lula um grande líder pessoas preconceituosas que ainda o enxergam como um metalúrgico analfabeto. O senhor deve ser de classe média média ou alta.
Pergunto: o que piorou em sua vida com o governo Lula? O que vai melhorar com o governo Serra? É claro que a classe média não quer enxergar em Lula um presidente que tem enfrentado crises econômicas internacionais como ninguém. O senhor lê a Economist? O El País? O Le Monde? Se ficar lendo apenas o Estadão e a Veja terá uma visão burguesa e centrada em críticas e mais críticas. Radical. O senhor sabe o quanto o atual governo melhorou a vida dos menos favorecidos? O senhor não quer que ele melhore a vida dos mais pobres? Sou médico, não sou petista, sou classe média até digamos alta. Tinha tudo para pensar como os leitores do Estadão que mandam frases de efeito, às vezes engraçadinhas, que o jornal adora publicar. Mas, felizmente, penso exatamente ao contrário desses leitores. Graças a Deus e ao meu pai que me ensinou a olhar a vida sem radicalismos.
Atenciosamente.
ALDO PACINOTO
Curitiba
Resposta do Dr. Humberto de Freire Luna Filho
Prezado colega Aldo
(Também sou médico - Neurocirurgião)
Antes de mais nada quero deixar claro que não sou eleitor do Sr.José Serra, sou apolítico, não filiado a nenhum partido, tenho nojo de politíca e, consequentemente, de políticos, principalmente dos atuais. Sou a favor sim, dos princípios morais, mas, para meu desapontamento,isso transformou-se em fruta rara nos três Poderes da República no atual governo. Quero também informar ao colega que leio qualquer publicação e não só O Estado de S. Paulo e a Revista Veja, como também já viajei por meio mundo, portanto vou responder suas indagações com conhecimento, e o que é mais importante, com a independência de um profissional liberal não comprometido com governo nem com imprensa nem com igreja nem com sindicatos ou com quem quer que seja.
Quanto à sua pergunta sobre o que piorou na minha vida durante o governo Lula e as possíveis melhoras em um possível governo Serra, eu diria que não houve nem haverá nenhuma mudança. Nem eu quero que haja, porque de governo, qualquer que seja a tendência ideológica, eu só desejo uma coisa: DISTÂNCIA.
Não dependo nem nunca dependi de nenhum deles. Uma outra afirmativa sua é sobre a melhoria da vida dos mais pobres (por conta do bolsa família, imagino). Minha opinião é que bolsa família não é inclusão social, é esmola, mais precisamente compra disfarçada de votos.
O pobre não quer esmola, querescolas,hospitais,ambulatórios que funcionem na realidade. Nos palanques eleitorais já foi dito até que a medicina pública brasileira está próxima da perfeição. Só que a cúpula do governo, quando precisa de assistência médica, dirige-se ao Sirio-Libanês ou ao Hospital Israelita e chega em São Paulo em jatos particulares. O colega, como médico, não deve ignorar essa realidade.
Na área rural, falta mão de obra porque o dito trabalhador rural virou parasita do governo e não mais trabalha. Para que trabalhar? Eu fico em casa e no final do mês o governo me paga. Essa foi a frase que tive que engolir, não faz muito tempo, antes de abortar um projeto em minha propriedade rural que empregaria pelo menos de 50 pessoas. Quando optamos pela mecanização, vem um bando de sindicalistas hipócritas junto com a quadrilha do MST, diga-se de passagem foras da lei e baderneiros, financiados com dinheiro público, dizer que a máquina está tirando o emprego no campo.
Outro item a que você se refere é sobre a minha observação, completamente equivocada (equivocada na sua opinião), publicada hoje no jornal O Estado de S.Paulo. Pois é, aquela é a MINHA observação e eu espero que o colega a respeite como eu respeitaria a sua se lá estivesse publicada. E mais se você quiser fazer um giro maior, saindo
portanto, da esfera do Estadão e da Veja para fugir do conservadorismo dos mesmos, (conservadorismo também opinião sua - respeito) , verá que existem muitas outras publicações minhas dentro do mesmo raciocínio, coerência, independência e coragem que tenho para falar o que quero, e assumir totalmente a responsabilidade pelo dito. Colega, por favor, pesquise os seguintes jornais: Diário de Pernambuco (Recife-PE), Diário da Manhã (Goiânia-GO), Gazeta do Povo (Curitiba-PR), O Dia (Rio de Janeiro-RJ), Jornal O Povo(Fortaleza-CE) e outros, além de dezenas de sites e blogs.
Agora faço a minha primeira pergunta: são todos conservadores e reacionários? Não! são independentes. Não são parte da imprensa submissa e remunerada com dinheiro público, não fazem pubilicidade da Petrobras, do Banco do Brasil da Caixa Economica Federal, do PAC, e o mais importante, não recebem ordens de Franklin Martins, (o Joseph Goebbels Tupiniquin), manipulador de informações, prestidigitador que usa o vulnerável substrato cultural brasileiro, para transformar câncer em voto.
E para encerrar, permita-me fazer mais essas perguntas: O The Economist, o El País,O Le Monde etc. informaram a opinião pública européia sobre as dezenas de escândalos financeiros e morais ocorridos no País nos últimos sete anos e que permanecem impunes por pressão do grande lider e asseclas? Informaram que o Congresso Nacional está tomado por uma quadrilha manipulada pelo Executivo ( 80% envolvidos em algum tipo de delito) e que conseguiram extinguir a oposição? Informaram que a maior empresa brasileira é estatal e ao mesmo tempo usufruto do governo, e que o mesmo tenta desesperadamente blindá-la contra qualquer fiscalização? Informaram que 40% dos ministros e ex-ministros desse governo respondem a processos por malversação de dinheiro público?
Eu acho que os chefes de estados da Europa não sabem dessas particularidades. Por muito menos estão rolando cabeças no Parlamento Britânico, e com uma grande diferença, o dinheiro lá desviado é devolvido aos cofres públicos; enquanto aqui parte é rateada; parte é para pagar bons advogados, e outra parte é incorporado ao patrimônio do ladrão.
Casos exaustivamente comentados na imprensa vem ocorrendo há anos com pelo menos cinco indivíduos que hoje fazem parte ativa da base de sustentação do grande líder. Isso para não falar de coisas mais graves como os assassinatos dos prefeitos de Campinas e de Santo André, envolvendo verbas de campanha. Crimes esses nunca esclarecidos e cujos cadáveres permanecem até hoje no armário do PT. Portanto, ver Luiz Inácio Lula da Silva como um líder é querer forçar um pouco. Para mim, ele não passa de papagaio de pirata de Hugo Chavéz. Veja a sua última pérola: "O Brasil acha petróleo a 6 mil metros de profundidade, por que não acha um avião a 2 mil". Isso não é pronunciamento de líder em um evento público envolvendo dezenas de chefes de estado. Isso cairia bem em reunião de sindicato ou em mesa de botequim. Caracteriza oportunismo vulgar.
Moro no Brasil, sei ler e não sinto azia quando leio. Não sou preconceituoso nem radical, modéstia a parte, sou esclarecido, e se combater corrupção é radicalismo, aí sim, sou RADICAL, e estou pronto para qualquer coisa como todo nordestino... de caráter.
Atenciosamente.
Humberto de Luna Freire Filho
São Paulo
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Só de Sacanagem
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Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam: "Não roubarás", "Devolva o lápis do coleguinha", "Esse apontador não é seu, minha filha". Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.
Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará. Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar.
Só de sacanagem! Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba" e vou dizer: "Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau."
Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal". Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal. Eu repito, ouviram? Imortal! Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final!
Elisa Lucinda
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Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam: "Não roubarás", "Devolva o lápis do coleguinha", "Esse apontador não é seu, minha filha". Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.
Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará. Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar.
Só de sacanagem! Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba" e vou dizer: "Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau."
Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal". Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal. Eu repito, ouviram? Imortal! Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final!
Elisa Lucinda
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quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Gripe Suína - Nada de Pânico.
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A situação atual é a seguinte:
O virus H1N1 já ultrapassou a barreira inicial, circula livremente entre nós, veio para ficar. Nesta 1º onda do vírus no Brasil, calcula-se que 70.000.000 de brasileiros terão contato com ele até final de setembro.
Das atuais viroses respiratórias presentes no sul do país, 60% já são do novo vírus, isto é, das pessoas com gripe que falamos ou que circulam na rua, ônibus, bares, igrejas clubes, etc, mais da metade já tem o novo vírus... isto é uma projeção estatística , ou seja , não há mais capacidade para se fazer exame de todos os suspeitos.
A condução dos casos será como da gripe comum, e somente os casos graves ou em grupos de risco haverá dispensação da medicação anti viral.
O vírus H1 N1 tem maior transmissibilidade que o vírus influenza , mas tem MENOR PATOGENICIDADE, OU SEJA MATA MENOS QUE A GRIPE COMUM... acontece que ele tem tropismo por organismo com alguma brecha imunológica que comprometa as defesas habituais, então ele pode ser potencialmente mais agressivo em pacientes com: nutrição inadequada, más condições de higiene, cardiopatas e pneumopatas crônicos, asmáticos graves, renais crônicos, diabéticos, obesos mórbidos, pessoas em tratamento com imunossupressores (corticóides, tto para câncer) e doenças degenerativas.
Em pessoas hígidas, dificilmente haverá complicação, e , volto e frisar, a MORTALIDADE É MENOR QUE O VÍRUS INFLUENZA.
Em 2008, só no mês de julho, 4500 pessoas morreram de gripe comum no Brasil. Estamos com 47 mortes pelo novo vírus em 18 dias de circulação...
Temos que estar ALERTAS, isto sim, pois é um vírus novo, pode sofrer mutações, e ainda estamos aprendendo a conviver com ele.
Por enquanto o importante é: boa alimentação, SUCOS DE FRUTAS, ÁGUA, ÁGUA DE COCO, VERDURAS, AMBIENTES AREJADOS, HIGIENE ADEQUADA DE MÃOS E VIAS AÉREAS, LAVAGEM DE MÃOS VÁRIAS VEZES AO DIA. ÁLCOOL PODE SER USADO EM SUPERFÍCIES POTENCIALMENTE CONTAMINADAS (MESAS DE CONSULTÓRIO, LOCAIS ONDE PESSOAS TENHAM ESPIRRADO, (mas sem maiores neuras, por favor, teremos que conviver alguns meses com este vírus, como os tantos outros de gripe...)
As Máscaras continuam recomendadas para quem está com quadro gripal, em respeito aos outros, e em alguns serviços de Pronto Atendimento , para as equipes de Saúde... nada de sair pela rua e shoppings com máscara e vidro de álcool gel na mão, precisamos de bom senso, tranquilidade é pés no chão.
Evitar locais fechados, aglomerações shoppings, cinemas, bares, chimarrão e nerguille, pelo menos nos próximos 15 dias, enquanto o vírus está em "curva ascendente"...
Depois, é vida normal. O anti viral - Tamiflu- só será disponibilizado pela SMS para os casos comprovadamente graves, não tomem para qq gripe, pois aumenta a resistência do bicho...
Em 99,85% dos quadros de H1 N1 a evolução será ABSOLUTAMENTE BENIGNA, ou seja, portados assintomático, sintomas leves ou moderados, perfeitamente tratados com: cama e sintomáticos (repouso por 5 dias está mais que suficiente).
O afastamento das aulas é muito mais uma medida tranquilizadora para os pais, enquanto as equipes das escolas são adequadamente preparadas para receberem os estudantes e conviverem com a nova doença.
As 2 gripes estão ai, os sintomas são idênticos, não há porque saber se é gripe A ou influenza, a conduta será igual, e evoluirá geralmente bem.
Tivemos mortes, sim (porém 3 das mortes da semana passada acabaram se confirmando como da influenza, e não da gripe A).
Alguns jovens saudáveis faleceram sim, mas na grande maioria , mesmo nos jovens, havia algum fator basal predisponente: acompanhei 3 casos: 1 criança do interior(desnutrida); 1 adulto com 33 anos (cirrose) e 1 senhora de 54 anos (asmática grave).
Portanto, amigos, muita cautela na transmissão de informações: A CALMA É FUNDAMENTAL, OS CUIDADOS GERAIS TAMBÉM. DEVEMOS ESTAR ALERTAS, MAS TEMOS QUE SEGUIR A VIDA COM NORMALIDADE, PORQUE A GRIPE SAZONAL MATA MUITO MAIS QUE ESTA E NUNCA TEVE ESTA DIMENSÃO DE ALARME.
Evitem lotar os hospitais com casos leves, só em casos de febre = ou > de 38ºC (este é o fator patognomônico!!), dor de garganta ou dificuldade respiratória as pessoas deverão procurar os postos de Saúde.
Estamos conectados diariamente com a SMS, SESA e Central de Leitos, qualquer alteração na condução dos casos ou orientações gerais, haverá ampla divulgação.
(Recebido por email - Dr. Eduado Peixoto)
A situação atual é a seguinte:
O virus H1N1 já ultrapassou a barreira inicial, circula livremente entre nós, veio para ficar. Nesta 1º onda do vírus no Brasil, calcula-se que 70.000.000 de brasileiros terão contato com ele até final de setembro.
Das atuais viroses respiratórias presentes no sul do país, 60% já são do novo vírus, isto é, das pessoas com gripe que falamos ou que circulam na rua, ônibus, bares, igrejas clubes, etc, mais da metade já tem o novo vírus... isto é uma projeção estatística , ou seja , não há mais capacidade para se fazer exame de todos os suspeitos.
A condução dos casos será como da gripe comum, e somente os casos graves ou em grupos de risco haverá dispensação da medicação anti viral.
O vírus H1 N1 tem maior transmissibilidade que o vírus influenza , mas tem MENOR PATOGENICIDADE, OU SEJA MATA MENOS QUE A GRIPE COMUM... acontece que ele tem tropismo por organismo com alguma brecha imunológica que comprometa as defesas habituais, então ele pode ser potencialmente mais agressivo em pacientes com: nutrição inadequada, más condições de higiene, cardiopatas e pneumopatas crônicos, asmáticos graves, renais crônicos, diabéticos, obesos mórbidos, pessoas em tratamento com imunossupressores (corticóides, tto para câncer) e doenças degenerativas.
Em pessoas hígidas, dificilmente haverá complicação, e , volto e frisar, a MORTALIDADE É MENOR QUE O VÍRUS INFLUENZA.
Em 2008, só no mês de julho, 4500 pessoas morreram de gripe comum no Brasil. Estamos com 47 mortes pelo novo vírus em 18 dias de circulação...
Temos que estar ALERTAS, isto sim, pois é um vírus novo, pode sofrer mutações, e ainda estamos aprendendo a conviver com ele.
Por enquanto o importante é: boa alimentação, SUCOS DE FRUTAS, ÁGUA, ÁGUA DE COCO, VERDURAS, AMBIENTES AREJADOS, HIGIENE ADEQUADA DE MÃOS E VIAS AÉREAS, LAVAGEM DE MÃOS VÁRIAS VEZES AO DIA. ÁLCOOL PODE SER USADO EM SUPERFÍCIES POTENCIALMENTE CONTAMINADAS (MESAS DE CONSULTÓRIO, LOCAIS ONDE PESSOAS TENHAM ESPIRRADO, (mas sem maiores neuras, por favor, teremos que conviver alguns meses com este vírus, como os tantos outros de gripe...)
As Máscaras continuam recomendadas para quem está com quadro gripal, em respeito aos outros, e em alguns serviços de Pronto Atendimento , para as equipes de Saúde... nada de sair pela rua e shoppings com máscara e vidro de álcool gel na mão, precisamos de bom senso, tranquilidade é pés no chão.
Evitar locais fechados, aglomerações shoppings, cinemas, bares, chimarrão e nerguille, pelo menos nos próximos 15 dias, enquanto o vírus está em "curva ascendente"...
Depois, é vida normal. O anti viral - Tamiflu- só será disponibilizado pela SMS para os casos comprovadamente graves, não tomem para qq gripe, pois aumenta a resistência do bicho...
Em 99,85% dos quadros de H1 N1 a evolução será ABSOLUTAMENTE BENIGNA, ou seja, portados assintomático, sintomas leves ou moderados, perfeitamente tratados com: cama e sintomáticos (repouso por 5 dias está mais que suficiente).
O afastamento das aulas é muito mais uma medida tranquilizadora para os pais, enquanto as equipes das escolas são adequadamente preparadas para receberem os estudantes e conviverem com a nova doença.
As 2 gripes estão ai, os sintomas são idênticos, não há porque saber se é gripe A ou influenza, a conduta será igual, e evoluirá geralmente bem.
Tivemos mortes, sim (porém 3 das mortes da semana passada acabaram se confirmando como da influenza, e não da gripe A).
Alguns jovens saudáveis faleceram sim, mas na grande maioria , mesmo nos jovens, havia algum fator basal predisponente: acompanhei 3 casos: 1 criança do interior(desnutrida); 1 adulto com 33 anos (cirrose) e 1 senhora de 54 anos (asmática grave).
Portanto, amigos, muita cautela na transmissão de informações: A CALMA É FUNDAMENTAL, OS CUIDADOS GERAIS TAMBÉM. DEVEMOS ESTAR ALERTAS, MAS TEMOS QUE SEGUIR A VIDA COM NORMALIDADE, PORQUE A GRIPE SAZONAL MATA MUITO MAIS QUE ESTA E NUNCA TEVE ESTA DIMENSÃO DE ALARME.
Evitem lotar os hospitais com casos leves, só em casos de febre = ou > de 38ºC (este é o fator patognomônico!!), dor de garganta ou dificuldade respiratória as pessoas deverão procurar os postos de Saúde.
Estamos conectados diariamente com a SMS, SESA e Central de Leitos, qualquer alteração na condução dos casos ou orientações gerais, haverá ampla divulgação.
(Recebido por email - Dr. Eduado Peixoto)
Sobre a Vírgula
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Espetacular a campanha dos 100 anos da ABI
(Associação Brasileira de Imprensa).
·Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.
· Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.
·Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.
· Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.
· E vilões...
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto...
·Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.
· A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.
· A vírgula pode ser ofensiva.
Não quero comprar seu porco.
Não quero comprar, seu porco.
“Uma vírgula muda tudo.”
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.
Detalhes Adicionais:
SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.
Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER. Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM.
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Espetacular a campanha dos 100 anos da ABI
(Associação Brasileira de Imprensa).
·Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.
· Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.
·Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.
· Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.
· E vilões...
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto...
·Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.
· A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.
· A vírgula pode ser ofensiva.
Não quero comprar seu porco.
Não quero comprar, seu porco.
“Uma vírgula muda tudo.”
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.
Detalhes Adicionais:
SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.
Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER. Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM.
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Collor sobre Sarney
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OUÇA E DEPOIS RIA... OU CHORE...
Olhe e escute o que dizia Collor do Sarney ANTES... e compare com a defesa que ele faz AGORA do Sarney...chore ou vomite!
Na eleição presidencial de 1989, o apresentador de televisão Sílvio Santos foi lançado candidato a poucas semanas da data do primeiro turno. A candidatura de Sílvio seria uma hecatombe para Fernando Collor que liderava todas as pesquisas de intenção de voto. Sílvio tomaria votos dele no meio do povão. Collor foi à televisão e atacou duramente o então presidente José Sarney, a quem acusou de patrocinar a candidatura de Sílvio.
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OUÇA E DEPOIS RIA... OU CHORE...
Olhe e escute o que dizia Collor do Sarney ANTES... e compare com a defesa que ele faz AGORA do Sarney...chore ou vomite!
Na eleição presidencial de 1989, o apresentador de televisão Sílvio Santos foi lançado candidato a poucas semanas da data do primeiro turno. A candidatura de Sílvio seria uma hecatombe para Fernando Collor que liderava todas as pesquisas de intenção de voto. Sílvio tomaria votos dele no meio do povão. Collor foi à televisão e atacou duramente o então presidente José Sarney, a quem acusou de patrocinar a candidatura de Sílvio.
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Vamos às ruas fazer valer os nossos direitos
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Está COMEÇANDO!!!..
Mais uma vez, os brasileiros que se manifestaram pela internet, se mobilizarão em uma passeata nacional, contra o presidente do Senado José Sarney e todos políticos envolvidos em esquemas de corrupção, nepotismo, atos secretos, mensalão e com passado sujo.
Assim como na campanha das "Diretas Já", impeachment e outras manifestações populares, o movimento vai alcançando as ruas, e deverá ganhar as adesões de músicos, artistas, ONGs, sindicatos, partidos de oposição e milhões de brasileiros.
A Passeata Nacional vai acontecer no próximo dia 15 de agosto, a partir das 14h, e quem comparecer deve levar uma máscara cirúrgica, como as usadas para se proteger da "gripe suína", escrita com alguma frase tipo:. "Fora Sarney!". "Fora Corruptos!", "Fora CPI de PIZZA!", "Chega de não sabia.." , " Não fui eu"...etc,etc..
Confira os locais das manifestações:
* São Paulo - MASP
* Rio de Janeiro -Posto 6, Copacabana (em frente à rua Souza Lima)
* Porto Alegre - Arco da Redenção
* Belo Horizonte - Praça Sete
* Salvador - Av Garibaldi
* Londrina - Calçadão em frente ao Banco do Brasil
* Florianópolis - Trapiche da Beira Mar Norte
* Recife - Avenida Conde da Boa Vista, em frente ao shopping Boa Vista
* Curitiba - Largo da Ordem 9 (onde ocorre a feira de domingo)
* Vitoria - frente ao Shopping Vitória
* Natal - Praça vermelha
* Goiânia - Praça Universitária
* São Luís - Praça João Lisboa (saída às 13h)
* Brasília - Congresso Nacional
Repasse!
Está COMEÇANDO!!!..
Mais uma vez, os brasileiros que se manifestaram pela internet, se mobilizarão em uma passeata nacional, contra o presidente do Senado José Sarney e todos políticos envolvidos em esquemas de corrupção, nepotismo, atos secretos, mensalão e com passado sujo.
Assim como na campanha das "Diretas Já", impeachment e outras manifestações populares, o movimento vai alcançando as ruas, e deverá ganhar as adesões de músicos, artistas, ONGs, sindicatos, partidos de oposição e milhões de brasileiros.
A Passeata Nacional vai acontecer no próximo dia 15 de agosto, a partir das 14h, e quem comparecer deve levar uma máscara cirúrgica, como as usadas para se proteger da "gripe suína", escrita com alguma frase tipo:. "Fora Sarney!". "Fora Corruptos!", "Fora CPI de PIZZA!", "Chega de não sabia.." , " Não fui eu"...etc,etc..
Confira os locais das manifestações:
* São Paulo - MASP
* Rio de Janeiro -Posto 6, Copacabana (em frente à rua Souza Lima)
* Porto Alegre - Arco da Redenção
* Belo Horizonte - Praça Sete
* Salvador - Av Garibaldi
* Londrina - Calçadão em frente ao Banco do Brasil
* Florianópolis - Trapiche da Beira Mar Norte
* Recife - Avenida Conde da Boa Vista, em frente ao shopping Boa Vista
* Curitiba - Largo da Ordem 9 (onde ocorre a feira de domingo)
* Vitoria - frente ao Shopping Vitória
* Natal - Praça vermelha
* Goiânia - Praça Universitária
* São Luís - Praça João Lisboa (saída às 13h)
* Brasília - Congresso Nacional
Repasse!
This one is too funny not to share – a true story.
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For homework, a class in NSW were asked to draw their parents at work.
This is Jessica’s drawing:
Here's the letter the teacher received the next day:
Dear Mrs. Jackson,
I wish to clarify that I am not now, nor have I ever been, an exotic dancer.
I work at Bunnings and I told my daughter how hectic it was last week after the floods hit.
I told her we sold out every single shovel we had and then I found one more in stock and several people were fighting over who would get it.
Her picture doesn't show me dancing around a pole. It's supposed to depict me selling the last shovel we had in the store.
From now on I will remember to check her homework before she hands it in.
Sincerely,
Erica Cameron
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For homework, a class in NSW were asked to draw their parents at work.
This is Jessica’s drawing:
Here's the letter the teacher received the next day:
Dear Mrs. Jackson,
I wish to clarify that I am not now, nor have I ever been, an exotic dancer.
I work at Bunnings and I told my daughter how hectic it was last week after the floods hit.
I told her we sold out every single shovel we had and then I found one more in stock and several people were fighting over who would get it.
Her picture doesn't show me dancing around a pole. It's supposed to depict me selling the last shovel we had in the store.
From now on I will remember to check her homework before she hands it in.
Sincerely,
Erica Cameron
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terça-feira, 11 de agosto de 2009
Porque o vovô ou a vovó tem confusão mental.
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Sempre que dou aula de Clínica Médica a estudantes do quarto ano de Medicina, lanço a pergunta:
-Quais as causas que mais fazem o vovô ou a vovó terem confusão mental?
Alguns arriscam: "Tumor na cabeça".
Eu digo: "Não". Outros apostam: "Mal de Alzheimer".
Respondo, novamente: "Não".
A cada negativa a turma espanta-se.
E fica ainda mais boquiaberta quando enumero os três responsáveis mais comuns: diabetes descontrolado; infecção urinária; a família passou um dia inteiro no shopping, enquanto os idosos ficaram em casa.
Parece brincadeira, mas não é.
Constantemente vovô e vovó, sem sentir sede, deixam de tomar líquidos. Quando falta gente em casa para lembrá-los, desidratam-se com rapidez. A desidratação tende a ser grave e afeta todo o organismo.
Pode causar confusão mental abrupta, queda de pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos ("batedeira"), angina (dor no peito), coma e até morte.
Insisto: não é brincadeira.
Na terceira idade, que começa aos 60 anos, temos pouco mais de 50% de água. Isso faz parte do processo natural de envelhecimento. Portanto, os idosos têm menor reserva hídrica.
Mas há outro complicador: mesmo desidratados, eles não sentem vontade de tomar água, pois os seus mecanismos de equilíbrio interno não funcionam muito bem.
Conclusão:
Idosos desidratam-se facilmente não apenas porque possuem reserva hídrica menor, mas também porque percebem menos a falta de água em seu corpo. Mesmo que o idoso seja saudável, fica prejudicado o desempenho das reações químicas e funções de todo o seu organismo.
Por isso, aqui vão dois alertas.
O primeiro é para vovós e vovôs: tornem voluntário o hábito de beber líquidos. Por líquido entenda-se água, sucos, chás, água-de-coco, leite. Sopa, gelatina e frutas ricas em água, como melão, melancia, abacaxi, laranja e tangerina, também funcionam. O importante é, a cada duas horas, botar algum líquido para dentro.
Lembrem-se disso!
Meu segundo alerta é para os familiares: ofereçam constantemente líquidos aos idosos. Ao mesmo tempo, fiquem atentos. Ao perceberem que estão rejeitando líquidos e, de um dia para o outro, ficam confusos, irritadiços, fora do ar, atenção. É quase certo que esses sintomas sejam decorrentes de desidratação. Líquido neles e rápido para um serviço médico".
(Arnaldo Lichtenstein (46), médico, é clínico-geral do Hospital das Clínicas e professor colaborador do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo)
Sempre que dou aula de Clínica Médica a estudantes do quarto ano de Medicina, lanço a pergunta:
-Quais as causas que mais fazem o vovô ou a vovó terem confusão mental?
Alguns arriscam: "Tumor na cabeça".
Eu digo: "Não". Outros apostam: "Mal de Alzheimer".
Respondo, novamente: "Não".
A cada negativa a turma espanta-se.
E fica ainda mais boquiaberta quando enumero os três responsáveis mais comuns: diabetes descontrolado; infecção urinária; a família passou um dia inteiro no shopping, enquanto os idosos ficaram em casa.
Parece brincadeira, mas não é.
Constantemente vovô e vovó, sem sentir sede, deixam de tomar líquidos. Quando falta gente em casa para lembrá-los, desidratam-se com rapidez. A desidratação tende a ser grave e afeta todo o organismo.
Pode causar confusão mental abrupta, queda de pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos ("batedeira"), angina (dor no peito), coma e até morte.
Insisto: não é brincadeira.
Na terceira idade, que começa aos 60 anos, temos pouco mais de 50% de água. Isso faz parte do processo natural de envelhecimento. Portanto, os idosos têm menor reserva hídrica.
Mas há outro complicador: mesmo desidratados, eles não sentem vontade de tomar água, pois os seus mecanismos de equilíbrio interno não funcionam muito bem.
Conclusão:
Idosos desidratam-se facilmente não apenas porque possuem reserva hídrica menor, mas também porque percebem menos a falta de água em seu corpo. Mesmo que o idoso seja saudável, fica prejudicado o desempenho das reações químicas e funções de todo o seu organismo.
Por isso, aqui vão dois alertas.
O primeiro é para vovós e vovôs: tornem voluntário o hábito de beber líquidos. Por líquido entenda-se água, sucos, chás, água-de-coco, leite. Sopa, gelatina e frutas ricas em água, como melão, melancia, abacaxi, laranja e tangerina, também funcionam. O importante é, a cada duas horas, botar algum líquido para dentro.
Lembrem-se disso!
Meu segundo alerta é para os familiares: ofereçam constantemente líquidos aos idosos. Ao mesmo tempo, fiquem atentos. Ao perceberem que estão rejeitando líquidos e, de um dia para o outro, ficam confusos, irritadiços, fora do ar, atenção. É quase certo que esses sintomas sejam decorrentes de desidratação. Líquido neles e rápido para um serviço médico".
(Arnaldo Lichtenstein (46), médico, é clínico-geral do Hospital das Clínicas e professor colaborador do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo)
Gente que eu gosto
.
Antes de mais nada gosto da gente que vibra,
que não é necessário empurrar,
que não se tem que dizer que faça as coisas
e que sabem o que tem que ser feito
e o fazem em menos tempo que o esperado.
Gosto da gente com capacidade de medir as conseqüências de suas ações.
A gente que não deixa as soluções para a sorte decidir.
Gosto da gente exigente com seu pessoal e consigo mesma,
mas que não perde de vista que somos humanos
e que podemo-nos equivocar.
Gosto da gente que pensa que o trabalho em equipa entre amigos
produz às vezes mais que os caóticos esforços individuais.
Gosto da gente que sabe da importância da alegria.
Gosto da gente sincera e franca,
capaz de opor-se com argumentos serenos e racionais
às decisões de seus superiores.
Gosto da gente de critério,
a que não sente vergonha de reconhecer
que não conhece algo ou que se enganou.
Gosto da gente que ao aceitar seus erros,
se esforça genuinamente por não voltar a cometê-los.
Gosto da gente capaz de criticar-me construtivamente e sem rodeios:
a essas pessoas as chamo de meus amigos.
Gosto da gente fiel e persistente
e que não descansa quando se trata de alcançar objetivos e ideais.
Gosto da gente que trabalha para lograr bons resultados.
Com gente como esta, me comprometo a tudo,
já que por ter esta gente ao meu lado me dou por satisfeito.
Mario Benedetti.
Antes de mais nada gosto da gente que vibra,
que não é necessário empurrar,
que não se tem que dizer que faça as coisas
e que sabem o que tem que ser feito
e o fazem em menos tempo que o esperado.
Gosto da gente com capacidade de medir as conseqüências de suas ações.
A gente que não deixa as soluções para a sorte decidir.
Gosto da gente exigente com seu pessoal e consigo mesma,
mas que não perde de vista que somos humanos
e que podemo-nos equivocar.
Gosto da gente que pensa que o trabalho em equipa entre amigos
produz às vezes mais que os caóticos esforços individuais.
Gosto da gente que sabe da importância da alegria.
Gosto da gente sincera e franca,
capaz de opor-se com argumentos serenos e racionais
às decisões de seus superiores.
Gosto da gente de critério,
a que não sente vergonha de reconhecer
que não conhece algo ou que se enganou.
Gosto da gente que ao aceitar seus erros,
se esforça genuinamente por não voltar a cometê-los.
Gosto da gente capaz de criticar-me construtivamente e sem rodeios:
a essas pessoas as chamo de meus amigos.
Gosto da gente fiel e persistente
e que não descansa quando se trata de alcançar objetivos e ideais.
Gosto da gente que trabalha para lograr bons resultados.
Com gente como esta, me comprometo a tudo,
já que por ter esta gente ao meu lado me dou por satisfeito.
Mario Benedetti.
Carta ao último exilado político do Brasil
.
Depois de quase 40 anos vivendo na Suécia com identidade falsa, o ex-marinheiro Antônio Geraldo da Costa, 75, o Neguinho, desembarcou no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, no último dia 21.
Em vez de agentes da Polícia Federal prontos para prendê-lo, encontrou um emissário enviado pelo Ministério da Justiça para lhe dar as boas-vindas.
Neguinho foi o último exilado a voltar.
Eu fui o primeiro, logo que o AI-5 acabou. Portanto, tenho 30 anos e meio a mais de experiência de Brasil do que o Neguinho, razão pela qual estou lhe encaminhando uma carta com algumas instruções básicas.
Companheiro Neguinho,
Em primeiro lugar, muita calma. Se você for convocado para um ato secreto em Brasília, não se apavore pensando que é uma sessão de porrada ou choque ou para ser pendurado no pau de arara, como nos velhos tempos.
Ato secreto pode ser o meio pelo qual um senador, que pesquisou e descobriu ser teu parente, está tomando as providências para lhe arrumar um emprego de, por exemplo, "encarregado professor adjunto de Nós Náuticos e diretor das Embarcações do Senado no Lago Paranoá", dada tua condição de marinheiro.
Outra palavra chave é "anistia". Se algum advogado chegar falando baixinho que você tem de "pegar tua anistia", não vá estranhar e responder, todo orgulhoso, que já está anistiado -embora isso seja tanto verdade que você está andando de um lado para o outro sem problemas.
Não terá sido bem isso o que o doutor quis dizer. Essa expressão "pegar tua anistia" significa mesmo ganhar uma grana -e o doutor, claro, leva algum com isso. Tem jornalista que levantou 1 milhãozinho só porque, depois do golpe, perdeu um emprego que nem tinha nada a ver com o golpe.
Aliás, é pena que você tenha sido da Marinha, e não da Petrobras. Se você fosse da segunda, eu até iria sugerir que me convidasse para o churrasco em comemoração. Você nem imagina a grana que essa turma levantou. É bem mais preta do que o petróleo.
Mudou tudo, compadre.
Agora nós é que estamos por cima. Ou melhor, só alguns de nós, uma meia dúzia, se muito. Exagerando, talvez um pouco mais. O resto continua pastando, inclusive o povão. "Povão" é o que a gente chamava antigamente de "massa atrasada".
O presidente Lula é o primeiro da lista. Há uns 40 anos, era torneiro mecânico. Depois entrou no sindicato como sub do sub, foi subindo, subindo... e não quis mais saber de outra vida. Fala qualquer coisa, parece entender de tudo e todo mundo acha graça. É um talento.
Outro é o José Serra. Foi presidente da UNE quando você era vice-presidente da Associação dos Marinheiros e Fuzileiros Navais, agora governa São Paulo e, de repente, pode ser eleito para a vaga do Lula.
Tanto o Serra quanto o Lula têm o apoio daquela turma que queria ver a gente enforcado.
Mas, em vez do Serra, o Lula prefere a Dilma, outra ex-companheira. Essa você não conheceu, veio depois de nós, mas é esperta, menino, você precisa ver. Tem currículo para tudo. Precisa de guerrilheira? Ela tem. Torturada? Tem. Doutora? Também tem currículo. Nem sei como conseguiu fazer tanta coisa e mais ainda o serviço de casa.
Outros que foram da pesada e estão se dando bem são o Carlos Minc, que tem a chave da Amazônia, e o Franklin Martins, que tem a chave do cofre da mídia.
Falando em cofre, toda essa turma "fez" o cofre do Adhemar. Esse item é parte importante do currículo. Pega bem porque, afinal, o Adhemar era tido como ladrão. E, pelo número de companheiros que "fizeram" o cofre dele, parece que aquilo nem foi assalto, mas um show da Madonna.
É, companheiro, as coisas mudaram.
Quer um conselho: dá uma de Gabeira, faça como ele, que também veio da Suécia, e escreva um livro do tipo "O Que É Isso, Companheiros?" -"companheiros", assim mesmo, no plural-, sobre o que você está vendo de diferente, de estranho, e espere um pouco. De repente, você até se dá bem. No ano passado, Gabeira quase se elegeu prefeito do Rio de Janeiro e agora já o convidam para tentar o governo do Estado.
Enquanto nada disso acontecer, venha me visitar em São Sebastião, onde moro atualmente. Aqui tem peixe, pinga, porto e mulher bonita. Tudo de que a gente precisa. Tenho um barco velho com motor de caminhão que vivo reformando, mas dá para pegar umas garoupas e sororocas.
Vamos fazer umas pescarias. E falar mal do governo, porque eu estou onde sempre estive: na oposição.
Você sabe, Neguinho, o lugar de um homem que se preza é na oposição.
Aquele abraço,
DAVID LERER
(DAVID LERER , 71, é médico, ex-deputado federal pelo extinto MDB, cassado na primeira lista do AI-5, em dezembro de 1968, viveu exilado em países da América Latina, da África e da Europa)
Depois de quase 40 anos vivendo na Suécia com identidade falsa, o ex-marinheiro Antônio Geraldo da Costa, 75, o Neguinho, desembarcou no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, no último dia 21.
Em vez de agentes da Polícia Federal prontos para prendê-lo, encontrou um emissário enviado pelo Ministério da Justiça para lhe dar as boas-vindas.
Neguinho foi o último exilado a voltar.
Eu fui o primeiro, logo que o AI-5 acabou. Portanto, tenho 30 anos e meio a mais de experiência de Brasil do que o Neguinho, razão pela qual estou lhe encaminhando uma carta com algumas instruções básicas.
Companheiro Neguinho,
Em primeiro lugar, muita calma. Se você for convocado para um ato secreto em Brasília, não se apavore pensando que é uma sessão de porrada ou choque ou para ser pendurado no pau de arara, como nos velhos tempos.
Ato secreto pode ser o meio pelo qual um senador, que pesquisou e descobriu ser teu parente, está tomando as providências para lhe arrumar um emprego de, por exemplo, "encarregado professor adjunto de Nós Náuticos e diretor das Embarcações do Senado no Lago Paranoá", dada tua condição de marinheiro.
Outra palavra chave é "anistia". Se algum advogado chegar falando baixinho que você tem de "pegar tua anistia", não vá estranhar e responder, todo orgulhoso, que já está anistiado -embora isso seja tanto verdade que você está andando de um lado para o outro sem problemas.
Não terá sido bem isso o que o doutor quis dizer. Essa expressão "pegar tua anistia" significa mesmo ganhar uma grana -e o doutor, claro, leva algum com isso. Tem jornalista que levantou 1 milhãozinho só porque, depois do golpe, perdeu um emprego que nem tinha nada a ver com o golpe.
Aliás, é pena que você tenha sido da Marinha, e não da Petrobras. Se você fosse da segunda, eu até iria sugerir que me convidasse para o churrasco em comemoração. Você nem imagina a grana que essa turma levantou. É bem mais preta do que o petróleo.
Mudou tudo, compadre.
Agora nós é que estamos por cima. Ou melhor, só alguns de nós, uma meia dúzia, se muito. Exagerando, talvez um pouco mais. O resto continua pastando, inclusive o povão. "Povão" é o que a gente chamava antigamente de "massa atrasada".
O presidente Lula é o primeiro da lista. Há uns 40 anos, era torneiro mecânico. Depois entrou no sindicato como sub do sub, foi subindo, subindo... e não quis mais saber de outra vida. Fala qualquer coisa, parece entender de tudo e todo mundo acha graça. É um talento.
Outro é o José Serra. Foi presidente da UNE quando você era vice-presidente da Associação dos Marinheiros e Fuzileiros Navais, agora governa São Paulo e, de repente, pode ser eleito para a vaga do Lula.
Tanto o Serra quanto o Lula têm o apoio daquela turma que queria ver a gente enforcado.
Mas, em vez do Serra, o Lula prefere a Dilma, outra ex-companheira. Essa você não conheceu, veio depois de nós, mas é esperta, menino, você precisa ver. Tem currículo para tudo. Precisa de guerrilheira? Ela tem. Torturada? Tem. Doutora? Também tem currículo. Nem sei como conseguiu fazer tanta coisa e mais ainda o serviço de casa.
Outros que foram da pesada e estão se dando bem são o Carlos Minc, que tem a chave da Amazônia, e o Franklin Martins, que tem a chave do cofre da mídia.
Falando em cofre, toda essa turma "fez" o cofre do Adhemar. Esse item é parte importante do currículo. Pega bem porque, afinal, o Adhemar era tido como ladrão. E, pelo número de companheiros que "fizeram" o cofre dele, parece que aquilo nem foi assalto, mas um show da Madonna.
É, companheiro, as coisas mudaram.
Quer um conselho: dá uma de Gabeira, faça como ele, que também veio da Suécia, e escreva um livro do tipo "O Que É Isso, Companheiros?" -"companheiros", assim mesmo, no plural-, sobre o que você está vendo de diferente, de estranho, e espere um pouco. De repente, você até se dá bem. No ano passado, Gabeira quase se elegeu prefeito do Rio de Janeiro e agora já o convidam para tentar o governo do Estado.
Enquanto nada disso acontecer, venha me visitar em São Sebastião, onde moro atualmente. Aqui tem peixe, pinga, porto e mulher bonita. Tudo de que a gente precisa. Tenho um barco velho com motor de caminhão que vivo reformando, mas dá para pegar umas garoupas e sororocas.
Vamos fazer umas pescarias. E falar mal do governo, porque eu estou onde sempre estive: na oposição.
Você sabe, Neguinho, o lugar de um homem que se preza é na oposição.
Aquele abraço,
DAVID LERER
(DAVID LERER , 71, é médico, ex-deputado federal pelo extinto MDB, cassado na primeira lista do AI-5, em dezembro de 1968, viveu exilado em países da América Latina, da África e da Europa)
Desabafo de um Brasiliense
.
Algumas semanas atrás recebi um email sobre uma manifestação na frente do Congresso Nacional pedindo “Fora Sarney”, na hora fiquei bastante animado, encaminhei o email para toda a minha lista de contatos e pensei que finalmente as pessoas iriam se indignar e reagir à tanta sujeira.
No dia da manifestação me bateu uma preguiça... Após um longo dia de trabalho o cansaço me venceu, e afinal, quem iria sentir a minha falta?
No dia seguinte eu procurei eufórico nos sites de jornalismo sobre a tão falada manifestação que foi toda planejada em comunidades virtuais e bastante divulgada pelo twitter. Para a minha surpresa não existia nenhuma manchete, nem ao menos uma nota de rodapé . Resolvi entrar em uma das comunidades do orkut que organizaram a manifestação, e para a surpresa de todos, apenas cinqüenta pessoas se dispuseram a ir para a frente do Congresso.
Apenas 50 pessoas? Sendo que eu sozinho divulguei para mais de 1000? Que povo mais acomodado, pensei indignado, porque será que eles não foram??....
Não demorou muito para a ficha cair. Eles não foram pelo mesmo motivo que eu não fui. Eu esperava que “alguém” iria no meu lugar.
Recostei-me na poltrona em frente à televisão e olhei para a janela do meu apartamento, que refletia a minha imagem. Fiquei olhando para mim e para a minha confortável inércia. Foi quando de súbito, eu tive a arrebatadora visão daquilo que sempre procurei e nunca encontrei, o meu verdadeiro papel na sociedade.
“Que bunda- mole!!!”.
Finalmente, depois de tantos anos de crise existencial, pude perceber que eu era uma peça importante na sociedade, um legítimo Bunda-mole brasiliense(ou BMB). Existem bunda- moles municipais e estaduais, mas eu tenho orgulho de dizer que sou um bunda-mole federal!!
Nas minhas viagens de férias sempre algum engraçadinho vinha falar: “De Brasília né....já tem conta na Suíça?”. Eu ficava indignado, falando que eu era um funcionário público concursado, que pagava os meus impostos, enquanto o povo que roubava vinha de fora e blá blá blá.
Mas agora eu vejo com nitidez que eu tenho um papel importante nesse cenário. Eu como um legítimo BMB ajudei a criar esta barreira de proteção que mantém os verdadeiros FDP livres para fazerem o que bem entenderem. Eu acho que as coisas estão bem do jeito que estão. Tenho dinheiro todo mês para pagar a prestação do meu carro 1.0 e do meu apartamento de dois quartos, freqüento uma academia para queimar o meu excesso de ociosidade, tenho meu smart phone comprado na feira do Paraguai, e no final do ano ainda vou ficar um mês em uma casa de praia alugada junto com a minha família para a incrível experiência de assarmos como batatas na areia... Mais BMB impossível!!
Nas sextas-feiras, eu me sento com os meus amigos em um barzinho e depois do terceiro copo de cerveja soltamos toda a nossa indignação contra a patifaria que rola solta em Brasília, cada um conta um caso de um amigo próximo que enriqueceu da noite para o dia às custas do dinheiro público ( o difícil é disfarçar aquela pontinha de admiração pelo “ixperto”). Depois traçamos os planos para endireitar o país. Planos que vão embora pelo ralo do mictório antes de pagar a conta. BMB de carteirinha!!
Os anos passam e as conversas vão mudando: PC Farias, anões do orçamento, precatórios, privatizações, dólar na cueca, mensalão, sanguessugas, vampiros, Lulinha Gamecorp, Daniel Dantas, o dono do castelo, Petrobrás, e agora a cereja do bolo, ele, o único, o inigualável Sarney!!
Sarney é como um ícone do atraso nacional (clientelismo, fisiologismo, nepotismo, coronelismo, apropriação da máquina pública, desvio de verbas públicas etc), mas o que seria do Sarney sem a legitimidade dos BMB´s? O que seria da ilha da fantasia, dos cabides de emprego, dos lobistas, do QI (quem indicou), dos cargos de confiança, dos funcionários fantasmas, dos atos secretos sem a nossa apática presença? Imaginem se no nosso lugar estivessem aqueles sul-coreanos malucos que iam para a rua protestar partindo pra cima da polícia, ou aqueles jovens em Seattle que furavam um forte esquema de segurança da OMC para protestarem contra a globalização.
O BMB precisa ter o seu papel reconhecido, somos nós que deixamos tudo correr frouxo, somos nós que damos uma cara de democracia a este coronelismo em que vivemos. O nosso poder aquisitivo acima da média nacional protege o Congresso e os palácios da miséria e da violência que fervilham em nosso entorno.
Bunda-moles!!Vamos exigir os nossos direitos!! Precisamos finalmente mostrar a nossa cara. Nunca antes na história deste país o bundamolismo foi tão grande. Seja ele de centro, de esquerda ou de direita. Bundamolismo no movimento estudantil chapa-branca, nos sindicatos que só vão para a frente do Congresso para pedir aumento e nos artistas que se acomodaram no conforto dos patrocínios oficiais.
Vamos exigir que se crie em Brasília o museu do bundamolismo nacional na esplanada dos ministérios, uma enorme bunda branca de concreto, que irá combinar muito bem com a arquitetura de Niemeyer.
Assistimos de nossas poltronas o Brasil tomar o rumo da mediocridade, sem um projeto à altura do seu papel de grande potência ambiental do planeta, que pode liderar a nova economia limpa e inclusiva que irá gerar milhões de empregos. Mas que faz o contrário, age como a eterna colônia de exportação de matéria-primas, fazendo vista grossa para o colosso chinês que irá nos engolir com a sua máquina movida à destruição ambiental e desrespeito aos direitos humanos, para criar uma efêmera ilusão de prosperidade às custas de nossa biodiversidade e da nossa água doce (estes sim os nossos bens mais valiosos). Somos testemunhas do surgimento de uma geração despreparada, tanto para a cooperação quanto para a competição, sem espírito empreendedor, fadada à eterna submissão ao “salvador da pátria” de plantão.
Assistimos de nossos computadores, quando estamos fazendo cera no trabalho, ao maior atentado à democracia desde o golpe de 64, mas desta vez o golpe não está sendo feito com armas. Está sendo feita com a ridicularização das instituições, com a banalização dos escândalos, com a desmoralização da ética e com a idiotização do contribuinte.
A bundamolização é muito mais eficaz do que o autoritarismo, ela pode ser eletrônica, através de novelas, videocassetadas, big brotheres e cultos picaretas. Pode ser química, com cerveja, maconha ou anti-depressivos. E também pode ser ideológica, com receitas milagrosas, e debates calorosos que sempre desaparecem em um clicar de mouse. Vivemos em uma sociedade anestesiada e chapada, sem rumo, imersa em ilusões baratas.
O bundamolismo nos une, não segrega ninguém, é a democracia verdadeira, que brilha por debaixo de uma crosta de hipocrisia e ignorância. E como toda ideologia que se preze, nós temos o nosso avatar, o nosso guru. Aquele que nos trás para a realidade e mostra quem realmente somos, revela o nosso eu profundo, a nossa essência. Obrigado Sarney, só você para tirar as minhas dúvidas e me mostrar o mundo real por trás das ilusões.
Sarney, nós somos duas faces da mesma moeda. Somos Yin e Yang. Nós somos os pilares deste país, um não existiria sem o outro. A sua cara de pau só existe porque do outro lado está a minha babaquice.
Bunda-moles de todo o país uni-vos!! Vamos celebrar a nossa mediocridade, vamos sair às ruas gritando: Viva Sarney!! Viva Collor!! Viva Maluf!! Viva Roriz!! Viva Gim Argello!! Viva Renan Calheiros!! Viva Romero Jucá!!Viva o presidente que não viu nada!! Viva a República das bananas do Brasil!!!
Mas isso é pedir demais para um bunda-mole, vou voltar para a minha poltrona porque o jornal nacional já vai começar.
(Adelécio Freitas - um BMB legítimo)
Algumas semanas atrás recebi um email sobre uma manifestação na frente do Congresso Nacional pedindo “Fora Sarney”, na hora fiquei bastante animado, encaminhei o email para toda a minha lista de contatos e pensei que finalmente as pessoas iriam se indignar e reagir à tanta sujeira.
No dia da manifestação me bateu uma preguiça... Após um longo dia de trabalho o cansaço me venceu, e afinal, quem iria sentir a minha falta?
No dia seguinte eu procurei eufórico nos sites de jornalismo sobre a tão falada manifestação que foi toda planejada em comunidades virtuais e bastante divulgada pelo twitter. Para a minha surpresa não existia nenhuma manchete, nem ao menos uma nota de rodapé . Resolvi entrar em uma das comunidades do orkut que organizaram a manifestação, e para a surpresa de todos, apenas cinqüenta pessoas se dispuseram a ir para a frente do Congresso.
Apenas 50 pessoas? Sendo que eu sozinho divulguei para mais de 1000? Que povo mais acomodado, pensei indignado, porque será que eles não foram??....
Não demorou muito para a ficha cair. Eles não foram pelo mesmo motivo que eu não fui. Eu esperava que “alguém” iria no meu lugar.
Recostei-me na poltrona em frente à televisão e olhei para a janela do meu apartamento, que refletia a minha imagem. Fiquei olhando para mim e para a minha confortável inércia. Foi quando de súbito, eu tive a arrebatadora visão daquilo que sempre procurei e nunca encontrei, o meu verdadeiro papel na sociedade.
“Que bunda- mole!!!”.
Finalmente, depois de tantos anos de crise existencial, pude perceber que eu era uma peça importante na sociedade, um legítimo Bunda-mole brasiliense(ou BMB). Existem bunda- moles municipais e estaduais, mas eu tenho orgulho de dizer que sou um bunda-mole federal!!
Nas minhas viagens de férias sempre algum engraçadinho vinha falar: “De Brasília né....já tem conta na Suíça?”. Eu ficava indignado, falando que eu era um funcionário público concursado, que pagava os meus impostos, enquanto o povo que roubava vinha de fora e blá blá blá.
Mas agora eu vejo com nitidez que eu tenho um papel importante nesse cenário. Eu como um legítimo BMB ajudei a criar esta barreira de proteção que mantém os verdadeiros FDP livres para fazerem o que bem entenderem. Eu acho que as coisas estão bem do jeito que estão. Tenho dinheiro todo mês para pagar a prestação do meu carro 1.0 e do meu apartamento de dois quartos, freqüento uma academia para queimar o meu excesso de ociosidade, tenho meu smart phone comprado na feira do Paraguai, e no final do ano ainda vou ficar um mês em uma casa de praia alugada junto com a minha família para a incrível experiência de assarmos como batatas na areia... Mais BMB impossível!!
Nas sextas-feiras, eu me sento com os meus amigos em um barzinho e depois do terceiro copo de cerveja soltamos toda a nossa indignação contra a patifaria que rola solta em Brasília, cada um conta um caso de um amigo próximo que enriqueceu da noite para o dia às custas do dinheiro público ( o difícil é disfarçar aquela pontinha de admiração pelo “ixperto”). Depois traçamos os planos para endireitar o país. Planos que vão embora pelo ralo do mictório antes de pagar a conta. BMB de carteirinha!!
Os anos passam e as conversas vão mudando: PC Farias, anões do orçamento, precatórios, privatizações, dólar na cueca, mensalão, sanguessugas, vampiros, Lulinha Gamecorp, Daniel Dantas, o dono do castelo, Petrobrás, e agora a cereja do bolo, ele, o único, o inigualável Sarney!!
Sarney é como um ícone do atraso nacional (clientelismo, fisiologismo, nepotismo, coronelismo, apropriação da máquina pública, desvio de verbas públicas etc), mas o que seria do Sarney sem a legitimidade dos BMB´s? O que seria da ilha da fantasia, dos cabides de emprego, dos lobistas, do QI (quem indicou), dos cargos de confiança, dos funcionários fantasmas, dos atos secretos sem a nossa apática presença? Imaginem se no nosso lugar estivessem aqueles sul-coreanos malucos que iam para a rua protestar partindo pra cima da polícia, ou aqueles jovens em Seattle que furavam um forte esquema de segurança da OMC para protestarem contra a globalização.
O BMB precisa ter o seu papel reconhecido, somos nós que deixamos tudo correr frouxo, somos nós que damos uma cara de democracia a este coronelismo em que vivemos. O nosso poder aquisitivo acima da média nacional protege o Congresso e os palácios da miséria e da violência que fervilham em nosso entorno.
Bunda-moles!!Vamos exigir os nossos direitos!! Precisamos finalmente mostrar a nossa cara. Nunca antes na história deste país o bundamolismo foi tão grande. Seja ele de centro, de esquerda ou de direita. Bundamolismo no movimento estudantil chapa-branca, nos sindicatos que só vão para a frente do Congresso para pedir aumento e nos artistas que se acomodaram no conforto dos patrocínios oficiais.
Vamos exigir que se crie em Brasília o museu do bundamolismo nacional na esplanada dos ministérios, uma enorme bunda branca de concreto, que irá combinar muito bem com a arquitetura de Niemeyer.
Assistimos de nossas poltronas o Brasil tomar o rumo da mediocridade, sem um projeto à altura do seu papel de grande potência ambiental do planeta, que pode liderar a nova economia limpa e inclusiva que irá gerar milhões de empregos. Mas que faz o contrário, age como a eterna colônia de exportação de matéria-primas, fazendo vista grossa para o colosso chinês que irá nos engolir com a sua máquina movida à destruição ambiental e desrespeito aos direitos humanos, para criar uma efêmera ilusão de prosperidade às custas de nossa biodiversidade e da nossa água doce (estes sim os nossos bens mais valiosos). Somos testemunhas do surgimento de uma geração despreparada, tanto para a cooperação quanto para a competição, sem espírito empreendedor, fadada à eterna submissão ao “salvador da pátria” de plantão.
Assistimos de nossos computadores, quando estamos fazendo cera no trabalho, ao maior atentado à democracia desde o golpe de 64, mas desta vez o golpe não está sendo feito com armas. Está sendo feita com a ridicularização das instituições, com a banalização dos escândalos, com a desmoralização da ética e com a idiotização do contribuinte.
A bundamolização é muito mais eficaz do que o autoritarismo, ela pode ser eletrônica, através de novelas, videocassetadas, big brotheres e cultos picaretas. Pode ser química, com cerveja, maconha ou anti-depressivos. E também pode ser ideológica, com receitas milagrosas, e debates calorosos que sempre desaparecem em um clicar de mouse. Vivemos em uma sociedade anestesiada e chapada, sem rumo, imersa em ilusões baratas.
O bundamolismo nos une, não segrega ninguém, é a democracia verdadeira, que brilha por debaixo de uma crosta de hipocrisia e ignorância. E como toda ideologia que se preze, nós temos o nosso avatar, o nosso guru. Aquele que nos trás para a realidade e mostra quem realmente somos, revela o nosso eu profundo, a nossa essência. Obrigado Sarney, só você para tirar as minhas dúvidas e me mostrar o mundo real por trás das ilusões.
Sarney, nós somos duas faces da mesma moeda. Somos Yin e Yang. Nós somos os pilares deste país, um não existiria sem o outro. A sua cara de pau só existe porque do outro lado está a minha babaquice.
Bunda-moles de todo o país uni-vos!! Vamos celebrar a nossa mediocridade, vamos sair às ruas gritando: Viva Sarney!! Viva Collor!! Viva Maluf!! Viva Roriz!! Viva Gim Argello!! Viva Renan Calheiros!! Viva Romero Jucá!!Viva o presidente que não viu nada!! Viva a República das bananas do Brasil!!!
Mas isso é pedir demais para um bunda-mole, vou voltar para a minha poltrona porque o jornal nacional já vai começar.
(Adelécio Freitas - um BMB legítimo)
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