sábado, 26 de setembro de 2009

Ai Se Sêsse

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Se um dia nois se gostasse
Se um dia nois se queresse
Se um dia nois se empareasse
Se juntim nois dois vivesse

Se juntim nois dois morasse
Se juntim nois dois drumisse
Se juntim nois dois morresse
Se pro céu nois assubisse

Mas porém acontecesse
de São Pedro não abrisse
a porta do céu e fosse
te dizer qualquer tolice

E se eu arriminasse
E tu cum eu insistisse
pra que eu me arresolvesse
E a minha faca puxasse

E o bucho do céu furasse
Tavés que nois dois ficasse
Tavés que nois dois caisse
E o céu furado arriasse

e as virgi toda fugisse...

(Zé da Luz - Cordel do Fogo Encantado)

2 comentários:

  1. Olá, Berenice!

    A singeleza desses versos lembra o amor que deve ser simples, puro, autêntico, compartilhado e confidente. O amor não combina com sofisticação.

    Abraços

    Francisco Castro

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  2. Eu gosto muito de literatura de cordel. Uma poesia popular, originalmente oral, também impressa em folhetos rústicos e expostos a venda. E o tal do "se" muito bem articulado!

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