Agora, a presidente Dilma quer explicações convincentes do ministro para não tirá-lo da pasta imediatamente
O grajauense, Ezequiel Nascimento (PDT) candidato a deputado distrital nas eleições do ano passado e ex-secretário de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho, pode deixar a situação do ministro Carlos Lupi numa saia ainda mais justa.
Desde a semana passada Lupi se encontra em maus lençóis por conta da existência de um esquema de arrecadação de propina operado por integrantes do PDT, seu partido, lotados na pasta do Ministério do Trabalho.
De acordo com a reportagem de VEJA desta semana, o grupo agia em duas frentes: “Numa delas, extorquia ONGs às voltas com irregularidades na execução dos contratos e que, por isso mesmo, ficavam sem receber dinheiro da União”. Na outra, por sua vez, “fazia vista grossa a malfeitorias cometidas por ONGs amigas”.
Com o título “O voo cego do ministro do Trabalho”, a reportagem de VEJA desta semana destaca uma viagem do Ministro Lupi feita no dia 13 de dezembro de 2009, ao Maranhão, num pequeno avião alugado por um dos principais acusados de desviar dinheiro de convênios com o ministério. E o acusado estava entre os passageiros.
Segundo afirmações do grajauense Ezequiel Nascimento, o avião King Air branco com detalhes em azul, de prefixo PT-ONJ, de propriedade do dono da ONG Pró-Cerrado, Adair Meira, ficou à disposição do ministro e dos pedetistas do Maranhão em uma viagem cujo objetivo era lançar um programa de qualificação profissional em sete municípios do Maranhão. VEJA indagou Ezequiel sobre quem disponibilizou a aeronave e ele respondeu: “O Adair”.
Estavam na aeronave, além do ministro, os pedetistas, deputado federal Weverton Rocha, Ezequiel Nascimento, o ex-governador maranhense Jackson Lago (falecido) e Adair Meira, dono do avião.
Questionado sobre sua relação com Meira, o ministro do Trabalho disse nem conhecê-lo. “Eu não tenho relação nenhuma, absolutamente nenhuma, com o – como é o nome? – seu Adair”, afirmou à Revista.
Questionado sobre sua relação com Meira, o ministro do Trabalho disse nem conhecê-lo. “Eu não tenho relação nenhuma, absolutamente nenhuma, com o – como é o nome? – seu Adair”, afirmou à Revista.
VEJA denunciou que no fim de 2010, um ano após a viagem, a Fundação Pró-Cerrado e a Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Intregração (Renapsi), duas ONGs de Adair, receberam do Ministério do Trabalho, numa solenidade em Brasília, o Selo Parceiros da Aprendizagem, concedido a entidades consideradas de excelência na formação profissional. Ainda em 2010 a Renapsi, segundo VEJA, foi escolhida pelo ministério como parceira num projeto para qualificar trabalhadores no Maranhão – "isso apesar de ter credenciais nem de longe abonadoras", afirmou outro trecho da reportagem.
Agora, a presidente Dilma quer explicações convincentes e consistentes sobre a viagem do ministro ao Maranhão, para não tirá-lo da pasta imediatamente. No jogo de tramóias, o ministro Lupi se esqueceu de combinar com seu ex-assessor, o grajauense Ezequiel Nascimento de ficar de bico calado quando a bomba estourasse. Agora é tarde demais.
http://www.grajaudefato.com.br/noticias/confirmacoes-de-grajauense-veja-complicam-ministro-do-trabalho-carlos-lupi)
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