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Sonho-te nua sobre a areia branca.
Um gosto de alga solta-me os sentidos
enquanto um mar de náufragos perdidos
vem fustigar, em fúria, a tua anca.
Abraço, com firmeza de alavanca,
os teus joelhos, levemente erguidos
como uma ponte sobre sonhos tidos
que a maré vem repor e logo arranca.
Os teus lábios implantam labaredas
que me flagelam num desejo rubro.
Cerro os olhos e a minha mão tacteia
o teu cabelo solto em que me enredas.
Mas, por mais que esbraceje, só descubro
algas, ecos de mar, sonhos e areia.
(Carlos Domingos - www.alentejo.prosaeverso.net)
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
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Lindo, lindo, a sensualidade latente.
ResponderExcluirAbraços forte