ESTRANHAS LÁGRIMAS
Lágrimas... Noutras épocas verti-as.
Não tinha o olhar enxuto, como agora.
- Alma, dizia então comigo, chora,
que o pranto diminui as agonias.
Ah! Quantas vezes pelas faces frias,
por mal do meu amor, que se ia embora.
gota a gota, rolando, elas, outrora,
marcaram noites e marcaram dias!
Vinham do oceano da alma, imenso e fundo,
ondas de angústia, em suspiroso arranco,
numa desesperança acerba e louca.
Nos olhos, hoje, as lágrimas estanco,
mas rolam todas, sem que as veja o mundo,
sob a forma de risos, pela boca.
(Felix Pacheco)
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Muito lindo poema, parabéns amiga pela escolha e postagem.
ResponderExcluirAbraços forte