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Ela tem os olhos tristes, os mais tristes que já vi. Mas quando ri o mundo até se torna um lugar possível. É ela quem me pede, manda “largue os estereótipos”. E eu teimoso replico “não são estereótipos, são comportamentos que fazemos sem nos dar conta”. Ela deixa o ar escapar de seus lábios e paciente me diz: “me descreva”. Eu fico sem graça. Ela torna. “Diga como eu sou, mas” e se interrompe, e me olha, e enfim me diz “diga como eu sou, sem me encaixar num modelo”. Você é… “xiiiii!”, ela me interrompe, “devagar, pense antes de dizer”. Mas eu não penso. Não sei pensar desse jeito. Ela é assim, tem os olhos tristes, mas quando ri o mundo é um lugar possível. Por onde anda, ou o que faz, já não me interessa.
(José Godoy)
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
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