O Programa “Minha Casa, Minha Vida” do governo federal sempre foi usado como uma grande arma demagógica pelos que estão no poder atualmente. Cruelmente apresentado como a grande solução para o dramático déficit imobiliário que atinge justamente quem mais precisa e carece de dignidade, os mais pobres, o programa poria fim aos barracos, palafitas e moradias improvisadas que infestam as cidades brasileiras e transformam pessoas em verdadeiras baratas humanas que vivem amontoadas entre pilhas de lixo, esgoto e toda sorte de imundícies.
Mas, no caminho do programa tinha uma quadrilha. A mesma quadrilha que engana o povo pobre e os alienados que servem de massa de manobra ou são meramente “inocentes úteis” ao oferecerem seus corações e mentes para o discurso recheado de palavras bonitas, frases inspiradoras e muita justiça social.
Justiça social, aliás, que passa bem longe do programa. Uma vez que quase todas as unidades entregues até hoje, apresentam gravíssimos problemas estruturais que demonstram o descaso, a pressa e a má qualidade das moradias.
Muitas construções ficaram conhecidas como “casas de papel” simplesmente porque não resistiram às primeiras chuvas, se tornando verdadeiras peneiras por onde a “água que cai do céu” cai também da laje.
Imóveis destinados a moradores de áreas de risco, comumente ameaçados pelas enchentes e deslizamentos de terra, foram construídos em áreas também alagáveis e, como aconteceu no Rio de Janeiro e em outras cidades, submeteram seus “felizes” moradores ao sofrimento de perderem todos os móveis e utensílios que sobraram das últimas enchentes pouco tempo depois de se mudarem e verem suas casas novinhas alagadas, mais uma vez, pelas chuvas que caem implacavelmente sobre esquerdistas e direitistas e pouco se importam com palavras bonitas e frases inspiradoras.
Prédios entregues a menos de dois ou três meses, já apresentam extensas rachaduras, graves problemas elétricos, deficiências e problemas graves nas redes de água e esgoto (alguns entregues até sem ligação com a rede coletora).
Conjuntos habitacionais inteiros foram construídos sem drenagem adequada, com fundações subdimensionadas e com total ausência de vigas e colunas estruturais (só “no tijolo”) como forma de baratear as obras ao máximo. O resultado foi a demolição de várias unidades, que sequer haviam sido completamente construídas, pelo simples fato de não terem resistido a primeira chuva forte a atingir a área onde estavam construídos.
Enquanto a quadrilha enriquece e se fortalece, apoiada pela enorme massa descerebrada que a aplaude e se recusa a ver o óbvio, denúncias e escândalos não param de pipocar na imprensa e provas dos desvios de ligações diretas da quadrilha com o Palácio do Planalto estouram e são imediatamente abafadas por uma enxurrada de propagandas ou ações de uma claque paga a soldo público para desacreditar a verdade e fomentar mentiras na Internet e nas redes sociais.
Assim, mesmo com a Polícia Federal abrindo investigações e o Ministério Público atuando, expondo e processando os quadrilheiros; mostrando as ligações de partidos “amigos dos pobres” (como o PCdoB e o PT); de ex-integrantes da Casa Civil (como a famosa “amiga da Dilma” Erenice Guerra que voltou a baila) e do próprio líder do governo (citado como responsável por um esquema de desvio de verbas do BNDES para financiar políticos do PT em troca de obras) a claque descerebrada parece ignorar a própria realidade e continua a aplaudir e a defender aqueles que os submetem a pior de todas as indignidades: o roubo da esperança de uma vida melhor.
Embalados por palavras bonitas; frases de efeito; imagens emocionantes, cuidadosamente elaboradas e repletas de sorrisos; depoimentos emocionados e agradecidos das futuras vítimas e a participação “inocente” de artistas e vultos da cultura; os tentáculos da quadrilha se estendem sobre os brasileiros, sufocando seus sonhos e roubando suas esperanças de forma silenciosa e impune.
Tudo isso embalado lindamente com uma frieza mortal.
(http://www.visaopanoramica.com/2013/04/19/minha-quadrilha-minha-vida-e-a-casa-dos-amigos-dos-pobres/#ixzz2Quzbk8n9)
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