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Saio, vou até a varanda.
Nem ao longe vislumbro o seu vulto pela estrada.
Espero por você com todo o meu corpo em fogo, com os lábios molhados de desejo, com as mãos trêmulas de paixão e incertezas.
Anoitece.
Entro, fecho portas e janelas. Não necessito de luz, não preciso ver, pois conheço o barulho dos seus passos tão bem como o cheiro do seu corpo.
No escuro aguardo, ouvidos e narinas atentos...
Só escuto o cantar dos passarinhos, o coaxar dos sapos e o rumor da água a correr pelas calhas. Chove lá fora, chove dentro de mim.
O cheiro de mato molhado invade as minhas narinas e nele tento distinguir o cheiro de lavanda que sempre encontro misturado ao seu suor.
Você tarda, ou talvez nem venha. A razão adverte para que não alimente esperanças, mas o coração teima e o corpo arde.
Quantas vezes as promessas foram quebradas?
Olho o relógio e a angústia domina minha razão. Questiono o meu amor que lhe perdoa sempre. Meu corpo se cala.
Volto à varanda, desespero e eis que de repente vejo o seu vulto a se desenhar, ao longe, na estrada.
Nada mais importa, pois neste momento os passarinhos, os sapos e a água da calha se transformam em uma sinfonia, música que cala a razão.
Seu cheiro já entra pelas minhas narinas, enchendo meus olhos de água e o coração de alegria, arrepiando a minha pele e me enchendo de desejo.
Todo o meu corpo antecipa o calor da sua chegada.
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segunda-feira, 14 de setembro de 2009
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Nossa, que texto maravilhoso.
ResponderExcluirCada palavra, cada frase tem emoção.
Gostei muito, abraços.
excelente,parabéns
ResponderExcluirHoje as mulheres estão extremamente apaixonadas.
ResponderExcluirBelíssimo texto.
Parabéns.
Lindo texto super sentimental.
ResponderExcluirAbraços forte
Lindo o texto, assim como seu blog!!! Beijão!
ResponderExcluirBelo texto, "exciting"...Cumprimentos.
ResponderExcluirAbraços