Caso Bancoop: João Vaccari Neto é réu
O tesoureiro do PT é réu no processo sobre o desvio de 170 milhões de reais da cooperativa
A juíza Patrícia Inigo Funes e Silva, da 5ª Vara Criminal de São Paulo, aceitou a denúncia contra o tesoureiro do PT João Vaccari Neto e outras cinco pessoas envolvidas no caso de desvio de dinheiro da Bancoop, que lesou cerca de 3.000 pessoas. Com a decisão, Vaccari e os demais citados tornam-se réus em processo criminal por estelionato e tentativa de estelionato, formação de quadrilha ou bando e falsidade ideológica. Vaccari e Tomás Edson Botelho Fraga, ex-dirigentes da Bancoop, e Ana Maria Ernica, atual diretora, também respondem por lavagem de dinheiro.
A juíza ainda determinou a quebra de sigilo bancário e fiscal de Vaccari e de Ana Maria. Na decisão, a magistrada afirmou que há "relevante suspeita do envolvimento dos referidos acusados na prática dos crimes descritos na denúncia". E ressaltou que "o sigilo não pode servir de escudo protetivo para o exercício e proveito de atividades ilícitas".
O pedido da abertura de processo foi feito no último dia 19, pelo promotor José Carlos Blat, do Ministério Público de São Paulo. Em depoimento à CPI da Bancoop, na Assembleia Legislativa do estado, Blat afirmou ter “indícios suficientes de autoria e materialidade contra diretores, ex-diretores e terceiros que participaram desta verdadeira organização criminosa, que fraudou milhares de cooperados que não receberam suas unidades habitacionais e foram achacados."
Os outros três réus são a mulher de Tomás, Henir de Oliveira, a advogada da Bancoop, Leticya Achur Antonio e a presidente da Germany, Helena Conceição Pereira Lage. "Quando eles estavam à frente da cooperativa simplesmente ocultaram movimentações financeiras para dificultar a identificação das transações", comentou Blat, na Assembleia.
De acordo com o promotor, os envolvidos devem ser condenados por estelionato porque 1.133 pessoas compraram apartamentos da Bancoop, mas ainda não têm onde morar, e por tentativa de estelionato, porque outras 2.362 vítimas tiveram de pagar muito mais do que o combinado inicialmente para receber seus apartamentos. Blat estima que a quantia desviada pelo esquema chegaria a 170 milhões de reais.
Histórico - O caso Bancoop foi revelado por VEJA, em março deste ano. A reportagem indicava a descoberta do Ministério Público de São Paulo de que dirigentes da cooperativa desviavam recursos de empreendimentos imobiliários para abastecer seus próprios bolsos e o caixa dois de campanhas petistas. Em contrapartida, integrantes do PT afirmaram que o promotor agia com interesses eleitorais para beneficiar pessoas ligadas ao ex-governador de São Paulo e candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra.
Diante da acusação, a bancada tucana na Assembleia conseguiu reunir assinaturas suficientes para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar o caso, que foi criada no mesmo mês da reportagem. Na edição de 13 de março, VEJA destacou ainda a relação entre o escândalo da Bancoop e o mensalão, indicada pelo depoimento à Procuradoria-Geral da República de Lúcio Bolonha Funaro, um dos maiores especialistas em fraudes financeiras.
(Laura Diniz e Adriana Caitano - http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/caso-bancoop-vaccari-neto-e-reu)
MP denuncia Vaccari e mais 5
Caso a denúncia seja aceita pela Justiça, quebra de sigilo dos envolvidos poderá ser autorizada
As doações de fachada ao PT
Uma planilha mostra que a empresa Mirante/Mizu Artefatos doou 43.200 reais ao partido em 2002
Quase que eu entrei nessa esparrela. Essa cooperativa estava vendendo projetos de apto. na Brigadeiro luiz antonio em sp. ha alguns anos atras (proximo a paulista). Mas fiquei desconfiado. Hoje nesse mesmo local(terreno) uma construtora ergueu um tremendo dum predio em tempo record....ou seja quem quer faz... quem não quer enrola...
ResponderExcluir25/08/10 Dívidas da Bancoop são de R$ 90 milhões, diz diretora.
ResponderExcluir14/09/10 CPI ouve Sr. Vagner de Castro (Fundador da Bancoop).
07/10/10 AGU vai ao Supremo contra liberação de dados fiscais para CPI BANCOOP
19/10/10 Promotor do Caso Bancoop oferece denúncia contra Vaccari e mais cinco (Prom. Blat - MPSP)
19/10/10 Tesoureiro do PT (João Vaccari Neto) é denunciado por formação de quadrilha pelo MPSP.
19/10/10 CPI ouve promotor do MPSP, o Dr. Jose Carlos Blat, durante 3 horas (denuncia criminal feita) e explicada. (vitimas de 18 seccionais presentes)
25/10/10 Sai relatório final da CPI BANCOOP- com pedido ao MPSP de intervenção e desconsideração da personalidade jurídica da Bancoop.
28/10/10 Juíza recebe denuncia criminal do promotor Blat - A juíza Patrícia Inigo Funnes, da 5ª Vara Criminal de São Paulo, recebeu a denúncia formulada pelo promotor de Justiça José Carlos Blat contra seis dirigentes e ex-dirigentes da Cooperativa Habitacional dos Bancários.
18/11/10 Réus denunciados por Promotor Blat entram com MANDADO DE SEGURANCA contra decisão da juíza criminal que aceitou pedido de quebra de sigilo.
03/12/10 Pedido de liminar pelos réus em MANDADO DE SEGURANÇA (negado pelo TJSP)
01/02/11 Justiça nega direito de resposta a Bancoop em ação contra a revista VEJA.
07/01/11 Novo pedido dos réus - Pediram reconsideração de Liminar no MANDADO DE SEGURANÇA - solicitação(novamente) negada pelo TJSP.
07/01/11 TJ mantém quebra de sigilo bancário de tesoureiro do PT
07/02/11 Cooperativa ligada ao PT paga dívida com computadores – (Penhorados)
20/02/11 Justiça decide penhorar sede da Bancoop em São Paulo.
22/02/11 Bancoop impede cooperados de entrar em assembléia Geral.
28/02/11 Bancoop tenta embargar sentença favorável a revista VEJA, recurso NEGADO.
veja lista completa
http://bancoop.forumotion.com/t3146-caso-bancoop-eventos-desde-2005