Se assinou sem ler o programa de governo encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral, depois de rubricar cada uma das 19 páginas, Dilma Rousseff foi leviana. E é irresponsável. Se leu o documento retirado em seguida por ordem do PMDB, mentiu outra vez. E é irresponsável. Este é o adjetivo mais brando para quem não sabe o que está assinando ou subscreve conscientemente propostas que camuflam declarações de guerra ao regime democrático e à liberdade.
“Tem coisas do PT com as quais nós concordamos, tem coisas com as quais não concordamos”, gaguejou Dilma para safar-se de outro escorregão revelador. Conversa fiada de quem insiste em esconder o que pensa, se é que pensa alguma coisa. O Brasil exige clareza de alguém que pretende governá-lo. Com o que Dilma concorda? Discorda do quê? Aprova ou desaprova, por exemplo, a censura à imprensa fantasiada de “controle social da mídia”? Condena ou avaliza as invasões de terra comandadas pelo MST?
Esses temas figuram entre os que irão aquecer os debates dos quais a candidata aprendiz tenta escapar. Se continuar fugindo, perderá a eleição por desistência. Se topar o duelo, perderá por inconsistência.
(Augusto Nunes - Direto ao Ponto - Veja)
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