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Houve uma época no Brasil em que nas escolas tinha aulas de Canto Orfeônico. E nas décadas de 70 e 80, havia também aulas de Música e de EMC e OSPB. Além de ter que saber cantar os Hinos brasileiros (Hino Nacional do Brasil, Hino à bandeira Nacional, Hino da Independência, Hino da Proclamação da República), os alunos eram submetidos a provas e chamadas orais sobre análises das estrofes, o significado de cada frase.
De acordo com o Poder dos MILITANTES de agora, acham que tais matérias eram caracterizadas pela transmissão da ideologia do regime autoritário ao exaltar o nacionalismo e o civismo dos alunos. Dessa forma, no governo FHC, as duas matérias foram condenadas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), estabelecidos pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1996, por terem sido (é o que acham os MILITANTES de agora) impregnadas de um caráter negativo de doutrinação. Alguns estudiosos, no entanto, acreditam que o civismo brasileiro, apesar de tido como obrigação pelo governo militar brasileiro, contribuiu para a auto-estima do País quando abordado sem exageros.
Neste país em que as condutas generalizaram ao ciNismo, parece que querem resgatar um pouco do ciVismo de outrora, como o projeto de lei que torna obrigatória a impressão da letra do Hino Nacional Brasileiro em todos os cadernos fabricados no país e a lei que obriga todas as escolas públicas e particulares, do ensino fundamental do País a executarem o Hino Nacional pelo menos uma vez por semana.
Creio que poucos dos professores de hoje (e ainda bem que existem alguns) sabem a letra correta do Hino Nacional e os significados de cada frase.
Fico aqui torcendo para que a maioria não criem os "achismo" que qualquer atitude de retomada desta grandeza seja considerado retrocesso.
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou, neste ano, projeto de lei que torna obrigatória a impressão da letra do Hino Nacional Brasileiro em todos os cadernos fabricados no país. O projeto ainda precisa ser votado em plenário. E, a partir de 22 de setembro de 2009, o hino nacional brasileiro tornou-se obrigatório em escolas públicas e particulares de todo o país. De autoria do deputado federal Lincoln Portela (PR-MG), a lei foi sancionada na segunda-feira, 21 de setembro, pelo presidente em exercício José Alencar. A lei obriga todas as escolas públicas e particulares, do ensino fundamental do País a executarem o Hino Nacional pelo menos uma vez por semana.
O Hino Nacional Brasileiro é uma das mais belas obras do repertório nacional: uma bem estruturada composição musical somada a um poema de rara inspiração cívica. Escrito por Joaquim Osório Duque Estrada completa em 2009 cem anos. Desde o descobrimento, o Brasil demorou mais de 300 anos para ter um hino.
Embora o civismo não tenha atualmente a mesma força que teve no passado, não só cantar Hino Nacional, a lei deveria também determinar que os professores das escolas estudem e passem aos alunos ensinamentos e respeito sobre o Hino, trabalhado o conteúdo e aprendendo o significado de cada estrofe, de cada frase.
História:
Embora pouco conhecida, a parte instrumental da introdução do Hino Nacional Brasileiro possuía uma letra, que acabou excluída da sua versão oficial do hino. Essa letra é atribuída a Américo de Moura, natural de Pindamonhangaba, presidente da província do Rio de Janeiro nos anos de 1879 e 1880 e apresenta os seguintes versos :
Que todos cumprai
Com o vosso dever.
Eia avante, brasileiros,
Sempre avante!
Gravai com buril
Nos pátrios anais
Do vosso poder.
Eia avante, brasileiros,
Sempre avante!
Servi o Brasil
Sem esmorecer,
Com ânimo audaz
Cumpri o dever,
Na guerra e na paz
À sombra da lei,
À brisa gentil
O lábaro erguei
Do belo Brasil.
Eia sus, oh sus!
(a palavra "SUS" é uma interjeição motivadora que vem do latim e que significa: eia!, coragem!, ânimo!; suspender, elevar. Neste caso, deve significar "avante, em frente").
A música do Hino Nacional do Brasil foi composta em 1822, por Francisco Manuel da Silva, para comemorar a Independência do país. Chamada inicialmente de "Marcha Triunfal" para comemorar a Independência do país Essa música tornou-se bastante popular durante os anos seguintes, e recebeu duas letras.
A primeira letra, produzida quando Dom Pedro I abdicou do trono, foi de autoria de Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva, sendo cantada pela primeira vez, juntamente com a execução do hino, no cais do Largo do Paço (ex-Cais Pharoux, atual Praça 15 de Novembro, no Rio de Janeiro), a 13 de abril de 1831, em desacato ao ex-imperador que embarcava para Portugal. O hino passou assim a se chamar "Hino ao 7 de abril".
A letra dizia o seguinte:
Os bronzes da tirania
Já no Brasil não rouquejam;
Os monstros que o escravizavam
Já entre nós não vicejam.
(estribilho)
Da Pátria o grito
Eis que se desata
Desde o Amazonas
Até o Prata
Ferrões e grilhões e forcas
D’antemão se preparavam;
Mil planos de proscrição
As mãos dos monstros gizavam
Posteriormente, à época da coroação de Dom Pedro II, sua letra foi trocada e a composição, devido a sua popularidade, passou a ser considerada como o hino nacional brasileiro, embora não tenha sido oficializada como tal. A segunda letra, de autoria desconhecida, dizia:
Negar de Pedro as virtudes
Seu talento escurecer
É negar como é sublime
Da bela aurora, o romper
Ambas versões, entretanto, caíram no esquecimento.
Durante o segundo reinado, o hino nacional era executado nas solenidades oficiais em que participasse o imperador, sem qualquer canção.
Após a Proclamação da República em 1889, um concurso foi realizado para escolher e oficializar um novo Hino Nacional. A música vencedora de Leopoldo Miguez, entretanto, foi hostilizada pelo público e pelo próprio Marechal Deodoro da Fonseca.
Com as manifestações populares contrárias à adoção do novo hino, o presidente da República, Deodoro da Fonseca, oficializou como Hino Nacional Brasileiro a composição de Francisco Manuel da Silva, estabelecendo que a composição de (*)Leopoldo Miguez ("Liberdade, liberdade! Abre as asas sobre nós!...") seria oficializada como Hino da Proclamação da República do Brasil, e a música original, de Francisco Manuel da Silva, continuou como hino oficial.
Somente em 1906 foi realizado um novo concurso para a escolha da melhor letra que se adaptasse ao hino, e o poema declarado vencedor foi o de Joaquim Osório Duque Estrada, em 1909.
Durante o centenário da Proclamação da Independência, em 1922, finalmente a letra escrita pelo poeta e jornalista Joaquim Osório Duque Estrada tornou-se oficial por Decreto do Presidente Epitácio Pessoa e permanece até hoje. A orquestração do hino é de Antônio Assis Republicano e sua instrumentação para banda é do tenente Antônio Pinto Júnior. A adaptação vocal foi feita por Alberto Nepomuceno e é proibida a execução de quaisquer outros arranjos vocais ou artístico-instrumentais do hino.
(Recebido por email - Desconheço o autor)
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Desconhecia amiga esta introdução e olha que sou do tempo da obrigatoriedade da execução do hino brasileiro antes do inicio das aulas, todos os dias. Boa ótima informação.
ResponderExcluirAbraços forte
Eu tinha aula de musica... e rígida. Mas não me lembro dessas letras que se referiu. Puxa, Berenice, vc deu foi um aulão! Adorei ler isso.... fiquei aqui pensando se tenho mais o que resgatar da memória... bjs
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