sexta-feira, 30 de abril de 2010

Alguém merece? Fala sério...

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PTólatras Anônimos

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A Lei da Anistia, o passado e a coerência benéfica

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Finalmente o STF julgou o pedido da OAB para uma nova interpretação da Lei de Anistia. Antes de comentar o fato, é importante ressaltar que a tortura e os crimes cometidos por ambos os lados não podem ser considerados atos corriqueiros e, muito menos, coisas da guerra como muita “gente boa” por aí cansa de falar. Mas, ao mesmo tempo, é necessário que os fatos acontecidos há mais de trinta anos – e em especial a própria Lei de Anistia – sejam julgados sob a ótica daquele momento histórico que nosso país vivia.

É muito mais importante também entender que a Lei de Anistia, em sua forma hoje questionada, foi fruto de um grande acordo em que os próprios envolvidos participaram ativamente. Tanto do lado dos militares quanto do lado dos movimentos de esquerda que combateram o regime. Também é de vital importância relembrar que a própria OAB foi a entidade que atuou como intermediária e como mola propulsora do acordo.

Portanto, pensar que houve uma imposição dos militares para exigir o perdão aos torturadores é um erro. Sob o ponto de vista do momento histórico que vivíamos; a opção pela conciliação e por assegurar que jamais haveria uma “caça as bruxas” foi o cimento fundamental para que o país retornasse a condição de uma democracia e que nosso povo retomasse o controle sobre o seu próprio jeito de ser e de pensar.

Hoje, após trinta anos e com a tomada do poder (pelas eleições é claro) dos que antes concordaram com os termos da Lei de Anistia, resolver simplesmente rasgá-la e iniciar uma caça aos culpados (que em sua maioria já morreram) é lançar o país numa condição de possível instabilidade a troco de absolutamente nada.

Qual benefício trará a nosso país a condenação dos antigos torturadores (militares e guerrilheiros) a penas pesadas e verdadeiramente fictícias apenas para que apontemos “fulano ou beltrano” como “torturadores malévolos”? Os velhos generais e coronéis, alguns ainda gozando de grande respeito e de certa influência nos quartéis, assistirão calados e impassíveis a um linchamento público de seus iguais enquanto os torturadores “do outro lado” se refestelam em mordomias nos palácios de Brasília? Qual será o preço de remexermos numa imundície que a grande maioria de nosso povo quer ver enterrada e sequer dá ao fato a devida importância?

A ação da OAB e a pressão mantida por vários integrantes do governo atual nessa questão são meramente obras do casuísmo e do oportunismo. Afinal da contas a OAB apoiou decididamente o Golpe de 64, apoiou com “força total” a elaboração da Lei de Anistia e o acordo que a originou e agora, trinta anos depois, apóia as correntes esquerdistas que desejam uma “degola” geral para saciar um desejo de vingança inoportuno e prejudicial à nação. Na verdade, a lição que se pode tirar do retrospecto da atuação da OAB nessa história toda, é que a entidade adora jogar no time que está ganhando e atuar para os holofotes; querendo mostrar-se como protagonista principal da sociedade brasileira. No entanto, para a infelicidade de inúmeros brasileiros lesados por advogados picaretas e incompetentes, a OAB não demonstra o mesmo empenho para limpar as suas fileiras.

A decisão do STF manteve o caráter de coerência e assegurou, pelo menos por enquanto, que a sanha desse pessoal por publicidade e revanchismo não contamine nosso amadurecimento como país democrático, livre de choques políticos violentos e manter a sua recusa em encampar processos casuísticos de qualquer entidade que deseja apenas posar “de boa moça”.

A verdadeira busca para apaziguar os familiares dos desaparecidos e dos mortos pela ditadura deve ser a de levantar as informações dos arquivos militares, que o governo insiste em negar, investir no mapeamento e no levantamento das áreas usadas para “desovar” os corpos e recuperar os restos mortais abandonados em todo território nacional. Isso sim; traria paz, descanso, conciliação e a tão sonhada chance das famílias despedirem-se dos seus amados perdidos há tanto tempo.

Infelizmente, essa busca não despertaria muitos holofotes, não espocaria muitos flashes, não atrairia muita publicidade para a carreira política de ninguém e ainda traria à baila revelações inconvenientes que muitos dos “guerrilheiros combatentes pela liberdade” desejam esconder – como as traições em troca de dinheiro e as delações aos militares, responsáveis por levar dezenas de “companheiros” para a prisão, tortura e morte.

E você leitor, o que pensa disso?

(A. Maximus)

(Fonte: Visão Panorâmica)

Anistia é Irreversível



Agora, em dezembro do ano que findou, dei-me conta de que completei 62 anos de formado em Direito e, naturalmente, lembrei-me dos professores que tive na Faculdade, falecidos, mas não esquecidos, dos colegas de turma e contemporâneos, de advogados, juízes e desembargadores que me honraram com sua amizade, deferência e exemplos, de servidores do foro e do Tribunal, modelos de correção e urbanidade. Contados os cinco anos do curso, mesmo sem incluir os dois do pré-jurídico, o período de Porto Alegre, ultrapassa dois terços de século. Um pedaço de tempo, se é que tempo tem pedaço.





Como visse que se cogita de revogar a lei da anistia lembrei-me também do que aprendera a respeito quando estudante. A notícia me pareceu esdrúxula. Mais ainda, quando li que a projetada revogação da lei de 1979 teria sido concebida nos altos escalões do governo federal ou quem sabe dos baixos. Sei que contou com a adesão do presidente Luiz Inácio, pelo menos com sua assinatura. E como uma lembrança puxa outra, recordei a figura do saudoso amigo e mestre José Frederico Marques que, em um de seus livros, ensina o que é corrente entre tratadistas, a anistia “é o ato legislativo em que o Estado renuncia ao direito de punir… É verdadeira revogação parcial, hic et nunc, de lei penal. Por isso é que compete ao Poder Legislativo a sua concessão. Lei penal ela o é, por conseguinte: daí não a poder revogar o Legislativo, depois de tê-la promulgado, porque o veda o art. 141 §§3º e 29º”, da Constituição de 1946, aos quais correspondem os incisos 36 e 40 do artigo 5º, da Constituição de 1988.





Se há dogmas em matéria jurídica esse é um deles. A lei penal só retroage quando benéfica ao acusado ou mesmo condenado. Daí sua irrevogabilidade. Os efeitos da lei da anistia se fizeram sentir quando a lei entrou em vigor. O próprio delito é apagado. A revogação da lei de anistia ou que outro nome venha a ter importaria em restabelecer em 2010 o que deixou de existir em 1979. Seria, no mínimo, uma lei retroativa, pela qual voltaria a ser crime o que deixara de sê-lo no século passado. O expediente articulado nos meandros do Planalto, a meu juízo, retrata o que em direito se denomina inepto. Popularmente o vocábulo pode ter um laivo depreciativo. Na terminologia jurídica, significa “não apto” a produzir o efeito almejado. Por isso, não hesito em repetir que o alvitre divulgado é inepto, irremediavelmente inepto.





Em resumo, amigos do governo, mui amigos, criaram-lhe um problema que não existia. É claro que estou a tratar assunto importante com a rapidez de um artigo de jornal. Para terminar, a anistia pode ser mais ou menos justa, mas não é a justiça seu caráter marcante. É a paz. No arco-íris social, com suas contradições, essa me parece ser a nota dominante. Não estou dizendo novidade.




À maneira de post scriptum, lembro que a oposição, ao tempo encarnada no MDB/PMDB, foi quem levantou a tese da anistia e era natural fosse ela; e desde o início falou em anistia recíproca. O setor governista não aceitava a reciprocidade, até que, algumas pessoas mais avisadas se deram conta de que, depois de período tão longo, em que tudo fora permitido, a anistia devia ser mesmo ampla, a ponto de abranger as duas partes em que o país fora dividido. Tive ocasião de dizer isso depois da anistia, quando localizada, em Petrópolis, casa onde a ignomínia da tortura fizera pouso. Ninguém contestou. Está documentado e publicado. Repito agora com a mesma tranquilidade.





(Paulo Brossard de Souza Pinto, Advogado, jurista e professor (PUCRS), foi ministro da justiça do governo Sarney e é especialista em direito constitucional. Foi ministro do STF e do TSE (que também presidiu).





O artigo de hoje foi escrito pelo jurista e ex-ministro da justiça e do STF Paulo Brossard. Ele mostra, com especial clareza e com visão de especialista, os motivos pelos quais tentar rever a lei de anistia é um ato ilegal e próprio daqueles que tem por costume desrespeitar as leis. Longe do dilema moral que isso pode representar, um país deve ser regido por sua leis e pelo respeito a elas. Se os governantes (e governos) acharem que podem modificar essa ou aquela lei ou esse ou aquele tratado de acordo com suas ideologias pessoais ou convicções políticas; o cidadão acabará imerso num mar de insegurança legislativa e poderá ver-se tolhido em seus direitos e até mesmo privado das mais simples garantias legais, pois estas serão regidas pelo prazer e pela convicção ideológica desta ou daquela corrente de políticos que governe a nação.



(A. Maximus)



(Fonte: www.visaopanoramica.com)

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Não dá mais para confiar na Time!!!

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LULA E LADY GAGA???




Lula é eleito o líder mais influente de 2010 pela "Time".

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito pela revista "Time" o líder mais influente do mundo em 2010. É a primeira vez que um brasileiro lidera essa lista. A sétima edição da lista das 100 pessoas mais influentes do mundo foi divulgada hoje pela revista. A lista da "Time" é dividida em quatro categorias: líderes, heróis, artistas e pensadores. Lula lidera o ranking dos 25 líderes mais influentes do mundo.


Lady Gaga é a artista mais influente do mundo segundo a "Time".

A cantora Lady Gaga aparece em primeiro lugar na lista dos artistas mais influentes do mundo publicada pela revista norte-americana "Time" nesta quinta-feira. Além de encabeçar a lista de artistas mais influentes, Gaga é também a número um no ranking que conta ainda com personalidades que se destacaram em outras categorias.

(Fonte: Folha Online)

Como se tratava o estupro em 1833

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Algumas coisas não deveriam mudar, não é mesmo?


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O amante

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O céu estava ficando muito lotado, então São Pedro resolveu baixar um decreto 'Para entrar no céu, a pessoa deveria ter passado por um dia terrível no dia da sua morte'.

O decreto entrou em vigor imediatamente. Então, quando a primeira pessoa chegou, São Pedro perguntou:

- Como foi seu dia, como você morreu?

- Já fazia muito tempo que eu estava desconfiando que minha mulher estava me traindo... Então, resolvi voltar para casa mais cedo e pegá-la em flagrante. Quando cheguei em meu apartamento, que fica no 25º and, minha mulher estava enrolada numa toalha, muito nervosa, e agindo de uma forma suspeita.

Comecei a procurar em todos os cantos da casa debaixo da cama, dentro do guarda- roupa, etc..Mas não encontrei ninguém. Eu já estava desistindo de procurar, quando olhei para a sacada e vi o safado pendurado no corrimão.

Transtornado, peguei a vassoura e comecei a bater na mão dele, até que ele se soltou e caiu do 25º andar. Mas por infelicidade minha, ele caiu sobre um toldo que amorteceu a queda e não morreu. Fiquei com tanta raiva que peguei o que tinha de mais pesado dentro de casa, que era a geladeira, e joguei em cima dele. Só que eu me emocionei tanto que tive um ataque do coração e morri.

- Realmente seu dia foi terrível! Disse São Pedro. Pode entrar.

Cinco minutos depois chegou o segundo candidato à entrada ao céu E São Pedro perguntou:

- Como foi seu dia, como você morreu?

- Bem, eu estava fazendo meus exercícios diários na varanda do meu apartamento no 26º andar, quando escorreguei e caí. Por sorte, consegui me segurar no corrimão do apartamento abaixo do meu (25º andar).

Já estava quase conseguindo me levantar, quando apareceu uma mulher enrolada em uma toalha e um maluco começou a bater nas minhas mãos com um cabo de vassoura, então caí.. Mas como um toldo amorteceu minha queda, não morri. E lá estava eu todo dolorido tentando me levantar, quando o mesmo maluco jogou uma geladeira em cima de mim.

São Pedro começou a rir e disse:

- Já entendi tudo. Pode entrar!

Depois de mais cinco minutos, chegou o terceiro candidato. E como de costume, São Pedro lhe perguntou:

- Como foi seu dia, como você morreu?

E o rapaz meio tonto respondeu:

- Olha, o senhor não vai acreditar...mas eu estava pelado dentro de uma geladeira, e até agora não entendi o que aconteceu...
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Mal entendido.

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terça-feira, 27 de abril de 2010

Amiga verdadeira

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MAIS QUE DE AMIZADE, UMA VERDADEIRA PROVA DE AMOR!



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segunda-feira, 26 de abril de 2010

Veja a transformação física do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso

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Esta produção exclusiva do iG mostra as transformações físicas do ex-presidente da república, Fernando Henrique Cardoso.
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Veja a transformação física do presidente Lula

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Esta produção exclusiva do iG mostra as transformações físicas do presidente da república Luis Inácio Lula da Silva.
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Ministro da Saúde recomenda sexo para combater a hipertensão

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O ministro José Gomes Temporão (Saúde) recomendou nesta segunda-feira que as pessoas façam sexo como uma das alternativas para prevenir problemas de hipertensão. A afirmação foi feita durante entrevista coletiva em que ele apresentou dados que mostram um aumento na proporção de brasileiros com a doença.

Aumenta número de brasileiros com hipertensão, segundo Ministério

Primeiro ele brincou dizendo que, além de cinco porções diárias de frutas e hortaliças, as pessoas deveriam fazer sexo cinco vezes por dia ou por semana. Ao final, recomendou: "Dancem, façam sexo, mantenham o peso, façam atividades físicas e, principalmente, meçam a pressão arterial."

De acordo com o levantamento apresentado, a proporção de brasileiros com hipertensão subiu de 21,5%, em 2006, para 24,4% no ano passado. Os dados, levantados por meio de 54 mil entrevistas feitas por telefone, consideram alta a pressão arterial igual ou superior a 14 por 9.

O Rio de Janeiro é o Estado com maior número de hipertensos (28%), seguido por São Paulo (26,5%).

Os dados mostram ainda que o aumento do número de hipertensos ocorreu em todas as faixas etárias, mas os idosos são os mais atingidos: 63,2% têm o problema. Entre a população até 34 anos, os números não passam de 14%. Já dos 35 anos aos 44 anos, a taxa é de 20,9%. Dos 45 aos 54 anos, chega a 34,5% e dos 55 aos 64 anos, totaliza 50,4%.

O estudo mostra ainda que a proporção de hipertensos é maior entre as mulheres --27,2% contra 21,2% entre os homens. Além disso, quanto menor a escolaridade, maiores são os casos diagnosticados. Entre os adultos com oito anos de escolaridade, por exemplo, o índice é de 31,5%, enquanto entre os com nove, dez ou 11 anos de estudo soma 16,8%.

A hipertensão é causada pelo aumento na contração das paredes das artérias para fazer o sangue circular pelo corpo. O movimento acaba sobrecarregando órgãos como o coração, os rins e o cérebro. Se não for tratada, a hipertensão pode provocar complicações como o entupimento de artérias, acidentes vasculares cerebrais (AVC) e infartos.


(ANGELA PINHO - Folha Online)

A promiscuidade no Governo não tem limites

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Não é piada não!!!

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domingo, 25 de abril de 2010

Polícia para quem precisa

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As greves deflagradas às vésperas de eleições por sindicatos ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) sempre apavoraram os adversários do PT.

Agora, é a vez de o partido provar esse veneno. A Federação Nacional dos Policiais Federais cobra 70% de aumento salarial para os agentes e os convocou para uma paralisação de dois dias nesta semana e de outros três em maio.

O assunto é considerado explosivo pelo comando da campanha presidencial da petista Dilma Rousseff.

O ex-ministro José Dirceu foi destacado para acalmar os tiras, que têm cartucheiras recheadas de dossiês.

(Revista Veja - Holofote - Edição 2162)


Cuidado! Ele está de volta !

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Os pais do lixo

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"O odor de suas madrugadas não era fantasia, nem era o mundo que cheirava mal devido à corrupção: era o chão de seus lares e seus sonhos apodrecendo havia anos debaixo de seus pés"

Na coluna passada, de título Os Filhos do Lixo, comentei uma reportagem em que apareciam crianças nossas catando lixo com suas mães, que, por sua vez, o tinham aprendido com suas mães e avós. A coluna foi enviada para a revista horas antes de iniciar-se a tragédia dos deslizamentos no Rio de Janeiro, em Niterói, em São Gonçalo. Niterói tornou-se emblemática. Talvez porque ali não se tratava apenas de casas e de centenas de pessoas instaladas em locais altamente perigosos – coisa sabida pelas autoridades havia anos e repetidamente informada –, mas porque ali, no chamado Morro do Bumba, o terreno era um lixão. Lixo. Nem ao menos um relativamente higiênico aterro sanitário, que, mesmo assim, só poderia ser usado como assento de moradias décadas depois. Lixo amontoado, nada mais. Podridão que o tempo foi disfarçando com terra e algumas plantas.

Hoje, falando em "pais do lixo", não me refiro aos que o produziram, mas aos que ali o deixaram, ou mandaram jogar e, em lugar de cuidar, vigiar, manter higienizado e isolado, ignoraram, permitindo que o recanto emporcalhado se cobrisse de casas, de lares. Produzir lixo é inevitável. Tratar o lixo de maneira científica, técnica e civilizada, que o torne inofensivo ao ser humano, é dever básico de qualquer autoridade. E raramente é feito com correção e eficácia. Em Niterói, gerações de prefeitos e outros foram até enfeitando a imundície: luz ali, quem sabe um caminhozinho asfaltado aqui; enfim, facilidades para os moradores do lixo – que de nada sabiam.

Todos ignoravam que o odor de suas madrugadas e noites não era fantasia, nem era o mundo que cheirava mal devido à corrupção, impunidade, desinteresse e cinismo – era o chão de seus lares e seus sonhos apodrecendo havia muitos e muitos anos debaixo de seus pés. A água que escorria ali não era algum romântico olhinho-d’água, era a exsudação desse apodrecimento, que tem o nome repulsivo de chorume. Pois no chorume viviam, caminhavam, brincavam, os moradores desse conjunto de casas. Ali havia igrejinha, pizzaria, bares. Gente. Humanidade florescia ali, aos vapores do lixo, e – repito ainda outra vez – sem saber disso.

Mas as autoridades sabiam. E nenhuma, que se saiba, fez nada de efetivo, talvez porque neste país gente no lixo não é novidade, centenas e milhares de casinholas se enfileiram entre colinas de imundície e detritos a céu aberto. Recebo a notícia de bairros inteiros de condomínios, edifícios de muitos andares, construídos sobre lixo, talvez aterro sanitário, mas sem os muitos anos devidos para que tudo se solidifique e quem sabe seres humanos possam então viver lá em cima. Resultado: paredes rachadas, assoalhos afundando, o mundo afundando. Quem reclama é apontado com o dedo: esse perturba a ordem, sopra vento na calmaria, faz espalhar o mau cheiro e a má fama, está incomodando. Fora com ele. Nós queremos continuar sendo a oitava economia do mundo, ou algo parecido. Queremos ser os bacanas.

Espero que o lixão de Niterói seja convertido, de um lado, em um monumento à dor e, de outro, em um lembrete da cruel omissão dos que deveriam cuidar do seu povo. Que os que ali tudo perderam sejam verdadeiramente orientados, amparados pelo tempo necessário. Que não se romantizem mais as favelas, onde estariam a verdadeira raça brasileira, a verdadeira música, a verdadeira comida, a verdadeira beleza: tudo isso seria bem mais saudável, feliz e bem aproveitado em condições de vida civilizadas, sem violência, sem encostas periclitantes, sem jovens e pais de família assassinados nem famílias desaparecidas. Sem tanta dor desnecessária.

Não vamos esquecer a tragédia, nós que esquecemos tão depressa. Nem vamos enfeitar a desgraça, disfarçar a omissão. Vamos ser pais de coisas positivas, mesmo produzindo lixo. Vamos nadar contra a correnteza. Vamos agir com eficiência e honradez. Vamos honrar nossos cargos públicos, nossos nomes, nossos ofícios. Vamos colocar o bem público acima do nosso bolso, da nossa cobiça, do nosso desejo de mais poder. Vamos cuidar da nossa gente. Vamos ser gente.

(Lya Luft- RevistaVeja - Edição 2162)

Liberdade de expressão

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Estas fotos fizeram parte de uma campanha publicitária realizada pela agência Ogilvy & Mather (Frankfurt, Alemanha) para a Sociedade Internacional dos Direitos Humanos. Ganharam medalha de bronze no Prêmio Clio 2009 de Nova York.









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80 anos de Sarney são uma "desgraça", diz autor de "Honoráveis Bandidos"

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Capa de "Honoráveis Bandidos"


Alvo de uma série de polêmicas e personagem principal do livro de não-ficção mais vendido pela Livraria da Folha em 2009, "Honoráveis Bandidos", da Geração Editora, o senador José Sarney comemora 80 anos neste sábado (24). Para o autor do best-seller, Palmério Dória, esse aniversário significa que "o pesadelo está longe de terminar".

"Só no Brasil o Sarney poderia ter chegado tão longe, com tantos escândalos e um filho envolvido em crimes internacionais. Em geral, 80 anos é sinônimo de sabedoria, mas no caso do Sarney simboliza o império da burrice. O que se está comemorando, se é que se pode comemorar algo, é uma desgraça", afirma Dória.

Em "Honoráveis Bandidos", o autor revela o surgimento, o enriquecimento e a tomada do poder regional pela família Sarney no Maranhão. O livro aborda também o controle do político sobre o Senado, com suas alianças e indicações, além de citar nomes e histórias de vários políticos envolvidos, direta ou indiretamente, com o senador.

Dória destaca a capacidade de sobrevivência política de Sarney, que, para ele, fatalmente o levará a se unir a futuros governos para se manter no poder. "São como vampiros viciados em grana."

Paraense, o autor foi chefe de reportagem na Rede Globo, passou pelos jornais Folha de S.Paulo, "O Estado de S.Paulo", entre outros. A família Sarney começou a chamar sua atenção quando ainda comandava o jornal "O Nacional", uma publicação de oposição ao político, criado em 1986. E aumentou com a especulação da candidatura de Roseana Sarney para a Presidência da República, em 2002.

"Foi um interesse óbvio. Estava na cara que o Sarney era um bom assunto. Antes mesmo de assumir o Senado pela terceira vez, antes das maracutaias do filho. E depois soube que ele estava planejando biografias oficiais para limpar sua vida, armando um jogo para passar para a história como o presidente da transição democrática", disse.

Na época do lançamento do livro, o senador tentou impedir sua distribuição no Maranhão, mas acabou voltando atrás depois da repercussão negativa do caso. Segundo o jornalista, apesar de não ter sido vítima de processos judiciais vindos diretamente do político, duas pessoas citadas na publicação movem ações contra ele (uma contra o livro e outra contra uma nota veiculada na revista "Caros Amigos" de um caso também citado na biografia).

Em razão disso, Dória é cauteloso para falar de sua próxima empreitada, prevista para ser finalizada em agosto. O temor é que a obra possa ser embargada antes mesmo de chegar às livrarias. "Posso adiantar que é sobre um político. Até porque, é um ano eleitoral e depois da Copa as atenções se voltarão para isso. É preciso aproveitar a oportunidade."

Dória evita revelar nome do político, alvo de próximo livro
Palmério Dória

(ADRIANA CHAVES - colaboração para a Livraria da Folha - Folha Online)

Querem por o bode a tomar conta da horta...

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TODO CUIDADO É POUCO !!!


Projeto de lei acaba com controle preventivo do TCU sobre obras suspeitas

da Agência Brasil

O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2011 acaba com o controle preventivo do Congresso Nacional de obras e serviços suspeitos de indícios de irregularidades graves, exercido pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A afirmação consta de uma análise conjunta realizada por consultores de orçamento da Câmara dos Deputados e do Senado.

"Segundo o projeto de lei, a decisão de paralisação ou não desses empreendimentos não caberá mais ao Poder Legislativo, mas ao próprio Poder Executivo, a quem caberá adotar as medidas preventivas e saneadoras julgadas pertinentes", afirmam o consultor-geral de Orçamentos, Fiscalização e Controle do Senado, Orlando de Sá Cavalcante Neto, e o diretor da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara, Wagner Primo Figueiredo Júnior.

Com isso, os técnicos advertem que a atuação do TCU será apenas "indicativa", uma vez que a identificação de obras com indícios de irregularidades graves reconhecidas pelo Congresso "não encontrará qualquer obstáculo" para a sua execução. Esta decisão, pela proposta da LDO, caberia ao gestor da obra, "a quem caberá adotar as medidas preventivas e saneadoras que julgar pertinentes", ressaltam os consultores.

O projeto de lei, em seu Artigo 95, estabelece que a paralisação de uma obra com indício grave de irregularidade só ocorrerá "após esgotadas as medidas administrativas cabíveis", dizem os técnicos. Neste aspecto, terão que ser levadas em consideração várias condicionantes.

Entre elas, os consultores destacam os impactos sociais, econômicos e ambientais decorrentes do atraso na execução; os riscos à segurança da população local; os riscos de depreciação, obsolescência e exaustão dos bens e serviços obtidos, ainda que não tenham sido concluídos; as despesas necessárias à conservação das instalações e serviços já executados; a preservação dos bens e equipamentos em estoque e do canteiro de obras; e as despesas inerentes à desmobilização e ao posterior retorno às atividades.

A nota informativa afirma que a proposta de LDO para o ano que vem não informa o conjunto de medidas tomadas para o controle de despesas correntes, especialmente gastos com diárias, passagens, locomoção e publicidade.

(Fonte: Folha Online)

Não "pegou"...

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Ou melhor falando: "Pegou" muito mal...



NOTA DE ESCLARECIMENTO

Por: Pepper Interativa | 25.04.2010

O blog Dilmanaweb lamenta profundamente a interpretação equivocada da foto que traz a atriz Norma Bengell participando de uma passeata contra a ditadura. Jamais houve a intenção de confundir a sua imagem com a de Dilma, o que seria estapafúrdio, ainda mais se tratando de uma figura pública e de uma foto histórica. O que se busca, ali, é ressaltar um momento da vida do país do qual Dilma participou ativamente. Outras fotos do blog fazem referência a esse momento em que os brasileiros foram às ruas pedir o fim da ditadura, as Diretas Já, etc. Dilma participou de todas essas lutas. Elas fazem parte de sua vida e da vida de milhões de brasileiros. Tentar desqualificar essa história com interpretações equivocadas por parte de alguns colunistas, repetimos, é profundamente lamentável.

O blog Dilmanaweb lamenta profundamente a interpretação equivocada da foto que traz a atriz Norma Bengell participando de uma passeata contra a ditadura.

Jamais houve a intenção de confundir a sua imagem com a de Dilma, o que seria estapafúrdio, ainda mais se tratando de uma figura pública. O que se busca, ali, é ressaltar um momento da vida do país do qual Dilma participou ativamente. Outras fotos do blog fazem referência a esse momento em que os brasileiros foram às ruas pedir o fim da ditadura.

Dilma participou de todas essas lutas. Elas fazem parte de sua vida e da vida de milhões de brasileiros. Lamentamos eventuais mal-entendidos que possam ter ocorrido e tomaremos providências para evitá-los.

(Pepper Interativa - www.dilmanaweb.com.br)

Obs.: Em nenhum lugar do site oficial da candidata se vê uma foto sequer de Dilma participando de qualquer atividade como as citadas (Diretas Já, etc...).
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Novo verbo... "Lular"

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VOCÊ JÁ "LULOU" HOJE?

"LULAR" É UM NOVO VERBO PARA A LÍNGUA PORTUGUESA


Segundo o professor Pasquale Cipro Neto trata-se de um neologismo, um novo vocábulo a ser acrescentado aos dicionários de português. Não chega a ser sinônimo de 'malufar', pois tem um conceito mais abrangente.


Lular: [Do analfabeto Lula]: Verbo totalmente irregular de estranha conjugação.

1. Ocultar ou encobrir com astúcia e safadeza; disfarçar com a maior cara de pau e cinismo.

2. Não dar a perceber, apesar de ululantes e genuínas evidências; calar.

3.Fingir, simular inocência angelical.

4. Usar de dissimulação; proceder com fingimento, hipocrisia.

5. Ocultar-se, esconder-se , fugir da responsabilidade.

6. Tirar o dele da reta, atingindo sempre o amigo mais próximo, sem dó nem piedade (antes ele do que eu).

7.Encobrir, disfarçar, negar sem olhar para as câmeras e nos olhos das pessoas.

8. Fraudar, iludir

9. Afirmar coisa que sabe ser contrária à verdade, acreditar que os fins justificam os meios.

10. Voar com dinheiro alheio.

11. Enriquecer de maneira espantosa e apadrinhar com dinheiro do Estado o enriquecimento de todos os cumpanhero.

12. Fisiologismo elevado ao extremo.

13. Nepotismo de oportunidade e de arrastão, em todos os sentidos e de qualquer maneira.

14. Embora neologismo, ainda não se tem noção da extensão e amplitude de sua significação.

(Autor desconhecido)
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Tudo por causa de uma rosquinha!

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Um agente americano se vê em apuros por causa de um pombo...
Um show de animação.





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Teoria das janelas partidas

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Em 1969, na Universidade de Stanford (EUA), o Prof. Phillip Zimbardo realizou uma experiência de psicologia social. Deixou duas viaturas abandonadas na via pública, duas viaturas idênticas, da mesma marca, modelo e até cor. Uma deixou em Bronx, na altura uma zona pobre e conflituosa de Nova York e a outra em Palo Alto, uma zona rica e tranquila da Califórnia.

Duas viaturas idênticas abandonadas, dois bairros com populações muito diferentes e uma equipe de especialistas em psicologia social estudando as condutas das pessoas em cada sítio.

Resultou que a viatura abandonada em
Bronx começou a ser vandalizada em poucas horas. Perdeu as rodas, o motor, os espelhos, o rádio, etc. Levaram tudo o que fosse aproveitável e aquilo que não puderam levar, destruíram. Contrariamente, a viatura abandonada em Palo Alto manteve-se intacta.

É comum atribuir à pobreza as causas de delito. Atribuição em que coincidem as posições ideológicas mais conservadoras, (da direita e esquerda). Contudo, a experiência em questão não terminou aí, quando a viatura abandonada em
Bronx já estava desfeita e a de Palo Alto estava há uma semana impecável, os investigadores partiram um vidro do automóvel de Palo Alto.

O resultado foi que se desencadeou o mesmo processo que o de
Bronx, e o roubo, a violência e o vandalismo reduziram o veículo ao mesmo estado que o do bairro pobre. Por quê o vidro partido na viatura abandonada num bairro supostamente seguro, é capaz de disparar todo um processo delituoso? Não se trata de pobreza. Evidentemente é algo que tem que ver com a psicologia humana e com as relações sociais.

Um vidro partido numa viatura abandonada transmite uma ideia de deterioração, de desinteresse, de
despreocupação que vai quebrar os códigos de convivência, como de ausência de lei, de normas, de regras, como que vale tudo. Cada novo ataque que a viatura sofre reafirma e multiplica essa ideia, até que a escalada de atos cada vez piores, se torna incontrolável, desembocando numa violência irracional.

Em experiências posteriores (James Q. Wilson e George
Kelling), desenvolveram a 'Teoria das Janelas Partidas', a mesma que de um ponto de vista criminalístico, conclui que o delito é maior nas zonas onde o descuido, a sujidade, a desordem e o maltrato são maiores.

Se se parte um vidro de uma janela de um edifício e ninguém o repara, muito rapidamente estarão partidos todos os demais. Se uma comunidade exibe sinais de deterioração e isto parece não importar a ninguém, então ali se gerará o delito.

Se se cometem 'pequenas faltas' (estacionar- se em lugar proibido, exceder o limite de velocidade ou passar-se um semáforo vermelho) e as mesmas não são sancionadas, então começam as faltas maiores e logo delitos cada vez mais graves. Se se permitem atitudes violentas como algo normal no desenvolvimento das crianças, o padrão de desenvolvimento será de maior violência quando estas pessoas forem adultas.

Se os parques e outros espaços públicos deteriorados são progressivamente abandonados pela maioria das pessoas (que deixa de sair das suas casas por temor a criminalidade) , estes mesmos espaços abandonados pelas pessoas são progressivamente ocupados pelos delinquentes.

A Teoria das Janelas Partidas foi aplicada pela primeira vez em meados da década de 80 no metro de Nova York, o qual se havia convertido no ponto mais perigoso da cidade. Começou-se por combater as pequenas
transgressões: graffitis deteriorando o lugar, sujidade das estações, ebriedade entre o público, evasões ao pagamento de passagem, pequenos roubos e desordens. Os resultados foram evidentes. Começando pelo pequeno conseguiu-se fazer do metro um lugar seguro.

Posteriormente, em 1994,
Rudolph Giuliani, prefeito de Nova York, baseado na Teoria das Janelas Partidas e na experiência do metro, impulsionou uma política de 'Tolerância Zero'.

A estratégia consistia em criar comunidades limpas e ordenadas, não permitindo
transgressões à Lei e às normas de convivência urbana. O resultado prático foi uma enorme redução de todos os índices criminais da cidade de Nova York.

A expressão 'Tolerância Zero' soa a uma espécie de solução autoritária e repressiva, mas o seu conceito principal é muito mais a prevenção e promoção de condições sociais de segurança. Não se trata de linchar o delinquente, nem da prepotência da polícia, de fato, a respeito dos abusos de autoridade deve também aplicar-se a tolerância zero.

Não é tolerância zero em relação à pessoa que comete o delito, mas tolerância zero em relação ao próprio delito.

Trata-se de criar comunidades limpas, ordenadas,
respeitosas da lei e dos códigos básicos da convivência social humana.


(Recebido por Email - Autor desconhecido)

Quem te viu e quem te vê..

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Para reavivar a memória.




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Atendedor de chamadas das avós

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"Bom dia!

No momento não estamos em casa mas, por favor depois de ouvir o sinal sonoro deixe-nos a sua mensagem:

- Se
você
é um dos nossos filhos e:

- Se precisa que fiquemos com as crianças, disque 1

- Se quer que lhe emprestemos o carro, disque 2

- Se a empregada faltou hoje, disque 3

-
Se quer que as crianças durmam aqui em casa, disque 4

- Se quer que os vamos buscar na escola, disque 5

- Se quer que preparemos um lanche para domingo, disque 6.

- Se querem vir comer aqui em casa, disque 7

- Se precisam de dinheiro, disque 8.

- Agora, se você é um dos nossos amigos pode falar!"

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Isso é sensacional !!!

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Vamos participar, pois a alma também precisa de abraços...

O Hospital Mário Penna em Belo Horizonte que cuida de doentes de câncer, lançou um projeto sensacional que se chama "DOE PALAVRAS".

Fácil, rápido e todos podem doar um pouquinho.

Você acessa o site http://www.doepalavras.com.br/, escreve uma mensagem de otimismo, curta (como twitter) e sua mensagem aparece no telão para os pacientes que estão fazendo o tratamento.

É muito linda a reação de esperança dos pacientes.

Vamos fazer uma longa corrente de amor. Participem, não apenas hoje, mas todos os dias. Dêem um pouquinho das suas palavras e de seus pensamentos.

Deus agradece, e custa tão pouco...
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Campanha de 45 anos da Rede Globo que o PT tirou do ar

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Ajude a acabar com o apagão biográfico da Dilma.

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Fotos da Dilma na luta armada existem aos montes na internet.

O que a gente não encontra, nem mesmo no blog da candidata, são fotos dela lutando pela democracia, e não pelo comunismo.

É um verdadeiro apagão biográfico de trinta anos!

Não pode ser, tem que existir algo que documente a sua vida por estes anos todos!!!

Alguém tem ou viu uma foto da Dilma nas "Diretas Já!"?

Uma foto da Dilma em uma passeata pela Anistia Ampla, Geral e Irrestrita?

Uma foto da Dilma em algum evento pela Constituinte Livre e Soberana?

Não podemos ter uma presidenta sobre a qual não sabemos absolutamente nada, a não ser da boca para fora.

Queremos fotos! Notícias de jornal! Documentos históricos!

Divulgue esta campanha e ajude a acabar com o Apagão Biográfico da Dilma.

O Brasil quer saber MAIS!


(Fonte: coturnonoturno.blogspot.com)

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O dia da criação

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I

Hoje é sábado, amanhã é domingo
A vida vem em ondas, como o mar
Os bondes andam em cima dos trilhos
E Nosso Senhor Jesus Cristo morreu na Cruz para nos salvar.

Hoje é sábado, amanhã é domingo
Não há nada como o tempo para passar
Foi muita bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo
Mas por via das dúvidas livrai-nos meu Deus de todo mal.

Hoje é sábado, amanhã é domingo
Amanhã não gosta de ver ninguém bem
Hoje é que é o dia do presente
O dia é sábado.

Impossível fugir a essa dura realidade
Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios
Todos os namorados estão de mãos entrelaçadas
Todos os maridos estão funcionando regularmente
Todas as mulheres estão atentas
Porque hoje é sábado.

II

Neste momento há um casamento
Porque hoje é sábado.
Há um divórcio e um violamento
Porque hoje é sábado.
Há um homem rico que se mata
Porque hoje é sábado.
Há um incesto e uma regata
Porque hoje é sábado.
Há um espetáculo de gala
Porque hoje é sábado.
Há uma mulher que apanha e cala
Porque hoje é sábado.
Há um renovar-se de esperanças
Porque hoje é sábado.
Há uma profunda discordância
Porque hoje é sábado.
Há um sedutor que tomba morto
Porque hoje é sábado.
Há um grande espírito de porco
Porque hoje é sábado.
Há uma mulher que vira homem
Porque hoje é sábado.
Há criancinhas que não comem
Porque hoje é sábado.
Há um piquenique de políticos
Porque hoje é sábado.
Há um grande acréscimo de sífilis
Porque hoje é sábado.
Há um ariano e uma mulata
Porque hoje é sábado.
Há uma tensão inusitada
Porque hoje é sábado.
Há adolescências seminuas
Porque hoje é sábado.
Há um vampiro pelas ruas
Porque hoje é sábado.
Há um grande aumento no consumo
Porque hoje é sábado.
Há um noivo louco de ciúmes
Porque hoje é sábado.
Há um garden-party na cadeia
Porque hoje é sábado.
Há uma impassível lua cheia
Porque hoje é sábado.
Há damas de todas as classes
Porque hoje é sábado.
Umas difíceis, outras fáceis
Porque hoje é sábado.
Há um beber e um dar sem conta
Porque hoje é sábado.
Há uma infeliz que vai de tonta
Porque hoje é sábado.
Há um padre passeando à paisana
Porque hoje é sábado.
Há um frenesi de dar banana
Porque hoje é sábado.
Há a sensação angustiante
Porque hoje é sábado.
De uma mulher dentro de um homem
Porque hoje é sábado.
Há a comemoração fantástica
Porque hoje é sábado.
Da primeira cirurgia plástica
Porque hoje é sábado.
E dando os trâmites por findos
Porque hoje é sábado.
Há a perspectiva do domingo
Porque hoje é sábado.


III


Por todas essas razões deverias ter sido riscado do Livro das Origens, ó Sexto Dia da Criação.
De fato, depois da Ouverture do Fiat e da divisão de luzes e trevas
E depois, da separação das águas, e depois, da fecundação da terra
E depois, da gênese dos peixes e das aves e dos animais da terra
Melhor fora que o Senhor das Esferas tivesse descansado.
Na verdade, o homem não era necessário
Nem tu, mulher, ser vegetal, dona do abismo, que queres como as plantas, imovelmente e nunca saciada
Tu que carregas no meio de ti o vórtice supremo da paixão.
Mal procedeu o Senhor em não descansar durante os dois últimos dias
Trinta séculos lutou a humanidade pela semana inglesa
Descansasse o Senhor e simplesmente não existiríamos
Seríamos talvez pólos infinitamente pequenos de partículas cósmicas em queda invisível na terra.
Não viveríamos da degola dos animais e da asfixia dos peixes
Não seríamos paridos em dor nem suaríamos o pão nosso de cada dia
Não sofreríamos males de amor nem desejaríamos a mulher do próximo
Não teríamos escola, serviço militar, casamento civil, imposto sobre a renda e missa de sétimo dia,
Seria a indizível beleza e harmonia do plano verde das terras e das águas em núpcias
A paz e o poder maior das plantas e dos astros em colóquio
A pureza maior do instinto dos peixes, das aves e dos animais em cópula.
Ao revés, precisamos ser lógicos, freqüentemente dogmáticos
Precisamos encarar o problema das colocações morais e estéticas
Ser sociais, cultivar hábitos, rir sem vontade e até praticar amor sem vontade
Tudo isso porque o Senhor cismou em não descansar no Sexto Dia e sim no Sétimo
E para não ficar com as vastas mãos abanando
Resolveu fazer o homem à sua imagem e semelhança
Possivelmente, isto é, muito provavelmente
Porque era sábado.


(Vinicius de Moraes - Fonte: www.viniciusdemoraes.com.br)

Não Tenha Pressa

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Não tenha medo

Não venha cedo


Não mude o enredo


Pode ser ruim


Não tenha pressa


Não tem promessa


Não dê, não peça


Não me meça assim



Só coma os frutos

Só siga um trilho

Não colha flores


Em outro jardim


Não me escravize,


Não faça brisa,

Que o vento vem...

E te leva de mim


Não conte os passos

Não cante gloria

Não corte o impulso

Da nossa história

Não venda a alma

Não perca a calma

Respeite os traumas

Dessa trajetória

Só coma os frutos

Só siga um trilho


Não colha flores


De outro jardim


Não me escravize


Não faça brisa

Que o vento vem...

E te leva de mim


(Vander Lee)

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Tomar decisões - A gente sempre sabe o que é "certo"?

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VOCÊ É BOM EM TOMAR DECISÕES?

Um grupo de crianças brinca próximo a duas vias férreas. Uma das vias ainda está em uso e a outra está desativada. Apenas uma criança brinca na via desativada, as outras na via em operação.

O trem está vindo e você está exatamente sobre aquele aparelho que pode mudar o trem de uma linha para outra. Você pode fazer o trem mudar seu curso para a pista desativada e salvar a vida da maioria das crianças, entretanto isto significa que a solitária criança que brinca na via desativada será sacrificada. Você deixaria o trem seguir seu caminho?

VOCÊ TEM QUE TOMAR UMA DECISÃO! O TREM NÃO VAI FICAR PARADO ESPERANDO POR SUA DECISÃO!

A maioria das pessoas escolherá desviar o trem e sacrificar só uma criança. Você pode ter pensado da mesma forma, eu acho.

Salvar a vida da maioria das crianças à custa de uma só é a decisão mais racional que a maioria das pessoas tomaria, moral e emotivamente.

Mas, por outro lado, você pensou que a criança que escolheu brincar na via desativada foi a única que tomou a decisão correta de brincar num lugar seguro? Não obstante, ela terá que ser sacrificada por causa de seus amigos ignorantes que escolheram brincar onde estava o perigo...

Este tipo de dilema acontece ao nosso redor todos os dias. No escritório, na comunidade, na política, e especialmente numa sociedade democrática, onde a minoria frequentemente é sacrificada pelo interesse da maioria, não importa quão tola ou ignorante a maioria seja e nem a visão de futuro e o conhecimento da minoria. Acrescente a isso o fato de que, se a via havia sido desativada, provavelmente foi porque não era considerada segura.

Se você desviar o trem para a outra via, colocará em risco a vida de todos os passageiros e em sua tentativa de salvar algumas crianças sacrificando apenas uma, você pode acabar sacrificando centenas de pessoas.

Estamos sempre com nossas vidas cheias de fortes decisões que precisam ser tomadas, mas não podemos esquecer que decisões apressadas nem sempre levam ao lugar certo. Lembre-se de que o que é correto nem sempre é popular... E o que é popular nem sempre é correto.


(Autor desconhecido)