quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Venham conhecer a cidade que adotei e me adotou - Sao Roque a Terra do Vinho

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A cidade de São Roque foi fundada por um capitão de São Paulo chamado Pedro Vaz Barros em 1657. O nome veio da devoção do fundador pelo santo. Pedro ficou encantado com a região. Logo mudou-se para lá com a família e mais 1200 índios e fundou fazendas de milho e uva.

Com o tempo, imigrantes italianos e portugueses chegaram as terras e cobriram os morros com vinhedos, fazendo de São Roque a Terra do Vinho. Em 1681, Fernão Vaz de Barros, irmão do fundador, constrói a Casa Grande e a Capela Santo Antônio, que hoje serve de pousada.

Em 1832 , São Roque foi elevada à condição de vila e, em 1864, à categoria de município. E, em 1990, devido ao seu grande potencial no cenário histórico, artístico, ecológico e cultural, foi elevada a categoria de Estância Turística. Seu amplo espaço e infra-estrutura de turismo oferecem aos visitantes um passeio inesquecível e vinhos saborosos.

Enquanto o centro de São Roque mostra toda uma infra-estrutura para receber os turistas, as redondezas têm como fazê-los se mexer. São reservas e serras lindas para se ver e conhecer. Como a Mata da Câmara, uma reserva da Mata Atlântica com 54 alqueires de mata preservada. É uma reserva ecológica reconhecida pela UNESCO repleta de mananciais e habitada por esquilos, lontras e outros animais silvestres.

Um passeio mais religioso é o do Morro do Cruzeiro, que é visitado por peregrinos e outros turistas de São Roque. No pico do morro encontra-se uma cruz e uma estátua de São Roque. Outro morro famoso é o Morro de Saboó, o ponto mais elevado de São Roque com 1000m de altura.

O topo só é atingido com caminhadas de nível médio e é uma visão privilegiada, sendo que em dias claros dá até para ver Sorocaba, a 40 km de lá. Outro passeio bem bonito é o Recanto da Cascata com um lindo jardim natural de flores e uma cascata que jorra com as águas do rio Carambeí. É, além de um belo lugar para passeios e caminhadas, o local onde ocorrem diversos eventos como a Expofloral.

Agora, quem quer uma aventura em São Roque, deve ir ao Ski Moutain Park. O turista tanto pode relaxar na lanchonete tomando chá como pode se aventurar nas pistas de ski e de mountain bike.

O centro da cidade de São Roque possui infra-estrutura para receber os turistas. Um bom passeio pelo centro faz o turista voltar no tempo.

A Antiga Estação Ferroviária, restaurada há pouco tempo, agora é a sede da Guarda Municipal, mas ainda mantém a forma antiga, sendo um museu para os visitantes. A Igreja Matriz de São Roque é a maior igreja que homenageia São Roque no Brasil. Tem linhas retas e modernas, destacando as pinturas no teto e na parede, consideradas obras de arte, assim comoo os vitrais.

Na Praça da República, todos os sábados e domingos, acontece a feira das artes, uma exposição de artesanato e de vinho, onde sempre tem uma banda se apresentando no coreto.

Nao podemos deixar de lembrar outras atracoes de Sao Roque, como a Feira de Orquideas e as maravilhosas alcachofras, que trazem tambem muitos turistas para a cidade.

Mas o que realmente atrai em São Roque é o vinho. Um passeio pelas adegas para provar cada um é o passeio mais indicado para quem quer conhecer a Terra do Vinho.

Inúmeras vinícolas, próximas à Zona urbana, muitas das quais com excelentes restaurantes, onde se pode provar massas artesanais. Em algumas adegas é possível o acesso à produção (tonéis, engarrafamento, degustação, acervo de máquinas antigas na produção do vinho).

Saiba mais sobre Sao Roque.
Acesse: http://www.saoroque.sp.gov.br/saoroque/homesite/default.asp
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Piadinha do dia...

O marido estava sentado quieto lendo seu jornal quando sua mulher, furiosa,vem da cozinha e senta-lhe a frigideira na cabeça.
Espantado, ele levanta e pergunta:
- Por que isso agora?
- Isso é pelo papelzinho que eu encontrei no bolso de sua calça com o nome Marylu e um número. ela disse...
No que ele explicou:
- Querida, lembra do dia em que fui na corrida de cavalos? Pois é... Marylu foi a égua em que eu apostei, e o número foi o quanto estavam pagando pela aposta!
Satisfeita, a mulher saiu pedindo 1001 desculpas.
Dias depois, lá estava ele novamente sentado, quando leva uma nova porrada, só que dessa vez com a panela de pressão.
Ainda mais espantado (e zonzo), ele pergunta:
- O que foi dessa vez, meu amor???
- Sua égua acabou de ligar!!! respondeu ela...

Cães interpretam sentimentos nos rostos de humanos

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Animais teriam adquirido habilidade para sondar emoções das pessoas.


Um artigo publicado hoje pela revista britânica "The Scientist" explica que, assim como os seres humanos, os cães também estudam a face de uma pessoa, começando pelo lado direito, que expressa melhor o estado emocional.

Esse fenômeno, no entanto, ocorre apenas quando estes animais observam rostos humanos. Uma hipótese sustenta que o lado direito da face expressa melhor as emoções, o que explica o fato de ser analisado antes pelos cachorros, como fazem os humanos quando vêem alguém pela primeira vez.

Uma equipe de cientistas da Universidade de Lincoln (Inglaterra) descobriu que os cachorros domesticados desenvolveram este comportamento possivelmente para captar a emoção dos rostos humanos.

Os pesquisadores, liderados por Kun Guo, estudaram os movimentos dos olhos e da cabeça de 17 cães quando lhes foram mostradas imagens de rostos de pessoas, macacos, cachorros e objetos inanimados.

Os animais olharam para a esquerda - para a metade direita do rosto - apenas quando lhes foram mostrados rostos humanos. Esta tendência se acentuou ainda mais quando a expressão facial era de aborrecimento.

Segundo os cientistas, os cães poderiam ter aprendido este comportamento para interpretar as emoções do rosto após milhares de anos de interação com os seres humanos.

No entanto, quando os cachorros viam uma imagem invertida, continuavam olhando a sua esquerda, algo que os humanos não fazem.

A equipe pesquisadora explica que o lado direito do cérebro canino, que processa a informação do campo visual esquerdo, se adapta melhor à interpretação das emoções humanas que o hemisfério direito.

(G1-Comportamento Animal)

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Elegância segundo Toulouse-Lautrec

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A ELEGÂNCIA DO COMPORTAMENTO

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.

É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.

É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto. É uma elegância desobrigada.

É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.

É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas, por exemplo. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.

É possível detectá-la em pessoas pontuais.

Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.

Oferecer flores é sempre elegante. É elegante não ficar espaçoso demais.

É elegante você fazer algo por alguém, e este alguém jamais saber o que você teve que se arrebentar para o fazer... porém, é elegante reconhecer o esforço, a amizade e as qualidades dos outros.

É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.

É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.

É elegante retribuir carinho e solidariedade.

É elegante o silêncio, diante de uma rejeição...

Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.

Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante. É elegante a gentileza.

Atitudes gentis falam mais que mil imagens... Abrir a porta para alguém é muito elegante... Dar o lugar para alguém sentar... é muito elegante... Sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma... Oferecer ajuda... é muito elegante... Olhar nos olhos, ao conversar é essencialmente elegante...

Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo. A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os desafetos é que não irão desfrutá-la.
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Flores, flores para los muertos - Gabeira

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Sempre que os fatos ganham velocidade, costumo comprar um bloco de notas. Anoto frases, idéias, intuições e deixo que se decantem com o tempo. Volto a elas, depois, para rejeitá-las ou desenvolvê-las. A primeira frase que me veio à cabeça foi a da vendedora de flores que encerra um filme.

O pequeno bloco também tem idéias. Por exemplo: comparar a ditadura com o governo Lula. Uma neutralizou o Congresso pelo medo; o outro, pelo pagamento de mesada. Ditadura e governo Lula compartilham o mesmo desprezo pela democracia, ambos violentaram a democracia reduzindo o Parlamento a uma ruína moral.

Os militares prepararam sua saída de forma organizada. Nem muito devagar para não parecer provocação nem muito rápido para não parecer que estavam com medo. Já o núcleo duro do governo Lula parece perdido, batendo cabeça, ou melhor, enfiando-a na areia, sem perceber que a polícia está chegando e, daqui a pouco, alguém vai gritar na porta do Planalto: "Se entrega, Corisco".

Quando era menino e vivia em Juiz de Fora, fazíamos rodas de capoeira, bastante rudimentares, confesso. Mas cantávamos: "A polícia vem, que vem brava/quem não tem canoa, cai n'água".

Tudo isso jorra aos borbotões na minha caderneta. Anotei: chamar alguém do "Guinness", o livro dos recordes, para saber se algum tesoureiro de qualquer partido do mundo se desloca com batedores de motocicleta e carros clones para iludir perseguidores; se algum tesoureiro partidário se desloca com jatos particulares, semanalmente; se introduz no palácio associação de empreiteiros que receberam R$ 1,1 bilhão de dívidas.

Os militares batiam, davam choques e insultavam na sessão de tortura, mas vi muitos dizendo que me respeitavam porque deixei um bom emprego para combatê-los com risco de vida. Eles viam ideais no meu corpo arrasado pelo tiro e pela cadeia.

O PT queria que eu abrisse mão exatamente da minha alma, e me tornasse um deputado obediente, votando tudo o que o Professor Luizinho nos mandava votar. Os militares jamais pediriam isso. Desde o princípio, disseram que eu era irrecuperável e limitaram-se à tortura de rotina.

Jamais imaginei que seria grato aos torturadores por não me pedirem a alma. Não sabia que dias tão cinzentos ainda viriam pela frente. Que seria liderado por um homem que achava que Maurício de Nassau era um deputado de Pernambuco. Logo eu, que sou admirador de um deputado pernambucano chamado Joaquim Nabuco.

Foram os anos mais duros de minha vida. No meu caderno anoto frases e indicações da semelhanças da luta contra a ditadura e da luta contra este governo, desde que comecei a criticá-lo, com a importação de pneus usados. As pessoas têm suas carreiras, seus empregos, sua racionalizações. É preciso respeitá-las, atravessar o deserto sem ressentimentos.

Agora, sobretudo, é preciso respeitar o sofrimento dos vencidos. Outro dia, quando me referi a um núcleo na Casa Civil como um bando de ladrões que atentava contra a democracia, uma jovem deputada do PT estremeceu. Senti que não estava ainda preparada para essas palavras cruas. E fui percebendo pelas anotações que talvez esteja aí, para o escritor, o mais rico manancial de toda essa crise. Como estão as pessoas do PT? Como se ajustam a essa nova realidade, que destino tomaram na vida?

Procuro não confundir, entre os que ainda defendem o governo, aqueles que são cínicos cúmplices e os outros que apenas obedeceram a ordens sob a forma da aplicação do centralismo democrático. Alguns defendem porque ainda não conseguiram negociar com sua própria dor. Não podem suportá-la de frente. Mas terão de fazer algum dia, porque, por mais ingênuos que sejam, já perceberam que a mãe está no telhado.

Vamos ter de encarar juntos essa realidade. A grande experiência eleitoral da esquerda latino-americana, admirada por uma Europa desiludida com Cuba e Nicarágua, a grande novidade que verteu tintas, atraiu sábios, produziu livros e seminários, vai acabar na delegacia como um triste fato policial de roubo do dinheiro público e suborno de parlamentares.

Só os que se arriscarem a ir até o fundo dessa abjeção, compreendê-la em todos os seus detalhes mórbidos, têm chances de submergir para continuar o processo histórico. Por incrível que pareça, o Brasil continua, e a vontade de mudar é mais urgente do que em 2002. Por isso proponho agora um curto e eficaz trabalho de luto.

Anotação final: começa o espetáculo da CPI, secretárias e suas agendas, ex-mulheres e suas mágoas, arapongas, tesoureiros e seus charutos, vossa excelência para cá, vossa excelência para lá, sigilos bancários, telefônicos, emocionais. Viu, Duda, que cenas finais melancólicas quando um mercador tenta aplicar à complexidade da política a singeleza do vendedor de sabonetes?
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O que une os casais afinal?

Um homem tinha longas conversas com o diabo. Cavalheiro de voz mansa, bem vestido, em nada se parece com o que dizem dele: rabo, chifres, patas de bode e cheiro de enxofre. Um dia ele ficou sabendo o motivo exato do desentendimento definitivo entre Deus e o diabo...

Esta foi a história que o Diabo contou:
- Todo mundo sabe que, no início, eu era a mão direita de Deus. Estávamos de acordo em tudo. Ele mandava, eu fazia. Foi por causa do casamento que nos separamos. Até então trabalhávamos juntos. Quando Deus disse que não era bom que o homem estivesse só, e melhor seria que ele tivesse uma mulher, eu concordei. Quando Deus disse que essa união deveria ser sem fim, até a morte, eu aplaudi. Mas aí apareceu o pomo da discórdia. Para colar o homem na mulher, Deus foi buscar uma bisnaguinha de amor. Protestei. Argumentei: "Senhor! Amor é coisa muito fraca, de duração efêmera! Quem é colado com amor logo se separa!"

E o diabo continuou explicando:
- O amor é chama tênue, fogo de palha. Não pode ser imortal. No começo, aquele entusiasmo. Mas logo se apaga. Chama de vela, fraquinha, que se vai com qualquer ventinho… Amor é bibelô de louça. Todos os amantes sabem disso, mesmo os mais apaixonados. E não é por isso que sentem ciúmes? Ciúme é a consciência dolorosa de que o objeto amado não é posse: ele pode voar a qualquer momento. Por isso o amor é doloroso, cheio de incertezas. Discreto tocar de dedos, suave encontro de olhares: coisa deliciosa, sem dúvida. E é por isso mesmo, por ser tão discreto, por ser tão suave, que o amor se recusa a segurar. Amar é ter um pássaro pousado no dedo. Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que, a qualquer momento, ele pode voar.

E continuou sua explicação:
- Como construir uma união duradoura com uma cola tão fraquinha? Por isso os casais se separam, por causa do amor, pela ilusão de outro amor. Qualquer tolo sabe que o pássaro só fica se estiver na gaiola. O amor é cola fraca para produzir um casamento duradouro porque no amor vive o maior inimigo da estabilidade: a liberdade. É preciso que o pássaro aprenda que é inútil bater as asas. Um casamento duradouro é aquele em que o homem e a mulher perderam as ilusões do amor. Foi aí que nos separamos, ele continuou. Não porque discordássemos que o casamento deveria ser eterno. É isso o que eu quero. Nos separamos porque não estávamos de acordo sobre o que é que junta um homem e uma mulher, eternamente. Deus é um romântico. Eu sou um realista.

Perplexo, o homem perguntou:
- Qual foi sua proposta? Que cola deveria ser usada?

O diabo sorriu confiante, e respondeu:
- O ódio. Enganam-se aqueles que dizem que o ódio separa. A verdade é que o ódio junta as pessoas. Como disse um jagunço do Guimarães Rosa, quem odeia o outro, leva o outro para a cama. Diferente do fogo da vela, o fogo do ódio é como um vulcão. Não se apaga nunca. Por fora parece adormecido. No fundo as chamas crepitam. A diferença entre os dois? O amor, por causa da liberdade, abre a mão e deixa o outro ir. No amor existe a permanente possibilidade de separação. Mas o ódio segura. Não tenha dúvidas. Os casamentos mais sólidos são baseados no ódio. E sabe por que o ódio não deixa ir? Porque ele não suporta a fantasia do outro, voando livre, feliz. O ódio constrói gaiolas, e ali dentro ficam os dois, moendo-se mutuamente como máquina de moer carne que gira sem parar, cada um se nutrindo da infelicidade do outro. As pessoas ficam juntas para se torturarem. Não menospreze o poder do sadismo. Ah! A suprema felicidade de fazer o outro infeliz!

Homens casados. Por que não?

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Estou cansada de ouvir minhas amigas (inclusive as que dizem que não querem casar) me condenando porque tive um caso com um homem casado. Já disse a elas que, na minha opinião, o melhor homem para uma mulher como eu e o casado, pelas seguintes razoes:

1 – Primeira e irrefutável: Não quero me casar!
2 – O homem casado e o homem mais previsível que eu conheço. Tem horários bem definidos para me ver, chega sempre na hora marcada e sai na hora prevista, me deixando com a agenda bem livre para os meus outros compromissos.
3 – Não preciso me preocupar em fazer o seu almoço, seu jantar, lavar e passar as suas roupas, manter a sua casa arrumada e nem cuidar dos seus filhos. Isso me deixa livre para cuidar dos meus problemas.
4 – Como não paga as minhas contas, faço do meu dinheiro o que quero, sem ter que prestar contas a ninguém. Posso comprar um sapato caríssimo e aquela bolsa de "grife" que custa os olhos da cara e voltar para casa feliz da vida, sem o menor peso na consciência ou ter que dar qualquer explicação.
5 – Chega sempre lindo, maravilhoso, bem humorado e com vontade de fazer sexo, porque sabe que, no dia em que as coisas não forem assim e o sexo não for mais satisfatório, provavelmente a relação vai acabar e então se esforça para me agradar (isso vale para as duas partes).
6 – Quando estamos juntos faz com que eu me sinta querida e desejável, pois esta comigo porque quer e quando quer, sem nenhum compromisso que o obrigue a isso.
7 – Posso, na hora que quiser, pegar minhas malas, colocar no carro e sair por ai, visitando filhos, amigos e amigas sem ter que perguntar a sua opinião, porque entre nos não existe nenhum outro compromisso alem do de gostarmos da companhia um do outro.
8- Posso ter amigos de ambos os sexos sem ter que dar explicações, o que também acontece com ele, porque não existe traição entre amantes. Nunca ouvi falar de alguém que tenha "traído a amante". Deixo essa preocupação junto com as demais, para a mulher dele.
9 – Tenho sempre os finais de semana livres para curtir meus amigos e amigas nos lugares de minha preferência.
10 – Assisto aos filmes românticos ou dramáticos que gosto e não os violentos, de lutas marciais e de guerra, que eu detesto.
11 – Não preciso assistir futebol.
12 – Vejo quantas novelas quiser.
13 - O controle remoto da televisão e só meu!!!
14 - A tampa da minha privada esta sempre descida.
15 - Posso dormir com creme no rosto.
16 - Almoço e janto se quiser e na hora que quiser sem ter que me segurar para não comer coisas que engordam, pois faço as comidas do meu regime, única e tão somente.
17 - Se quiser, posso passar o dia (e as vezes ate mesmo parte da noite) na Internet, no dihitt ou em outros sites que gosto muito.
18 - Acordo na hora que quero ou preciso. Se achar que ainda e muito cedo, viro para o outro lado e volto a dormir.
19 – Posso dormir com aquele pijama velho, ou com aquela camiseta velha, horrorosa (mas macia, uma delicia…) que gosto tanto.
20 - E, por ultimo, posso roncar quando durmo sem incomodar ninguém ou me incomodar com isso.

Presidente, não adianta chorar

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Faz tempo que o presidente Lula é alertado a respeito dos riscos de manter os juros altos. Apesar de seu desconforto e das pressões que fez sobre o BC (Banco Central), Lula bancou uma política monetária que combateu duramente a inflação, mas também valorizou demais o real na comparação com o dólar.

Com a crise internacional, a situação cambial se inverteu. O real perdeu valor rapidamente, e empresas que apostaram na moeda forte, agora sofrem fortes prejuízos.

"Lula está chateado, contrariado. Depois que caiu a ficha da gravidade da crise, culpa especuladores pelos problemas. Ora, há parcela de responsabilidade do governo. A política de juros altos talvez tenha sido feita além da conta. Muita gente séria apontava erro de dosagem. Agora, presidente, não adianta chorar as pitangas".

Com os juros altos, os grandes bancos preferem apostar nos títulos do governo a voltar a fornecer crédito. "O presidente reclamou com eles e ouviu respostas desanimadoras. Lula enfrenta o seu mais importante teste econômico. Se fracassar, poderá ver a alta popularidade ir pelo ralo".

(Kennedy Alencar )

terça-feira, 28 de outubro de 2008

HÁ JEITO PRA TUDO !

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Um fazendeiro levou seu caminhão à oficina.
Como não podia esperar, ele resolveu ir a pé de volta para sua fazenda.
No caminho, parou na loja de ferragens e comprou um balde e um galão de tinta.
Em seguida, entrou no armazém e comprou dois frangos e um ganso vivos.
Quando saiu do armazém, parou e ficou matutanto sobre como levar as compras para casa.
Enquanto coçava a cabeça, apareceu uma velhinha que lhe disse estar perdida e lhe perguntou:
- Pode me explicar como chegar até a Estrada das Andorinhas, 1603?
Respondeu o fazendeiro:
- Bem, minha fazenda fica próxima a esse local. Eu a levaria até lá, mas ainda não resolvi como carregar tudo isto.
A velhinha sugeriu:
- Coloque o galão de tinta dentro do balde, carregue o balde em uma das mãos, um frango sob cada braço e o ganso na outra mão.
- Muito obrigado, - disse o homem - é uma boa idéia.
A seguir, partiram os dois para o destino.
No caminho, ele disse:
- Vamos cortar caminho e pegar este atalho, pois economizaremos muito tempo.
A velhinha o olhou cautelosamente e disse:
- Eu sou uma viúva solitária e não tenho marido para me defender.Como saberei se quando estivermos no atalho você não avançará em cima de mim e levantará minha saia pra transar comigo?
O fazendeiro disse:
- Impossível. Estou carregando um balde, um galão de tinta, dois frangos e um ganso vivos. Como eu poderia fazer isso com tanta coisa nas mãos, sendo que se soltar as aves, elas fugirão?
A velhinha respondeu:
- Coloque o ganso no chão, ponha o balde invertido sobre ele, coloque o galão sobre o balde que eu seguro os frangos.
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Conheça os 74 impostos do Brasil

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Com a criação da taxa de fiscalização e controle da Previdência Complementar - TAFIC - art. 12 da MP nº 233/2004 - agora são 74 impostos e taxas no Brasil - correspondendo a 48,83% sobre o faturamento bruto das empresas.

Confira a lista de tributos que pagamos no Brasil - segundo o site da Aclame.


1 - Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante - AFRMM - Lei 10.893/2004
2 - Contribuição á Direção de Portos e Costas (DPC) - Lei 5.461/1968
3 - Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FNDCT - Lei 10.168/2000
4 - Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), também chamado "Salário Educação"
5 - Contribuição ao Funrural
6 - Contribuição ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) - Lei 2.613/1955
7 - Contribuição ao Seguro Acidente de Trabalho (SAT)
8 - Contribuição ao Serviço Brasileiro de Apoio a Pequena Empresa (Sebrae) - Lei 8.029/1990
9 - Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Comercial (SENAC) - Lei 8.621/1946
10 - Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado dos Transportes (SENAT) - Lei 8.706/1993
11 - Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (SENAI) - Lei 4.048/1942
12 - Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Rural (SENAR) - Lei 8.315/1991
13 - Contribuição ao Serviço Social da Indústria (SESI) - Lei 9.403/1946
14 - Contribuição ao Serviço Social do Comércio (SESC) - Lei 9.853/1946
15 - Contribuição ao Serviço Social do Cooperativismo (SESCOOP)
16 - Contribuição ao Serviço Social dos Transportes (SEST) - Lei 8.706/1993
17 - Contribuição Confederativa Laboral (dos empregados)
18 - Contribuição Confederativa Patronal (das empresas)
19 - Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico - CIDE Combustíveis - Lei 10.336/2001
20 - Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública - Emenda Constitucional 39/2002
21 - Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional - CONDECINE - art. 32 da Medida Provisória 2228-1/2001 e Lei 10.454/2002
22 - Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF)
23 - Contribuição Sindical Laboral (não se confunde com a Contribuição Confederativa Laboral, vide comentários sobre a Contribuição Sindical Patronal)
24 - Contribuição Sindical Patronal (não se confunde com a Contribuição Confederativa Patronal, já que a Contribuição Sindical Patronal é obrigatória, pelo artigo 578 da CLT, e a Confederativa foi instituída pelo art. 8º, inciso IV, da Constituição Federal e é obrigatória em função da assembléia do Sindicato que a instituir para seus associados, independentemente da contribuição prevista na CLT)
25 - Contribuição Social Adicional para Reposição das Perdas Inflacionárias do FGTS -Lei Complementar 110/2001
26 - Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS)
27 - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
28 - Contribuições aos Órgãos de Fiscalização Profissional (OAB, CRC, CREA, CRECI, CORE, etc.)
29 - Contribuições de Melhoria: asfalto, calçamento, esgoto, rede de água, rede de esgoto, etc.
30 - Fundo Aeroviário (FAER) - Decreto Lei 1.305/1974
31 - Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (FISTEL) - lei 5.070/1966 com novas disposições da lei 9.472/1997
32 - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)
33 - Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) - art. 6 da Lei 9998/2000
34 - Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização (Fundaf) - art.6 do Decreto-lei 1.437/1975 e art. 10 da IN SRF 180/2002.
35 - Imposto s/Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
36 - Imposto sobre a Exportação (IE)
37 - Imposto sobre a Importação (II)
38 - Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA)
39 - Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU)
40 - Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR)
41 - Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR - pessoa física e jurídica)
42 - Imposto sobre Operações de Crédito (IOF)
43 - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS)
44 - Imposto sobre Transmissão Bens Intervivos (ITBI)
45 - Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD)
46 - INSS - Autônomos e Empresários
47 - INSS - Empregados
48 - INSS - Patronal
49 - IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)
50 - Programa de Integração Social (PIS) e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP)
51 - Taxa de Autorização do Trabalho Estrangeiro
52 - Taxa de Avaliação in loco das Instituições de Educação e Cursos de Graduação - Lei 10.870/2004
53 - Taxa de Classificação, Inspeção e Fiscalização de produtos animais e vegetais ou de consumo nas atividades agropecuárias - Decreto Lei 1.899/1981
54 - Taxa de Coleta de Lixo
55 - Taxa de Combate a Incêndios
56 - Taxa de Conservação e Limpeza Pública
57 - Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental - TCFA - lei 10.165/2000
58 - Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos - lei 10.357/2001, art. 16
59 - Taxa de Emissão de Documentos (níveis municipais, estaduais e federais)
60 - Taxa de Fiscalização CVM (Comissão de Valores Mobiliários) - lei 7.940/1989
61 - Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária Lei 9.782/1999, art. 23
62 - Taxa de Fiscalização dos Produtos Controlados pelo Exército Brasileiro - TFPC - Lei 10.834/2003
63 - Taxa de Fiscalização e Controle da Previdência Complementar - TAFIC - art. 12 da MP 233/2004
64 - Taxa de Licenciamento Anual de Veículo
65 - Taxa de Licenciamento para Funcionamento e Alvará Municipal
66 - Taxa de Pesquisa Mineral DNPM - Portaria Ministerial 503/1999
67 - Taxa de Serviços Administrativos - TSA - Zona Franca de Manaus - lei 9960/2000
68 - Taxa de Serviços Metrológicos - art. 11 da lei 9933/1999
69 - Taxas ao Conselho Nacional de Petróleo (CNP)
70 - Taxas de Outorgas (Radiodifusão, Telecomunicações, Transporte Rodoviário e Ferroviário, etc.)
71 - Taxas de Saúde Suplementar - ANS - lei 9.961/2000, art. 18
72 - Taxa de Utilização do MERCANTE - Decreto 5.324/2004
73 - Taxas do Registro do Comércio (Juntas Comerciais)
74 - Taxa Processual Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE - Lei 9.718/1998
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Os olhos da Cara


Era um bate-papo com uma platéia composta de umas 250 mu­lheres de todas as raças, credos e idades. Principalmente idades. Lá peIas tantas fui ques­tionada sobre a minha e, como não me en­vergonho dela, respondi. Foi um momento ines­quecí­vel. A platéia inteira fez um 'oooohh' de descrédito. E quando eu disse que, até aqui, ainda não enfiei uma única agulha no rosto ou no corpo, foi mais emocionante ainda: 'Ooooo­ooooooooooohhhhhh!' Aí­ fiquei pensando: 'Pô, estou neste auditório há quase uma hora exi­bindo minha incrí­vel e sensacional inteligência, e a única coisa que provocou uma reação calorosa da mulherada foi o fato de eu não aparentar a idade que tenho. Onde é que nós estamos?'

Onde não sei, mas estamos correndo atrás de algo caquético chamado 'juventude eterna'. Estão todos em busca da reversão do tempo, e com sucesso: quanto mais ele passa, mais moços ficamos ok, acho ótimo, porque de­crepitude também não é meu sonho de con­sumo, mas cirurgias estéticas não dão conta desse assunto sozinhas.

Há um outro truque que faz com que continuemos a ser chamadas de senhoritas mesmo em idade avançada. A fonte da juventude chama-se mudança.

Eu sei disso, você sabe, e a escritora Betty Milan. também, tanto que enfatizou essa frase em seu mais recente livro, 'Quando Paris cintila'. De fato, quem é escravo da repetição está con­denado a virar cadáver antes da hora. A única maneira de ser idoso sem envelhecer é não se opor a novos comportamentos, é ter dispo­sição para guinadas. É assim que se morre jovem, sem precisar ter o mesmo destino de um James Dean ou de uma Marilyn Monroe. Eu pretendo morrer jovem aos 120 anos.

Mudança, o que vem a ser tal coisa?

Minha mãe recentemente mudou do apar­tamento enorme em que morou a vida toda para um bem menorzinho. Teve que vender e doar mais da metade dos móveis e tranqueiras, que havia guardado e, mesmo tendo feito isso com certa dor, ao conquistar uma vida mais compacta e simplificada, rejuvenesceu. Uma amiga casada há 38 anos cansou das galinhagens do marido e o mandou passear, sem temer ficar sozinha aos 65 anos de idade. Rejuvenesceu. Uma outra cansou da pauleira urbana e trocou um baita emprego em Porto Alegre por um não tão bom, só que em Florianópolis, onde ela vai à praia sempre que tem sol. Rejuvenesceu.

Toda mudança cobra um alto preço emo­cional. Antes de se tomar uma decisão difí­cil, e durante a tomada, chora-se muito, os ques­tionamentos são inúmeros, a vida se deses­tabiliza. Mas então chega o depois, a coisa feita, e aí­ a recompensa fica escancarada na face.

Mudanças fazem milagres por nossos olhos, e é no olhar que se percebe a tal juventude eterna. Um olhar opaco pode ser puxado e repuxado por um cirurgião a ponto de as rugas sumirem, só que continuará opaco porque não existe plástica que resgate seu brilho. Quem dá brilho ao olhar é a vida que a gente optou por levar. Um olhar iluminado, vivo e sagaz impede que a pessoa envelheça. Olhe-se no espelho. Você tem um olhar de quem estaria disposta a cometer loucuras? Tem que ter.

E aí­ pode abrir o jogo, contar a verdade: tenho 39, 46, 57, 78 anos! Ooooooohhhhhhh. Uma guria.

(Martha Medeiros)

Prostitutas

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No dia em que as mulheres dominarem o mundo

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Pessoas que votam

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Um sujeito comprou uma geladeira nova e pra se livrar da velha, colocou-a em frente à casa com o aviso: "De graça. Se quiser, pode levar". A geladeira ficou três dias, sem receber um olhar dos passantes. Ele chegou à conclusão que as pessoas não acreditavam na oferta. Parecia bom demais pra ser verdade, e ele mudou o aviso: "Geladeira à venda por R$ 50,00". No dia seguinte, ela tinha sido roubada!

Cuidado! Esse tipo de gente vota!

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Olhando uma casa para alugar, meu irmão perguntou à corretora de imóveis de que lado era o Norte, porque não queria que o sol o acordasse todas as manhãs. A corretora perguntou: "O sol nasce no norte?" Quando meu irmão explicou que o sol nasce no Leste (aliás, há um bom tempo isso acontece) ela disse: "Eu não me mantenho atualizada a respeito desse tipo de coisa ".

Ela também vota!

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Antigamente, eu trabalhava em suporte técnico num centro de atendimento a clientes em Manaus. Um dia, recebi um telefonema de um sujeito que perguntou em que horário o centro de atendimento estava aberto. Eu disse a ele: "O número que o senhor discou está disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana." Ele perguntou: "Pelo horário de Brasília ou pelo horário de Manaus?" Pra acabar logo com o assunto, respondi: "Horário de Manaus."

Ele vota!

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Meu colega e eu estávamos almoçando no restaurante self-service da empresa, quando ouvimos um dos assistentes administrativos falando a respeito das queimaduras de sol que ele havia tido, ao ir de carro ao litoral. Estava num conversível, por isso, "não pensou que ficaria queimado, pois o carro estava em movimento."

Ele também vota!

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Meu cunhado tem uma ferramenta salva-vidas no carro, projetada para cortar o cinto de segurança, se ele ficar preso nele. Ele guarda a ferramenta no porta-malas!

Meu cunhado também vota!

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Meus amigos e eu fomos comprar cerveja para uma festa e notamos que os engradados tinham desconto de 10%. Como era uma festa grande, compramos 2 engradados. O caixa multiplicou 10% por 2 e nos deu um desconto de 20%.

Ele também vota!

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Saí com uma amiga e vimos uma mulher com um aro no nariz, atrelado a um brinco, por meio de uma corrente. Minha amiga disse: "Será que a corrente não dá um puxão a cada vez que ela vira a cabeça?" Expliquei que o nariz e a orelha de uma pessoa permanecem à mesma distância, independente de a pessoa virar a cabeça ou não.

Minha amiga também vota!

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Eu não conseguia achar minhas malas na área de bagagens do aeroporto. Fui, então, até o setor de bagagem extraviada e disse à mulher que minhas malas não tinham aparecido. Ela sorriu e me disse para não me preocupar, porque ela era uma profissional treinada e eu estava em boas mãos. "Apenas me informe... o seu avião já chegou?"

Ela também vota!

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Esperando ser atendido numa pizzaria observei um homem pedindo uma pizza para viagem. Ele estava sozinho e o pizzaiolo perguntou se ele preferia que a pizza fosse cortada em 4 pedaços ou em 6. Ele pensou algum tempo, antes de responder: "Corte em 4 pedaços; acho que não estou com fome suficiente para comer 6 pedaços."

Isso mesmo, ele também vota!
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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Suflê de frutas vermelhas

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Uma sobremesa elegante, para ficar mais gostosa acrescente uma colher de geléia da fruta no fundo, pode fazer só de morango ou misturar frutas vermelhas que encontrar.

INGREDIENTES
77 ml de leite
1 gema
16 g de açúcar
10 g de amido de milho
62 g de framboesa ou morango
1 clara

MODO DE FAZER
Misture o açúcar, o amido de milho e a gema numa tijela.
Numa panela, coloque o leite e aqueça em fogo médio.Quando levantar fervura, despeje o leite na mistura da tijela e mexa.
Volte para panela e mexa sem parar, até engrossar.Quando esfriar, ponha os morangos ou framboesas partidos e misture.
Bata as claras em neve e incorpore à massa.
Unte os recipientes com manteiga e coloque a mistura do suflê.

Asse em forno médio (180ºC) até ficarem dourados.

O divórcio, os medos e o começar de novo


Ana Leandro recebeu vários testemunhos no seu blog Diário de uma divorciada. Com base na sua experiência pessoal e no que ficou a conhecer escreveu para o PortugalDiário sobre o tema


O divórcio, para mim, não significou o rasgar da folha da vida a meio, mas antes um virar de páginas onde, todos os dias, novas folhas em branco me vão surgindo e onde vou registando as minhas emoções, descobertas e reflexões; partilhando dificuldades, alegrias e experiências. Em suma, onde vou desbravando caminho numa sociedade onde o divórcio é ainda um assunto tabu. Para além de uma terapia, o «Diário de uma divorciada» é igualmente um ponto de encontro com os meus colegas de estado civil que muito me vão ensinando também.
Tradicionalmente, nós, as mulheres, sempre fomos preparadas para o casamento e, muito embora essa preparação seja, actualmente, completamente desadequada e até um pouco machista, a verdade é que houve uma preparação, ao passo que o «The End» para os nossos educadores começava (e começa) no dia em que se colocava um pé no altar. Para o divórcio nunca houve preparação nem preparativos. Enquanto o casamento é motivo de festa, o divórcio é encarado socialmente como um acontecimento triste e lamentável (será!?).
Os caminhos do Divórcio
Os motivos que conduzem ao divórcio estão intimamente ligados às razões que levam ao casamento. Casar, embora possa não parecer, ainda é o que era. Salvo raras excepções, quando uma pessoa decide «dar o nó» acredita convictamente no «até-que-a-morte-os-separe» e o seu objectivo principal, no que concerne àquela união, continua a ser a busca da felicidade. A questão é que a felicidade é um conceito por demais relativo e abstracto que, quando aplicado ao matrimónio, traduz, frequentemente, expectativas irrealistas.
Os primeiros sinais de desencanto surgem com as incompatibilidades de carácter que a convivência diária vai revelando e acentuando; quando há um desequilíbrio na divisão das tarefas (um motivo de peso e relativamente recente, que há duas ou três décadas não faria muito sentido e que tem vindo a ganhar terreno) ou quando a rotina vai minando todo o espaço da vida do casal. O dinheiro, ou a falta dele, é também um factor de grande tensão. Tudo somado, gera-se um desconforto que vai abrindo caminho a um gradual afastamento de, pelo menos, um dos membros do casal. Os verdadeiros problemas começam quando a falta de diálogo ou as discussões constantes são a principal característica da união.
Apesar do cenário desfavorável, muitos casais continuam a coabitar, quer pelos filhos, por motivos económicos ou quer por pura dependência emocional. A não ser que o ambiente seja francamente insuportável, o lar, símbolo da união familiar, lá vai resistindo a ventos e tempestades até ao dia em que a estrutura acaba por ceder.
Muitas vezes a separação é decidida unilateralmente, não deixando por isso de ser uma situação difícil tanto para que parte como para quem fica. O fim de um casamento provoca em nós um sentimento de perda semelhante à morte de um familiar ou de alguém que nos é querido.
Os primeiros tempos do pós-divórcio são sempre bastante dolorosos mas com maturidade e um acompanhamento adequado, a sensação de pesar acaba por ser ultrapassada. Por norma, é assim que sucede. Porém, após um divórcio, é também frequente uma das partes reclamar para si o papel de vítima, tornando o processo em tudo complicado tanto para si como para as restantes partes envolvidas. Quando o sentimento de perda é associado à rejeição, uma pessoa com mau perder investe todas as suas atitudes numa espécie de esquema de vingança, chegando ao ponto de voltar a casar só para não se sentir por baixo ou a usar os próprios filhos, quando os há, como arma de retaliação.
Contrariando muitas ideias feitas, é possível uma criança ter um desenvolvimento feliz e harmonioso sem ter os dois progenitores a dormir na mesma cama. O papel de divorciado(a) não é, de todo, incompatível com o papel de pai ou mãe (ou pelo menos,não deveria ser). Não obstante, os tribunais estão a abarrotar de processos desencadeados por pais pseudo-heróis a lutar pelos seus filhos, enquanto os mesmos vão crescendo com a sensação de culpa por serem um motivo de discórdia.
Uma criança não precisa que os pais se matem no ringue por sua causa, um pai ou uma mãe só tem uma coisa que provar a um filho: é provar que o amam incondicionalmente e que estará sempre a seu lado para o apoiar e proteger, independentemente das circunstâncias. É lamentável ver os interesses de alguns pais serem colocados acima do interesse dos próprios filhos menores, mas acontece.
Começar de novo
Depois de uma separação, recomeçar a vida ao lado de outrém nem sempre é tarefa simples. Das duas, uma: ou se cai nos braços da primeira pessoa que nos oferece apoio ou tem que se esperar um bom período de tempo até que se resolva eleger um novo par.
Encontrar um novo alguém para partilhar os dias é um pouco como procurar um lugar no estacionamento de um hipermercado: passamos por lugares vagos, mas como são distantes da porta de entrada principal, acabamos por andar às voltas, a ver se temos a sorte de arranjar um mais próximo. Por vezes, acabamos mesmo por desistir e irmo-nos embora, o que é errado, porque afinal, se fomos até ali é porque tínhamos necessidade de ali ir. Ninguém deve desistir do seu lugar no estacionamento. Por vezes demora-se um pouco, mas um divórcio não deve ser motivo para se desistir do amor.
É vulgar passar-se por uma fase em que se salta de romance em romance que acabam por nunca dar certo porque, depois de um divórcio, uma pessoa torna-se bastante mais exigente ou bastante mais apreensiva e o simples acto de tentar pode ser desgastante e é por isso que muitos se rendem à solidão.
A solidão é uma falsa amiga porque vicia e, de orgulhosamente só a orgulhosamente arrogante vai uma distância muito curta, por isso, cuidado!
Ideal, ideal, seria a pessoa manter-se uns tempos a sós para digerir bem a tentativa abortada, aproveitar para aprofundar o auto-conhecimento e investir em projectos noutras áreas que a pudessem instigar a seguir em frente, mas sem nunca, mas nunca, fechar a porta à possibilidade de um novo amor. Contudo, o essencial é que saibamos fazermo-nos respeitar pelas nossas opções e não alimentar preconceitos respeitantes ao estado civil. Afinal, o mundo não acaba por causa de um divórcio e a nossa vida também não.
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domingo, 26 de outubro de 2008

A São Borja de Lula

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A cidade de São Bernardo — onde o PT havia conseguido eleger o prefeito uma única vez, e o eleito, Maurício Soares, deixou o partido dois anos depois — fez a eleição mais cara do Brasil. Não! Esperem: o voto por habitante é o mais caro caso se considerem os gastos milionários do PT. E tanto investimento acabou sendo, vá lá, compensador para os petistas. O ex-sindicalista e ex-ministro Luiz Marinho foi eleito com 58,18% dos votos, contra 41,82% de Orlando Morando, do PSDB. A máquina federal atuou de forma tão avassaladora na cidade, que o desempenho do tucano pode ser considerado quase heróico. Lula simplesmente não admitia a hipótese de perder a eleição na cidade, e todo o esforço da campanha — que foi gerenciada pela CUT, não pelo PT local — foi feito para eleger Marinho no primeiro turno.

Por que tanta preocupação com São Bernardo? A cidade será, simbolicamente, o retiro de Lula a partir de 2011. Se ele conseguir fazer o seu sucessor, estará, volta e meia, por ali como um oráculo, para dar os conselhos a seus “filhos”. Se não conseguir, pretende fazer da cidade a sua São Borja, de onde ameaçará, dia sim, dia também, um retorno ao cenário nacional. Isso, claro, caso não se candidate ao governo mundial, num disputadíssimo confronto com Barack Obama...


Por Reinaldo Azevedo

Ditadura Militar?

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Está aí uma ditadura pior do que aquela que hoje insistem em apelidar de 'ditadura militar'. Como nos dias de hoje, naquele período fui também um crítico. Não lembro de ter sido perseguido, como insistem em afirmar que era o hábito da época aqueles que, por falta de argumento para uma retórica razoável, apelam sem disfarces para o desvirtuado e corrosivo 'ouvi dizer'.

Que ditadura era aquela que me permitia votar ? Que nunca me proibiu de tomar uma cervejinha num desses bares da vida após as vinte e três horas ? Ou num restaurante de beira de estrada ?

Que ditadura era aquela que (eu não fumo) nunca proibiu quem quer que seja de fumar ? Que ditadura era aquela que nunca usou cartão corporativo para as primeiras damas colocarem até botox no rosto ou para outros roubarem milhões de reais do povo brasileiro ?

Vi, sim, perseguições, porém contra elementos de alta periculosidade à época, como o eram os Zés Dirceus, Zé Genoino, Dilma Roussef - a Estela - Marco Aurélio Garcia, Diógenes, o assassino do Capitão Schandler, como os que colocaram bombas em lugares públicos, como aquela no aeroporto de Guararapes, cujo resultado foi a morte de gente inocente, ações de subversivos que desejavam implantar no Brasil um regime comunista, e para tal seguiam planos de formar nas selvas o que hoje, na Colômbia, chamam de FARCs.

Que ditadura era aquela que permitia que a oposição combatesse o governo, como ocorria com deputados como Ulisses Guimarães, apenas para se citar um nome?

Que ditadura era aquela que jamais sequer pensou em proibir a população de usar armas para se defender, como hoje criminosamente pretendem ?

Que ditadura era aquela que em nome da democracia, jamais admitiu invasão de propriedades e jamais sustentou bandidos com cestas básicas em acampamentos e jamais impediu a policia de agir, como a ditadura de hoje ?

Que ditadura engraçada aquela que chegou a criar até partido de oposição! Curiosa essa democracia de agora, em comparação ao que chamam de 'ditadura militar', 'democracia que permite que ladrões do dinheiro público continuem ocupando cadeiras no parlamento e cargos no governo e tolera até mesmo um presidente alegar que 'não sabia', para fugir de sua responsabilidade para com a causa pública. Que ditadura militar era aquela que jamais deu dinheiro de mão beijada para governantes comunistas, amigos de presidente, como ocorre com a ditadura de hoje e, contra a qual não nos permitem sequer contestação ?

Que ditadura era aquela que jamais proibiu a revelação das fuças de bandidos em foto e TV como ocorre na 'democracia' de hoje, numa gritante e vergonhosa proteção do meliante, agressor da sociedade ? Escuta telefônica, eis mais uma ação da 'democracia' de hoje e proibida à época 'daquela ditadura militar'.

Ah...é verdade...Aquela ditadura proibia casamento de homem com homem, sexo explícito na TV alcançando crianças, proibia a pouca vergonha e não dava folga para corruptos que eram cassados quando prevaricavam, sem permitir que a sociedade fosse punida com a permanência no palco da corrupção dos delinqüentes, que hoje fazem CPIs para tapearam a sociedade e se escalam às mesmas como raposas cuidando do galinheiro.

Caetano Veloso está quieto em relação a essa ditadura que hoje aí está. Apostasia de 'seu ideal'? À época lançou a música 'É proibido proibir'. Hoje se cala. O que ajudou a promover, junto com Chico Buarque, Gilberto Gil e outros, está no poder. Que pelo menos altere o nome da música para os dias de hoje para: 'É permitido proibir'. E que vá se catar.

(PAULO MARTINS - GAZETA DO PARANÁ)

Guernica antitabagista


No princípio - a coisa começou a pegar no final de 2003 -, eram fragmentos de pernas amputadas, pulmões carbonizados, gengivas carcomidas, fetos em vidro de maionese, horrores atribuídos ao cigarro que a guerra contra os fumantes expôs na propaganda oficial como uma Guernica antitabagista. Cinco anos depois, muito provavelmente porque não há registro de fumante que deixou de sê-lo por causa da imagem gravada no maço que carrega no bolso, o Ministério da Saúde resolveu radicalizar o combate.

Seremos agora bombardeados com portraits de cadáveres necropsiados, fetos apodrecidos misturados a bitucas, faces necrosadas, jovens escornados, corações feitos de cinzeiro e - o que faz o mais célebre quadro de Picasso parecer ilustração de livro infantil -, a visão surrealista de uma cabeça arrebentada a golpes de machado para ilustrar o risco de derrame cerebral em fumantes. Parece sacrilégio se chocar com essas coisas no embalo do Dia Mundial Sem Tabaco, comemorado ontem, mas falo com a consciência tranqüila dos não-fumantes de bem com a vida.

As novas imagens de advertência do Ministério da Saúde são de um terrorismo desnecessário, em especial com quem largou o vício,ou nunca o teve,e será inevitavelmente exposto ao horror da propaganda oficial. Bastará entrar num bar ou conviver com um fumante (todo mundo conhece um) para ser assombrado por alegorias da morte, da mutilação, do sofrimento. Impotência sexual, no caso, é pinto. Se a campanha chegar à TV, tirem as crianças da sala.

Pela lógica do raciocínio antitabagista, toda embalagem de McLanche Feliz seria decorada com tenebrosas imagens de carótidas e coronárias entupidas de gordura gosmenta e amarelada. Os carros sairiam de fábrica com respingos de sangue no painel e no estofado para lembrar o risco de traumatismo craniano e afundamento de tórax ao volante. As bolachas que contabilizam o consumo de chope nos bares chegariam à mesa do freguês ilustradas com detalhes da ressonância magnética de um fígado destruído pela cirrose. Imagino que a imagem dê bem a idéia do que a bebida é capaz.

Talvez seja mesmo conveniente alertar a população para toda sorte de riscos que corremos diariamente. Por exemplo: praticar esportes pode causar estiramento muscular; respirar em São Paulo é uma temeridade - mergulhar no Rio de Janeiro, outra; o trabalho estressa; roubar pode dar cadeia; andar na rua é se expor à violência, viajar de avião é coisa de quem não tem amor à vida... Para cada uma dessas advertências é possível produzir uma infinidade de imagens assustadoras.

Por que, então, reservar aos fumantes a exclusividade do tratamento de choque? Não conheço um só amante do cigarro que não faça de tudo para interromper essa relação avassaladora que o consome. Não existe tabagista que se gabe do apego à nicotina. Essa gente não precisa de susto. Tenham, pois, piedade do pessoal.


Tutty Vasques - O Estado de S.Paulo

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Coisas que os telejornais não mostram

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A Executiva no Céu

Foi tudo muito rápido. A executiva bem-sucedida sentiu
uma pontada no peito, vacilou, cambaleou. Deu um gemido e apagou.
Quando voltou a abrir os olhos, viu-se diante de um imenso Portal.

Ainda meio zonza, atravessou-o e viu uma miríade de
pessoas.Todas vestindo cândidos camisolões e caminhando
despreocupadas. Sem entender bem o que estava acontecendo, a executiva
bem-sucedida abordou um dos passantes:

- Enfermeiro, eu preciso voltar urgente para o meu
escritório, porque tenho um meeting importantíssimo. Aliás, acho que
fui trazida para cá por engano, porque meu convênio médico é classe
A, e isto aqui está me parecendo mais um pronto-socorro. Onde é que
nós estamos?
- No céu.
- No céu?...
- É.
- Tipo assim... o céu, CÉU...! Aquele com querubins
voando e coisas do gênero?
- Certamente. Aqui todos vivemos em estado de gozo
permanente.

Apesar das óbvias evidências nenhuma poluição, todo
mundo sorrindo, ninguém usando telefone celular), a executiva
bem-sucedida custou um pouco a admitir que havia mesmo apitado na
curva.

Tentou então o plano B: convencer o interlocutor, por
meio das infalíveis técnicas avançadas de negociação, de que
aquela situação era inaceitável. Porque, ponderou, dali a uma semana
ela iria receber o bônus anual, além de estar fortemente cotada para
assumir a posição de presidente do conselho de administração da
empresa.

E foi aí que o interlocutor sugeriu:

- Talvez seja melhor você conversar com Pedro, o
síndico.
- É? E como é que eu marco uma audiência? Ele tem
secretária?
- Não, não. Basta estalar os dedos e ele aparece.
- Assim?
(...)
- Pois não?

A executiva bem-sucedida quase desaba da nuvem. À sua
frente, imponente, segurando uma chave que mais parecia um martelo,
estava o próprio Pedro.

Mas, a executiva havia feito um curso intensivo de
approach para situações inesperadas e reagiu rapidinho:

- Bom dia. Muito prazer. Belas sandálias. Eu sou uma
executiva bem-sucedida e...


- Executiva... Que palavra estranha. De que século
você veio?

- Do 21. O distinto vai me dizer que não conhece o
termo 'executiva'?


- Já ouvi falar. Mas não é do meu tempo.

Foi então que a executiva bem-sucedida teve um insight.
A máxima autoridade ali no paraíso aparentava ser um zero à esquerda
em modernas técnicas de gestão empresarial. Logo, com seu brilhante
currículo tecnocrático, a executiva poderia rapidamente assumir uma
posição hierárquica, por assim dizer, celestial ali na
organização.

- Sabe, meu caro Pedro. Se você me permite, eu gostaria
de lhe fazer uma proposta. Basta olhar para esse povo todo aí, só
batendo papo e andando a toa, para perceber que aqui no Paraíso há
enormes oportunidades para dar um upgrade na produtividade sistêmica.

- É mesmo?

- Pode acreditar, porque tenho PHD em reengenharia. Por
exemplo, não vejo ninguém usando crachá. Como é que a gente sabe
quem é quem aqui, e quem faz o quê?

- Ah, não sabemos.


- Entendeu o meu ponto? Sem controle, há dispersão. E
dispersão gera desmotivação. Com o tempo isto aqui vai acabar
virando uma anarquia. Mas nós dois podemos consertar tudo isso
rapidinho implementando um simples programa de targets individuais e
avaliação de performance.

- Que interessante...


- É claro que, antes de tudo, precisaríamos de uma
hierarquização e um organograma funcional, nada que dinâmicas de
grupo e avaliações de perfis psicológicos não consigam resolver.

- !!!...???...!!!...???...!!!

- Aí, contrataríamos uma consultoria especializada
para nos ajudar a definir as estratégias operacionais e
estabeleceríamos algumas metas factíveis de leverage, maximizando,
dessa forma, o retorno do investimento do Grande Acionista... Ele
existe, certo?

- Sobre todas as coisas.

- Ótimo. O passo seguinte seria partir para um
downsizing progressivo, encontrar sinergias high-tech, redigir manuais
de procedimento, definir o marketing mix e investir no desenvolvimento
de produtos alternativos de alto valor agregado. O mercado
telestérico, por exemplo, me parece extremamente atrativo.

- Incrível!

- É óbvio que, para conseguir tudo isso, nós dois
teremos que nomear um board de altíssimo nível. Com um pacote de
remuneração atraente, é claro. Coisa assim de salário de seis
dígitos e todos os fringe benefits e mordomias de praxe. Porque, agora
falando de colega para colega, tenho certeza de que você vai concordar
comigo, Pedro. O desafio que temos pela frente vai resultar em um
Turnaround radical.

- Impressionante!

- Isso significa que podemos partir para a
implementação?

- Não. Significa que você terá um futuro brilhante...
se for trabalhar com o nosso concorrente. Porque você acaba de
descrever, exatamente, como funciona o Inferno...

Max Gehringer
(Revista Exame)

Nota de falecimento

Caro(a) Amigo(a)

É com muita tristeza que lhe participamos o falecimento de um amigo muito querido que se chamava BOM SENSO, e que viveu muitos e muitos anos entre nós.
Ninguém conhecia com precisão a sua idade porque o registro do seu nascimento foi desclassificado há muito tempo, tamanha a sua antiguidade.
Mas lembramo-nos muito bem dele, principalmente pelas lições de vida, como:
“O mundo pertence aos que levantam cedo.” Ou “Não podemos esperar tudo dos outros.” ou ainda “ O que me acontece pode ser em parte minha culpa.”
O BOM SENSO só vivia com regras simples e práticas como: “Não gastar mais do que se tem.” E dos princípios educativos como: “São os pais quem dão a palavra final”. Acontece que o BOM SENSO perdeu o chão, quando os pais começaram a atacar os professores, que acreditavam ter feito bem o seu trabalho querendo que as crianças aprendessem o respeito e as boas maneiras.
Sabendo que um educador foi afastado por repreender um aluno por comportamento inconveniente na aula, agravou-se o seu estado de saúde.
Deteriorou-se mais ainda quando as escolas foram obrigadas a ter autorização dos responsáveis até para um curativo no machucado de um aluno, sequer podendo informar aos pais de outros perigos mais graves incorridos pela criança.
Enfim, o BOM SENSO perdeu a vontade de viver quando percebeu que os ladrões e criminosos tinham melhor tratamento do que as suas vítimas.
Também recebeu fortes golpes morais e físicos, quando a justiça decidiu que era crime defendermo-nos de algum ladrão em nossa própria casa, enquanto a esse último é dada a garantia de poder queixar-se por agressão e atentado à sua integridade física.
O BOM SENSO perdeu definitivamente toda a confiança e a vontade de viver quando soube que uma mulher, por não perceber que uma xícara de café quente iria queimar-lhe, ao derramá-lo entre as pernas, recebeu uma colossal indenização do fabricante da cafeteira elétrica.
Certamente você já reconheceu que ao morte do BOM SENSO foi precedida pelo falecimento:
- Dos seus pais: Verdade e Confiança;
- Da sua mulher, a Discrição;
- Da sua filha Responsabilidade;
- E do seu filho, Juízo.
Então o BOM SENSO deixa o seu lugar para seus falsos irmãos:
- Eu conheço os meus direitos e também os adquiridos;
- A culpa não é minha;
- Sou uma vítima da sociedade.
Claro que não haverá uma multidão no seu enterro, porque já não temos muitas pessoas que o conheçam bem, e poucos se darão conta de que ele partiu.
Mas, se você se recorda dele, caso queira reavivar sua lembrança, previna todos os seus amigos do desaparecimento do saudoso BOM SENSO.

(Enviada por email pelo meu amigo (Juarez)

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Segundo o Millor, "livre pensar é só pensar" ...

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De espécie e indivíduos.

Existe muita discussão, no mundo, entre os que crêem que o homem é resultado de uma lenta evolução, iniciada de um amino-ácido, passando por bactéria, peixe, primata e, finalmente, homo sapiens, e aqueles que se acreditam feitos e acabados, em um momento mágico, à imagem e semelhança de seu criador.

Os segundos, para justificar que a criatura é imperfeita, apesar da imagem, desfiam toda sorte de explicações para justificar uma imperfeição impossível de ser imputada ao criador.
Os primeiros, nos quais me incluo, não podem deixar de crer que a imperfeição é regra. Sem ela, o amino-ácido, ao se reproduzir, nunca chegaria a bactéria, que nunca chegaria a peixe e, assim por diante, até o imperfeito homo-sapiens.

A regra é sobreviver e passar para a descendência as imperfeições que "deram certo", do ponto de vista da sobrevivência. Neste quesito, os segundos (de fé judaico-cristã, pelo menos) usam a frase "crescei e multiplicai-vos". Concordamos, enfim!
A natureza está cheia de exemplos de organismos que agem segundo este inexorável primeiro mandamento. Porque não nós, também?
Deixados à sua lógica individual, os seres humanos são indivíduos que obedecerão à primeira lei.
Essa mesma lei nos fez gregários, para driblar nossa debilidade individual pela força de uma coletividade. É a segunda lei, criada para assegurar o cumprimento da primeira.
Equilibrar a primeira e segunda leis é função da política, das instituições e, como executor e coordenador, do Estado.
O que me espanta é que a humanidade não percebeu, como coletivo e, por consequência, como átomo, que leis que funcionam não são aquelas que proíbem algo, mas sim aquelas que facilitam a sobrevivência.
Com isso quero dizer que a melhor maneira de fazer com que a água corra em uma determinada direção é cavar um canal.
Para que os indivíduos decidam por uma conduta ética e cooperativa, ela deve ser mais recompensadora do que outra conduta, egoísta e predatória.
Quando digo que "as coisas não funcionam porque não foram feitas para funcionar" quero dizer que o objetivo declarado – transporte público, por exemplo – não é o objetivo real – transportar público – mas algum(ns) outro objetivo individual, inconfessável, resultado da primeira lei e usando a segunda como a perfeita "desculpa".
Toda essa análise deixa de levar em conta o espírito humano, capaz de desobedecer a primeira, a segunda lei e quantas mais existirem, quando animado de força e determinação espirituais.
A evolução máxima do homem se dará quando ocorrer a transcendência do indivíduo e cada um se considerar uma parte da espécie, substituindo, na primeira lei, o EU pelo NÓS.
Não digam que é utopia, pois não faltam exemplos de que esta mutação final, última derivada da imperfeição inicial, já está em curso.
Exemplos de dedicação individual a causas coletivas estão cada vez mais evidentes e o refinamento da cultura (não falo de tecnologia, mas de consciência) cada vez mais torna esta escolha mais importante do que a individual.
Só espero que não provoquemos a auto-extinção da espécie antes disso, e não pereçamos ao chegar à proverbial praia.

(José Carlos G. Ribeiro)

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Aprenda a descascar batatas ou Como dar uma explicação clara aos alunos...

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Método simples e com toda a explicação científica em linguagem de leigo. Facílimo de entender.

Aos professores eu recomendo como modelo de didática... rs




(Recebido em email de Margarida, amiga que admiro muito)

Por que o anel de compromisso se usa no quarto dedo?

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Uma lenda chinesa explica de maneira interessante e muito convincente.

Aprecie:
Os polegares representam os seus pais; Os indicadores representam seus irmãos e amigos; O dedo médio representa a si mesmo; O anelar (quarto dedo) representa o seu cônjuge; O dedo mínimo representa seus filhos.

Agora experimente juntar as duas mãos, palma com palma. Depois, una os dedos médios de maneira que fiquem apontando para si mesmo, como na imagem....

Agora tente separar de forma paralela seus polegares (representam os pais). Você vai notar que eles se separam porque os pais não estão destinados a viver com você até o dia de sua morte. Una os dedos novamente.

Agora tente separar igualmente os dedos indicadores (representam seus irmãos e amigos). Você vai notar que também eles se separam porque se vão, e têm destinos diferentes, como casar e ter filhos.

Agora experimente separar, da mesma forma, os dedos mínimos (representam seus filhos). Estes também se abrem porque irão crescer, e quando ja não precisam mais de você,se vão.

Una os dedos novamante e, finalmente, tente separar os dedos anelares (o quarto dedo que representa seu cônjuge). Você vai se surpreender ao constatar que simplemente não conseguirá separá-los.

Esta lenda nos mostra, de maneira curiosa, que isso se deve ao fato de que um casal deveria estar destinado a permanecer unido até o último dia de sua existência e, por isso, o anel de compromisso é usado nesse dedo.

É lenda, é curioso, mas é interessante saber e meditar sobre o assunto...

(Recebido em email de Margarida)
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São Paulo, por Washington Olivetto

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Alguns dos meus queridos amigos cariocas têm mania de achar São Paulo parecida com Nova York.
Discordo deles. Só acha São Paulo parecida com Nova York quem não conhece bem a cidade. Ou melhor, quem a conhece superficialmente e imagina que São Paulo seja apenas uma imensa Rua Oscar Freire.
Na verdade, o grande fascínio de São Paulo é parecer-se com muitas cidades ao mesmo tempo e, por isso mesmo, não se parecer com nenhuma.
São Paulo, entre muitas outras parecenças, se parece com Paris no Largo do Arouche, Salvador na Estação do Brás, Tóquio na Liberdade, Roma ao lado do Teatro Municipal, Munique em Santo Amaro, Lisboa no Paris, com o Soho londrino na Vila Madalena e com a pernambucana Olinda na Freguesia do Ó.
São Paulo é um somatório de qualidades e defeitos, alegrias e tristezas, festejos e tragédias. Tem hotéis de luxo, como o Fasano, o Emiliano e o L'Hotel, mas também tem gente dormindo embaixo das pontes.
Tem o deslumbrante pôr-do-sol do Alto de Pinheiros e a exuberante vegetação da Cantareira, mas também tem o ar mais poluído do país. Promove shows dos Rolling Stones e do U2, mas também promove acidentes como o da cratera do metrô e o do avião da TAM em Congonhas.
São Paulo é sempre surpreendente. Um grupo de meia dúzia de paulistanos significa
um italiano, um japonês, um baiano, um chinês, um curitibano e um alemão.
São Paulo é realmente curiosa. Por exemplo: tem diversos grandes times de futebol, sendo que um deles leva o nome da própria cidade e recebeu o apelido 'o mais querido'. Mas, na verdade, o maior e o mais querido é o Corinthians, que tem nome inglês, fica perto da Portuguesa e foi fundado por italianos, igualzinho ao seu inimigo de estimação, o Palmeiras.
São Paulo nasceu dos santos padres jesuítas, em 1554, mas chegou a 2007 tendo como celebridade o permissivo Oscar Maroni, do afamado Bahamas.
São Paulo já foi chamada de 'o túmulo do samba' por Vinicius de Moraes, coisa que Adoniran Barbosa, Paulo Vanzolini e Germano Mathias provaram não ser verdade, e, apesar da deselegância discreta de suas meninas, corretamente constatada por Caetano Veloso, produziu chiques, como Dener Pamplona de Abreu e Gloria Kalil.
São Paulo faz pizzas melhores que as de Nápoles, sushis melhores que os de Tóquio, lagareiras melhores que as de Lisboa e pastéis de feira melhores que os de Paris, até porque em Paris não existem pastéis, muito menos os de feira.
Em alguns momentos, São Paulo se acha o máximo, em outros um horror. Nenhum lugar do planeta é tão maniqueísta.
São Paulo teve o bom senso de imitar os botequins cariocas, e agora são os cariocas que andam imitando as suas imitações paulistanas.
São Paulo teve o mau senso de ser a primeira cidade brasileira a importar a CowParade, uma colonizada e pavorosa manifestação de subarte urbana, e agora o Rio faz o mesmo.
São Paulo se poluiu visualmente com a Cow Parade, mas se despoluiu com o Projeto Cidade Limpa.
Agora tem de começar urgentemente a despoluir o Tietê para valer, coisa que os ingleses já provaram ser perfeitamente possível com o Tâmisa.
Mesmo despoluindo o Tietê, mantendo a cidade limpa, purificando o ar, organizando o mobiliário urbano, regulamentando os projetos arquitetônicos, diminuindo as invasões sonoras e melhorando o tráfego, São Paulo jamais será uma cidade belíssima. Porque a beleza de São Paulo não é fruto da mamãe natureza, é fruto do trabalho do homem.
Reside, principalmente, nas inúmeras oportunidades que a cidade oferece, no clima de excitação permanente, na mescla de raças e classes sociais.
São Paulo é a cidade em que a democratização da beleza, fenômeno gerado pela miscigenação, melhor se manifesta.
São Paulo é uma cidade em que o corpo e as mãos do homem trabalharam direitinho, coisa que se reconhece observando as meninas que circulam pelas ruas.
E se confirma analisando obras como o Pátio do Colégio (local de fundação da cidade), a Estação da Luz (onde hoje fica o Museu da Língua Portuguesa), o Mosteiro de São Bento, a Oca, no Parque do Ibirapuera, o Terraço Itália, a Avenida Paulista, o Sesc Pompéia, o palacete Vila Penteado, o Masp, o Memorial da América Latina, a Santa Casa de Misericórdia, a Pinacoteca e mais uma infinidade de lugares desta cidade que não pode parar, até porque tem mais carros do que estacionamentos.
São Paulo não é geograficamente linda, não tem mares azuis, areias brancas nem montanhas recortadas.
Nossa surfista mais famosa é a Bruna, e nossos alpinistas, na maioria, são sociais.
Mas, mesmo se levarmos o julgamento para o quesito das belezas naturais, São Paulo se dá mundialmente muito bem por uma razão tecnicamente comprovada.
Entre as maiores cidades do mundo, como Tóquio, Nova York e Cidade do México, em matéria de proximidade da beleza, São Paulo é, disparado, a melhor. Porque é a única que fica a apenas 45 minutos de vôo do Rio de Janeiro. O mais importante é que com essa distância nenhuma bala perdida pode alcançar São Paulo !

Washington Olivetto é paulista, paulistano e publicitário.

Essa sim, era uma princesa de verdade.

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CONTO DE FADAS PARA MULHERES DO SÉC.XXI

Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa, independente e cheia de auto-estima que, enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades ecológicas, se deparou com uma rã.

Então, a rã pulou para o seu colo e disse: - Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Uma bruxa má lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã asquerosa.

Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir um lar feliz no teu lindo castelo.

A minha mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e viveríamos felizes para sempre.

Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria e pensava:

Nem Fudendo.

(Luís Fernando Veríssimo)

(Recebido em email de Juarez)

domingo, 19 de outubro de 2008

Terapia para Acabar com o Ronco

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Chega em uma cidadezinha do interior já cansado do seu dia de trabalho, um vendedor que precisa repousar e vai para o único hotel da cidade, mas que, infelizmente não tem mais vaga.
O sujeito entra e fala:
- Dê um jeito, por favor, que preciso dormir, nem que seja uma cama apenas.
O recepcionista responde:
- Olha, eu tenho um quarto com duas camas, onde está hospedado um sujeito que me disse que gostaria de rachar as despesas com alguém. Mas tenho que avisá-lo, o sujeito ronca até não mais poder. Tanto que os vizinhos telefonam se queixando de que não conseguem dormir.
- Sem problema, fico com o quarto, preciso dormir!
O recepcionista apresenta os hóspedes um ao outro e diz que o jantar está servido, para quem quiser.
No dia seguinte, o vendedor desce ao restaurante para tomar café e, contrariando as expectativas, estava bem disposto.
O recepcionista pergunta:
- O senhor conseguiu dormir?
- Sem problema!
- Mas os roncos não o atrapalharam?
- Nada! Ele não roncou nem por um minuto.
- Como assim?
- Bom, foi simples. O sujeito já estava dormindo quando entrei no quarto. Então me aproximei da cama dele e beijei a bunda dele, dizendo "Boa noite coisinha linda". E o sujeito passou a noite toda sentado na cama me olhando assustado com medo de dormir.
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Eu sou casado e tenho filhos - Diogo Mainardi

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Eu sou casado e tenho filhos. Um de meus filhos me passou uma tosse catarrenta que pode interromper este podcast daqui a dez ou quinze segundos. Meu outro filho me liga de seu computador, pelo Skype, interrompendo o podcast a cada dez ou quinze segundos. Eu invejo Gilberto Kassab, que é solteiro e sem filhos.

Marta Suplicy, como se sabe, recorreu a uma canalhice ao perguntar se Gilberto Kassab era casado e se tinha filhos. Ela foi torpedeada de todos os lados. Muita gente, inclusive de seu próprio partido, como Ideli Salvatti, argumentou que era um erro invadir a privacidade dos políticos. Se Ideli Salvatti argumenta de um jeito, eu argumento do jeito contrário. Na realidade, quanto mais devassada é a vida dos políticos, melhor. Nos últimos anos, a idéia de que a privacidade dessa turma tinha de ser resguardada foi usada para tentar acobertar episódios suspeitos como a venda da empresa de Lulinha para a Telemar, ou as festas promovidas pelos assessores de Antonio Palocci, ou os pagamentos de Renan Calheiros à sua amante.

Importa saber se Gilberto Kassab é homossexual? Importa saber se Marta Suplicy é adúltera? Para mim, de jeito nenhum. Mas compreendo que alguns eleitores possam se importar. Ninguém deve proteger os eleitores de sua própria obtusidade. E ninguém deve proteger os políticos de seu próprio comportamento.

A canalhice da campanha petista teve outro efeito muito benéfico. Mais do que responder a algum questionamento sobre Gilberto Kassab, ela ajudou a revelar o verdadeiro caráter de Marta Suplicy. Em primeiro lugar, ela está disposta a apelar aos métodos mais torpes e aos sentimentos mais rasteiros para se eleger à prefeitura. Em segundo lugar, ela mente. E mente desavergonhadamente. Ela mentiu desavergonhadamente quando declarou que as perguntas sobre o estado civil de Gilberto Kassab eram de todo inocentes. E mentiu desavergonhadamente quando atribuiu apenas ao seu marqueteiro a responsabilidade pelo comercial que continha aquelas duas perguntas.

Os petistas fizeram o governo mais promíscuo da história, rompendo todas as barreiras entre público e privado. Marta Suplicy e seu marido Luis Favre simbolizam essa promiscuidade melhor do que ninguém. Ao perguntar, em sua campanha, se Gilberto Kassab era casado e se tinha filhos, Marta Suplicy inadvertidamente abriu uma brecha nesse campo, permitindo que a gente indagasse sobre a vida particular dela, de seu marido e de todos os outros petistas. Eu tenho um monte de perguntas. O assunto? O de sempre, quando se refere ao PT: dinheiro.

Sobre o fato de ser casado e com filhos, só tenho um comentário a fazer: quer ficar com os meus, Kassab? Eu empresto.
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sábado, 18 de outubro de 2008

Labirinto sem saída

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Durante muito tempo polícia foi vista como criminosa e bandidos como injustiçados pela miséria.

O mito do bom ladrão, “seja marginal seja herói”, colarinhos brancos e pardos, “você sabe com quem esta falando?”.

Quem nos desacata? O pé de chinelo que xinga o PM ou o assassino rico que mata a namorada é condenado e continua solto há oito anos?

O fazendeiro rico mata freirinha e prendem seus paus mandados e ninguém reclama. Só reclamam das algemas…

Fala-se em grampos e desacatos da polícia contra a democracia, mas e o desacato da impunidade à democracia? Quem desacata?

A verdade é que nossa lei é um labirinto sem saída, um buraco que ninguém sabe como encher.

Dessa confusão surgem os quebra-galhos: chamem o Exército! Os bombeiros! As ONGs! As milícias mineiras…

Jovens delegados são exibicionistas, policiais federais punidos, nos morros, favelados de farda matam favelados sem farda…

Quando os supremos juristas vão lutar por uma reforma radical das leis em vez de apenas se sentirem ofendidos?

É assim… De horror em horror, talvez um dia nossa Justiça abra os olhos e veja a realidade histórica e não apenas a letra dos velhos códigos.

Arnaldo Jabor
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Saber Viver

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Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar

Cora Coralina

Os Três Mal-Amados


O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.

O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.

O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.

O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.

Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.

O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.

O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.

O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.

O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.

O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.

O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.

João Cabral de Melo Neto

COMO REFLEXÃO

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Ok que as maiores potências precisavam, efetivamente, socorrer os seus bancos para evitar um colapso financeiro planetário. Mas a pergunta que não quer calar é: e se essas mesmas potências despejassem os mesmos US$ 2,5 trilhões (mais do dobro do PIB anual do Brasil) em gente? Ou seja, em educação, saúde, saneamento, alimentação? O mundo talvez ficasse muito melhor, e dependendo muito menos dos bancos.

Eliane Cantanhêde

Bush pede 'paciência' aos mercados em crise

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Plano de resgate vai demorar a surtir efeito, disse presidente. Segundo Bush, plano é 'suficientemente grande e audaz'.

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, voltou a afirmar nesta sexta-feira (17) que o programa de resgate financeiro demorará algum tempo para restabelecer o fluxo de crédito. Ele negou que o pacote de salvamento do setor financeiro signifique uma nacionalização dos bancos: "não é o caso", afirmou.

Em discurso na Câmara de Comércio antes da abertura da Bolsa em Nova York, Bush pediu paciência aos mercados para deixar que o programa de resgate de US$ 700 bilhões surta efeito, ação que, segundo ele, é "suficientemente
Falando sobre a sucessão presidencial, Bush afirmou que o próximo presidente deverá ter como "prioridade" a reforma do sistema de regulação financeira e, ao mesmo tempo, evitar a adoção de medidas que possam afetar negativamente a economia norte-americana.

Citando a proposta global do secretário do Tesouro norte-americano, Henry Paulson, e as "boas sugestões" de outras pessoas, Bush declarou que "transformar essas idéias em leis deve ser uma prioridade para o próximo presidente e o próximo Congresso".

Do G1, em São Paulo
Com informações daFrance Presse e EFE