segunda-feira, 30 de novembro de 2015

APARÊNCIAS E ENGANOS

.








Por sua história pessoal e por todas as declarações, até de adversários políticos, o senador Delcídio Amaral era gente finíssima, muito querido por todos, por sua cordialidade e simpatia, sua inteligência e educação, seu espírito tolerante e conciliador. Sem acusar ou julgar ninguém, são os primeiros requisitos de um canalha profissional para ganhar a confiança de suas vítimas e poder aplicar seus golpes. Não dá para ser grosso e arrogante e pretender a simpatia e confiança necessárias para exercer sua canalhice.

Também não se deve tripudiar sobre os caídos, mas se o bom e velho Delcídio, com seu look de Vovó Donalda e todas essas qualidades, fez o que fez, imaginem o que fizeram e fazem os suspeitos de sempre, com suas caras de bandido do tipo Jader, Cunha, Renan, Collor, Sarney, Lobão, que não há plástica ou botox, nem implante ou tintura de cabelos que disfarcem, pelo contrário, os tornam ainda mais grotescos e revelam a feiura de suas almas opacas, em contraste com o brilho cafajeste de seus ternos.

Tive um tio muito querido, inteligente e cínico, que sempre dizia que o problema dos governos brasileiros é que, com raras exceções, os talentosos e competentes geralmente são desonestos, e os honestos e bem intencionados são incompetentes e acabam dando mais prejuízo do que os ladrões. Não viveu para ver os governos petistas, mas o tempo lhe deu razão.

Assim como o doce Delcídio, o banqueiro André Esteves é a própria imagem do bom moço honesto e competentíssimo, que inspirava absoluta confiança na praça, e tanto que tantos aplicavam suas economias no seu banco de investimentos e ninguém nunca perdeu dinheiro.

Deveria ter ouvido a advertência do ex-presidente uruguaio Pepe Mujica em um evento junto com Lula, que fingiu que não ouviu: “Quem gosta muito de dinheiro não deve se meter em política”. Agora, levado pela ambição e pela vaidade, está preso e humilhado, mas quem mandou se meter com politícos?

No “Retrato de Dorian Gray”, Oscar Wilde diz que “só os tolos não julgam pelas aparências.”

Há controvérsias. A Lava-Jato está questionando até Oscar Wilde.



(Nelson Motta)

domingo, 29 de novembro de 2015

VENDO CHÁCARA EM SÃO ROQUE/ SP - CONDOMÍNIO FECHADO

.






VENDO CHÁCARA EM SÃO ROQUE/ SP - CONDOMÍNIO FECHADO (MABRUK) - ACEITO PERMUTA POR IMÓVEL DE MENOR VALOR

10.000m2 de terreno
Casa principal - 350m2 - 3 suites (1 master), sala para 3 ambientes, sala íntima com lareira, escritório, lavabo, cozinha, despensa, área de serviço
Casa de hóspedes (redonda) - 150m2 - 2 suites, sala para 2 ambientes com lareira, lavabo, cozinha.
Casa de Caseiro - 2 quartos, sala, cozinha e banheiro
Piscina, 2 churrasqueiras, pomar produzindo, canil, bosque natural preservado.
Isenta de IPTU,
Distância da Rodovia Raposo Tavares km 59,5 - 4 km (1km de terra em bom estado). Distância do centro de São Roque 5km.
Estrada dos Pessegueiros (Antiga Estrada Municipal da Capela do Cepo)
Preço: R$ 660.000,00
Visitas devem ser marcadas com antecedência.


Contato: solicitar via mensagem privada (comentários)











quinta-feira, 26 de novembro de 2015

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Réquiem a um Homem de Honra.

.







Hoje estou de luto. Um luto sofrido, doído, doido e inesperado. Soube somente hoje do falecimento do meu ex-marido, no dia 31/10.

Ninguém me avisou, acreditem ou não... A maldade de certas pessoas ainda me espanta.

Eu nunca imaginei que a notícia iria doer tanto, mas é explicável...

Ele foi o melhor marido que uma mulher desejaria ou poderia ter. Sempre companheiro e cúmplice, bondoso e terno, sempre dedicado e preocupado com o bem estar da família.

Ajudou a criar meus filhos como se fossem dele, sem a menor discriminação, proporcionando sempre tudo que necessitavam, inclusive a melhor educação, nas melhores escolas.

Foi um companheiro único nas horas mais difíceis que passei na vida, como a morte de meu pai e a descoberta (e durante) a doença de minha mãe (Alzheimer) e tinha (principalmente quando eu me desesperava e me faltava paciência), ainda mais carinho e paciência com ela. Agia como um filho, fazendo com que nada lhe faltasse, principalmente carinho e atenção.

Foi a pessoa que mais me fez rir. Me ensinou a rir da vida e de mim mesma. Ríamos juntos da vida, de nós mesmos, mesmo nas épocas das maiores adversidades. Em suma: Me fez feliz durante os doze anos que estivemos juntos, como nunca havia sido antes e como nunca consegui ser depois.

Vocês devem ter vontade de perguntar: Então porque se separaram? Seguramente não foi por falta de amor ou respeito.

A resposta é que, na verdade até hoje eu não sei... a vida foi aos poucos nos afastando, as interferências familiares começaram a pesar muito e, um belo dia, sem que houvesse um motivo que justificasse a nossa separação, a nossa união acabou, simplesmente aconteceu... Sem brigas, sem raiva, sem nada que tivesse grande importância e, felizmente, ainda com muito amor e respeito de ambas as partes, o que tornou a separação ainda mais difícil e dolorosa para ambos.

Que Deus o acolha em seus braços Fernando, o companheiro mais dedicado, amoroso, amigo e cúmplice e o homem mais honesto, trabalhador, leal e confiável que conheci.

Descanse em paz.


Fernando de Carvalho e Mello (09/05/43 - 31/10/2015)


.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Por que devemos acolher os refugiados?

.


Por que devemos acolher os refugiados





Um debate sobre a globalização da fraternidade.


Muito já se falou sobre os atentados em Paris e sobre o terrorismo; é evidente que muita coisa ainda pode ser dita e haverá de ser, mas este artigo não é sobre isto. Vamos falar sobre os refugiados, pois são vítimas do terrorismo e se colocam como um “grande problema” que devemos (aprender a) lidar - coloquei “grande problema”, entre aspas, porque não quero repetir a estupidez de certo deputado que disse que os refugiados eram escórias. Não! O problema não são os refugiados, mas a forma de sociedade que construímos que não é preparada para receber pessoas diferentes.

Recentemente o filósofo Slavoj Žižek publicou um artigo chamado “In the wake of Paris attacks the left must embrace its radical western roots”

Neste artigo o Žižek trata dos ataques em Paris, do problema dos refugiados e da função da esquerda mundial nesta onda toda. Segundo ele, a questão de regras e normas precisa ser levada a sério, pois a cultura da maioria dos refugiados é incompatível com as noções de cultura que o Ocidente tem. Assim, a solução para a crise dos refugiados passa pelo problema da tolerância.

Žižek vê um problema sério aqui, porque a tolerância significa respeitar a sensibilidade de cada um. Acontece que os muçulmanos acham que é impossível suportar nossas imagens blasfemas e nosso humor imprudente - coisas que consideramos parte de nossa liberdade; da mesma forma que nós ocidentais não conseguimos suportar muitas práticas da cultura muçulmana que eles consideram parte da liberdade deles.

Resumo? O bicho sempre pega quando membros de uma comunidade religiosa considera como blasfemo ou prejudicial – ao ponto de atrair a ira de Deus - o estilo de vida de outra comunidade.

Então o Žižek dá conselhos interessantes para sabermos lidar com a vinda de refugiados:

Primeiro, o que tem que ser feito é construir um conjunto mínimo de normas, obrigatório, onde esteja inclusa a liberdade religiosa, a proteção da liberdade individual, os direitos das mulheres, etc., e tudo isto tem que ser feito sem o medo de parecer "ocidental demais".

Segundo, devemos insistir na tolerância. Na aceitação de diferentes formas de vida. Aceitar que o mundo é composto de infinitas formas de ser e viver nele.


Aceitá-los não é só trazê-los, mas dar a todos a oportunidade de um lugar digno para viver. Fácil? Não! A questão toda é que não devemos, sob o risco de estarmos perdendo a nossa humanidade se fizermos diferente, rejeitar os refugiados. Também não podemos abrir mão de nossa cultura e costumes para os receber. E por fim não podemos exigir que eles mudem o estilo de vida deles. Aliás, este erro a França cometeu quando em 2011 proibiu os mulçumanos de rezarem em público.

Estamos diante de um exercício gigantesco de tolerância - e de aceitação de que nós, com a nossa cultura, não passamos de um pequeno ponto no infinito universo. Estamos vivenciando um momento excelente para exercitamos a solidariedade que nos dá coragem para aceitar pessoas que estão sendo vítimas e, por isto, fugindo de guerras em seus países. Mas aceitar sem mudar nosso jeito de ser e sem mudar quem eles são.

Fácil? Não! Mas podemos começar pensando como Žižek:

Eu acho que nós deveríamos nos opor totalmente a esta chantagem liberal de que temos que nos entender uns aos outros. Não, o mundo é demasiado complexo, não podemos. Detesto pessoas. Não quero entender as pessoas. Quero ter um certo código em que eu não entendo o teu estilo de vida e tu não entendes o meu, mas podemos coexistir.



Por fim, mas não menos importante, não podemos esquecer da Religião. Grande parte de conflitos passam pela religião: quando não é pela luta para ver qual a religião verdadeira, é pelo sentimento religioso presente em toda paixão ideológica.

Nietzsche dizia com acerto no livro “Humano, Demasiado Humano” que:

A pressuposição de todo crente de qualquer tendência é não poder ser refutado; se os contra-argumentos se mostrarem muito fortes, sempre lhes restava ainda a possibilidade de difamar a razão e até mesmo levantar o credo quia absurdum est [creio porque é absurdo] como bandeira do extremado fanatismo. Não foi o conflito de opiniões que tornou a história tão violenta, mas o conflito da fé nas opiniões, ou seja, das convicções.

Precisamos abandonar a convicção de que estamos no continente mais evoluído, com a cultura mais evoluída e de posse de outras evoluções melhores... E também não sou muito simpático às hashtags #oremospor. Ora, quase todo ataque que qualquer Estado faz, para a aprovação da opinião pública, se reza para que “Deus esteja conosco”. Além do mais, orar por alguém traz consigo sempre a ideia de que o nosso Deus é melhor e mais protetor. Não gosto, mas estejam à vontade para orar – e de coração aberto para aceitar quem não deseja as orações

Eu compreendo que a coisa está no ponto em que o teólogo Huns Kung falou há algum tempo: "ou temos paz entre as religiões/ideologias ou não haverá paz no mundo". E precisamos aceitar, urgentemente, a ideia de que nenhuma barreira ideológica ou política pode apequenar a capacidade que nós temos de acolher qualquer tipo de pessoa, crença ou ideologia no seio de nossa comunidade.


(Wagner Francesco)

Fonte: http://wagnerfrancesco.jusbrasil.com.br/artigos/259249432/por-que-devemos-acolher-os-refugiados?utm_campaign=newsletter-daily_20151124_2336&utm_medium=email&utm_source=newsletter

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Lula fala palavrões, ataca a imprensa e diz que ela deve ignorar corrupç...

-








O pilantra anda extremamente nervoso com a possibilidade de ser preso em breve. Ele sabe que o Juiz Sergio Moro não brinca em serviço...


Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=oOtncn906mQ&list=PL4fQwwgA67zJXDhrCZQ361d1ebnILJAu5#action=share

.




Os novos escravos

.




Escravos na colheita de café, Vale do Paraíba, 1882
(Foto de Marc Ferrez/Colección Gilberto Ferrez/Acervo Instituto Moreira Salles)




A escravidão sempre foi uma das grandes tragédias da humanidade.

É inadmissível que pessoas humanas sejam encaradas como simples objetos, passíveis de serem utilizados em transações mercantis. E isto, infelizmente, aconteceu na antiguidade em toda a face da Terra e ainda existe, apesar de todos os esforços para impedir tal ignomínia. Ainda há a escravidão mascarada, em algumas regiões do mundo, inclusive no Brasil, onde seres humanos são submetidos a tal prática, sem quaisquer direitos, nas mais adversas circunstâncias, sem a devida contrapartida.

Contudo, há outras formas de escravidão de natureza indireta, na maioria das vezes nem percebida pelos que são escravizados, de fato. Se analisarmos bem a conjuntura, esta será a conclusão lógica. Os “donos do mundo” (grupos que controlam o sistema financeiro mundial e seus instrumentos como o Clube de Roma, o Diálogo Interamericano etc.) comandam os destinos da população mundial.

Como são os detentores do poder econômico, cooptam os meios de comunicação mais influentes do mundo, pautando grande parte da mídia e influenciando decisivamente grande parte da humanidade. Não por acaso elegem seus representantes (de sociedades secretas ou até ostensivas, como o Diálogo Interamericano, no caso das Américas) para os principais cargos dos Poderes Executivo e Legislativo, além de influenciar expressivamente o Judiciário.

É comum emplacar seus integrantes até na presidência da República, como foi na Argentina (Raul Alfonsín), Brasil (FHC e Lula, que entrou e saiu), Uruguai (Sanguinetti), Colômbia (Juan Santos), Chile (Michele Bachelet) etc. Até o ex-presidente do Bacen, Sr. Henrique Meirelles, bem como Marina Silva são integrante do Diálogo. Somente possuindo estas informações é que somos capazes de compreender o comportamento esquizofrênico das últimas administrações, em especial as petistas.

Na expressão econômica, a administração é inteiramente submissa aos interesses da banca internacional e nacional, com a adoção de medidas tão radicais como a taxação dos inativos e o aluguel de imensas áreas da Amazônia, tentadas, mas não concretizadas por FHC, mas realizadas pelos petistas. Nas expressões psicossocial e política adota medidas preconizadas pelo Foro de São Paulo, de perpetuação no poder, admitindo ainda a ação predatória de movimentos como o MST, MLST e outros, sem a devida instalação de instrumentos preventivos e repressivos.

As classes mais abastadas acumulam cada vez mais riquezas, em especial os bancos (como exemplo, o Banco do Brasil apresentou, nos primeiros seis meses deste ano, um lucro superior a R$8,82 bilhões, não tendo vergonha de informar que arrecada com receitas de serviços mais do que paga com despesas de pessoal, enquanto leva a CASSI à falência e usurpa recursos da PREVI), usufruindo “alegremente” das vantagens obtidas, enquanto as categorias menos favorecidas são obrigadas a entrar na informalidade, expandindo a economia informal e recebendo o “ bolsa esmola”. Os bancos particulares nunca ganharam tanto em sua “estória”.

A sempre sacrificada classe média, em extinção, acaba transformando-se em produtora dos novos escravos. Nascem, vivem e morrem dentro os rígidos limites impostos pelos detentores do poder, com raras exceções. O sistema tributário é uma vergonha. Quem ganha muito não paga, com o emprego do “planejamento tributário”, enquanto um cidadão que ganha pouco menos de três salários mínimos (SM) mensais é obrigado a pagar.

Em 2015 a carga tributária aumenta para algo em torno de 36 % do PIB. Ao mesmo tempo, os serviços públicos estão sendo deteriorados a cada dia (educação, saúde, segurança, saneamento etc.) e vão sendo progressivamente transferidos para a iniciativa privada.

Até a previdência pública vai sendo quebrada para dar espaço à previdência privada. Internamente, é apresenta a inacreditável proposta (a não ser para os usuários) da descriminalização das drogas, felizmente objeto de forte reação por parte das forças vivas da Nação.

O ensino público vai sendo brutalmente esvaziado, em especial com o sistema de cotas e outros instrumentos para o segmento privado, dando lugar a fábricas produtoras de diplomas, “formando” profissionais de baixa qualificação.

A maioria dos empregos gerados apresenta remuneração inferior a 2 SM e o desemprego, o subemprego quantitativo e qualitativo alcançam mais de 1/3 da PEA. Os cidadãos acordam todos os dias, trabalham exaustivamente, formal ou informalmente, sendo extorquidos de todos os modos, direta ou indiretamente, pelo poder público ou então pelos marginais.

Como não conseguem chegar até o fim do mês com seus parcos rendimentos, endividam-se cada vez mais, acumulando dívidas impossíveis de serem pagas. Os escravos antigos trabalhavam duramente, mas tinham pelo menos casa e comida garantida. Os novos escravos modernos também trabalham duramente e nem isto conseguem obter.

A administração petista não consegue sequer concluir com êxito um programa de implantação de contribuições compulsórias para as famílias possuidoras de empregados domésticos, submetendo-as a uma verdadeira tortura continuada. Exigem de pessoas físicas as responsabilidades de empresas. Reina o caos econômico, social e político.

Prepara-se um “acordão” para que “mal feitos” permaneçam impunes. E ainda querem impor a volta da CPMF (tributo em cascata), que representa um verdadeiro “cheque em branco” para os perdulários.

Isto não é admissível em qualquer país do mundo, ainda mais no Brasil do Século XXI.


(Marcos Coimbra, Economista e Professor, é Membro do Conselho Diretor do CEBRES, Titular da Academia Brasileira de Defesa e Autor do livro Brasil Soberano)


Artigo no Alerta Total – http://www.alertatotal.net/2015/11/os-novos-escravos.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+AlertaTotal+%28Alerta+Total%29

.

Desastre de Mariana - Rio Doce na Ponte Queimada

.









DIVULGUEM...DIVULGUEM...DIVULGUEM!!




No dia 15/11/2015, Heverton Rocha e seu pai José Rocha, estiveram na Ponte Queimada, onde verificaram a lama proveniente do rompimento da barragem de contenção de dejetos e rejeitos de minério da Samarco em Mariana 15/11/2015. Ainda desce muito lama e o odor exalado pelo manancial é muito forte.



Hoje, 15/11/2015, meu pai e eu fizemos uma visita ao Rio Doce. 

No local que fomos (Ponte Queimada) o manancial faz a divisa dos municípios de Pingo  D'água (no vídeo digo erroneamente Bom Jesus do Galho).

A cena é triste minha gente. A água do rio ainda exala um forte cheiro que não é característico do corpo d’água. 


A imprensa não está noticiando corretamente as informações. O número de mortos é muito maior do que o divulgado. E o pior (se posso falar assim), é que os elementos poluentes que hoje tomam posse do rio não estão sendo revelados pelos responsáveis pelo desastre (Samarco e VALE ex-rio doce) que, junto com o Governo Estadual e Federal escondem a verdadeira situação da população diretamente afetada pelo impacto ambiental.

À medida que o Rio Doce se dirige para o mar, vai deixando destruição e contaminação por onde passa. Os metais pesados presentes nas águas do manancial, que agora é o maior cemitério da biodiversidade lacustre da mata atlântica, irão penetrar na cadeia trófica afetando todos os seus componentes (incluindo o homo sapiens).

Na medida que as águas do rio se encontrarem com o mar, se iniciará a inclusão desses metais na cadeia trófica marinha, podendo a mesma se estender por milhares de quilômetros da costa brasileira... Do norte ao sul.

Para quem quiser saber sobre a introdução dos mais pesados na cadeia alimentar digite no Google: Desastre de Minamata.


Heverton Rocha - Engenheiro Ambiental

.

Viajar! Perder países!

.









Viajar! Perder países! 
Ser outro constantemente, 
Por a alma não ter raízes 
De viver de ver somente! 

Não pertencer nem a mim! 
Ir em frente, ir a seguir 
A ausência de ter um fim, 
E a ânsia de o conseguir! 

Viajar assim é viagem. 
Mas faço-o sem ter de meu 
Mais que o sonho da passagem. 
O resto é só terra e céu.

(Fernando Pessoa)

.

Oração do envelhecimento

.








Oração do envelhecimento

Ó Senhor, tu sabes melhor do que eu que estou envelhecendo a cada dia.. Sendo assim, Senhor, livra-me da tolice de achar que devo dizer algo, em toda e qualquer ocasião.

Livra-me, também, Senhor, deste desejo enorme que tenho de querer pôr em ordem a vida dos outros.

Ensina-me a pensar nos outros e ajudá-los, sem jamais me impor sobre eles, mesmo considerando, com modéstia, a sabedoria que acumulei e que penso ser uma lástima não passar adiante.

Tu sabes, Senhor, que desejo preservar alguns amigos e uma boa relação com os filhos, e que só se preserva os amigos e os filhos...... quando não há intromissão na vida deles...

Livra-me, também, Senhor, da tolice de querer contar tudo com detalhes e minúcias e dá-me asas no assunto para voar diretamente ao ponto que interessa.

Não me permita falar mal de ninguém.

Ensina-me a fazer silêncio sobre minhas dores e doenças. Elas estão aumentando e, com isso, a vontade de descrevê-las vai crescendo a cada dia que passa.

Não ouso pedir o dom de ouvir com alegria a descrição das doenças alheias; seria pedir demais. Mas, ensina-me, Senhor, a suportar ouvi-las com alguma paciência.

Ensina-me a maravilhosa sabedoria de saber que posso estar errado em algumas ocasiões. Já descobri que pessoas que acertam sempre são maçantes e desagradáveis.

Mas, sobretudo, Senhor, nesta prece de envelhecimento, peço: mantenha-me o mais amável possível.

Livrai-me de ser santo... É difícil conviver com santos! Mas um velho rabugento, Senhor, é obra-prima do capeta!!!!!

Me poupe!!!

Amém!

.