domingo, 31 de outubro de 2010

Hoje, esse blog está de luto!!!

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Choro por ti, Brasil...





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Mafalda - Norte / Sul (2)

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Mafalda - Norte/ Sul

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O grande imitador

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Como se sabe, a forma mais sincera de elogio é a imitação. Uma pesquisa fotográfica mostra que, por esse prisma, Lula é um elogio itinerante ao ditador Fidel Castro, sucessor do ditador Fulgencio Batista em Cuba

 

Fidel Castro põe  um par de óculos escuros em 1999 e Lula também, dez anos depois. Fidel troca de lugar com fotógrafos em 2004. Lula repete a piada em 2009 - Fotomontagem: Robson Fernandjes/AE - Christophe Simon/AFP - Adalberto roque/AFP - Ed Ferreira/AE
Fidel Castro põe um par de óculos escuros em 1999 e Lula também, dez anos depois. Fidel troca de lugar com fotógrafos em 2004. Lula repete a piada em 2009 - Fotomontagem: Robson Fernandjes/AE - Christophe Simon/AFP - Adalberto roque/AFP - Ed Ferreira/AE (Fotomontagem)

 
Homem ou mulher, branquelo nórdico ou negro africano retinto, alto ou baixo, burro ou inteligente, gordo ou magro... O diretor de cinema Otto Preminger (1905-1986), americano nascido na Áustria, achava as classificações das pessoas listadas acima imperfeitas e incompletas. Para ele, no fundo, só existem pessoas de dois tipos: as que nasceram para estar diante das câmeras e as destinadas a ficar atrás delas. Lula e Fidel Castro são, sem dúvida, seres humanos do primeiro tipo na estrita divisão feita por Otto Preminger. O diretor de Laura, Anatomia de um Crime e O Cardeal prezava igualmente outra maneira de classificar os atores talentosos: há os que lapidam suas qualidades inatas por meio da imitação de outros melhores do que eles e os que escorregam pela vida e pela carreira impulsionados apenas pelos dons trazidos do berço. Lula e Fidel figuram também na primeira categoria de atores da tabela Preminger.

A imitação dos mestres é um método conhecido e aprovado para abrir um atalho na caminhada evolutiva em qualquer carreira. 

Cícero e Quintiliano, mestres romanos da oratória clássica, discordavam sobre muitos aspectos da retórica, mas estavam de acordo no aconselhamento a seus discípulos sobre a importância de começar pela imitação, deixando para desenvolver estilo próprio mais tarde, depois de firmada sua reputação. Deveria copiar-se principalmente o actio, ou seja, a entonação, o gestual, as expressões faciais, a linguagem corporal. Eles, muito mais do que as palavras, são, na visão dos mestres, os verdadeiros elementos da persuasão. Atores e políticos devem abusar deles para magnetizar as plateias.


Fotomontagem
Castro antes e Lula depois. Enfatizar a fala com um dos indicadores em riste é natural. Usar os dois requer um modelo, e um certo treino - Fotomontagem: Sipa Press - Mauricio lima/AFP - Adalberto Roque/AFP - Roberto Stuckert Filho/Ag. Globo
Castro antes e Lula depois. Enfatizar a fala com um dos indicadores em riste é natural. Usar os dois requer um modelo, e um certo treino - Fotomontagem: Sipa Press - Mauricio lima/AFP - Adalberto Roque/AFP - Roberto Stuckert Filho/Ag. Globo


A aula magna da Universidade Roma Três a ser ministrada no próximo dia 10 de novembro versará sobre os elementos do discurso político. Informa o programa que o destaque será o papel dos gestos na comunicação e na persuasão. O professor não será Fidel Castro. Mas poderia ser. A escola italiana se junta a dezenas de outras na Europa e nos Estados Unidos que buscam descobrir se certas posturas corporais, gestos e expressões faciais específicas são comprovadamente eficientes no convencimento das audiências. Será possível provar cientificamente que determinadas entonações de voz ou trejeitos são inerentes aos oradores que pretendem não apenas argumentar mas convencer seus ouvintes? Será que o apelo à emoção e o gestual dramático superam sempre outras formas de expressão oral mais racionais e contidas? Pode-se aprender a ser carismático em um palanque ou no palco apenas repetindo gestos de oradores comprovadamente carismáticos? Esses estudos estão apenas no começo, mas são fascinantes.      

Talvez os estudiosos possam chegar um dia a uma gramática corporal e facial que permita mesmo aos mais desajeitados oradores tornar-se perfeitos senhores do palco? Se a pessoa já tiver nascido para, na classificação de Preminger, viver diante das câmeras, é bastante provável que a resposta seja sim. O melhor caminho, desde os romanos, é a imitação de um ídolo. Fidel Castro é um dos ídolos de Lula. Foram tantas as visitas do brasileiro a Cuba, antes e depois de se tornar presidente, que ele deve ter mais horas de assistência de discursos de Fidel (os curtos são de três horas e os longos podem passar de dez) do que de qualquer outro político brasileiro ou internacional. Consciente ou inconscientemente, Lula assimilou o estilo de Fidel Castro. O mestre é mais culto e mais carismático do que o pupilo brasileiro — mas Lula já ganha de Hugo Chávez, outro notório imitador do cubano.  

Estas páginas foram ilustradas com gestos de Lula claramente copiados de Fidel Castro. Alguns deles não são privativos do mestre cubano e do aluno brasileiro. É o caso do gesto de apontar o indicador para um chefe de estado estrangeiro. Quando presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton não perdia uma chance de usar o truque. Fidel e Lula idem. Na maioria das vezes, estão simplesmente apontando a um visitante ilustre o lugar reservado a ele pelo cerimonial. Nas fotos, porém, o gesto dá a impressão de que quem aponta o dedo é o “mandatário alfa”, aquele que está no comando da situação, indicando caminhos a um colega desorientado ou sem muita convicção.


Fotomontagem
O mandamento corporal de Fidel: diante de um mandatário estrangeiro, aponte-lhe o dedo. As fotos vão mostrá-lo no comando da situação. Castro em 1998 e Lula em 2007- Fotomontagem: Zoraida Diaz/Reuters - Sergio Moraes/Reuters
O mandamento corporal de Fidel: diante de um mandatário estrangeiro, aponte-lhe o dedo. As fotos vão mostrá-lo no comando da situação. Castro em 1998 e Lula em 2007- Fotomontagem: Zoraida Diaz/Reuters - Sergio Moraes/Reuters

 
Monoglota, Lula se beneficia bastante de um truque de Fidel Castro — o de falar sempre mais do que o interlocutor, de forma que nas fotos ele pareça estar ensinando ao colega alguma coisa. No caso de Lula, a mágica da “boca aberta, pois a foto não tem som”, é ainda mais eficiente. Com frequência Lula aparece nas fotos oficiais falando com a maior tranquilidade a interlocutores russos, alemães, árabes, israelenses, africanos, como se dominasse o idioma deles. Fidel Castro fez desse um jogo de cena clássico de seu arsenal, pois, mesmo dependendo vitalmente das doações anuais bilionárias dos soviéticos para sua ilha não soçobrar, aparecia nas fotos como se ensinasse alguma coisa aos velhinhos do Kremlin.

A fronteira entre a eficiência e o grotesco é tênue nas traquinagens de Fidel aprendidas por Lula. O patrono desse teatralismo de palanque é Adolf Hitler, que, por sua vez, aprendeu tudo com um comediante de Munique, Ferdl Weiss. Os cubanos chamam Castro de “El comediante en jefe”.

Fotomontagem
Adolf Hitler, líder nazista que chegou  a ter 90% de aprovação nas pesquisas, aprendeu a gesticular com um comediante de Munique. Heinrich Hoffmann, seu fotógrafo particular, fez uma sensacional sequência de fotos do chefe ensaiando e as publicou em livro em 1939. Charles Chaplin estudou essas fotos para compor sua paródia de Hitler no inesquecível filme O Grande Ditador, de 1940 - Fotomontagem: AKG/Latin Stock - AFP
Adolf Hitler, líder nazista que chegou a ter 90% de aprovação nas pesquisas, aprendeu a gesticular com um comediante de Munique. Heinrich Hoffmann, seu fotógrafo particular, fez uma sensacional sequência de fotos do chefe ensaiando e as publicou em livro em 1939. Charles Chaplin estudou essas fotos para compor sua paródia de Hitler no inesquecível filme O Grande Ditador, de 1940 - Fotomontagem: AKG/Latin Stock - AFP


(http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/o-grande-imitador)

É hoje - Que Deus proteja o Brasil.

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Quando novo presidente é eleito, tudo muda, para melhor ou para pior



Boa sorte ao eleito de hoje.

Se for aquele em quem votei, ótimo; se não for, boa sorte assim mesmo, e que Deus proteja o Brasil -e nos proteja.

Hoje à noite, na hora em que Lula puser a cabeça no travesseiro, vai cair a ficha: agora é só uma questão de tempo, e pouco tempo.

Ele se acostumou com o sucesso e a popularidade, mas vai ter também que se acostumar a não ser mais presidente da República, só que não vai ser assim tão fácil. Para isso é preciso ter sabedoria e equilíbrio, qualidades que definitivamente o presidente não tem.

Lula sonhou alto; pretendia ser secretário-geral da ONU, pretendia que o Brasil fizesse parte do Conselho de Segurança, pretendia ganhar o Nobel da Paz, quis resolver o confronto no Oriente Médio, foi chamado por Obama de "o cara"; começou a se achar dono do mundo, meteu os pés pelas mãos e conseguiu, na hora de sair, ficar mal na foto. Bem mal.

Qualquer que seja o resultado de hoje, temos boas razões para comemorar. Não vamos mais ver na TV Lula andando com o microfone na mão, como se estivesse num auditório, dizendo "nunca antes nesse país", comparando tudo que acontece a um jogo de futebol, sem um pingo de graça.

Não vamos mais ver Marisa Letícia vestida de verde e amarelo nas comemorações da Independência ou de vermelho em carreata eleitoral, saudando o povo com os braços para o alto, como se fosse uma miss; sua voz, ninguém jamais ouviu, e seu único ato foi fazer um canteiro com uma estrela vermelha no jardim do Palácio da Alvorada. Que foi retirada, por sinal.

O Brasil, que já tinha ficado bem mal educado nos tempos de Collor, ficou ainda menos educado depois dos oito anos de Lula. A falta de cerimônia, os péssimos modos, a maneira de se dirigir a seus adversários, o pouco caso com que atropelou as leis eleitorais; dizer inverdades, agindo como se os fins justificassem quaisquer meios, e que a impunidade é lei. Tudo foi um péssimo exemplo.

Quando um novo presidente é eleito, tudo muda - para melhor ou para pior. Penso em Cristina Kirchner, que deve estar passando por maus momentos, em todos os sentidos. Como fará para governar o país, sem seu marido ao lado para encarar os problemas, maiores ou menores?

É o perigo de ser eleito/a um candidato/a que precisa de quem o dirija na hora do aperto, para que o país não fique à deriva. Já pensaram se a mulher de Joaquim Roriz vence a eleição no Distrito Federal e seu marido morre? Antes de votar, há que se pensar em tudo, até no que parece impossível poder acontecer. E se acontecer?

Lula deve estar cansado, merece umas férias, e será recebido com festa na Venezuela, em Cuba e também no Irã.

Vai, Lula, você merece: nós também estamos muito cansados de você.


(Danuza Leão - danuza.leao@uol.com.br - http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff3110201005.htm)

BR45IL!!!!!

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Sutil....rsss

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Multidão aguarda ansiosamente a inauguração da estátua do Lula!!!





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Como saber se está na hora da aposentadoria!

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O nome do Bebê

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Diz o obstetra:
- Falta um mês para a senhora dar à luz. Vocês já escolheram o nome que darão ao bebê?
- Não, doutor, só depois das eleições escolheremos o nome da nossa filha.
- Mas, por que?
 
- Doutor, vai depender muito do partido que ganhar.
 
- Como sua filha vai se chamar então?
 
- Se der Serra, será Vitória. Se ganhar a Dilma, nós a chamaremos de Socorro!



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sábado, 30 de outubro de 2010

Pessoas que votam.... Adivinhem em quem?


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Depois de responder a todos os tipos de comentários de petistas (aliás, não sei porque eles gostam tanto o meu blog, já que deixo bem claro quais são as minhas posições políticas) que, na falta de argumentos para defender suas posições, partem para o ataque, resolvi, em homenagem a eles, fazer essa postagem.


Um sujeito comprou uma geladeira nova e pra se livrar da velha, colocou-a em frente à casa com o aviso: "De graça. Se quiser, pode levar". A geladeira ficou três dias, sem receber um olhar dos passantes. Ele chegou à conclusão que as pessoas não acreditavam na oferta. Parecia bom demais pra ser verdade, e ele mudou o aviso: "Geladeira à venda por R$ 50,00". No dia seguinte, ela tinha sido roubada!


Cuidado! Esse tipo de gente vota!

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Olhando uma casa para alugar, meu irmão perguntou à corretora de imóveis de que lado era o Norte, porque não queria que o sol o acordasse todas as manhãs. A corretora perguntou: "O sol nasce no norte?" Quando meu irmão explicou que o sol nasce no Leste (aliás, há um bom tempo isso acontece) ela disse: "Eu não me mantenho atualizada a respeito desse tipo de coisa ".

Ela também vota!

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Antigamente, eu trabalhava em suporte técnico num centro de atendimento a clientes em Manaus. Um dia, recebi um telefonema de um sujeito que perguntou em que horário o centro de atendimento estava aberto. Eu disse a ele: "O número que o senhor discou está disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana." Ele perguntou: "Pelo horário de Brasília ou pelo horário de Manaus?" Pra acabar logo com o assunto, respondi: "Horário de Manaus."

Ele vota!

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Meu colega e eu estávamos almoçando no restaurante self-service da empresa, quando ouvimos um dos assistentes administrativos falando a respeito das queimaduras de sol que ele havia tido, ao ir de carro ao litoral. Estava num conversível, por isso, "não pensou que ficaria queimado, pois o carro estava em movimento."

Ele também vota!

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Meu cunhado tem uma ferramenta salva-vidas no carro, projetada para cortar o cinto de segurança, se ele ficar preso nele. Ele guarda a ferramenta no porta-malas!

Meu cunhado também vota!

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Meus amigos e eu fomos comprar cerveja para uma festa e notamos que os engradados tinham desconto de 10%. Como era uma festa grande, compramos 2 engradados. O caixa multiplicou 10% por 2 e nos deu um desconto de 20%.

Ele também vota!

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Saí com uma amiga e vimos uma mulher com um aro no nariz, atrelado a um brinco, por meio de uma corrente. Minha amiga disse: "Será que a corrente não dá um puxão a cada vez que ela vira a cabeça?" Expliquei que o nariz e a orelha de uma pessoa permanecem à mesma distância, independente de a pessoa virar a cabeça ou não.

Minha amiga também vota!

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Eu não conseguia achar minhas malas na área de bagagens do aeroporto. Fui, então, até o setor de bagagem extraviada e disse à mulher que minhas malas não tinham aparecido. Ela sorriu e me disse para não me preocupar, porque ela era uma profissional treinada e eu estava em boas mãos. "Apenas me informe... o seu avião já chegou?"

Ela também vota!

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Esperando ser atendido numa pizzaria observei um homem pedindo uma pizza para viagem. Ele estava sozinho e o pizzaiolo perguntou se ele preferia que a pizza fosse cortada em 4 pedaços ou em 6. Ele pensou algum tempo, antes de responder: "Corte em 4 pedaços; acho que não estou com fome suficiente para comer 6 pedaços."

Isso mesmo, ele também vota!



NA DILMA!!!
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Cada um tem a musa que merece...

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Ideli é a Marylin Monroe do Lula

Em 19 de maio de 1962, o ator Peter Lawford, casado com uma das irmãs do presidente John Fitzgerald Kennedy, resolveu melhorar a noite do 45° aniversário do cunhado com uma surpresa admirável: convidou a amiga Marilyn Monroe para cantar o Happy Birthday na festa em Nova York. Sozinha no palco do Madison Square Garden, com a silhueta deslumbrante realçada pelo vestido cor da pele enfeitado de contas que parecia costurado ao corpo, a estrela ronronou uma sensualíssima reinterpretação da mais conhecida e insossa letra musical da história. “Depois de ouvir uma voz tão suave e encantadora, já posso deixar a política”, derreteu-se Kennedy.


Em 27 de outubro de 2010, a companheira Ideli Salvatti, senadora em fim de carreira, resolveu piorar o dia do aniversário do presidente Lula com uma festa-surpresa. E convidou-se para puxar o Parabéns a Você no interior de Santa Catarina. Num palanque em Itajaí, trajando um vestido branco e um casaco vermelho que lembrava a versão pré-candidatura de Dilma Rousseff, de óculos, Ideli assassinou a música aos berros, acompanhada pela banda da cidade. Terminada a performance, o presidente nem se lembrou de agradecer à intérprete. Agarrou o microfone e homenageou o aniversariante: “Olha o Lulinha aí, minha gente!”


Em 1999, num leilão em Nova York, o vestido usado por Marilyn foi arrematado por US$ 1,267 milhão. Quanto custará em 2029 o modelito de Ideli?



Alguém merece ouvir o Parabéns a Você berrado por Ideli? Merece!!

 

O presidente Lula teve 65 anos para planejar o 65° aniversário. No poder desde janeiro de 2003, teve quase oito anos para decidir quem cantaria o “Parabéns a Você”. Poderia escolher entre um tenor, um sambista, uma dupla sertaneja ─ ou contemplar com tamanha honra um companheiro como Chico Buarque ou Netinho de Paula. Escolheu Ideli Salvatti.

Há muita lógica nessa loucura. Como Dilma Rousseff, Ideli é mulher, é um berreiro à procura de uma ideia e é devota do Mestre desde criancinha. Sobretudo, é uma candidata em campanha – e o chefe não admite perder eleição nenhuma. Nem a eleição do Homem sem Visão de Outubro. Lula resolveu que, desta vez, Ideli não vai morrer na praia.

Lembram-se da cena do aniversário de John Kennedy? Pois é. Cada um tem a Marilyn Monroe que merece.

(Augusto Nunes - Veja)

A jequice da Era da Mediocridade não deixou escapar nem o criador do Jeca Tatu

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O Brasil conseguiu ficar mais jeca, resumiu o título do post publicado em setembro de 2009 e reproduzido na seção Vale Reprise. Depois de descrever a inverossímil quermesse patriótica montada para celebrar a fantasia do pré-sal, que chegou ao climax com a Proclamação da Segunda Independência pelo presidente Lula, o texto reitera nas três últimas linhas que os brasileiros ainda providos de lucidez continuavam a enxergar as coisas como as coisas são: “Sem parentesco com o país que o governo inventou, o Brasil real não mudou. Só conseguiu tornar-se ainda mais metido a esperto, mais grosseiro, mais caipira, mais jeca. Toda nação acaba ficando parecida com quem a governa”.


Ficou mais parecida ainda nesta semana, informa o parecer do Conselho Nacional de Educação publicado no Diário Oficial da União de quinta-feira. Segundo a entidade, o livro “Caçadas de Pedrinho”, do escritor Monteiro Lobato, é perigoso demais para cair nas mãos dos alunos de escolas públicas. Em que pecado teria incorrido o pai de personagens ─ Emília, Narizinho, Dona Benta, Visconde de Sabugosa, Tia Nastácia, o próprio Pedrinho ─ eternizados no imaginário de milhões de crianças brasileiras?
Que crime teria cometido o admirável contador de histórias que inoculou em incontáveis gerações o amor à leitura?

Monteiro Lobato é racista, acaba de descobrir Nilma Lino Gomes, professora da Universidade Federal de Minas Gerais, que redigiu o documento endossado pelos demais conselheiros. 

No livro publicado em 1933, ela identificou vários trechos grávidos de preconceito, sobretudo os que envolvem Tia Nastácia, macacos e urubus. “Estes fazem menção revestida de estereotipia ao negro e ao universo africano”, explica a vigilante conselheira. Num deles, “Tia Nastácia é chamada de negra”. Noutro, trepa numa árvore “com a agilidade de um macaco”. 

Solidários com o obscurantismo dos conselheiros, os companheiros da Secretaria de Alfabetização e Diversidade do MEC já resolveram que “a obra só deve ser usada quando o professor tiver a compreensão dos processos históricos que geram o racismo no Brasil”.

Quem não compreende coisa nenhuma é o bando de ineptos alojado nas siglas que vão colocando em frangalhos o sistema de ensino. Quem precisa tratar processos históricos com menos ligeireza são os cretinos fundamentais que ousam censurar a obra de um escritor genial. Só burocratas idiotizados pelo politicamente correto tentam aprisionar nos porões criaturas que excitaram a imaginação de milhões de pequenos brasileiros.

Ironicamente, um dos filhos literários de Monteiro Lobato é o Jeca Tatu. Nasceu para ensinar que o Brasil só conheceria a civilização se erradicasse o atraso crônico, as doenças da miséria, o primitivismo cultural ─ a jequice, enfim. No Brasil do presidente que não lê, não sabe escrever e celebra a ignorância, o caipira minado pelo amarelão, que fala errado e se imagina esperto, virou modelo a imitar. Ser jeca está na moda, rende votos, aumenta a popularidade. Pode até garantir o emprego de conselheiro nacional de educação.

(Augusto Nunes  - Veja)

Pense bem antes de viajar

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Não sacrifique 4 anos por 4 dias de praia!


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A implosão da mentira - Affonso Romano de Sant'Anna

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Fragmento 1

              
Mentiram-me.Mentiram-me ontem
               e hoje mentem novamente. Mentem
               de corpo e alma, completamente.
               E mentem de maneira tão pungente
               que acho que mentem sinceramente.

              
Mentem, sobretudo, impune/mente.
               Não mentem tristes. Alegremente
               mentem. Mentem tão nacional/mente
               que acham que mentindo história afora
               vão enganar a morte eterna/mente.

              
Mentem.Mentem e calam. Mas suas frases
               falam. E desfilam de tal modo nuas
               que mesmo um cego pode ver
               a verdade em trapos pelas ruas.

               
Sei que a verdade é difícil
               e para alguns é cara e escura.
               Mas não se chega à verdade
               pela mentira, nem à democracia
               pela ditadura.

Fragmento 2

              
Evidente/mente a crer
               nos que me mentem
               uma flor nasceu em Hiroshima
               e em Auschwitz havia um circo
               permanente.

              
Mentem. Mentem caricatural-
               mente.
               Mentem como a careca
               mente ao pente,
               mentem como a dentadura
               mente ao dente,
               mentem como a carroça
               à besta em frente,
               mentem como a doença
               ao doente,
               mentem clara/mente
               como o espelho transparente.
               Mentem deslavadamente,
               como nenhuma lavadeira mente
               ao ver a nódoa sobre o linho. Mentem
               com a cara limpa e nas mãos
               o sangue quente. Mentem
               ardente/mente como um doente
               em seus instantes de febre.Mentem
               fabulosa/mente como o caçador que quer passar
               gato por lebre.E nessa trilha de mentiras
               a caça é que caça o caçador
               com a armadilha.
               E assim cada qual
               mente industrial?mente,
               mente partidária?mente,
               mente incivil?mente,
               mente tropical?mente,
               mente incontinente?mente,
               mente hereditária?mente,
               mente, mente, mente.
               E de tanto mentir tão brava/mente
               constroem um país
               de mentira
                                       —diária/mente.

Fragmento 3

              
Mentem no passado. E no presente
               passam a mentira a limpo. E no futuro
               mentem novamente.
               Mentem fazendo o sol girar
               em torno à terra medieval/mente.
               Por isto, desta vez, não é Galileu
               quem mente.
               mas o tribunal que o julga
               herege/mente.
               Mentem como se Colombo partindo
                do Ocidente para o Oriente
               pudesse descobrir de mentira
               um continente.

              
Mentem desde Cabral, em calmaria,
               viajando pelo avesso, iludindo a corrente
               em curso, transformando a história do país
               num acidente de percurso.

Fragmento 4

              
Tanta mentira assim industriada
               me faz partir para o deserto
               penitente/mente, ou me exilar
               com Mozart musical/mente em harpas
               e oboés, como um solista vegetal
               que absorve a vida indiferente.

              
Penso nos animais que nunca mentem.
               mesmo se têm um caçador à sua frente.
               Penso nos pássaros
               cuja verdade do canto nos toca
               matinalmente.
               Penso nas flores
               cuja verdade das cores escorre no mel
               silvestremente.

              
Penso no sol que morre diariamente
               jorrando luz, embora
               tenha a noite pela frente.

Fragmento 5

              
Página branca onde escrevo. Único espaço
               de verdade que me resta. Onde transcrevo
               o arroubo, a esperança, e onde tarde
               ou cedo deposito meu espanto e medo.
               Para tanta mentira só mesmo um poema
               explosivo-conotativo
               onde o advérbio e o adjetivo não mentem
               ao substantivo
               e a rima rebenta a frase
               numa explosão da verdade.

              
E a mentira repulsiva
               se não explode pra fora
               pra dentro explode
implosiva.

Este poema, que foi enviado ao Releituras pelo autor, foi publicado em diversos jornais em 1980. Apesar do tempo decorrido, face aos acontecimentos políticos que vimos assistindo nesses últimos tempos, ele permanece atualíssimo.

Segundo
Affonso Romano de Sant'Anna, foi publicado também em várias antologias, como "A Poesia Possível", Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1987.

(Fonte:http://www.releituras.com/arsant_implosao.asp)

A democracia agredida

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Paulo Brossard


Eu era estudante em 1945 e participei da campanha pela redemocratização do país e votei na eleição de 2 de dezembro daquele ano para presidente da República e para a constituinte que elaboraria a Constituição de 18 de setembro de 1946.

Encerrava-se o longo e triste ciclo do Estado Novo, durante o qual houve de tudo, a começar pela destruição dos valores democráticos e pelo endeusamento do ditador, à semelhança do que se fizera nos países totalitários da Europa. E continuei a participar de campanhas e eleições até ser nomeado para o Ministério da Justiça e, posteriormente, para o Supremo Tribunal Federal. Sempre entendi que o ministro da Justiça não deveria ser parte da campanha, mais do que qualquer outro não podendo ser, ao mesmo tempo, autoridade e ator, pois a ele competiria a adoção de medidas que se fizessem necessárias no período eleitoral.

Digo isto para salientar que em mais de 40 anos fui testemunha de muito “excesso” e “abuso”, mas nunca tinha visto o que passei a ver e continuo a assistir dia a dia se agravando. E isto é tanto mais significativo quando em quase todos os sentidos o país tem progredido e em muitos deles o progresso chega a ser notável; no que tange à instrumentalidade eleitoral, por exemplo, é quase inacreditável o aperfeiçoamento, mas no momento em que o chefe do Estado se despe da faixa presidencial e assume a chefia real e formal da campanha de um candidato e em cerimônia oficial insulta o candidato, por sinal, da oposição, chamando-o de mentiroso, ele se despe da magistratura presidencial, inerente à Presidência, e ingressa no mundo da ilicitude, que, para um presidente, é a mais grave das infrações às suas indisponíveis responsabilidades.

De resto, isto é a porta aberta para a consumação de todas as truculências verbais e físicas. É preciso não esquecer que a violência é doença contagiosa, e com a publicidade que o governo dispõe ele pode incendiar o país. O presidente quer ganhar a eleição a qualquer custo e pode ganhar, mas a sua eleita pode não governar. Já vi coisa parecida e não terminou bem. O presidente alinhou o Brasil na maçaroca do coronel Chávez. A partir de agora alguém pode sair às ruas portando um cartaz, seja do que e de quem for, sem correr o risco de ser agredido pela guarda de choque do presidente. Foi assim na Itália fascista e na Alemanha nazista.

O que efetivamente aconteceu ganhou uma versão cor-de-rosa na publicidade do governo. O agredido de ontem não foi o cidadão apontado de “mentiroso” pelo presidente da República, foi cada um de nós, foram as instituições democráticas. Para começar um incêndio basta um fósforo, para extingui-lo pode custar o incalculável.

Não preciso dizer que estou profundamente impressionado com o rumo que o presidente está dando à sua incursão empreendida na orla da horda. Ele fez um pacto com a fortuna, do qual o imprevisto é sempre possível.

(Paulo Brossard - TEXTO PUBLICADO NO JORNAL ZERO HORA)

Os valores de um Brasil que avança e pode mais

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O segundo turno das eleições para a Presidência da República nos propiciou um debate aprofundado sobre os problemas do Brasil e nos ofereceu excepcional oportunidade para uma tríplice reflexão.

A primeira é a possibilidade de confrontarmos mais a fundo o preparo e a competência dos dois candidatos. A comparação quanto à história política e à biografia de cada um visa a nos dar ideia sobre quem é capaz de comandar a transformação de projetos em ações concretas que gerem mudanças significativas no cotidiano dos cidadãos.

José Serra traçou seu próprio caminho, sem apadrinhamento. Esteve presente nos grandes momentos de luta contra a Ditadura e nos movimentos a favor da redemocratização. Atuou como deputado federal, senador, prefeito e governador, além de ter ocupado cargos em diferentes ministérios. Trabalhou com seriedade, transparência e foi reconhecido internacionalmente por suas políticas públicas na área da Saúde. 

A segunda reflexão se refere à comparação das diferentes visões sobre o papel do Estado na vida dos cidadãos. Para o PSDB, quem ocupa cargo público deve comportar-se como guardião dos recursos arrecadados dos trabalhadores e empresários. Por isso, nepotismo, tráfico de influência, corrupção e aparelhamento do estado precisam ser severamente combatidos e a dívida pública contida.

A percepção do Estado defendida pelo PSDB tem sua sustentação nos pilares democráticos, na defesa do Estado de Direito e na transparência. Nessa concepção, não há espaço para censura à imprensa, para amordaçamento do Ministério Público, para estímulo às invasões de propriedades rurais, para apoio a ditadores e a governos tiranos. Por outro lado, a violência deve ser combatida com o fortalecimento da presença do Estado no enfrentamento ao crime organizado, ao tráfico de armas e drogas, e com a implantação de amplo e consistente programa de tratamento, para recuperação de jovens viciados. 
      
Por fim, a terceira reflexão diz respeito à comparação das propostas políticas prioritárias. Foi no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que ocorreram os grandes saltos de qualidade na economia brasileira, que transformaram o país: o controle da inflação, que estabilizou a moeda, o PROER (que fechou os bancos insolventes, depurou e fortaleceu o sistema financeiro), a Lei de Responsabilidade Fiscal, a introdução de uma política agrícola eficiente e o respeito aos fundamentos macroeconômicos: metas de inflação, superávit primário e câmbio flutuante. Foram avanços que ajudaram a construir e permitiram a realidade que hoje vivemos.


O governo Lula teve o mérito de preservar estas conquistas.   No entanto, somente preservá-las, sem fazer nada de novo, é insuficiente. Esses ganhos de qualidade, que têm cumprido seu papel nestes 16 anos, vão se esgotando. O PT apenas preservou o que Fernando Henrique e José Serra construíram: o Bolsa Escola, o Bolsa Alimentação, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), o Vale Gás, o Programa Saúde da Família e o Programa Luz no Campo são alguns deles, apenas trocaram de nome.

Avançamos ainda na Saúde, com a implantação dos genéricos, os mutirões da saúde e o melhor programa de tratamento de AIDS do mundo. Na Educação, o PSDB também deixou sua marca: implementamos o  Fundo de Desenvolvimento da Educação (FUNDEF) e plano de Valorização do Magistério, enquanto o PT assumia postura diametralmente contrária a estas propostas.
Hoje, precisamos de um novo salto de qualidade que o governo do PSDB deverá promover: gerar uma economia forte e competitiva, que crie oportunidades, promova a geração de renda, a democratização de benefícios básicos e a capilarização de serviços.

O tempo mostra que políticas públicas eficientes, guiadas por gestores responsáveis, sobrepõem-se às limitações cronológicas, mesquinharias políticas e espertezas eleitorais.


O Brasil precisa ser conduzido por um governante preparado, com sensibilidade humana e, acima de tudo, caráter, decência e honradez.  Por tudo isso, José Serra é a melhor escolha para um País que pode muito mais.


  (Antonio Carlos Mendes Thame)

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

De Lula não se espera mais nada.

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Ninguém, em sã consciência, deve condenar um partido pelo projeto de se perpetuar no poder. Negar esse direito é ignorar a essência do sistema político-partidário. O que se condena é a busca desse objetivo por meios ilegítimos com desprezo aos princípios da ética e da democracia. Esse desvio das posturas republicanas caracterizado pela tolerância aos escândalos e pelo descarado aparelhamento da máquina estatal para favorecer o partido é a marca do governo do PT. Nunca, na História deste país, houve tanta denúncia de corrupção nos altos escalões do governo como nesses últimos sete anos e meio. Lula, de quem se esperava uma atitude firme em defesa da dignidade do seu governo, despencou da investidura de presidente de todos os brasileiros para se travestir em chefe de uma facção contaminada pela cultura da preservação do poder a qualquer preço. Sua inegável popularidade que poderia ser usada para a moralização dos costumes políticos, infelizmente, foi colocada ao serviço da impunidade e da banalização das ações criminosas de correligionários, amigos e compadres. Os escândalos envolvendo a cúpula do seu governo e o comando do seu partido se sucedem numa escalada nunca vista: mensalão, dólar na cueca, elaboração de dossiês falsos, invasão de privacidade, tráfico de influência, peculato, evasão de divisas, formação de quadrilha, cooptação de pelegos dos sindicatos e das figuras mais abomináveis da política brasileira...

De Lula não se espera mais nada. Termina o mandato com índices de popularidade inéditos e até eventual possibilidade de vitória eleitoral. Mas sua imagem de homem público está definitivamente comprometida. No embate politico o presidente do Brasil apequenou-se preferindo a condição de reles e furioso cabo eleitoral ao status de chefe da nação. Tenho plena convicção de que muitos eleitores discordam dessa visão ética da política preferindo qualificá-la de romântica e anacrônica. Para os que acreditam, como Lula, que "feio em política é perder eleição" eu afirmo que vencer nas urnas valendo-se de  violência, de métodos espúrios e de falcatruas é muito mais feio.



(Guaçu Piteri)
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Pesquisa GPP mostra empate técnico com Serra na frente

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http://www.icaetite.com.br/fotos2009/180x135.php?095539201026101.jpg 



O instituto GPP registrou no TRE uma pesquisa onde mostra que o candidato José Serra lidera a disputa com 52% dos votos válidos e Dilma com 48%. Os números  são diferentes dos divulgados pela mídia nacional, o que provoca um reboliço.
 
A pesquisa ouviu 4.047 pessoas  entre os dias 22 e 24 de outubro no país inteiro, registramos a pesquisa para mostrar para a população e dizer o seguinte: "não viaje, fique na sua cidade e vote. Porque se isso acontecer, o Serra será presidente do Brasil. A eleição vai ser apertada para qualquer um dos lados", diz o candidato a vice-presidente Índio da Costa.
 
Segundo ainda informação do Instituto GPP,  o único que acertou os números no primeiro turno, estes números são de uma pesquisa de campo e não do tracking tucano, que faz pesquisa telefônica. De qualquer maneira, eles estão próximos do que tem constatado o tracking: uma vantagem para Serra, mas ainda em situação de empate técnico.
 
O Instituto GPP goza de credibilidade e tem um histórico de acerto em pesquisas sobre intenção de votos, que realizou em outras disputas eleitorais, inclusive no primeiro turno das eleições presidenciais deste ano, quando acertou o resultado.
A pesquisa foi registrada no TRE sob o número 37.219/2010
 
 Se entrarem no site da JOVEM PAN (http://jovempan.uol.com.br/enquete-brasil-eleicao-2010 ) vão ver que na enquete de ontem o Serra ficou na frente na maioria dos municípios pesquisados. (clique nas cidades sobre o mapa, aguarde e veja o resultado ao lado). 


VAMOS VIRAR ESTE JOGO – SERRA 45


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Os novos aloprados - Histórico de notícias

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O jornalista Amaury Ribeiro Júnior chega para depor na PF, em Brasília 
PF indicia Ribeiro Júnior



Jornalista admitiu ter elaborado dossiê para atingir o presidenciável tucano José Serra. Material estava em poder da pré-campanha de Dilma Rousseff

 
Envolvido na elaboração do dossiê contra o candidato tucano à Presidência, José Serra, o jornalista Amaury Ribeiro Júnior foi indiciado nesta segunda-feira por quatro crimes: quebra de sigilo funcional, uso de documento falso, corrupção ativa e suborno de testemunha.

O jornalista, que depôs pela quarta vez à Polícia Federal, falou por mais de seis horas horas aos investigadores. De acordo com a corporação, Amaury apenas ratificou o que havia dito nos depoimentos anteriores, e se negou a dar novas informações.


Amaury Ribeiro Júnior havia admitido anteriormente ter reunido informações sobre pessoas próximas a José Serra. Ele pagou 12 mil reais ao despachante Dirceu Rodrigues Garcia em troca da quebra de sigilo fiscal da filha do candidato, Verônica Serra, e do marido dela, Alexandre Bourgeois. As informações de Verônica foram obtidas com uma procuração falsa, providenciada pelo contador Antonio Carlos Atella.

 
O jornalista também foi o mandante da quebra de sigilo do presidente nacional do PSDB, Eduardo Jorge, e de outras pessoas ligadas ao partido. Ele admitiu ter mantido contato com a pré-campanha da candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff. Mas alega que o dossiê contra Serra foi copiado de seu computador por Rui Falcão, petista que é um dos coordenadores de campanha da candidata.

Apesar de o depoimento ter se encerrado há mais de uma hora, Amaury permanece na Superintendência da Polícia Federal. O advogado do jornalista, Adriano Bretas, deve conversar nos próximos minutos com a imprensa. A Polícia Federal ainda não informou se Amaury será detido ou irá aguardar o julgamento em liberdade.

Advogado nega crimes




O advogado de Amaury, Adriano Bretas, negou que seu cliente seja o responsável pelas quebras de sigilo. "Em momento algum ele admitiu ter quebrado o sigilo ou encomendado a quebra de sigilo fiscal", declarou Adriano aos jornalistas, após o indiciamento. Em nota, o jornalista também negou realizar militância partidária, e alega ter realizado atividades decorrentes do ofício de jornalista investigativo.

(Gabriel Castro - http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/pf-indicia-amaury-ribeiro-junior-por-quatro-crimes)



Em maio, reportagem de VEJA revela que integrantes da pré-campanha da petista Dilma Rousseff tentaram contratar um grupo de arapongas cuja missão seria bisbilhotar adversários políticos e aliados incômodos, numa reedição do escândalo dos "aloprados", como o presidente Lula chamou os trapalhões envolvidos em dossiê contra rivais do PT em 2006. Em junho, descobre-se que um deles obteve dados fiscais sigilosos do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge. Era o primeiro de uma longa lista de vítimas de quebra de sigilo em postos da Receita Federal, em que figuram até a filha e o genro do candidato tucano à Presidência, José Serra.
 
RELAÇÕES PERIGOSAS: As conversas às quais VEJA teve acesso mostram que o braço direito do presidente Lula, Gilberto Carvalho, e a candidata à Presidência Dilma Rousseff tentaram usar o Ministério da Justiça para executar “tarefas absurdas”

Intrigas de estado

Diálogos revelam que Ministério da Justiça recebeu e rechaçou pedidos de produção de dossiês
 
Reprodução de trecho do depoimento de Amaury Ribeiro Junior à Polícia Federal

Elo

Jornalista diz que Rui Falcão copiou dados

E que investigou tucanos por conta própria
Fachada da Receita Federal em Mauá

Investigação

R$ 12 mil para quebrar o sigilo

PF aponta ligação com pré-campanha de Dilma
 
Registro de filiação ao PT do servidor que acessou dados de EJ em em MG

Perguntas & Respostas

Entenda a violação em série de sigilos

Saiba quando o acesso a dados é permitido
Envolvido na quebra de sigilo da filha de Serra, o contador Antonio Carlos Atella Ferreira é fotografado próximo ao posto da Receita Federal em Mauá (SP)

PF

Contador é indiciado por falsa procuração

Documento deu acesso a dados da filha de Serra
 
Ministro Guido Mantega

Pacote

Fazenda revisa regras de segurança

Medidas preveem demissão de servidores
Adeildda Ferreira Leão dos Santos

PF

Servidora da Receita em Mauá é indiciada

Adeildda disse que vendia dados fiscais
 
O corregedor-geral da Receita Federal, Antonio Carlos Costa D'Ávila, concede entrevista na porta do Ministério da Fazenda, em Brasília, nesta segunda-feira

Defesa

Servidora acusa Corregedoria

Ana Maria é suspeita de forjar autorizações
Dilma, Padilha e Dutra

Campanha

Governo, Receita e PT: reação ensaiada

Cúpula promove 'esforço concentrado'
 
Receita Federal Verônica Serra

Investigação

Receita tentou abafar denúncia de violação

Órgão sabia de acesso a dados da filha de Serra
Quem é quem infográfico

Infográfico

Os personagens do escândalo

Conheça o papel de cada envolvido
 
O ex-presidente e sociólogo Fernando Henrique Cardoso

Artigo

FHC condena 'democracia virtual'

Ex-presidente vê risco de retrocesso democrático
O que diz a lei - infográfico

Infográfico

Saiba o que
diz a lei

Entenda os crimes e
conheça as penas
 
Fachada da Receita Federal em Mauá

Investigação

Indiciamento tem nova versão

Receita não fala em 'venda' de dossiê
Eduardo Jorge em coletiva do PSDB, São Paulo, 19/07/2010

Motivação

EJ rebate alegações da Receita Federal

Órgão encobre interesse político, diz tucano
 
A candidata do PT, Dilma Rousseff, participa de entrevista no Jornal Nacional

Vazamento

Dilma defende punição 'drástica'

Candidata refuta ligação com campanha
Luiz Carlos Mendonça de Barros

Violação

Mais três tucanos foram vítimas

Entre eles, o ex-ministro Mendonça de Barros
 
Wagner Cinchetto, ex-sindicalista - 12/08/2010

Exclusivo

Surge mais uma testemunha

Wagner Cinchetto revela montagem de dossiês
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Sobre Palavras

De alorpados a aloprados

Termo rejuvenesce no calor da política
 
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Radar

Cinco dias depois, Sérgio Rosa reage

Acusações são 'infundadas', diz
Gerardo Santiago, advogado e ex-diretor da Previ

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Fazer dossiê, uma 'tarefa rotineira'

Ex-diretor da Previ acusa fundo de servir ao PT
 
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Reinaldo Azevedo

No passado, terrorismo; no presente, dossiês
Fernando Pimentel abre mão de sua candidatura

PT

Pimentel decide contra-atacar Serra

Petista afirma que vai à Justiça contra tucano
 
Diogo Mainardi

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No meio jornalístico, Lanzetta é "Laranza"
Secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, se negou a divulgar os nomes dos responsáveis pelo suposto crime, com o argumento de que há sigilo constitucional

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Secretário da Receita silencia no Senado

Cartaxo invoca sigilo e não divulga nomes
 
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Lanzetta deixa campanha de Dilma

Jornalista é apontado pivô do esquema
Delegado Onézimo Sousa: oferta de 1,6 milhão de reais para saber tudo o que falavam os adversários

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"Era para
levantar tudo"

Delegado confirma: Serra era alvo
 
Fachada da casa onde grupo de petistas se reunia com a missão de espionar adversários do PSDB e do próprio PT

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Ordem na casa do Lago Sul

Comando do PT teve de intervir pesado
 
 

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