terça-feira, 24 de abril de 2012

O engolidor de sapos

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Um dia, nasceu um sapinho que, com apenas três dias de vida, ainda ingênuo e descuidado, caiu em um buraco. O buraco para o sapinho era um paraíso: razoavelmente amplo, aquecido, com um pouco de água, escurinho e principalmente livre de perigos. Era tudo que o sapinho precisava para a sua sobrevivência!

O tempo foi passando e o sapinho transformou-se em sapo, e de sapo virou um sapão, gordo e entediado.

Num certo dia, o sapão recebe a visita inesperada de um bicho estranho.

- Quem é você?! – pergunta o sapão assustado.

- Sou um sapo como você, oras bolas.

- Você é um sapo como eu ?– exclama o habitante do buraco.

- Meu amigo, existem milhares de sapos como eu e você no mundo lá fora.

- Mundo lá fora? Como assim?

- Pois é, meu caro... existe um mundo lá fora, e ele é maravilhoso. Existem tantas coisas magníficas, principalmente umas criaturazinhas especiais, razão maior da nossa vida de sapo: as sapinhas.

- Sapinhas?

- Isso mesmo! Sapinhas. Com elas ficamos cantando nas lagoas, assistindo o entardecer e comendo mosquitos que voam desgovernados.

- Lagoas? Mosquitos?

- E tem mais, quando anoitece o céu é lindo, cheio de estrelas.

- Epa! Aí você não me pega. Eu também, todas as noites, consigo contar umas cinco ou seis estrelas.

- Pois é, esta é a grande diferença que temos; eu nem posso contar quantas estrelas existem, pois são dezenas, ou melhor, centenas de estrelas. 


E assim, o sapo do mundo vai dizendo as vantagens de viver em liberdade, mas em determinado momento, para e diz:

- Por outro lado, o mundo lá fora apresenta riscos. Tem um bicho terrível que precisamos ter muito cuidado. Quando a gente menos espera, ele nos chuta como uma bola de futebol, joga sal no nosso corpo e coloca álcool em nossas costas e depois, ai, ai, ai, ateia fogo, e então a gente sai pulando, pulando. E por falar em pular, já está próximo do entardecer, então vou dar um pulinho até a lagoa.

- Pulinho?! Eu nunca pulei!.

- Pular é da nossa natureza. A propósito, você não gostaria de ir comigo?

- Pensando bem, com todos estes riscos que você me disse, acho melhor não. Prefiro ficar no meu conforto, pelo menos aqui eu conheço e sei que não vou ter surpresa. Pode ir... eu fico bem!

E o sapão continuou ali, no conforto do seu buraco... 






*********

Muitos profissionais estão como o sapão, enfurnados no seu mundinho limitado. Acomodados, lutam pela manutenção e sobrevivência, e assim não enxergam as muitas oportunidades. Mal sabem que um dia o buraco pode ruir. Aí, o profissional não estará preparado para assumir os riscos que o mundo corporativo impõe.

Manter-se na zona de conforto é o maior risco daquele que deseja obter um alto desempenho, sem dizer que, para permanecer nela, é preciso “engolir vários sapos” a cada dia.

O aprendizado sistêmico é capaz de conduzir você a um novo mundo. Um mundo de oportunidades, idéias, criatividade, entusiasmo, emoção, enfim, um mundo com vida! Neste mundo não se vive em uma única dimensão; vive-se em 3 D:

-A primeira dimensão envolve o aprendizado das relações, dos valores e dos sentimentos. 


-A segunda dimensão considera o aprendizado do ambiente, do mercado e dos clientes. 


-A terceira dimensão contempla o aprendizado sobre resultados e poder de realização.





(Autor Desconhecido)
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