sábado, 31 de março de 2012

Em nome de Amélia

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Amélia é uma injustiçada; há algo mais 'feminista' e poético do que uma mulher preferir fazer amor com o seu marido do que gastar o dinheiro dele?

Na história das sociedades, sempre existiram personagens injustiçados. A injustiça é uma coisa às vezes misteriosa de produzir e nem sempre fácil de explicar.

A pior das injustiças é a que petrifica uma personagem em um bloco de gelo histórico que nunca derrete. Isso acontece quando um equívoco é tão fortemente construído que não só congela a vítima como qualquer voz que se levante em sua defesa.

Nessa moldura, a mulher mais injustiçada da nossa história é, sem dúvida, Amélia. Sim, ela mesmo, a mulher de verdade.

Essa genial criação de Mario Lago, maquiada com maestria por Ataulfo Alves, transformou-se, por força de uma leitura equivocada, no símbolo mais popular da mulher burra e submissa.

Difícil saber quem produziu esse monstruoso equívoco. Impossível continuar repetindo este absurdo.

Basta ouvir a canção, sem preconceito, para ver que Amélia é exatamente o contrário do que falam. Ela é vítima de uma campanha negativa que precisa ser destruída. Trata-se de um bom tema para ser discutido na semana do Dia Internacional da Mulher.

Quem, em sã consciência, pode encontrar na letra de "Ai, que saudades da Amélia" a descrição de uma deusa estúpida e cativa?

A canção começa com o amado ressentido, dizendo, em tom quase pungente : "Nunca vi fazer tanta exigência/ nem fazer o que você me faz/ você não sabe o que é consciência/ nem vê que eu sou um pobre rapaz".

As duas palavras-chaves (exigência e consciência) e a expressão humilde e igualitária (pobre rapaz) já insinuam o sentido verdadeiro da queixa-revelação.

Segue adiante: "Você só pensa em luxo e riqueza/ tudo que você vê você quer/ ai, meus Deus, que saudades da Amélia/ aquilo sim é que era mulher".

Peraí. Não estaria o amado a criticar, com toda a razão, a sua mulher atual, que é frívola, dependente e consumista?

Não estaria criticando, sem nenhum sotaque machista, uma mulher que poderia, hoje, "brilhar" no reality show "Mulheres Ricas"?

Como essa mulher frívola e bizarra venceu, no imaginário brasileiro, a figura solidária, carinhosa e sensual de Amélia?

Amélia "às vezes passava fome ao meu lado/ e achava bonito não ter o que comer" e "quando me via contrariado, dizia 'meu filho, o que se há de fazer?'".

O que é mais "feminista" e maravilhosamente poético? Passar fome, lutando de forma solidária e independente ao lado do amado, sendo seduzida e sedutora, sempre capaz de convidá-lo, sutilmente, para saciar no sexo a fome do estômago (é isso que está embutido no verso "o que se há de fazer?") ou, ao contrário, fazer compras com o dinheiro do marido, em vez de fazer amor, com muito gosto e prazer, com ele?

O que é mais "moderno" e mais pop? Ser naturalmente bela, sem a "menor vaidade", ou ser uma megera neurótica, opressora, perdulária e exigente?

Já está na hora de as mulheres e de os homens brasileiros recolocarem a maravilhosa Amélia no seu devido lugar: o nosso panteão de musas. Vamos erguer, hoje, um brinde a esta mulher de verdade e pedir perdão pelo que fizeram, injustamente, com sua memória.



(JOÃO SANTANA, 59, é consultor político. Foi coordenador de marketing das campanhas de Lula (2006) e Dilma (2010), entre outras. É também compositor popular)
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Terrorismo Legal

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Socorro-me da mais singela definição de terrorismo: modo de impor a vontade pelo uso sistemático do terror[i]. Nela, consubstancia-se a realidade do que há, em essência, mas que se sujeita a toda sorte de matizes que ora a esvaziam de substância, ora a preenchem com sua negação.

Internacionalmente, existe um considerável aparato normativo ocupando-se do enfrentamento do terrorismo, evidencia-se a relevância desse fenômeno neste mundo globalizado e no Direito Internacional Público. Com efeito, o Estado brasileiro tem incorporado no seu ordenamento jurídico diversos atos normativos internacionais voltados a combater práticas terroristas, dentre quais: Convenção Interamericana contra o Terrorismo; Convenção Internacional para a Supressão do Financiamento do Terrorismo; Convenção para Prevenir e Punir os Atos de Terrorismo Configurados em Delitos Contra as Pessoas e a Extorsão Conexa, Quando Tiverem eles Transcendência Internacional. Dessa normatividade se inferem os deveres do Brasil perante comunidade internacional de enfrentar o terrorismo.

Como se não bastasse, a Constituição da República cuida, explicitamente, de mandar o Brasil combater ao terrorismo, nos exatos termos: “a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelo repúdio ao terrorismo”; “a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia o terrorismo, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem”.

No entanto, apesar dos deveres assumidos internacionalmente e dos mandados constitucionais de enfrentar o terrorismo, visando à proteção de todos os povos e, sobretudo, da própria sociedade, o Brasil por seus legítimos governantes eleitos (Poderes Executivo e Legislativo) tem-se pautado, como sói, pela inércia em proporcionar o necessário e adequado arcabouço jurídico a tal desiderato. Mas, agora, quando esta “potência esportiva” acha-se na antevéspera de receber os dois mais grandiosos eventos esportivos globais, corriqueiramente alvos de práticas terroristas: a “Copa do Mundo de Futebol” (2014) e a “Olimpíada” (2016), eis que governo e parlamento lembraram-se de que precisamos de leis apropriadas a instrumentalizar a peleja contra o terrorismo.

Nessa direção, constitui-se comissão de juristas encarregada de elaborar uma proposta de reforma do Código Penal, no âmbito do qual, finalmente, pretende-se tratar da persecução criminal do terrorismo. Pelo que se compreende, até o momento, seria penalmente tipificado terrorismo: “impingir terror à população por meio de sequestros ou manutenção de terceiros em cárcere privado; toda vez que pessoa ou grupo recorrerem a explosivos, venenos, gases tóxicos ou conteúdos biológicos que ameacem pessoas ou possam causar danos. Também seria caracterizado ato terrorista sabotar ou assumir o controle de portos, aeroportos, estações de trem, de metrô ou terminais de ônibus”. Todavia, essas práticas não seriam punidas se fossem perpetrados por “movimento sociais reivindicatórios”.

Estupefato! Pelo que se pode compreender dessa proposta, se for convolada em lei, “movimentos sociais reivindicatórios” servirão de escudo para assegurar a impunidade de práticas terroristas “legais”, desde que coerentes com a ideologia política dominante. Ora, todo movimento terrorista pode também se caracterizar, a princípio, como “movimento social reivindicatório”, malgrado nem todo “movimento social reivindicatório” pratique terrorismo.

Exercício hipotético, que, de fato, não percorre a América Latina nem o Brasil: seria racional e constitucional que um “movimento social reivindicatório” de uma revolução que pudesse estabelecer uma nova ordem social, um novo modelo econômico, uma nova Constituição, para isso, impingisse terror à população por meio de sequestros ou manutenção de terceiros em cárcere privado; ou que recorresse a explosivos, venenos, gases tóxicos ou conteúdos biológicos que ameaçassem pessoas ou pudessem causar danos; ou, ainda, que sabotasse ou assumisse o controle de portos, aeroportos, estações de trem, de metrô ou terminais de ônibus? Pois, ao meu juízo, seria escancaradamente ofensivo à dignidade da sociedade brasileira, irracional e inconstitucional.

Na quadra atual da história, alguém, em sã consciência, imaginaria que se um “movimento social reivindicatório” assimilasse-se, ideologicamente, a um congênere do "tea party" norte-americano, e desenvolvesse atividades no Brasil, a fim de implantar, aqui, uma nova democracia que diminuísse o poder do Estado e fortalecesse o indivíduo, não seria, apenas por sua existência, considerado terrorista? Enquanto, paralelamente, "movimentos sociais reivindicatórios" que, mediante atos de idêntica natureza, pretendessem impor, pela revolução, “o outro mundo possível”, a supressão do indivíduo em prol de um coletivismo totalitário de ascendência cubana, não seriam apenas considerados “legais”, como também seriam mantidos com recursos públicos, a expensas de toda a sociedade?

Enfim, a tipificação do terrorismo no Código Penal brasileiro, nos termos propostos, não vai além do que atualmente se pratica em outros países da América Latina, não no Brasil: o terrorismo legal, conforme o verniz ideológico.


(Ailton Benedito - Procurador da República, é Procurador Regional dos Direitos do Cidadão no Ministério Público Federal em Goiás. Defende que a realização individual, familiar e social desses valores é capaz de construir uma verdadeira democracia política e jurídica, na qual cada homem vale pelo que é capaz de fazer de si. Fonte: benditoargumento.blogspot.com)
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quinta-feira, 29 de março de 2012

E A VELHA E SÁBIA DAMA DE FERRO TINHA RAZÃO...

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Margaret Thatcher sabia o que dizia.... 

Sabe quantos países com governo socialista restam agora em toda a União Européia?

Apenas 3: 

1. Grécia,

2. Portugal,
3. Espanha.

Os três estão endividados até o pescoço, quase arrastando todo o bloco de países para a crise. Por que será?

A esquerda não diz que o socialismo é a solução p/ o mundo?

Como bem disse Margaret Thatcher quando 1ª Ministra da Grã-Bretanha: 

"O socialismo dura até acabar o dinheiro dos outros"


A frase abaixo foi dita no ano de 1931, por Adrian Rogers;

"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade. Para cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber. O governo não pode dar para alguém aquilo que tira de outro alguém. Quando metade da população entende a idéia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.

É impossível multiplicar riqueza dividindo-a.”


EM TEMPO:

QUANDO SE TIRA O DINHEIRO DA SAÚDE, DA EDUCAÇÃO E DA SEGURANÇA PÚBLICA PARA ESTÁDIOS DE FUTEBOL, CONCLUI-SE A INSANIDADE DO GOVERNO.


VERDADES, MEU AMIGO...VERDADES!!!

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quarta-feira, 28 de março de 2012

O Rei dos Animais - Uma fábula de Millôr Fernandes

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Saiu o leão a fazer sua pesquisa estatística, para verificar se ainda era o Rei das Selvas. Os tempos tinham mudado muito, as condições do progresso alterado a psicologia e os métodos de combate das feras, as relações de respeito entre os animais já não eram as mesmas, de modo que seria bom indagar. Não que restasse ao Leão qualquer dúvida quanto à sua realeza. Mas assegurar-se é uma das constantes do espírito humano, e, por extensão, do espírito animal. Ouvir da boca dos outros a consagração do nosso valor, saber o sabido, quando ele nos é favorável, eis um prazer dos deuses. Assim o Leão encontrou o Macaco e perguntou: "Hei, você aí, macaco - quem é o rei dos animais?" O Macaco, surpreendido pelo rugir indagatório, deu um salto de pavor e, quando respondeu, já estava no mais alto galho da mais alta árvore da floresta: "Claro que é você, Leão, claro que é você!".

Satisfeito, o Leão continuou pela floresta e perguntou ao papagaio: "Currupaco, papagaio. Quem é, segundo seu conceito, o Senhor da Floresta, não é o Leão?" E como aos papagaios não é dado o dom de improvisar, mas apenas o de repetir, lá repetiu o papagaio: "Currupaco... não é o Leão? Não é o Leão? Currupaco, não é o Leão?".

Cheio de si, prosseguiu o Leão pela floresta em busca de novas afirmações de sua personalidade. Encontrou a coruja e perguntou: "Coruja, não sou eu o maioral da mata?" "Sim, és tu", disse a coruja. Mas disse de sábia, não de crente. E lá se foi o Leão, mais firme no passo, mais alto de cabeça. Encontrou o tigre. "Tigre, - disse em voz de estentor -eu sou o rei da floresta. Certo?" O tigre rugiu, hesitou, tentou não responder, mas sentiu o barulho do olhar do Leão fixo em si, e disse, rugindo contrafeito: "Sim". E rugiu ainda mais mal humorado e já arrependido, quando o leão se afastou.

Três quilômetros adiante, numa grande clareira, o Leão encontrou o elefante. Perguntou: "Elefante, quem manda na floresta, quem é Rei, Imperador, Presidente da República, dono e senhor de árvores e de seres, dentro da mata?" O elefante pegou-o pela tromba, deu três voltas com ele pelo ar, atirou-o contra o tronco de uma árvore e desapareceu floresta adentro. O Leão caiu no chão, tonto e ensangüentado, levantou-se lambendo uma das patas, e murmurou:



"Que diabo, só porque não sabia a resposta não era preciso ficar tão zangado".


M O R A L: CADA UM TIRA DOS ACONTECIMENTOS A CONCLUSÃO QUE BEM ENTENDE. 



(Millôr Fernandes)
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segunda-feira, 26 de março de 2012

Jacaré e cobra d'água

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A cada eleição fica pior: os partidos se juntam em alianças desprovidas de sentido programático, presididas exclusivamente pelo afã de conquistar tempo de televisão na propaganda eleitoral obrigatória.

Com isso instala-se um ambiente onde vale tudo. Só não vale o respeito ao direito de escolha do eleitor. Chega às urnas às tontas, privado que foi durante as campanhas do embate coerente de conteúdo. Instrumento essencial para a confrontação de propósitos, ideias e modos de agir de cada um dos partidos ou candidatos.

A consequência mais visível, e danosa, é o aumento da rejeição à política, atividade por meio da qual se exerce a democracia. Ou pelo menos deveria ser exercida tal como é entendida no conceito maior de República.

No Brasil de exotismos partidários não é assim: a sociedade acaba sendo mera espectadora de um jogo cujo roteiro original lhe reservava o papel principal.

Digam com franqueza o senhor e a senhora alheios ao ofício da militância cega se são capazes de distinguir, no mérito, as propostas que os partidos apresentam para as próximas eleições municipais ou se conseguem compreender quem é amigo ou inimigo político de quem.

Tomemos um pequeno pedaço do drama só para ilustrar: em São Paulo o PSD é parceiro do PSDB, cujo adversário principal é o PT com quem faz aliança em Salvador na oposição ao PMDB. Em Recife se alia ao PSB que em Belo Horizonte está junto com o PSDB que tenta seduzir o PT.

Uma corrente sem lógica na qual pouco importa se o aliado de ontem é o adversário de hoje ou o companheiro de amanhã.

A Justiça bem que tentou organizar o ambiente quando, em 2002, tomou por base o caráter nacional dos partidos expresso na Constituição e estabeleceu a regra da "verticalização", obrigando as alianças partidárias a seguir um critério mínimo de uniformidade nos âmbitos nacional, estadual e municipal.

Em 2006, o Congresso votou emenda constitucional para derrubar a norma e institucionalizar a balbúrdia ora em vigor.

Efeito cascata. Fato raro, a rejeição de indicações presidenciais de nomes para compor as agências reguladoras - como ocorreu com o indicado pela presidente Dilma à Agência Nacional de Transportes Terrestres há pouco mais de dez dias - não é inédita no Senado.

Lula passou por isso. Em julho de 2009 foi rejeitada a indicação de Bruno Pagnoccheschi para uma diretoria da Agência Nacional de Águas (ANA) alegadamente porque o então presidente havia reagido à criação da CPI da Petrobrás dizendo que os senadores eram "bons pizzaiolos".

Antes, em 2003, havia sido recusada a nomeação de Luiz Salomão para a Agência Nacional de Petróleo e depois, também em 2009, a de Paulo Rodrigues Vieira, para a ANA, cujo nome foi apresentado de novo e aprovado devido a um acordo de Lula com José Sarney.

Novidade, portanto, não há. A diferença é que aquelas rejeições representavam insatisfações isoladas e delas não decorreu uma crise.

Agora, a recusa do nome de Bernardo Figueiredo ocorreu concomitantemente à divulgação de um manifesto da bancada do PMDB na Câmara que explicitamente reclamava do PT e implicitamente expressava a contrariedade com o modo Dilma de se relacionar com sua base.

A intenção foi dolosa e a reação do governo deu-se no mesmo padrão. Resultado: já são 20 dias de conflitos ininterruptos a tomar tempo e a interditar a resolução de questões importantes como a Lei da Copa, o Código Florestal, a distribuição dos royalties do petróleo e a mudança de sistemática na tramitação das medidas provisórias.

Não há clima para nada. Nem para ações decorrentes do Executivo, como a formação da Comissão da Verdade e a execução da Lei de Acesso à Informação, que obriga o poder público a abrir os dados oficiais à sociedade e entra em vigor daqui a menos de dois meses.

Temas de interesse público a respeito dos quais o Congresso teria papel crucial na conjugação do verbo parlamentar.



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sábado, 24 de março de 2012

O desconforto moral

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Todos, salvo raríssimas exceções, já tivemos aquela dorzinha chata que não passa, não tem remédio ou benzedura que dê jeito, e nem sabemos exatamente do que se trata. Dói aqui e ali, mas passar, não passa. 

Um belo dia, um luminar deu nome ao indigesto incômodo, é o tal de DESCONFORTO muscular. Mas a dorzinha dá na cabeça, e no cérebro, também. No cérebro deve ser o DESCONFORTO CEREBRAL. 

Sentimos o desconforto cerebral aumentando desde que passamos a ouvir uma vozinha insinuante a sussurrar, “ESQUECE”. 

Mas esquecer o quê? 

“O passado”, respondeu a melíflua. 

Mas que passado? O da subversão, o do terrorismo, o do revanchismo? 

“Sim, e deixa de ser chato”, respondeu a donzela. 

Mas por quê? 

“Meu caro irmão”, prosseguiu a maviosa sereia, “porque agora, eles estão no poder, eles estão no governo”.

“Mas esquecer como?” 

“As feridas não estão na carne, elas estão no coração, na dignidade maculada, na injustiça, no revanchismo sem quartel, no salário miserável, na perda de soberania, no loteamento da Nação”. 

“Mas meu amigo, não olhe o retrovisor”, avisa a lânguida figura. “Não leva a nada. Esqueça o passado, viva a nova realidade, não chie, não reclame, de preferência não viva, e não perturbe os superiores”. 

Ouvindo sem cessar estes conselhos que recrudesceram atualmente, o meu DESCONFORTO CEREBRAL, e creio que o de muitos tem aumentado, significativamente. 

Ao que parece uma insinuação está sendo plantada nos corações e mentes dos desavisados, de forma a desarmar espíritos, e aceitar por cooptação de autoridades uma passividade perigosa. Particularmente, preferimos ficar com as barbas de molho. 

É preciso olhar o presente, o passado, no mais distante, e no recente, para verificarmos que estamos num ninho de cobras. 

A passividade pode atender a algumas autoridades, mas temos experiências funestas de que o que as atende significa apenas a quebra de galho, delas, que se deleitam com a abdicação da vontade livre e racional, com o silêncio e a pusilanimidade; quanto ao restante, em particular para os “agentes da repressão”, não significou nada, nem mesmo o menor apoio. 

Não consta que a Comissão da Verdade será encerrada, que não serão proibidas as comemorações de 31 de março, e que as ações revanchistas terão fim, muito pelo contrário, elas prosseguirão, nos salários, nos equipamentos sucateados, nos baixos orçamentos, etc. 

Por isso, encarecemos que as melosas vozinhas se calem, e de preferência nos esqueçam, pois muito aprendemos com o passado, que vivemos entre cobras peçonhentas, e a qualquer momento, elas darão o seu bote e, então, será muito pior, pois ao conviver com tal corja, padeceremos, eternamente de DESCONFORTO MORAL. 

Brasília, DF, 24 de março de 2012

Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca 
Azevedo Pereira


Vejam a reforma que fizeram no Congresso

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AGORA ESTÁ CERTO!!!

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Teologia Moral da Manga - Rubens Alves

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O velho caipira, com cara de amigo, que encontrei num Banco, estava esperando para ser atendido. Ele ia abrir uma conta. Começo de um novo ano... Novas perspectivas...E como não podia deixar de ser, também começou ali um daqueles papos de fila de banco. Contas, décimo terceiro que desapareceu, problemas do Brasil, tsunami... Será que vai chover?

Mas em determinado momento a conversa tomou um rumo: "- Qual é então o maior problema do Brasil para ser resolvido? "E aí o representante rural, nosso querido "Mazaropi da modernidade" falou com um tom sério demais para aquele dia:

" - O Maior Problema do Brasil é que sobra muita manga!"

Tentei entender a teoria...Fez-se um silêncio e ele continuou: " - O senhor já viu como sobra manga hoje debaixo das árvores? Já percebeu como se desperdiça manga? "Sim... Creio que todos já percebemos isto... Onde tem pé de manga, tem sobrado manga...E aí ele continuou:

" - Num país onde mendigo passa fome ao lado de um pé de manga... Isso é um absurdo! Num país que sobra manga tem pouca criança. Se tiver pouca criança as casas são vazias... Ou as crianças que tem já foram educadas para acreditar que só "ice cream" e jujuba são sobremesas gostosas. Boa é criança que come manga e deixa escorrer o caldo na roupa... É sinal que a mãe vai lavar, vai dar bronca, vai se preocupar com o filho. Se for filho tem pai...

Se tiver pai e manga de sobremesa é por que a família é pobre... Se for pobre, o pai tem que ser trabalhador... Se for trabalhador tem que ser honesto... Se for honesto, sabe conversar... Se souber conversar, os filhos vão compreender que refeição feliz tem manga que é comida de criança pobre e que brinca e sobe em árvore... Se subir em árvore, é por que tem passarinho que canta e espaço para a árvore crescer e para fazer sombra... Se tiver sombra tem um banco de madeira para o pai chegar do trabalho e descansar...

Quem descansa no banco, depois do trabalho, embaixo da árvore, na sombra, comendo manga é por que toca viola... E com certeza tá com o pé na grama... Quem pisa no chão e toca música tem casa feliz... Quem é feliz e canta com o violeiro, sabe rezar... Quem sabe rezar sabe amar... Quem ama, se dedica... Quem se dedica, ama, reza, canta e come manga, tem coração simples... Quem tem coração assim, louva a Deus.

Quem louva a Deus, não tem medo... Nada faltará porque tem fé... Se tiver fé em Deus, vê na manga a providência divina... Come a manga, faz doce, faz suco e não deixa a manga sobrar... Se não sobra manga, tá todo mundo ocupado, de barriga cheia e feliz. Quem tá feliz.... não reclama da vida em fila do banco... "

Daí fez-se um silêncio sepulcral....



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quarta-feira, 14 de março de 2012

Portal que dá acesso às fichas dos parlamentares

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PORTAL PARA CONSULTAS ÀS FICHAS DE PARLAMENTARES - AGORA SÓ VOTA ERRADO QUEM QUER 



Segue endereço de um portal criado para termos acesso a todos os dados dos parlamentares em exercício (inclusive passagens pela Justiça).

Basta clicar na cidade ou estado e fazer a busca. Se buscarem sem digitar nada, aparece uma lista com todos os políticos da zona escolhida.

Façam bom uso e compartilhem essa ferramenta, que é muito importante. É um ano de eleições e podemos fazer a diferença!...




http://www.excelencias.org.br

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terça-feira, 13 de março de 2012

História do Terrorismo no Brasil - em PDF

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Reunidos em 25 de julho de 1998, 32 anos passados das hediondas explosões do Recife, um punhado de democratas civis e militares, inconformados com a omissão das autoridades legais e indignados com a desfaçatez dos esquerdistas revanchistas, organizou o grupo “TERRORISMO NUNCA MAIS” (TERNUMA), a fim de resgatar a verdadeira história da Revolução de 1964 e, mais uma vez, opor-se a todos aqueles que ainda teimam em defender os referenciais comunistas, travestidos como se fossem democráticos.

Eu sou testemunha de que foi isso mesmo, mas vejo que 99% das pessoas - mesmo as da minha idade, o que é espantoso - sofreram como uma lavagem cerebral, um processo de amnésia seletiva, e se "esqueceram"de como as coisas se passaram realmente!

O desligamento e inversão da realidade são a base mesmo do processo gramscista. O nazista Goebbels já dizia que "uma mentira repetida muitas vezes vira verdade" - e estava certo. A frase "calomniez, calomniez, il en restera toujours quelque chose" - caluniem, caluniem, sempre vai adiantar alguma coisa - virou lema socialista.

Depois de lerem, eu tenho certeza de que vocês entenderão perfeitamente o que Antonio Gramsci entendeu - lá atrás, na prisão italiana onde morreu: que o PRINCIPAL fundamento para o estabelecimento de um regime comunista em qualquer lugar - e isto serve igualmente para OUTROS regimes desumanizadores - é destroçar a moral religiosa, porque somente SEM ELA será possível instalar a tal desumanização.

"Enquanto vigorasse a moral cristã, dizia Gramsci - o comunismo não poderia dominar "! Seria necessário PRIMEIRO destruir a moral do Cristianismo - o mais forte e mais consistente inimigo do comunismo.

Eu creio que a estratégia foi apropriada por outras ideologias além do comunismo, que igualmente precisam seguir a mesma tática, precisam liquidar com a moral cristã para implantar os seus próprios paradigmas orangos, como eu gosto de dizer, no lugar dos paradigmas cristãos.

E é só olhar à nossa volta para verificar COMO FOI que essa caterva comuna que hoje está arqui-estabelecida no poder conseguiu tamanha penetração e tamanho domínio. Não foi de ontem pra hoje: trata-se de um trabalho de décadas, e focado precisamente onde Antonio Gramsci ensinou que tinha que ser focado.

Está tudo lá. Era assim mesmo, NUNCA HOUVE nenhuma "luta pela democracia"e nem "pela liberdade"!

O que fazem hoje, dando dinheiro e pensões para quem participou daquilo, como se cada miserável daqueles fosse "um herói que lutou pela democracia" - É UM ACINTE, UM ACHINCALHE, UM ABSURDO!



Para ler na íntegra e gratuitamente, faça o DOWNLOAD: 








(Fonte: http://blogsemmascara.blogspot.com/2009/02/historia-do-terrorismo-no-brasil.html)

A farsa da abertura dos arquivos da Ditadura

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E um dia eles decidiram enfrentar por sua conta e risco


A sanha para implantarem o comunismo no Brasil, tentando transformar nosso país numa Cuba continental, fez com que alguns jovens da época decidissem enfrentar os poderes constituídos. Por sua própria vontade e risco, sem que perguntassem se a Nação concordava com sua ideologia, passaram a seqüestrar autoridades, explodir bombas matando e mutilando inocentes. Passaram por treinamento militar subversivo em muitos países comunistas. 


Acabaram presos, interrogados, mortos. Muitos se suicidaram e outros tantos foram justiçados por seus próprios companheiros, por serem considerados traidores ou pela simples vontade de abandonar a luta. Era proibido desistir e como haviam aprendido nas ditaduras que os treinaram, qualquer violência é aceita em nome “da causa”. Isso só é válido para eles, é claro!

D. Paulo Evaristo Arns, um ateu de batina, sempre usou de sua posição para acobertar os crimes destes aprendizes do terrorismo. 



Por aqui ninguém conhecia a nova modalidade importada pelos subversivos, o seqüestro, e se este hoje está implantado no crime organizado, devemos apenas a estas criaturas, hoje no poder! 

Se em 1964 os militares assumiram o país, foi porque o povo pediu, saiu às ruas, suplicou por uma reação às demandas esquerdistas que insistiam em tentar tomar o poder. Portanto, evitaram a golpeada que vinha sendo preparada naqueles anos. E se os militares brasileiros foram tão malvados quanto alardeiam, porque deixariam aqueles jovens, hoje homens e mulheres que se vangloriam por tê-los enfrentado com armas, vivos? 


Então o General Figueiredo assinou a Lei de Anistia. Em sua “ilusão”, esta lei traria a paz ao Brasil que seria a partir dali, uma democracia. 







Mas eles não desistem. Outra vez estamos à beira da implantação do comunismo, hoje travestido de socialismo, em que somos obrigados a vivenciar junto aos subversivos, toda a sua fúria e inconformismo por terem sido derrotados pelos militares e impedidos de implantar a sua ditadura esquerdista. 


O travamento do PNDH3, análises de grandes nomes dos quadros nacionais afirmando que a Lei de Anistia vale para ambos os lados, se tornou inconcebível, uma questão de honra para estes que um dia foram aqueles jovens. Chegaram ao poder, detém a caneta e mais ainda, o controle dos cofres públicos. 







Embora os militares já tenham entregue todos os documentos que possuíam à Casa Civil, ainda são acusados de deter mais papéis. O mais estranho é saber que a “Casa Civil” só disponibilizou para pesquisas aqueles documentos que incriminam os militares. Onde estarão aqueles que incriminam os grandes nomes, em sua maioria ocupando cargos no Executivo do país? Caso aparecessem, pencas de ministros teriam que dar muitas explicações à Nação, principalmente aos estudantes que já sofreram lavagem cerebral totalmente a seu favor. Apenas repetem e repetem uma ladainha que bem conhecemos. 


E agora, sob a batuta de Paulo Vannuchi, teremos de suportar uma campanha televisiva (como se não bastassem as de partidos políticos), onde prometem apresentar nomes de vulto nacional pedindo a abertura dos arquivos, levando as pessoas a acreditar que continuam sendo enganadas pelos militares. Distorcem a informação, conduzem ao erro. Manipulam o expectador desavisado, que não conhece a verdadeira história. Isso é baixo, muito baixo! 









Portanto, além dos quase 4 bilhões de reais destinados a indenizações daqueles que se apresentam como vitimas “daquela ditadura”, teremos de arcar com a conta de mais estas propagandas esparramadas por vários canais, em horário nobre. 

Lamentável! Concluo que estes senhores e senhoras não aprenderam nada com a queda do Muro de Berlim.





(Ana Prudente - Fonte: http://palaciodamariajoana.blogspot.com/2012/02/lista-dos-mortos-pelos-terroristas.html)





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domingo, 11 de março de 2012

Dilma, o “Minha Casa Minha Vida”, as mulheres e o governo de SP

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A falta de memória na imprensa, na hipótese de que não seja alinhamento político, contribui para criar o mito de que o PT é realmente um partido inovador. Vejam um caso. A presidente Dilma Rousseff anunciou, no Dia Internacional da Mulher, que, em caso de divórcio ou fim da união estável, o imóvel do programa “Minha Casa Minha Vida”, na faixa de financiamento de até três salários mínimos, fica com a mulher — exceto se o homem ficar com a guarda dos filhos.


Não se lembrou em quase lugar nenhum que essa é, por exemplo, prática adotada em São Paulo desde o governo Mário Covas e mantida nas gestões de seus sucessores. O que parece ser uma medida que só “poderia ser adotada por uma presidenta” está em prática, em São Paulo há mais de 12 anos.

Alguns leitores perguntam o que acho a respeito e se penso que isso pode ser considerado uma discriminação ilegal. Eu apóio a medida. A razão é simples. Dados objetivos de que dispõem o governo federal e o governo de São Paulo indicam que, na esmagadora maioria dos lares desfeitos, as crianças ficam com a mãe. Não é raro que o pai simplesmente dê no pé. Nesse caso, o que importa é a segurança da criança. E que se note: trata-se de dar a melhor destinação a um dinheiro que é público. Não faria sentido adotar essa prática quando os recursos são privados.

Há casos em que as mulheres é que são as irresponsáveis. É evidente que sim. Cuida-se aqui, no entanto, de saber onde está a maioria para otimizar o dinheiro público. A decisão é correta e deveria ter sido adotada pelo governo há muito mais tempo, a exemplo do que se faz em São Paulo.



(Reinaldo Azevedo - http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/dilma-o-%E2%80%9Cminha-casa-minha-vida%E2%80%9D-as-mulheres-e-o-governo-de-sp)
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Vida sexual ativa equivale a exercício aeróbico

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Que a atividade sexual ajuda a queimar calorias isso muita gente já sabe, mas, de acordo com especialistas, os benefícios do sexo vão além da perda de gordurinhas. “Dizem que mais vale uma cópula que um cooper”, lembra a médica ginecologista, Balbina Lemos.

A especialista destaca que ter uma vida sexual ativa e saudável é um dos itens para se ter qualidade de vida, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). “O sexo é uma atividade relaxante que reduz a ansiedade e consequentemente a ingestão compulsiva de comida”, ressalta.

Já foi comprovado cientificamente que uma noite de amor deixa também a pele mais bonita, além de melhorar o humor e a auto-estima, pois, libera endorfina que é conhecida como o hormônio do prazer, devido ao bem-estar que proporciona. A endorfina contribui com a melhora da circulação, oxigenando os tecidos e beneficiando o coração, a pele e os cabelos, explica a dermatologista Izilda Peres Penteado.

A transpiração, durante a cópula, ajuda a eliminar as toxinas e ajuda a equilibrar os hormônios, reduzindo acne, principalmente nos jovens.

O médico ginecologista e obstetra, presidente da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis, seção Bahia, Roberto Fontes lembra que é importante usar o preservativo para se proteger de qualquer tipo de doenças, além de uma gravidez indesejada.

Benefícios: 

*Transar é um exercício aeróbico. Em apenas 30 minutinhos de sexo é possível perder 250 calorias

* A prática do sexo ajuda a curar as depressões leves, pois faz circular a endorfina por meio do sistema sanguíneo.

* Um encontro sexual ajuda a aumentar a auto-estima, uma vez que a pessoa se sente muito desejada.

* Fazer amor relaxa a tensão que comprime os vasos sanguíneos cerebrais, por isso, alivia as dores de cabeça.

* É um ótimo remédio contra a insônia, já que com as mudanças bioquímicas que ocorrem durante o ato sexual o corpo relaxa.

* Um corpo sexualmente ativo agrega maiores quantidades de feromônios que são os hormônios da atração.

* A prática com regularidade melhora notavelmente sua saúde mental, já que o sexo permite a liberação do excesso de adrenalina.

* Ao se envolver no ato sexual, a mulher produz o dobro da quantidade de estrógenos - hormônio que mantém a pele macia e o brilho no cabelo. 

* Suar (resultado inevitável do sexo) é saudável para a pele, pois contribui para a limpeza dos poros. 

* Fazer amor ajuda a prevenir as celulites, uma vez que ativa a circulação dos fluídos linfáticos, que são os encarregados de eliminar bactérias, toxinas e outras substâncias que se acumulam especialmente nos músculos.



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Homofobia x Aceitação - Defesa de direitos esconde tentativa de higienização da sociedade

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Integrante do Conselho Federal de Psicologia (CFP), o psicólogo Celso Tondin, critica a proposta de lei que pretende mudar a resolução do CFP para permitir que psicólogos possam atuar na chamada “cura gay”. De acordo com o conselheiro, trata-se de como uma tentativa de “moralização” e de “higienização” da sociedade.

"Essa proposta é apresentada envolta em um discurso muito sedutor que é o do direito das pessoas. No entanto, esse discurso esconde uma tentativa de moralização, de higienização da sociedade. Há uma negação da diversidade humana sob uma fachada de defesa de direitos", analisou.

O conselheiro lembrou ainda que a atribuição de regulamentar o exercício da profissão de psicólogo cabe ao conselho e essa atribuição é regulamentada pela Lei 5.766, de 1971, que cria o conselho federal e os conselhos regionais de psicologia.


Ele reagiu à alegação de que a resolução restringe a atuação dos profissionais. "A gente não restringe, a gente regulamenta de acordo com o nosso código de ética, que é baseado em técnicas e conhecimentos científicos", destacou.


"Ao dizer que não é papel do conselho e, sim, do Poder Legislativo, o de criar as regras para o exercício da função, o deputado João Campos [autor da proposta] está cometendo um equívoco conveniente. Trata-se do meio que ele encontrou de veicular a idéia de que a homossexualidade é uma patologia", disse o conselheiro referindo ao parlamentar, do PSDB de Goiás.

Em nota divulgada nessa semana, o relator da proposta na Câmara dos Deputados, deputado Roberto de Lucena [PV-SP], disse que seu relatório foi mal interpretado. "A má interpretação do projeto de decreto legislativo causou desconforto e levou a discussão para a esfera religiosa, o que não é o caso. O termo ‘cura gay’, para Roberto de Lucena, foi um equívoco da matéria, utilizado de forma pejorativa, em especial por ser o autor da proposta um parlamentar de confissão evangélica, fato que demonstra mais um evidente e claro preconceito", diz o texto divulgado pela assessoria do deputado.

No entanto, para Tondin, as explicações do relator não passam de uma tentativa de "escamotear" a ideia central da proposta que é tratar a homossexualidade como uma doença. "Querem escamotear o real objetivo dessa proposta que é o de transformar a homossexualidade em uma doença. Se não achassem isso, não entrariam nessa questão dessa forma, não contestariam as resoluções do conselho de psicologia e não usariam o termo homossexualismo", diz o conselheiro.

No início da semana, o Conselho Federal de Psicologia publicou uma nota na qual afirma que "não existe oposição entre psicologia e religiosidade". "Pelo contrário, a psicologia é uma ciência que reconhece que a religiosidade e a fé estão presentes na cultura e participam na constituição da dimensão subjetiva de cada um de nós. A relação dos indivíduos com o sagrado pode ser analisada pelo psicólogo, nunca imposto por ele às pessoas com as quais trabalha", diz a nota.






(http://180graus.com/politica/defesa-de-direitos-esconde-tentativa-de-higienizacao-da-sociedade-avalia-psicologo-501863.html)
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sábado, 10 de março de 2012

"Quem age dentro da lei é babaca ou idiota"

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De tempos em tempos somos obrigados a suportar a crítica disseminada nas ruas de que não sabemos votar. Há verdade nisso. Mas há, também, uma distância abissal entre o gesto e a intenção de quem a patrocina.

Em outra direção, mas no mesmo eixo, freqüentemente somos provocados com a cantilena de que não brigamos por nossos direitos de cidadão republicano, enganosamente entoada por políticos com o jeitão de quem se julga sabedor de todas as respostas, mas que nunca lhes fora feita uma pergunta.

Intimidados diante da dureza lúcida com que situações como estas nos atingem, preferimos nos calar mais uma vez, remoendo a imortal citação de Bertolt Brecht: "...arrancam-nos a voz da garganta...".

Se o silêncio coletivo, como elemento cognitivo emocional das pessoas de bem, é um bom conselho para que fiquemos longe da truculência do sistema face aos pseudos "meios de defesa" que nos oferecem é, também, um alerta ao mesmo de que para tudo há um limite.

Uma reflexão mais profunda sobre esse comportamento aponta, na essência, para a deterioração do tecido social diante da falência múltipla das instituições de poder, e adverte para os riscos da exacerbação, dos repetidos abusos, do usufruir só para si o que é direito de todos, cuja contaminação em escala parece irreversível.

A ideia de ser ampliada a esfera de proteção da sociedade através da Lei Ficha Limpa, apostando no trabalho de setores do Judiciário como ajuda presumidamente eficiente para o aperfeiçoamento dos outros poderes, pareceu atender as melhores das intenções. No entanto, ainda que sustentada por eloquentes retóricas, a teoria não concorreu ao aprimoramento da ação.

Como em tantos outros casos, se contamos com a adesão dos nossos "nobres" parlamentares, ainda desta vez, só podemos lamentá-la como contribuição demagógica, dispensável, se não enganosa.

Como canibais servido-se com talheres, tantos são os que se utilizam exatamente das ferramentas escusas da lei que lhes estão à disposição para justificar suas atitudes absolutamente execráveis. Afinal, o que é preciso para ter-se a ficha suja?

Em um país onde ser cidadão --republicano ou não-- é sintoma de inferioridade e quem age dentro da lei é babaca ou idiota. Já passou da hora da sociedade, no seu verdadeiro formato, alvejada em cheio pelos atos dos políticos, de reagir e atuar de maneira a incomodar os responsáveis por esta pandemia virulenta de impunidade que se instalou sob a tutela das "liberdades democráticas".

Talvez devêssemos começar a atuar, adotando e estendendo à todas as instâncias do Governo. A opinião do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, que numa frase extremamente oportuna, escancarou para o mundo a mazela do país, deixando em pânico geral a curriola do governo que, ao tentar reagir, teve de atropelar inclusive alguns ordenamentos consagrados em leis infraconstitucionais.

Os tempos são outros, dirão os divergentes, podendo com toda razão acrescentar que não foram treinados em casa e nem aprenderam na escola, enterrando ainda mais o dedo na própria ferida do comportamento ético e moral, deixando para os saudosistas a inesquecível marca de uma política decente e uma sociedade saudável, alimentados com a esperança de vê-las novamente, ou pela primeira vez nas ruas.

Em contraponto àqueles, ressuscito Brecht: "ao rio que tudo arrasta diz-se que é violento, ninguém chama violentas as margens que o comprimem".




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sexta-feira, 9 de março de 2012

Imposto Importação - majoração indevida

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A fabricante Komeco obteve sentença da Justiça Federal em Santa Catarina que reduz o Imposto de Importação sobre peças para a fabricação de aparelhos de ar-condicionado do tipo “split”.

Para proteger a indústria nacional, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) elevou a alíquota de 14% para 25%. A medida, temporária, passou a valer em 1º de outubro.

Na sentença, o juiz Marcelo Krás Borges, da 1ª Vara Federal de Florianópolis, suspendeu o aumento por considerar que o governo não observou as condições estabelecidas na lei que dispõe sobre a tarifa das alfândegas (Lei nº 3.244, de 1957).

Uma delas é de que a alíquota seja alterada em, no máximo, 30%.

A lei prevê ainda que a elevação do imposto deve ter justificativa fundamentada, além de ser precedida da realização de audiência pública com as empresas do setor afetado. Para o juiz, o poder do governo de alterar a alíquota do Imposto de Importação não é ilimitado. “A União não pode utilizar conceitos genéricos e destituídos de significado, como motivação econômica de ordem global, para arbitrariamente aumentar um tributo e inviabilizar várias empresas”, diz o magistrado na decisão.

No processo, a União alega que a medida tem o objetivo de proteger a indústria nacional “diante da perda de competitividade” em relação aos importados e da “consequente redução de encomendas”. Na decisão, o juiz afirma que o governo “confessou explicitamente” que elevou as alíquotas a pedido de fabricantes instalados da Zona Franca de Manaus. “A União não pode servir de instrumento de um grupo empresarial em detrimento de outro, devendo preservar a livre concorrência e a busca do pleno emprego”, diz o magistrado. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional pode recorrer da decisão. Procurada pelo Valor, não retornou até o fechamento da edição.



(Fonte: Valor Econômico)
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Tentativa de censurar o dicionário “Houaiss” é delírio do politicamente correto

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Onde está o verbete “bom-senso”?

O dicionário Houaiss, o maior do país, está na mira da patrulha politicamente correta, que acredita lutar contra o preconceito apagando palavras e definições

Dicionário, diz o Aurélio, é o “conjunto de vocábulos duma língua ou de termos próprios duma ciência ou arte, dispostos, em geral, alfabeticamente, e com o respectivo significado”. Dicionário é o celeiro do idioma, o banco central da linguagem formado por palavras compiladas segundo um único critério, o de estarem em uso ou terem sido usadas no passado.

Censurar ou podar palavras dos dicionários é uma estupidez que se equipara à loucura de rasgar dinheiro por ser contra o capitalismo ou ao desatino de queimar florestas nativas para matar serpentes venenosas.

Pois foi exatamente isso que o procurador da República Cleber Eustáquio Neves, do Ministério Público Federal de Uberlândia, em Minas Gerais, tentou ao ajuizar uma ação civil pública pedindo a remoção das livrarias do dicionário Houaiss, o mais completo do país, com 228 500 verbetes, publicado pela editora Objetiva.

Procurador acolheu um pedido bizarro

Neves deu guarida a um pedido bizarro feito em 2009 por uma pessoa que sustentava que duas definições da palavra “cigano”, mesmo que devidamente registradas no dicionário como sendo de uso pejorativo, são ofensivas à etnia e devem ser banidas.

Enquanto isso não fosse feito e novas edições devidamente “higienizadas” do dicionário não fossem produzidas, o Houaiss deveria ser retirado das livrarias, e sua venda, proibida. O Houaiss registra que, pejorativamente, cigano é “aquele que trapaceia; velhaco, burlador” e “aquele que faz barganha, que é apegado ao dinheiro; agiota, sovina”.

Pode incorrer em preconceito quem utiliza a palavra cigano nas acepções acima, mas incorre em um desvio muito pior quem propõe censurar esses registros por seu potencial ofensivo.

Empobrecer o idioma é um dos instintos automáticos das mentes totalitárias.

No livro 1984, de George Orwell, um Ministério da Verdade se dedica justamente à supressão das palavras consideradas inadequadas pelos ditadores e à sua substituição por termos novos criados justamente para suprimir a verdade.





O "Dicionário Houaiss", alvo de censura absurda



“Assassinando a cultura brasileira”

“Quem pede a suspensão de uma obra por ela conter um termo considerado discriminatório está assassinando a cultura brasileira, que a cada dia é torpedeada por novas empreitadas da patrulha do politicamente correto”, diz o imortal Evanildo Bechara, membro da comissão de lexicógrafos — como são chamados os fazedores de dicionários — da Academia Brasileira de Letras.

Dicionários de outras editoras, como a Melhoramentos e a Globo, há dez anos suprimiram a informação de que a palavra “cigano” foi usada no passado com sentido pejorativo. Diz Breno Lerner, superintendente da Melhoramentos, responsável pelo dicionário Michaelis, que é contra a intervenção do procurador: “À medida que a sociedade se torna mais politicamente correta, cabe ao dicionário retratar isso com o maior rigor possível. É como a fotografia de uma paisagem — se a paisagem muda, é nosso dever fazer um novo retrato, com a maior exatidão”.

Nos tempos da KGB, polícia política da ditadura soviética, quando um político ou uma celebridade caía em desgraça com a liderança do Partido Comunista, sua figura era simplesmente apagada das fotografias antigas, uma flagrante falsificação da história.

A hierarquia católica, em momentos de puritanismo exacerbado, mandou cobrir as partes pudendas dos anjos e de outras figuras mostradas em majestosa nudez por mestres da pintura. Entre os censurados pelos prelados em guerra com os pelados esteve o grande Michelangelo. É saudável, portanto, reprimir a tentação de servir ao gosto presente simplesmente suprimindo e escondendo imagens, palavras ou dados que foram aceitáveis no passado a ponto de serem registrados para o desfrute das gerações vindouras.

A resistente tentação de reescrever o passado

O diretor-geral da Objetiva, que edita o Houaiss, Roberto Feith, não concorda com a tese de que a maneira de se atualizar passe pela higienização do conteúdo dos dicionários e de outras obras literárias ou culturais.

Os dicionaristas do Houaiss pretendem refletir as mudanças na paisagem mencionadas por Breno Lerner, não suprimindo dados do passado, mas acrescentando informações relevantes para o presente. No caso de “cigano”, as próximas edições vão informar que as definições ofensivas “resultam de antiga tradição europeia, pejorativa e xenófoba”.

A tentação de reescrever o passado é resistente. Há mais de dez anos, outra ação contra o Houaiss tentou apagar a definição pejorativa de judeu como “pessoa usurária, avarenta”. Sem sucesso. Em 2010, o Conselho Nacional de Educação condenou a obra de Monteiro Lobato, o maior autor infantil brasileiro, por ela dar vazão ao racismo.

Concebido para facilitar a comunicação entre pessoas que falavam línguas diferentes, o primeiro dicionário de que se tem notícia é o Elya, do século III a.C., com 2 094 palavras.

No Brasil, o pioneiro foi o do carioca Antonio de Moraes Silva, em 1789, oDiccionario da Lingua Portugueza, baseado em uma obra publicada em Portugal pelo padre inglês Rafael Bluteau.

Os dicionários costumam ser revistos por equipes de lexicógrafos a cada cinco ou dez anos, quando se montam novas edições que incluem palavras incorporadas ao idioma (exemplos no novo Houaiss: “blogosfera”, “tubaína”, “blogar”, “pitaco”, “empoderamento”).

Resume o acadêmico Bechara: “O dicionário tem a função de ser o espelho vivo da língua, o repertório da memória cultural e histórica do idioma”.


quinta-feira, 8 de março de 2012

“Salve o 8 de março!” - Dia Internacional da Mulher

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As Mulheres


“Elas brigam por aquilo que acreditam. 
Elas levantam-se para injustiça. 
Elas não levam “não” como resposta quando 
acreditam que existe melhor solução” 

 (Pablo Neruda)





Salve o 8 de março!



As palavras de Pablo Neruda em forma de poesia traduzem um sentimento universal do nosso comportamento de mulheres – daquelas que exercem as funções mais humildes às de maior responsabilidade política ou social; das que dispõem de tudo àquelas carentes de tudo.

O Dia Internacional da Mulher relembra que as mulheres dos mais diferentes rincões do mundo padecem dos mesmos preconceitos, das mesmas violências, das mesmas dificuldades em se firmar como ser humano.

O exemplo de luta das operárias norte-americanas sacrificadas no começo do século passado é relembrado em todo o mundo para nos reafirmar a disposição de luta em conquistar novos e importantes espaços na sociedade, no universo masculino que ainda domina o mundo.

No Brasil, a luta está apenas começando. Comemoramos recentemente 80 anos do direito da mulher de votar e ser votada, mesmo com inúmeras restrições que, felizmente, foram eliminadas com o correr dos anos.

Os recentes dados do Censo de 2010 do IBGE comprovam como a mulher ainda é severamente discriminada no Brasil. No trabalho, por exemplo, elas recebem 42% a menos do que os homens, exercendo as mesmas funções!

Já somos a maioria da população, 41% da População Economicamente Ativa (PEA), responsável pela sustentação de 25% das famílias brasileiras, a maioria do eleitorado brasileiro, porém ainda não conquistamos os espaços políticos compatíveis com nossa presença na sociedade.

Mulheres, no Brasil, ainda são mortas, brutalmente assassinadas como vimos na década de 90 com nossa saudosa Ceci Cunha; ou em 2012, com as duas vítimas de Queimadas, na Paraíba, atraídas por supostos “amigos” para uma festa, estupradas e mortas.

A Lei Maria da Penha é um instrumento que nos ajuda a combater a violência doméstica, é uma lei moderna, mas que infelizmente ainda não intimida os maridos, namorados, noivos e/ou companheiros, como vimos também recentemente no assassinato de uma procuradora em Minas Gerais.

Portanto, esse 8 de março de 2012 deve servir, para nós mesmas, como uma data de recomeço, de renovação de forças e de energias para continuarmos nossa luta por um mundo melhor, onde não haja qualquer tipo de discriminação e de violência contra a mulher.

Porque, como nos fala a poesia de Neruda, nós nos levantamos contras injustiças e não aceitamos um “não” quando sabemos que podemos alcançar mais.

Vamos à luta!





Thelma de Oliveira  - Fonte: https://www2.psdb.org.br/index.php/agencia-tucana/artigos-e-entrevistas/artigos/salve-o-8-de-marco-artigo-de-thelma-de-oliveira 
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