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Prefácio: Depois de muito procurar e viver, eu Victor Alistair decidi registrar da maneira que melhor sei todas as minhas aventuras e empreitadas pelo mundo, mas, por ser uma mente confusa que vos fala, não se importe se, durante a narrativa encontrar opiniões pessoais ou então detalhes absurdamente aumentados outrora por esta mente insana.
Aqueles que decidirem prosseguir… boa sorte.
Canção I – À Procura da minha metade
Enquanto este bardo andava pelas ruas da boêmia depois de se embebedar em todas as tabernas da França, e de andar por todas as vielas, me deparo com uma porta, uma porta diferente apesar de tudo, o que demonstrava um unico fato:aquela não era minha casa, e aquelas belas mãos com tinta nas unhas que hora me abraçavam e hora tentavam abrir a porta não eram minhas… Mais uma vez estava me perdendo no vazio da minha alma, procurando algum significado na minha miserável existência, a procura daquela mulher, aquela que via em meus sonhos e devaneios, que toda vez que me encontrava desacordado ela vinha a meu encontro e tocava seus lábios aos meus, e somente sussurrava seu nome… Augustine.
Por que Pai, porque faço isso todas as noites? Será que ainda tenho esperanças em encontrá-la? E essa música, porque não some de minha cabeça, uma diferente por noite:
So close no matter how far / Tão perto, não importa o quanto distante
Couldn’t be much more from the heart / Não poderia ser muito mais [distante] do coração
Forever trusting who we are / Eternamente confiando em quem somos
And nothing else matters / E nada mais importa
(nothing else matters – Metallica)
Todas as noites meu peito clama por sua presença surreal, uma vez que nunca a tenha visto durante toda a minha vida. Porque não consigo tira-la da cabeça? Porque minha música sempre fala dela? Como posso estar tão envolvido por essa essência que nem ao menos sei se é real, que nunca presenciei sua verdadeira face por esta terra? Como posso ter certeza de minha sentatez se meus olhos dizem algo que meus ouvidos escutam, mas minha pele não sente? Meu coração sangra e minha mente gira só de pensar em esquecer alguem que não conheço. Por Deus devo estar louco!
Continuando nessa vida cretina, me embebedando e traindo meu corpo com mulheres diferentes todas as noites eu acabo me tornando aquilo que sempre temi: um Unforgiven. Aquele que comete tantos pecados que não sente mais necessidade de pedir perdão.
Mas o que estou dizendo? Eu quero perdão, eu preciso de perdão, eu preciso encontrá-la, mesmo que para isso faça o tempo parar, enfrente dragões, masmorras, traia, roube, mate ou salve alguem. Nada mais importa, preciso silenciar esse sussurro e viver ao lado dela… – assim este bardo se veste, se levanta e segue o caminho para seu lar. Para sua ultima noite de morte e primeira noite de vida.
(Vitor Hugo Lopes Paese - Fonte: blog.almanaquesaude.com.br)
quarta-feira, 24 de março de 2010
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