PF indicia Ribeiro Júnior
Jornalista admitiu ter elaborado dossiê para atingir o presidenciável tucano José Serra. Material estava em poder da pré-campanha de Dilma Rousseff
O jornalista, que depôs pela quarta vez à Polícia Federal, falou por mais de seis horas horas aos investigadores. De acordo com a corporação, Amaury apenas ratificou o que havia dito nos depoimentos anteriores, e se negou a dar novas informações.
Amaury Ribeiro Júnior havia admitido anteriormente ter reunido informações sobre pessoas próximas a José Serra. Ele pagou 12 mil reais ao despachante Dirceu Rodrigues Garcia em troca da quebra de sigilo fiscal da filha do candidato, Verônica Serra, e do marido dela, Alexandre Bourgeois. As informações de Verônica foram obtidas com uma procuração falsa, providenciada pelo contador Antonio Carlos Atella.
O jornalista também foi o mandante da quebra de sigilo do presidente nacional do PSDB, Eduardo Jorge, e de outras pessoas ligadas ao partido. Ele admitiu ter mantido contato com a pré-campanha da candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff. Mas alega que o dossiê contra Serra foi copiado de seu computador por Rui Falcão, petista que é um dos coordenadores de campanha da candidata.
Apesar de o depoimento ter se encerrado há mais de uma hora, Amaury permanece na Superintendência da Polícia Federal. O advogado do jornalista, Adriano Bretas, deve conversar nos próximos minutos com a imprensa. A Polícia Federal ainda não informou se Amaury será detido ou irá aguardar o julgamento em liberdade.
Advogado nega crimes
O advogado de Amaury, Adriano Bretas, negou que seu cliente seja o responsável pelas quebras de sigilo. "Em momento algum ele admitiu ter quebrado o sigilo ou encomendado a quebra de sigilo fiscal", declarou Adriano aos jornalistas, após o indiciamento. Em nota, o jornalista também negou realizar militância partidária, e alega ter realizado atividades decorrentes do ofício de jornalista investigativo.
(Gabriel Castro - http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/pf-indicia-amaury-ribeiro-junior-por-quatro-crimes)
Em maio, reportagem de VEJA revela que integrantes da pré-campanha da petista Dilma Rousseff tentaram contratar um grupo de arapongas cuja missão seria bisbilhotar adversários políticos e aliados incômodos, numa reedição do escândalo dos "aloprados", como o presidente Lula chamou os trapalhões envolvidos em dossiê contra rivais do PT em 2006. Em junho, descobre-se que um deles obteve dados fiscais sigilosos do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge. Era o primeiro de uma longa lista de vítimas de quebra de sigilo em postos da Receita Federal, em que figuram até a filha e o genro do candidato tucano à Presidência, José Serra.
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Infelizmente esta canalhice não vai ser apurada vai ficar escondida para sempre, sob a guarda de setores do governo.Espero que o Serra ganhe para mandar apurar estes e outros casos tenebrosos.
ResponderExcluirSó nos resta esperar e rezar.
ResponderExcluirQue Deus tenha piedaDE DE NÓS.