sábado, 5 de novembro de 2011

Flechado

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Constante nos meus idílios 
Dos mitos ressuscitada 
Magnífica figura alada 
Portar-se-ia completamente desnuda 
Não fosse a ornamentada aljava 
A cruzar-lhe as largas espáduas 
E a garbosa envergadura alva 
A conferir-lhe divinal aura 
Na mão esquerda um arco 
Na mão direita uma flecha 
Aflição da minha atormentada alma 
Levando-me a viver paixões malfadadas 
Que divindade é essa 
A espreitar os meus sonhos 
Nas noites caladas? 
Cupido?! 
Eros?! 
Silhueta em mira posicionada 
Seta alvejante atirada 
No peito duma alma condenada 
Rogo a Afrodite 
Um amor que seja recíproco 
Pra minh’alma apaixonada!... 

(Amalri Nascimento)



(Foto/texto: Amalri Nascimento - Fonte: http://amalrinascimento.fotoblog.uol.com.br/photo20091008163108.html)
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