quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Casamento com polígrafo

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A verdade, somente a verdade...

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Impunidade alimenta corrupção no Brasil, diz ministro

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a motriz a impunidade, que encontra guarida no código processual brasileiro, que impede na prática a prisão dos criminosos de colarinho branco.

A avaliação é do ministro Jorge Hage, da Controladoria-Geral da União (CGU), que há nove anos atua na fiscalização da administração pública do governo federal. Para Hage, é preciso fazer essa modificação urgentemente, sob o risco de a corrupção continuar chocando o país.

"No Brasil não tem como colocar um criminoso de colarinho branco na cadeia. Isso alimenta a noção de baixo risco da corrupção. Tem que aumentar o risco da corrupção com a punibilidade dela", argumentou em entrevista exclusiva à Reuters na segunda-feira.

Hage aponta que pelo menos dois recursos judiciais - o especial e o extraordinário - deveriam ser extintos para permitir que condenações colegiadas de primeira e segunda instância na Justiça Federal resultassem em prisão de envolvidos em corrupção.

Uma proposta com esse teor tramita no Senado e tem a simpatia do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, segundo Hage.

O ministro explicou que hoje prevalece no STF a versão de que o réu é inocente mesmo depois de condenações em instâncias inferiores baseadas em indícios de crime.

"É assim que o Supremo Tribunal Federal interpreta a presunção de inocência, por absurdo que pareça", disse, acrescentando que o "Brasil passa vergonha" nos fóruns internacionais quando não apresenta condenações por corrupção na esfera judicial.

Hage argumentou que, além da mudança no código processual, são fundamentais para inibir os desvios a normatização dos critérios usados pela lei da ficha limpa para nomeações de cargos de confiança no Poder Executivo, o fim do financiamento privado das campanhas eleitorais e a redução do número de servidores comissionados.

Desde a sua criação, em 2003, as auditorias da CGU já resultaram na demissão de mais de 2,9 mil funcionários públicos concursados e outros 293 servidores de cargos de confiança foram excluídos da administração federal. Segundo o levantamento do ministério, 56,6 por cento dessas demissões foram decorrentes de atos de corrupção.

Mesmo com esses números, Hage acredita que a sociedade compreende que os desvios éticos não começaram em anos recentes e o fato de haver cada vez mais revelações de casos de corrupção se deve ao aumento da fiscalização.

QUEDA DE MINISTROS

Hage admite que seu trabalho apontando erros de integrantes da base aliada do governo torna a governabilidade mais difícil.

"Sem duvida, esse é o preço que tem que ser pago. E o governo brasileiro decidiu-se por pagar esse preço. Todas essas dores de cabeça, ou ossos do ofício como a presidente Dilma (Rousseff) se refere vêm sendo digeridos porque o governo federal resolveu que tem que ser enfrentado esse problema. Agora, cria dificuldades? É evidente."

Desde o início do governo, a presidente substituiu seis ministros. Cinco deles saíram do governo envolvidos em denúncias de irregularidades divulgadas pela mídia, numa prática que difere bastante do antecessor e padrinho político de Dilma, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo menos no que diz respeito à rapidez do desfecho da situação.

Para Hage, Lula e Dilma diferem no "estilo e no temperamento" na hora de decidir pela saída de um auxiliar. Contudo, o ministro faz questão de frisar que Lula também tinha preocupação com o combate à corrupção.

"Quando um ministro é afastado houve uma quebra de confiança ou uma perda de sustentação política. Então, é evidente que nesses dois fatores, são fatores que dependem muito, são muito influenciados pelo estilo e pela personalidade do governante", argumentou.

O ministro afirmou que se fossem apenas os problemas de convênios com ONGs, os ex-colegas Orlando Silva, do Ministério do Esporte, e Pedro Novais, do Turismo, não precisariam deixar o governo, porque esse tipo de desvio é comum e não indicam necessariamente que o ministro é o responsável.

O que houve, na avaliação de Hage, foi uma combinação das denúncias com a quebra de confiança com Dilma ou perda de apoio político.

COPA DO MUNDO

Questionado sobre quanto o Brasil perde com a corrupção todos os anos, o ministro diz que essa conta é impossível de ser feita e prefere não fazer estimativas. "As que existem são chutes."

Porém, um foco de preocupação do governo é com os investimentos para a realização da Copa do Mundo de 2014. Tanto que há um esquema de fiscalização específico apenas para acompanhar as obras que serão financiadas por todo país para tentar evitar práticas como superfaturamento e fraudes em licitações.

"Em princípio, qualquer evento que implique num volume maior de investimento e na obrigatoriedade de cumprimento de prazos em tese é evidente que isso aumenta o risco (de desvios)", afirmou, emendando que o governo está buscando minimizar esses riscos.


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De repente 60 (ou 2x30)

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Ao completar sessenta anos, lembrei do filme De repente 30, em que a adolescente, em seu aniversário, ansiosa por chegar logo à idade adulta, formula um desejo e se vê repentinamente com trinta anos, sem saber o que aconteceu nesse intervalo.

Meu sentimento é semelhante ao dela: perplexidade.

Pergunto a mim mesma: onde foram parar todos esses anos?

Ainda sou aquela menina assustada que entrou pela primeira vez na escola, aquela filha desesperada pela perda precoce da mãe; ainda sou aquela professorinha ingênua que enfrentou sua primeira turma, aquela virgem sonhadora que entrou na igreja, vestida de branco, para um casamento que durou tão pouco!Ainda sou aquela mãe aflita com a primeira febre do filho que hoje tem mais de trinta anos.

Acho que é por isso que engordei, para caber tanta gente, é preciso espaço!

Passei batido pela tal crise dos trinta, pois estava ocupada demais lutando pela sobrevivência.

Os quarenta foram festejados com um baile, enquanto eu ansiava pela aposentadoria na carreira do magistério, que aconteceu quatro anos depois.

Os cinquenta me encontraram construindo uma nova vida, numa nova cidade, num novo posto de trabalho.

Agora, aos sessenta, me pergunto onde está a velhinha que eu esperava ser nesta idade e onde se escondeu a jovem que me olhava do espelho todas as manhãs.

Tive o privilégio de viver uma época de profundas e rápidas transformações em todas as áreas: de Elvis Presley e Sinatra a Michael Jackson, de Beatles e Rolling Stones a Madonna, de Chico e Caetano a Cazuza e Ana Carolina; dos anos de chumbo da ditadura militar às passeatas pelas diretas e empeachment do presidente a um novo país misto de decepções e esperanças; da invenção da pílula e liberação sexual ao bebê de proveta e o pesadelo da AIDS. Testemunhei a conquista dos cinco títulos mundiais do futebol brasileiro (e alguns vexames históricos).

Nasci no ano em que a televisão chegou ao Brasil, mas minha família só conseguiu comprar um aparelho usado dez anos depois e, por meio de suas transmissões,vi a chegada do homem à lua, a queda do muro de Berlim e algumas guerras modernas.

Passei por três reformas ortográficas e tive de aprender a nova linguagem do computador e da internet. Aprendi tanto que foi por meio desta que conheci, aos cinquenta e dois anos, meu companheiro, com quem tenho, desde então, compartilhado as aventuras do viver.

Não me sinto diferente do que era há alguns anos, continuo tendo sonhos, projetos, faço minhas caminhadas matinais com meu cachorro Kaká, pratico ioga, me alimento e durmo bem (apesar das constantes visitas noturnas ao banheiro), gosto de cinema, música, leio muito, viajo para os lugares que um dia sonhei conhecer.

Por dois anos não exerci qualquer atividade profissional, mas voltei a orientar trabalhos acadêmicos e a ministrar algumas disciplinas em turmas de pós-graduação, o que me fez rejuvenescer em contato com os alunos, que têm se beneficiado de minha experiência e com quem tenho aprendido muito mais que ensinado.

Só agora comecei a precisar de óculos para perto (para longe eu uso há muitos anos) e não tinjo os cabelos, pois os brancos são tão poucos que nem se percebe (privilégio que herdei de meu pai, que só começou a ficar grisalho após os setenta anos).

Há marcas do tempo, claro, e não somente rugas e os quilos a mais, mas também cicatrizes, testemunhas de algumas aprendizagens: a do apêndice me traz recordações do aniversário de nove anos passado no hospital; a da cesárea marca minha iniciação como mãe e a mais recente, do câncer de mama (felizmente curado), me lembra diariamente que a vida nos traz surpresas nem sempre agradáveis e que não tenho tempo a perder.

A capacidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo diminuiu, lembro de coisas que aconteceram há mais de cinquenta anos e esqueço as panelas no fogo.

Aliás, a memória (ou sua falta) merece um capítulo à parte: constantemente procuro determinada palavra ou quero lembrar o nome de alguém e começa a brincadeira de esconde-esconde. Tento fórmulas mnemônicas, recito o alfabeto mentalmente e nada! De repente, quando a conversa já mudou de rumo ou o interlocutor já se foi, eis que surge o nome ou palavra, como que zombando de mim...

Mas, do que é que eu estava falando mesmo?

Ah, sim, dos meus sessenta.

Claro que existem vantagens: pagar meia-entrada (idosos, crianças e estudantes têm essa prerrogativa, talvez porque não são considerados pessoas inteiras), atendimento prioritário em filas exclusivas, sentar sem culpa nos bancos reservados do metrô e a TPM passou a significar ?Tranquilidade Pós-Menopausa?.

Certamente o saldo é positivo, com muitas dúvidas e apenas uma certeza: tenho mais passado que futuro e vivo o presente intensamente, em minha nova condição de mulher muito sex...agenária!



(Regina de Castro Pompeu)
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terça-feira, 29 de novembro de 2011

O que espera a imprensa independente para instalar um fora-da-lei na seção de polícia?

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Desde que foi despejado da Casa Civil, José Dirceu só aparece na imprensa para ampliar o prontuário. Desde que foi expulso do Congresso, não se atreve a disputar nem eleição de síndico. Só tem caçado votos no Supremo Tribunal Federal, onde aguarda julgamento por formação de quadrilha e corrupção ativa. Sem mandato, sem cargo público, jura no cartão de visitas que é “advogado e consultor”. Sobra-lhe tempo para enriquecer como facilitador de negócios tramados por capitalistas selvagens, desferir pontapés no Código Penal e conspirar contra o Estado Democrático de Direito.

“A mídia conservadora persegue o PT”, fantasiou nesta quinta-feira o guerrilheiro de festim, no momento empenhado em provar que os companheiros corruptos só existem na imaginação da elite golpista. Foi apoiado pelo parceiro Franklin Martins: “Comunicações é um vale-tudo, um faroeste caboclo”, disse o ex-jornalista que, infiltrado na TV Globo, virou assessor de imprensa da turma do mensalão. Tais declarações serão publicadas na editoria política, ilustradas por fotos da dupla que chora quando vê Fidel Castro de perto. De novo, Dirceu e Franklin estarão na página errada.

O que espera a imprensa independente para alojá-los na seção de polícia? É esse o lugar de todo delinquente, pouco importa o ofício anteriormente exercido. O goleiro Bruno, por exemplo, deixou o caderno de esportes no mesmo dia em que foi acusado de matar a namorada. Denunciado pela Procuradoria Geral da República como chefe de quadrilha, Dirceu continua no mesmo espaço que ocupava antes de transformar em covil a Casa Civil do governo Lula. Para livrar-se da verdade, prega a censura à imprensa. Para livrar-se da cadeia, diz que não existem corruptos no Brasil Maravilha. O que há, anda recitando de meia em meia hora, é um plano para desestabilizar o governo. Conversa de pátio de presídio.

Bruno é um ex-atleta que ficou conhecido defendendo o Flamengo. Dirceu é um ex-político que ganhou notoriedade armando no PT. Se a Justiça fizer o que deve, vão acabar jogando no mesmo time dos fora-da-lei. Merecem dividir desde já a mesma página da seção de polícia.


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Nem tudo é bônus na Nota Fiscal Paulista

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Método de cálculo dos créditos e lei tributária fazem com que alguns produtos e serviços deem pouco ou nenhum retorno ao consumidor






(Fonte: http://economia.estadao.com.br/especiais/nem-tudo-e-bonus-na-nota-paulista-,153814.htm)
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Retrocesso inaceitável

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Circulam na mídia informações de que o governo Dilma Rousseff irá acabar com a Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM), vinculada à Presidência da República e com status de ministério, tendo como pressuposto um pseudoaumento da eficiência da administração pública federal. Seria um retrocesso inaceitável na estrutura do Estado brasileiro e uma ofensa à luta de todas as mulheres do país, empenhadas na luta pelos direitos e pelo fim de preconceitos que persistem na sociedade moderna.

A intenção se torna ainda mais absurda se lembrarmos que a iniciativa pode vir de um governo comandado pela presidente Dilma Rousseff, a primeira mulher a ocupar o maior cargo do país. Se os seus antecessores, desde a década de 1980, criaram instâncias federais de apoio a políticas governamentais, uma mulher no cargo não pode esquecer seus compromissos com a nação e extinguir ou rebaixar o status político da secretaria.

A SPM é uma conquista inalienável de todas as mulheres brasileiras. Ela sucedeu à Secretaria de Estado dos Direitos da Mulher (Sedim), criada no governo Fernando Henrique, com status de ministério. Seu fim seria um retrocesso sem precedentes na história das lutas femininas no país.

Presidente Dilma Rousseff, a situação da mulher no Brasil é séria e ainda muito injusta do ponto de vista político, econômico e social, como a senhora bem sabe em sua trajetória de vida pessoal, política e profissional. Os recentes dados do Censo de 2010 do IBGE comprovam como a mulher continua sendo severamente discriminada no Brasil. No trabalho, por exemplo, elas recebem 42% a menos do que os homens, exercendo as mesmas funções. Sua definição é precisa: "No Brasil, a pobreza tem duas faces: negra e feminina e muitas vezes até infantil".

Como a primeira mulher a falar na abertura da ONU, representando o Brasil, a senhora se disse "orgulhosa" de viver aquele "momento histórico" e anunciou ao mundo o seu desejo e, mais do que isso, sua convicção interior: "Tenho certeza que esse será o século da mulher". Em outra reunião na ONU, a senhora assumiu um compromisso internacional de aumentar a participação feminina nas instâncias decisórias de seu governo.

Presidente, somos a maioria da população brasileira, mas não temos 10% de representantes no Congresso Nacional, depois de 121 anos da Proclamação da República e 68 anos da conquista do voto feminino. Nesse contexto, o governo federal não pode abrir mão de eliminar uma preciosa conquista nesta luta cotidiana que passa pelas delegacias de mulheres - ainda insuficientes no Brasil - e pela briga no Poder Judiciário para punir os homens agressores, de acordo com a Lei Maria da Penha.

Do ponto de vista formal da estrutura de Estado, a provável fusão de secretarias afronta a 4ª Conferência Mundial sobre a Mulher, que em sua plataforma de ação de Pequim define que os mecanismos de avanços na luta pelos direitos femininos nos países passa por "organismos centrais de coordenação de políticas de governos". Em outras palavras, no caso brasileiro, da nossa SPM.

O maior fórum internacional de mulheres define, ainda, que haja recursos orçamentários suficientes e que o órgão possa exercer influência nas políticas governamentais. Pensar diferente é agir no sentido de reduzir o poder institucional da secretaria, o que limitará as ações governamentais.

A situação da secretaria já é grave. Mesmo com status de ministério, a SPM reduziu em 51,5% suas despesas nos primeiros 10 meses deste ano em relação a 2010 - caiu de R$ 82,4 milhões para R$ 39,9 milhões. O corte atingiu programas necessários para minimizar o sofrimento, discriminações e violências contra as mulheres. O corte no Programa de Enfrentamento Sexual contra Crianças e Adolescentes atingiu 94%. No Programa de Prevenção e Enfrentamento da Violência contra as Mulheres, o corte foi de 45,3%.

Essa é a dura realidade vivida pelas mulheres brasileiras. De um lado, a opressão em casa, no trabalho, nas ruas. De outro, o quase descaso das autoridades e de alguns tecnocratas de Brasília, que cortam gastos indiscriminadamente e ainda tentam mutilar a histórica conquista das mulheres, a SPM. 

Confiamos, presidente Dilma Rousseff, que a senhora não assinará um ato dessa magnitude sendo a primeira mulher a ocupar o maior posto do país, a Presidência da República.



(Thelma de Oliveira - Presidente nacional do PSDB Mulher)
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Crise Grega - Está explicada!!!

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Crise na Grécia!!!
 
Eros e Pan inauguram puteiro!

Zeus vende o trono para José Sarney.

Medusa faz bico na ala dos ofídios em zoológico local...

Narciso vende seus espelhos para pagar dívida do cheque especial !

Aquiles vai tratar seu calcanhar no SUS ...

Hércules suspende seus 12 trabalhos por falta de pagamento!

Medusa transforma pessoas em pedra e vende na Cracolandia!

O minotauro tá tendo de puxar carroça...

Acrópole é vendida e em seu lugar é inaugurada uma Igreja Universal do Reino de Zeus!

Afrodite teve que montar uma banquinha de produtos afrodisíacos para pagar as contas...

Eurozona rejeita Medusa como negociadora grega: "ela tem minhocas na  cabeça"!

Sócrates inaugura Cicuta's Bar para tentar ganhar uns trocados...

Dionísio vende seus vinhos na beira da estrada de maratona!

Dilma recomenda demissão de Zeus e indica Lula para o cargo !

Hermes está entregando o currículo para trabalhar nos correios. Especialidade: entrega rápida!

Caronte anuncia que a partir da próxima semana passará a aceitar o bilhete único!

Afrodite aceitou posar nua para a Playboy !

Sem dinheiro pra pagar as dívidas, Zeus libera as ninfas para trabalharem na Eurozona!

Ilha de Lesbos abre resort hétero!!!

Para economizar energia, Diógenes apaga sua lanterna...

Oráculo de Delfos vaza números do orçamento e provoca pânico nas Bolsas!

Vênus de Milo promete dar uma mãozinha a desempregados...

Ares, deus da guerra, foi pego em flagrante desviando armamento para a milícia carioca!

Sócrates, Aristóteles e Platão negam envolvimento na rebelião da USP: "Estamos na merda, mas não descemos a esse ponto".

A caverna de Platão está abrigando milhares de mendigos!


Descobri o porquê da crise: os economistas estão falando grego !!!


( Autor desconhecido. )

"Desculpe, é engano..." - Arnaldo Jabor

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Há dez anos, eu estava em um hospital para ser operado, e, à espera da faca, talvez por medo, escrevi um texto sobre minha mãe, no secreto desejo de ela me proteger. Voltei esses dias ao hospital para exames (nada grave, espero) e me lembrei de minha lembrança, da memória de uma memória. E, em minha viagem de recordações, repito trechos desse artigo sobre ela que foi, afinal, a personagem central de tudo que me aconteceu.

Ando com vontade de telefonar para ela. Mas minha mãe já morreu. Mesmo assim, quis ligar pois, talvez, no telefone, houvesse um milagre e ela atendesse: 'Alô? 284858? Mamãe?'

Na época desse número remoto do Méier, sua voz era jovem e feliz. Depois, foi enfraquecendo por outros números, até o tempo em que, já velhinha, atendia triste e doente ao 478378: "E aí, meu filho... tudo bem?" 

Como seria bom o telefone me salvar e alguém me chamar de "meu filho". Seria bom ser teletransportado ao passado e fugir das dores do país, do mundo e de mim mesmo. Confesso que, em alguns momentos de desespero, eu já liguei escondido para números antigos de casas em que morei. Ouvia a voz anônima e falava: "Desculpe, é engano...", com a sensação de, por instantes, ter visitado minha velha casa. 

Minha mãe era linda. Parecia a Greta Garbo. Um dia, meu avô bateu nuns vagabundos que mexeram com ela, ainda mocinha, na base do "Tem garbo, mas não tem greta" e outras sacanagens de época... Meu avô, malandro e macho, pegou a bengala e cobriu-os de porrada. 

A vida de minha mãe foi a tentativa de uma alegria. Sorria muito, trêmula, insegura e, nela, eu vi a história de tantas mulheres de seu tempo buscando uma felicidade sufocada pelas leis do casamento, pela loucura repressiva dos maridos. 

Meu pai era um árabe alto, de bigode, pilotando aviões de guerra; era um homem bom e amava-a, mas nunca conseguiu sair do espírito autoritário da época e, inconscientemente, se enrolou numa infelicidade que oprimia os dois. 

Na classe média carioca dos anos 50, cercados de preconceitos, medos e ciúmes nas casas sombrias, os casais estavam programados para tristezas indecifráveis. Eram cenários estreitos para o amor: a casa do subúrbio, o apartamento micha de Copacabana, onde vi minha mãe enlouquecer pouco a pouco, tentando manter um sonho de família, tentando manter a cortina de veludo, a poltrona coberta de plástico para não gastar, os quadros de rosas e marinhas e a eterna desculpa para os raros visitantes: "Não reparem que a casa não está pronta ainda..." (isso, com 50 anos de casada). 

A casa nunca ficou pronta, como ela, Greta Garbo do subúrbio, sonhou - a casa feliz, com bolos decorativos nas festas, seu orgulho, a única coisa que ela sabia fazer: bolos em forma de avião, para homenagear meu pai piloto, em forma de livro, para me fazer estudar, ou em forma de piano para minha irmã tocar, naqueles aniversários em que os sofás de cetim marrom e branco eram descobertos com vaidade. 

Na juventude, minha mãe era infeliz e não sabia, pois todas as suas forças eram convocadas para esquecer isso. Cantava foxes, para desgosto de meu pai, e ria com medo - se bem que ninguém era muito feliz naquele tempo. Não havia essa infelicidade esquizofrênica de hoje, mas era uma infelicidade tristinha, com lâmpada fraca, uma infelicidade de novela de rádio, de lágrimas furtivas, de incompreensões, de conceitos pobres para a liberdade. 

Eu via as famílias; sempre havia uma ponta de silêncio, olhos sem luz, depois dos casamentos esperançosos com buquês arrojados para o futuro que ia morrendo aos poucos. 

Não era a tristeza da pobreza; dava para viver, com o Ford 48 sendo consertado permanentemente por meu pai sujo de graxa, aos domingos, com o rádio narrando o futebol; dava para viver com uma empregadinha mal paga; dava, mas a tristeza era quase uma "virtude" que as famílias cultivavam, sem horizontes. 

Toda minha vida consistiu em fugir daquela depressão e em tentar salvá-los. Eu queria dizer: "Saiam dessa, há outras vidas, outras coisas!" - logo eu, que achava que ia descobrir mundos luminosos feitos de revoluções e de prazeres, eu que achava que viveria na vertigem do sexo que se libertava, na bossa nova, na arte, ilusões que foram logo apagadas pelo golpe de 64 que, com apoio do meu pai, restaurou a luz mortiça das famílias, das esposas conformadas em seus cativeiros. 

Minha geração se achava o "sal da terra", tocada pela luz da modernidade. Mal sabíamos do outro desamparo que viria; não a melancolia do rádio aceso no escuro, não a televisão Tupi ainda trêmula em preto e branco, não as esquinas cheias de mistério, não o apito do guarda noturno, mas a nossa impotência diante do excesso de acontecimentos. 

Hoje, vivemos essa liberdade desagregadora, vivemos o medo das ruas, das balas perdidas, que não havia quando mamãe ia visitar a médium de "linha branca" que lhe prometia felicidade com voz grossa de "caboclo". Antes, minha mãe e meu pai tinham a ilusão de uma "normalidade". Hoje, todos nos sentimos sem pai e sem mãe, perdidos no espaço virtual, dos e-mails, dos contatos breves, da vida rasa sem calma. 

O que vai nos acontecer neste mundo, neste país de crimes e de riscos-Brasil, onde nada se soluciona, onde tudo é impasse e encrenca? Será que nunca mais teremos sossego? 

Sinto imensa saudade da linearidade, do princípio, do meio e do fim das vidas, e tenho medo de ter morrido e de não perceber. Por isso, me dá essa vontade profunda de pegar o telefone e discar, não num celular volúvel, mas num aparelho preto, velho, de ebonite, discar, ouvir a voz de minha mãe e voltar para a salinha de móveis "chippendale" e vê-la sempre querendo ser feliz, mas com vergonha das visitas: "Não reparem que a casa não está pronta..." 

Na verdade, tenho vontade de discar, mas é para saber quem sou eu. E quando disserem: "Quem fala?" - pensarei: "É o que me pergunto sempre..." Mas, sei que vou desligar, dizendo: "Desculpe, é engano..."

Em pedra dura...

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O PT anda um pouquinho, recua um pouquinho, disfarça e volta a um assunto que lhe é especialmente caro: o poder do Estado de estabelecer algum tipo de controle sobre a imprensa.

Sexta-feira passada aconteceu mais uma reunião para o partido discutir a questão que tenta introduzir na agenda do País desde o início do primeiro mandato de Lula.

De lá para cá a abordagem do tema foi sendo adaptada, a fim de driblar resistências.

Hoje esse debate acontece sob a justificativa de que é necessário estabelecer "um novo marco regulatório para a mídia", mas em 2004 a mesma proposta foi apresentada ao País com sinceridade e nitidez.

Era preciso, na visão do partido que chegava ao poder, criar um órgão - o Conselho Federal de Jornalismo - para "orientar, disciplinar e fiscalizar" o trabalho dos meios de comunicação.

Na época, o PT ainda era estreante nas lides governamentais, não havia se iniciado com afinco na produção de escândalos em série e estava acostumado a ser paparicado por quase toda a grande imprensa da qual reclama, mas que até o caso Waldomiro Diniz dava ao partido e ao presidente Lula uma cobertura extremamente favorável.

Ao "presidente operário" tudo era permitido. Inclusive renegar o próprio discurso sem ser confrontado com rigor diante da contradição-mãe de chamar de herança maldita o legado do antecessor e, ao mesmo tempo, tirar dela o melhor proveito.

A partir dos tropeços do governo é que o cenário mudou. Mas não mudou no partido a ideia de exercer domínio sobre a grande imprensa, o único setor que lhe foge completamente ao controle. E é isso o que incomoda.

Por mais disfarçados que sejam os argumentos. Em artigo no jornal O Globo de ontem, o presidente do PT, Rui Falcão, lista alguns pontos que seriam alcançados pelo "marco regulatório".

Fala em "ferramentas eficazes de inclusão social e defesa da comunicação e cultura nacionais", na garantia do acesso universal à internet em banda larga, em mecanismos para "evitar que o poderio econômico dos grandes grupos de telefonia sufoque setores da mídia tradicional" e na ampliação de recursos para "grandes redes de radiodifusão pública e de telecomunicações".

Tudo muito decente. E vago. De substantivo mesmo, resta o resumo das intenções feito no seminário de sexta-feira pelo deputado cassado, réu do mensalão e dirigente do PT, José Dirceu: "Os proprietários de veículos de comunicação são contra nós, fazem campanha dia e noite contra nós. Só lamento que não haja um jornal de esquerda, que seja a favor do governo".

Há de todos os matizes no País todo: de esquerda, de direita, sem orientação, nos blogs, nos sites. Não falta espaço de comunicação em defesa do governo.

Mas há também os que exercem a crítica, e ao PT e sua pretensão à hegemonia desconforta essa convivência com o contraditório. Daí a insistência.

Vai levando. Crua e resumidamente, prevalece a seguinte visão no governo sobre o efeito das denúncias de corrupção na popularidade da presidente: enquanto a interpretação geral for a de que as demissões significam que Dilma é implacável, não há necessidade de bancar o risco de confrontação com a base mudando os critérios de ocupação de espaços.

E prossegue o raciocínio: como o noticiário de rádio e televisão favorece a essa conclusão, pois não se aprofunda na análise de que a presidente só demitiu por impossibilidade de não demitir, há margem para esticar a corda e evitar novas demissões.

Até que a reforma ministerial renove a imagem de uma Dilma ativa - e não reativa - face às deformações de origem nos critérios de composição da equipe de governo.

Resumo da ópera: quanto menos as pessoas alimentarem o hábito da leitura e quanto mais continuarem a se informar por meios cuja própria natureza remete à informação menos elaborada e desprovida de interpretação, melhor para o governo.

Embora seja bem pior para o desenvolvimento da massa crítica, sem a qual não se faz uma sociedade capaz de dialogar de igual para igual com o poder público.



(Dora Kramer - Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,em-pedra-dura-,804305,0.htm?p=3)
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Tempestade em Copo D'água? - Estudantes parodiam globais em vídeo pró-Belo Monte

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Alunos de engenharia civil e economia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), defensores da construção da usina de Belo Monte no rio Xingu (PA), produziram vídeo em resposta ao projeto "Gota D'Água", que reúne atores da TV Globo numa campanha contra a instalação da hidrelétrica.

No vídeo, os estudantes usam roteiro semelhante ao utilizado na gravação dos artistas.

O grupo criou ainda o movimento "Tempestade em Copo D'Água", uma sátira à campanha original.

Sobre o alagamento de área verde para a instalação da usina, os alunos argumentam que a "floresta já vem sendo desmatada ilegalmente na Amazônia a troco de nenhum ganho econômico e social". Eles defendem ainda o "emprego de recursos gerados pela usina em benefícios para a região".

Para Sebastião de Amorim, professor da Unicamp que participa do vídeo, "Belo Monte será um belíssimo projeto sobre os aspectos econômico, social e ambiental".

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Bolo de chocolate de caneca

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Fácil, prático e perfeito para os dias de preguiça


Tipo de prato: Sobremesa
Preparo: Zás-trás (até 15 minutos)
Rendimento: 1 porção
Dificuldade: Fácil
Categoria: Bolo
Calorias: 1195 por porção

Ingredientes

. 1 ovo pequeno
. 3 colheres (sopa) de óleo
. 6 colheres (sopa) de leite
. 4 colheres (sopa) de açúcar
. 3 colheres (sopa) de chocolate em pó
. 4 colheres (sopa) de farinha de trigo
. 1 colher (café) de fermento em pó
. 1 colher (chá) de manteiga
. Granulado colorido a gosto

Modo de preparo

1. Coloque o ovo na caneca e bata com um garfo.

2. Adicione o óleo, o açúcar, 4 colheres (sopa) de leite e 2 colheres (sopa) rasas de chocolate em pó e mexa.

3. Incorpore a farinha de trigo e o fermento, aos poucos, na massa. Em seguida, leve ao micro-ondas durante 3 minutos na potência máxima.

4. Prepare a cobertura: junte 2 colheres (sopa) de leite, a margarina e 1 colher (sopa) rasa de chocolate e ponha no micro-ondas por 30 segundos, também na potência máxima.

5. Despeje no bolo ainda quente e polvilhe o granulado.

Dica: para saber qual a caneca ideal, separe uma com capacidade de 300 ml. Se for menor do que isso, você corre o risco de ver os ingredientes vazarem do recipiente. 

Use apenas canecas de materiais apropriados para micro-ondas.


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Sugestão de um leitor do blog:

Se mudar ligeiramente a receita e acrescentar:

2 ovos inteiros 
2 gemas 
200gr de chocolate (pode ser o achocolatado, porém dos mais fortes que saíram agora) 

E tirar:

o óleo
o fermento
o leite 

Você vai ter uma receita de Petit Gateau... 

(Eu ainda não experimentei)


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Os votos de Dona Erda

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É fácil esquecer-se de algo. Basta confiar na memória. Sempre tive muita dificuldade para lembrar o nome das pessoas. Por isso, ao longo do tempo, tenho-me valido de um velho e eficaz método: o de anotar. Anotar tudo.

Tem gente que recorre a outros artifícios. Para alguns, mnemônica é uma palavra emblemática. Ela vem de Mnemosine, deusa que personificava a memória na mitologia grega. Daí chamar-se mneumônico o processo que muitos utilizam para lembrar-se de coisas essenciais. Cícero foi dos primeiros a usá-lo em seus famosos discursos, transformando-o em método, em sua obra De Oratore.

Ele baseia-se no princípio de que a mente humana tem mais facilidade de memorizar dados quando estes são associados a informações pessoais, espaciais ou de carácter relativamente importante. Porém, estas informações têm que fazer algum sentido, ou serão igualmente difíceis de memorizar.

É um artifício indispensável a quem pretenda conquistar e manter clientes, seguidores ou, no caso dos políticos, votos. Entretanto, ao lado de sua reconhecida eficácia, mora o perigo dos estragos irreversíveis que pode causar.

O caso que agora passo a contar serve de alerta aos seus adeptos. O fato é real. Usarei nomes fictícios. Não que os tenha esquecido, pois os anotei, mas prefiro preservar a identidade da personagem principal.

Lelé era daqueles políticos falantes. Jurava que não mentia. O problema é que continuava falando, mesmo depois que as verdades haviam terminado. Beijava criancinhas, abraçava idosos e, dizem, dava bom dia a cavalo. Gabava-se da sua memória privilegiada. Bastava ser apresentado a alguém, para não mais esquecer o seu nome. Não revelava o truque. Talvez empregasse o processo mneumônico. Ninguém sabe.

Em campanha para deputado estadual, foi à Vila Tem-Tem, convidado por Dona Erda (pronuncia-se Érda). Líder local, ela era muito respeitada. Nunca fora candidata a nada. Gostava mesmo de ajudar, de fazer o bem, sem nenhum interesse pessoal. Quase uma santa. Por isso era querida.

O salão comunitário estava lotado. Perante mais de trezentas pessoas, Dona Erda foi só elogios ao candidato, a quem pediu votos, pois acreditava em suas promessas de fazer o progresso chegar à Vila Tem-Tem. Encerrou sob aplausos e gritos de “Lelé já ganhou”.

Chegou o grande momento: a vez de o nosso protagonista discursar. Por mais de meia-hora, ele deitou falação, prometendo transformar em paraíso o inferno que era a pobre Vila Tem-Tem . Ao final, sabedor do elevado prestígio de Dona Erda, resolveu pedir aos presentes que a aplaudissem.

Para sua surpresa, fez-se silêncio. Imaginando não ter sido entendido, repetiu: “Antes de encerrar, peço uma salva de palmas a esta brava lutadora, Dona Osta (pronunciou Ósta)”. Neste momento, Dona Erda já tinha saído, deixando-o a sós com a plateia irada.

Lelé perdeu a eleição. Na Vila Tem-Tem, nenhum voto. Se tivesse usado o velho e eficaz método de anotar, hoje seria deputado. Aprendeu tarde demais. Nunca mais se candidatou. Nem voltou à Vila Tem-Tem.

Notícias de jornal velho: Algumas coisas que muitos não sabem

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Agachados, dois guerrilheiros presos em 1974. 
Atrás, uma das equipes zebra, tropas descaracterizadas.





VOCÊ SABIA?

- Que no governo João Goulart algumas organizações de esquerda condenavam a luta pela reforma agrária, porque seu triunfo daria origem a um campesinato conservador e anti-socialista? Isso está escrito na página 40 do livro “Combate nas Trevas”, de Jacob Gorender, que foi dirigente do PCB e um dos fundadores do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário, em 1967.

- Que no governo João Goulart já existiam campos de treinamento de guerrilha no Brasil? Em 4 de dezembro de 1962, o jornal ”O Estado de São Paulo” noticiou a prisão de diversos membros das famosas Ligas Camponesas, fundadas por Francisco Julião, num campo de treinamento de guerrilhas, em Dianópolis, Goiás.

- Que afora o PCB, por seu apego ao ortodoxo “caminho pacífico” para a tomada do poder, foram os trotskistas o único segmento da esquerda brasileira que não pegou em armas nos anos 60 e 70?

- Que o primeiro grupo de 10 membros do Partido Comunista do Brasil - então partidário da chamada linha chinesa de “guerra popular prolongada” para a tomada do poder - viajou para a China ainda no governo João Goulart, em 29 de março de 1964, a fim de receber treinamento na Academia Militar de Pequim? E que até 1966 mais duas turmas foram a Pequim com o mesmo objetivo? (livro “Combate nas Trevas”, de Jacob Gorender).

- Que no regresso da China, esses militantes, e outros, foram mandados, a partir de 1966, para a selva amazônica a fim de criar o embrião da “guerra popular prolongada” que resultou naquilo que ficou conhecido como Guerrilha do Araguaia, somente descoberto pelas Forças Armadas em abril de 1972, graças à prisão de um casal, no Ceará, que havia abandonado a área, desertando?

- Que mais da metade dos cerca de 60 jovens que morreram no Araguaia, para onde foram mandados pela direção do PC do B, eram estudantes universitários, secundaristas ou recém-formados, segundo as profissões descritas na Lei que, em 1995, constituiu a Comissão de Desaparecidos Políticos?

- Que a expressão “socialismo democrático” - hoje largamente utilizada por alguns partidos e candidatos - induz a um duplo erro: o de apontar no rumo de um hipotético socialismo que prescindirá do Estado da Ditadura do Proletariado, acontecimento nunca visto no mundo, e o de introduzir a idéia de que o Estado mais democrático que o mundo já conheceu, o Estado Proletário não é democrático? (livro “História da Ação Popular”, página 63, de autoria dos atuais dirigentes do Partido Comunista do Brasil, Aldo Arantes e Haroldo Rodrigues Lima).

- Que no início de 1964, antes da Revolução de Março, Herbert José de Souza, o “Betinho” já pertencia à Coordenação Nacional da Ação Popular? (livro “No Fio da Navalha”, do próprio “Betinho”, páginas 41 e 42).

- Que em 31 de março de 1964, quando da Revolução, “Betinho” era o coordenador da assessoria do Ministro da Educação, Paulo de Tarso, em Brasília? (livro “No Fio da Navalha”, páginas 46 e 47).

- Que pouco tempo antes da Revolução de Março de 1964, o coordenador nacional do “Grupo dos Onze”, constituídos por Leonel Brizola, era “Betinho”, designado pelo próprio Brizola? (livro “No Fio da Navalha”, páginas 49 a 51).

- Que em março de 1964 o esquema armado de João Goulart “era uma piada”; e que “o comandante Aragão, comandante dos Fuzileiros Navais, era um alucinado e eu nunca vi figura como aquela”? (livro “No Fio da Navalha”, página 51).

- Que já em 1935 Luiz Carlos Prestes, o “Cavaleiro da Esperança”, era um assalariado do Komintern (3ª Internacional)? Isso está escrito e comprovado no livro “Camaradas”, do jornalista William Waak, que teve acesso aos arquivos da 3ª Internacional, em Moscou, após o desmanche do comunismo.

- Que Luiz Carlos Prestes foi Secretário-Geral do Partido Comunista Brasileiro por 37 anos, ou seja, até maio de 1980, uma vez que foi eleito em setembro de 1943, quando ainda cumpria pena por sua atuação na Intentona Comunista? (livro “Giocondo Dias, uma Vida na Clandestinidade”, de Ivan Alves Filho, cujo pai, Ivan Alves, pertenceu ao partido).

- Que 4 ex-militares dirigiram o PCB desde antes de 1943 até 1992: Miranda, Prestes, Giocondo Dias e Salomão Malina? Ou seja, dirigiram - ou melhor, comandaram - o PCB por cerca de 50 anos?

- Que após o desmantelamento do socialismo real, que começou pela queda do Muro de Berlim, em 9 de novembro de 1989, foi considerado que “o marxismo-leninismo deixou de ser uma ferramenta de transformação da História para tornar-se uma espécie de religião secularizada, defendida em sua ortodoxia pelos sacerdotes das escolas do partido”? (livro “Nos Bastidores do Socialismo”, de autoria de Frei Betto).

- Uma frase altamente edificante: “Quero deixar claro que admito a pena de morte em uma única exceção: no decorrer da guerra de guerrilhas”. Seu autor? Frei Betto, em seu livro “Nos Bastidores do Socialismo”, página 404.

- Que em fins de agosto de 1995 - 16 anos após a anistia - o governo enviou ao Congresso Nacional um projeto, logo transformado em lei, dispondo sobre “o reconhecimento das pessoas desaparecidas em razão de participação, ou acusação de participação, em atividades políticas, no período de 2 de setembro de 1961 a 15 de agosto de 1979”?

- Que esse projeto definiu que deveria ser criada uma Comissão Especial, composta por 7 membros, com a atribuição de proceder ao reconhecimento de pessoas que tenham falecido de causas não naturais “em dependências policiais ou assemelhadas”?

- Que da relação de pessoas desaparecidas que acompanhou o projeto constavam os nomes de 136 militantes da esquerda considerados desaparecidos políticos que, por opção própria, pegaram em armas para instalar em nosso país uma República Democrática Popular semelhante àquelas que o povo, nas ruas do Leste Europeu, derrubou, nos anos de 1989 e 1990?

- Que entre esses nomes, estavam os de 59 guerrilheiros desaparecidos no Araguaia, quando tentavam implantar o embrião do modelo chinês de “guerra popular prolongada”?

- Que as famílias de todos esses guerrilheiros do Araguaia já foram indenizados com quantias que variam de 100 mil a 150 mil reais?

- Que, por conseguinte, à vista do que está escrito na lei, para que essa indenização fosse concedida, a área de selva de cerca de 7 mil quilômetros quadrados em que a guerrilha se instalou, foi considerada uma “dependência policial ou assemelhada”?

- Que duas senhoras, integrantes da Comissão que representam as famílias dos desaparecidos, Iara Xavier Pereira e Suzana Kiniger (ou Suzana Lisboa) foram militantes da ALN e receberam treinamento militar em Cuba?

- Que Iara Xavier Pereira participou de diversas “ações” armadas, conforme ela própria revela, na página 297, do livro “Mulheres que Foram à Luta Armada”, de autoria de Luiz Maklouf?

- Que essas senhoras ou suas famílias foram indenizadas pela morte de 4 pessoas? Iuri Xavier Pereira, Alex de Paula Xavier Pereira e Arnaldo Cardoso Rocha (todos membros do Grupo Tático Armado da ALN, com treinamento militar em Cuba, mortos nas ruas de São Paulo em tiroteio com a polícia), irmãos e marido de Iara Xavier Pereira, que também recebeu treinamento militar em Cuba, e Luiz Eurico Tejera Lisboa (treinado em Cuba), marido de Suzana Lisboa, que com ele também recebeu treinamento na paradisíaca “ilha da liberdade”? Que, no total, 600.000 mil reais, foi quanto os contribuintes pagaram a essas duas senhoras?

- Que a mídia, a famosa mídia que faz a cabeça das pessoas, jovens e adultos, nunca registrou esse “pequeno trecho” altamente edificante da História recente de nosso país?

Mas, há mais, muito mais! VOCÊ SABIA que o guerrilheiro do Araguaia, Rosalino Cruz Souza, conhecido na guerrilha como “Mundico”, incluído na relação de “desaparecidos políticos”, sabidamente “justiçado”, no Araguaia, pela também guerrilheira “Dina” (Dinalva Conceição Teixeira) - cujos familiares foram também indenizados - teve sua família indenizada? Não pelo Partido que o mandou para lá e o matou, mas por nós, contribuintes?

VOCÊ SABIA que a família do coronel aviador Alfeu Alcântara Monteiro, morto em 2 de abril de 1964 - cuja esposa, desde sua morte, recebe pensão militar - foi também aquinhoada com os tais 150 mil reais, com o voto favorável do general que, na Comissão, representava as Forças Armadas? Que, depois, esse mesmo general, em entrevista ao jornal “Folha de São Paulo”, buscando justificar seu voto, disse que no processo organizado pela Comissão constava que o coronel havia sido morto com “19 tiros pelas costas”? E, diz o general: “depois vim a saber que ele foi morto com um único tiro”.

Caso o ilustre general, que também é advogado, antes de dar seu voto, tivesse consultado o Inquérito Policial Militar instaurado na época, para apurar o fato, arquivado no STM como todos os demais inquéritos, teria constatado a versão real: dia 2 de abril de 1964, o brigadeiro Nelson Freire Lavanère Wanderley deveria receber o comando da então Quinta Zona Aérea, em Porto Alegre, do mais antigo oficial presente que era o coronel Alfeu Alcântara Monteiro, reconhecidamente janguista. O coronel recusou-se a transmitir o comando e reagiu, atirando e ferindo o brigadeiro Wanderley, sendo morto com um tiro de pistola 45 pelo também coronel-aviador Roberto Hipólito da Costa, que acompanhava o brigadeiro. Ou seja, o coronel Hipólito matou em legítima defesa de outrém, conforme concluiu o Inquérito, sendo absolvido pela Justiça Militar.

- Que Carlos Marighela, morto nas ruas de São Paulo, delatado voluntária ou involuntariamente por seus companheiros do Convento dos Dominicanos, e Carlos Lamarca, morto no sertão da Bahia, tiveram seus familiares indenizados, embora a esposa de Carlos Lamarca já recebesse pensão militar? Ou seja, as ruas de São Paulo e o sertão baiano foram considerados, também, pela Comissão, “dependências policiais ou assemelhadas”.

Mas não terminou; eles querem mais, muito mais. VOCÊ SABIA que membros da Comissão pensaram reivindicar a promoção de Lamarca a general?

VOCÊ SABIA que o atual Ministro da Justiça também propôs a promoção de Apolônio de Carvalho (um ex-militar expulso do Exército em 1935 e posteriormente fundador e militante do PCBR e, posteriormente banido do país em troca de um embaixador seqüestrado) a general?

- Que amplos setores da mídia e toda a esquerda vêm difundindo por todos esses anos a versão de que “a resistência armada” à “ditadura” no Brasil dos anos 60, foi uma resposta ao Ato Institucional nº 5, que “fechou” o regime?

- Que isso não é verdade, pois o Ato Institucional nº 5, que teria “fechado” o regime, foi assinado em 13 de dezembro de 1968?

- Que, antes disso, a esquerda armada já havia atirado uma bomba no Aeroporto dos Guararapes, em 25 de julho de 1966, matando um jornalista e um Almirante e ferindo um General?

- Que já havia atirado um carro-bomba contra o Quartel-General do II Exército, em São Paulo, matando o soldado sentinela Mario Kosel Filho, em 26 de junho de 1968?

- Que já havia assassinado, ao sair de casa, na frente de seus filhos, o Capitão do Exército dos EUA Charles Rodney Chandler, tachado nos panfletos deixados sobre seu corpo, de “agente da CIA” ?

- Que um dos assassinos - um sargento expulso da Polícia Militar de São Paulo pela Revolução de 1964 - várias vezes entrevistado, vive hoje, tranqüilamente, em São José dos Campos, após ter sido anistiado pela ditadura militar “fascista”, indenizado e reintegrado à PM, como reformado?

- Que em 1968, antes, também, do Ato Institucional nº 5, o Major do Exército da Alemanha Edward Von Westernhagen, que cursava a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, na Praia Vermelha, Rio de Janeiro, foi morto na rua por um grupo do Comando de Libertação Nacional (COLINA), constituído por dois ex-sargentos, um da Aeronáutica e outro da Polícia Militar do Rio de Janeiro, sendo o crime, na época, atribuído a marginais?

- Que ele foi morto por ter sido confundido com o capitão do Exército boliviano Gary Prado, que participou da caçada a Che Guevara, no ano anterior, em seu país, e que, por isso, deveria ser “justiçado”, que também cursava a Escola de Comando e Estado-Maior? (livros “A Esquerda Armada no Brasil”, e “Memórias do Esquecimento”, de Flávio Tavares).

- Que antes do Ato Institucional nº 5, guerrilheiros do PC do B chegados da China em 1966 já se encontravam no Brasil Central preparando a Guerrilha do Araguaia?

- Que era essa a tática utilizada pela esquerda armada para instalar no Brasil um pleonasmo (uma República Popular Democrática): matar, matar e matar?

- Que a alucinada esquerda armada não matava apenas seus “inimigos”, mas também os amigos e companheiros?

Veja a relação dos companheiros assassinados, a título de “justiçamento”, sob a alegação de que sabiam demais, demonstravam desejo de pensar com suas próprias cabeças e que, por isso, representavam um perigo em potencial. Não que tenham traído, mas porque poderiam (futuro do pretérito) trair:
- Márcio Leite Toledo (ALN) em 23 de março de 1971;
- Carlos Alberto Maciel Cardoso (ALN) em 13 de novembro de 1971;
- Francisco Jacques Alvarenga (RAN-Resistência Armada Nacionalista) em 28 de junho de 1973;
- Salatiel Teixeira Rolins (PCBR) em 22 de julho de 1973;
- Rosalino Cruz - “Mundico”, na Guerrilha do Araguaia;
- Amaro Luiz de Carvalho – “Capivara” (PCR), em 22 de agosto de 1971, dentro de uma Penitenciária, em Pernambuco;
- Antonio Lourenço (Ação Popular), em fevereiro de 1971, em Pindaré-Mirim/MA;
- Geraldo Ferreira Damasceno (Dissidência da Var-Palmares) em 19 de maio de 1970, no Rio de Janeiro;
- Ari da Rocha Miranda (ALN), em 11 de junho de 1970, em São Paulo.

- Que o militante da Resistência Armada Nacionalista, Francisco Jacques Alvarenga, “justiçado” dentro do Colégio em que era professor, no Rio de Janeiro, por um Comando da ALN, teve seus passos previamente levantados por Maria do Amparo Almeida Araújo, também militante da ALN?

- Que foi ela própria quem revelou esse detalhe no livro “Mulheres que Foram à Luta Armada”, de Luiz Maklouf ?

- Que Maria do Amparo Almeida Araújo é atualmente a presidente do “Grupo Tortura Nunca Mais” de Pernambuco, entidade criada para denunciar as torturas e assassinatos da chamada “repressão”?

- Finalmente, leiam este trecho, altamente significativo, considerando a identidade de seu autor: “No curso de Estado-Maior, em Cuba, esmiuço a história da revolução cubana e constato evidentes contradições entre o real e a versão divulgada pela América Latina afora (...) Muitas ilusões foram estimuladas em nossa juventude pelo mito do punhado de barbudos que, graças ao domínio das táticas guerrilheiras e à vontade inquebrantável de seus líderes, tomou o poder numa ilha localizada a 90 milhas de distância de Miami. Balelas, falsificações (...) O poder socialista instituiu a censura, impediu a livre circulação de idéias e impôs a versão oficial. Os textos encontrados sobre a revolução cubana são meros panfletos de propaganda ou relatos factuais, carentes de honestidade e aprofundamento teórico (...) O Partido Comunista é o único permitido, e em seus postos importantes reinam os combatentes de Sierra Maestra ou gente de sua confiança, em detrimento dos quadros oriundos do movimento operário (...) Os contatos com as organizações de luta armada (de toda a América Latina) são feitos através do S2 (Inteligência), conseqüência das deturpações do regime. A revolução na América Latina não seria uma questão política e sim, usando as palavras do caricato Totem, “de mandar bala”. Nos relacionamos com os agentes secretos, que tentam influenciar na escolha de nossos comandantes, fortalecem uns companheiros em detrimento de outros, isolam alguns para criar uma situação de dependência psicológica que facilite a aproximação, influência e recrutamento; alimentam melhor os que aderem à sua linha e fornecem informações da nossa Organização, concedem status que vão desde a localização e qualidade da moradia à presença em palanques nos atos oficiais; não respeitam nossas questões políticas e desconsideram nosso direito à auto-determinação”.

Totem, acima mencionado, é o general Arnaldo Ochoa, comandante do Exército em Havana, no início dos anos 70, fuzilado nos anos 80, sob a acusação de ser narcotraficante.

O que acima foi transcrito está nas páginas 178 a 181 do livro “Nas Trilhas da ALN”, de autoria de Carlos Eugênio Sarmento Coelho da Paz (“Clemente”), o último dos “comandantes” da Ação Libertadora Nacional que recebeu treinamento militar em Cuba. “Clemente” foi autor de vários assaltos a bancos, estabelecimentos comerciais, assassinatos e “justiçamentos” - ou planejamento deles - como o do seu próprio companheiro Márcio Leite Toledo e do presidente da Ultragaz em São Paulo, Henning Albert Boilesen, em 15 de abril de 1971.

Ao concluir o curso em Cuba, nos idos de 1973, “Clemente” foi viver em Paris, somente regressando ao Brasil após ter sido um dos anistiados pelo presidente Figueiredo, derrubando outro mito até hoje difundido pelas esquerdas de todos os matizes: o de que a Anistia não foi Ampla, Geral e Irrestrita. Hoje, vive no Rio de Janeiro. Dá aulas de violão para crianças e participa de eventos culturais organizados pelo Movimento dos Sem-Terra.

Carlos Eugenio Sarmento Coelho da Paz, "Clemente", jamais foi preso, apesar se gabar de ter assassinado cerca de 10 pessoas. 

Veja seus depoimentos nos links:

http://www.youtube.com/watch?v=ATte_AsJSL8&feature=youtu.be





José Genoíno, atual PT, logo após ser preso. 





(Carlos I. S. Azambuja é historiador - Fonte: http://www.ternuma.com.br/ternuma/index.php?open=20&data=1155&tipo=1)

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O Barbeiro (Ensinamento Político)

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Um florista foi ao barbeiro para cortar seu cabelo. Após o corte perguntou ao barbeiro o valor do serviço e o barbeiro respondeu:


- Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário essa semana.


O florista ficou feliz e foi embora. 



No dia seguinte, ao abrir a barbearia, havia um buquê com uma dúzia de rosas na porta e uma nota de agradecimento do florista.

Mais tarde no mesmo dia veio um padeiro para cortar o cabelo. Após o corte, na hora de pagar, o barbeiro disse:


- Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário essa semana.


O padeiro ficou feliz e foi embora.


No dia seguinte, ao abrir a barbearia, havia um cesto com pães e doces na porta e uma nota de agradecimento do padeiro.

Naquele terceiro dia veio um deputado para um corte de cabelo.


Novamente, ao pedir para pagar, o barbeiro disse:


- Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário essa semana.


O deputado ficou feliz e foi embora. 



No dia seguinte, quando o barbeiro foi abrir sua barbearia, havia uma dúzia de deputados fazendo fila para cortar cabelo.


Essa é a diferença entre os cidadãos e os políticos.





"Os políticos e as fraldas devem ser trocados frequentemente e pela mesma razão."
(Eça de Queiróz)


NA PRÓXIMA ELEIÇÃO TROQUE UM LADRÃO POR UM CIDADÃO.


(Autor desconhecido)
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Obras da Copa já estão R$ 2 bilhões mais caras

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Poder público perde controle e obras da Copa já estão R$ 2 bilhões mais caras


Pressão política que levou à alteração de parecer no Ministério das Cidades é exemplo da elevação



A fraude no Ministério das Cidades que abriu caminho para a aprovação do projeto de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá, R$ 700 milhões mais caro que o original, é apenas um dos exemplos de como o custo das obras da Copa do Mundo escapou do controle público. No que diz respeito à mobilidade urbana, os gastos totais aumentaram R$ 760 milhões, quando comparada a atual estimativa à previsão inicial de janeiro de 2010. O caso de Cuiabá foi revelado pelo Estado na última quinta-feira.

Levando-se em conta a alteração orçamentária dos estádios, o aumento total das obras da Copa supera R$ 2 bilhões.

A mudança de planos em Cuiabá atendeu aos apelos do governador de Mato Grosso, Sinval Barbosa (PMDB). Além de Cuiabá, houve aumento de preço nas obras de mobilidade urbana em outras cinco cidades: Belo Horizonte, Manaus, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro.

Em Belo Horizonte, o BRT da avenida Cristiano Machado saltou de R$ 51,2 milhões para R$ 135,3 milhões, acréscimo de 164,3%. Em Manaus, o valor global das duas obras previstas - um monotrilho, já criticado pela Controladoria-Geral da União (CGU), e uma linha rápida de ônibus - aumentou 20%.

O prolongamento da Avenida Severo Dullius, em Porto Alegre, ficou 70% mais caro. Todas as cinco obras de mobilidade urbana programadas para Recife encareceram - entre elas, o BRT Leste/Oeste - Ramal Cidade da Copa, que aumentou de R$ 99 milhões para R$ 182,6 milhões (84,40% de diferença). O Corredor Caxangá (Leste/Oeste), por sua vez, agora custa R$ 133,6 milhões, ou 80,54% a mais.

Exceção.

Em São Paulo, por outro lado, a obra do monotrilho despencou de R$ 2,8 bilhões para R$ 1,8 bilhão, o que, no conjunto, reduziu o impacto do aumento de preço em outros Estados. Já em Fortaleza não houve mudança nos investimentos. Em Brasília, a variação foi mínima: 4,48%.

O levantamento feito pelo Estado nas obras de mobilidade urbana não considera três capitais - Salvador, Natal e Curitiba -, que não aparecem na última matriz de responsabilidades divulgada pelo governo, em novembro passado. Segundo o Ministério do Esporte, esses projetos ainda estão sob análise.

No universo dos estádios que vão receber jogos da Copa do Mundo, as variações porcentuais foram ainda mais expressivas, devido a aditivos e mudanças nos próprios projetos.

Em vez de reformar o Morumbi por R$ 240 milhões, os organizadores de São Paulo optaram pela construção de uma nova arena, o Itaquerão, que deve custar R$ 820 milhões (+241,6%).

A última cifra do Maracanã é 47,25% - ou R$ 283 milhões - mais alta que a inicialmente prevista, puxada pela mudança de cobertura do estádio.

O custo do Beira Rio, de Porto Alegre, mais que dobro: foi de R$ 130 milhões para R$ 290 milhões. O caso de Brasília é curioso devido à ficção orçamentária: o valor da obra do novo Mané Garrincha caiu de R$ 745,3 milhões para R$ 688,3 milhões. A conta, no entanto, não inclui itens como cobertura, catracas, gramado nem as traves, excluídos do projeto porque serão licitados à parte. Ou seja: o valor final dessa arena é um mistério.

Justificativas.

Em resposta ao Estado sobre o estouro de custos nas obras da Copa, o Ministério das Cidades disse que "está em andamento a revisão da matriz de responsabilidades" dos projetos de mobilidade. Afirmou, ainda, que as alterações nos valores das obras devem-se ao "desenvolvimento dos projetos" e ao "detalhamento das desapropriações".
O BRT Cristiano Machado, em Belo Horizonte, por exemplo, ganhou recursos remanejados de outro projeto, "em função de estudos mais aprofundados, que mostraram a necessidade de mudanças na pavimentação e inclusão de estações de integração", informou a pasta.






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domingo, 27 de novembro de 2011

Risque meu nome do seu Orkut

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Você amigo, você fofolete, acaba o casamento, o romance, a novela, o amancebamento, o caso, o rolo, mas continuam acompanhando a vida do(a) ex no Orkut,no Facebook, nas redes sociais mais intimistas.

Um desastre. Podendo evitar, meu caro, minha princesa, evitem. Corra fora rapaz, corra, Lola, corra. Aproveitem que os laços foram cortados no plano real e passem a régua também nas espumas da virtualidade.

O mais é sofrimento à toa, reacender a fogueira do ciúme, masoquismo, perversão, sacanagem. Um risco que não vale mesmo a pena. Depois não digam que foi por falta de aviso.

Qualquer recado ou post, mesmo os mais inocentes ou sem propósito, vira um inferno na terra. Para completar, tem sempre alguém mais sacana ainda e entra no jogo, só por ruindade, dando linha na pipa da maldade.

Prefira não, amigo, caia fora mesmo, Lola.

Não adianta nem tentar dizer que não liga, que é apenas virtual, que leva na buena, que acabou tudo bem e que é civilizadíssimo. Melhor evitar aperreios no juízo.

Você já prestou atenção, meu jovem, na fartura de tragédias amorosas que tiveram como espoleta da discórdia um simples comentário na Internet, uma foto sensual no Orkut, uma alteração no status do relacionamento?

E tem outra: precisa ser muito tranqüilo para não ficar fuçando a vida do(a) entidade chamada ex. Quem resiste ai levante o dedo.

Melhor evitar o brinquedo assassino chamado ciúme, esse satanás de chifre.

Sim, tem que ser forte para cair fora, para bloqueá-lo(a), para dar um tempo inclusive na amizade forçada –não há civilização no fim do amor, a barbárie e a selvageria sempre prevalecem.

Não basta o sofrimento mais do que real da ressaca amorosa? Basta.

Como recomendava a canção das antigas, risque o meu nome do seu caderno, pois não suporto o inferno, do nosso amor fracassado.

Ninguém segura essa onda. Claro que só uma minoria maluca chega à violência, ao inconcebível. A maioria, mesmo silenciosa, sofre horrores, se acaba, o velho pote até aqui de mágoa, como diria o xará Buarque, faça não, caia fora, faz bem para manter a sanidade.

Risque o meu nome do seu Orkut, diga ao Facebook que não estamos mais em um relacionamento sério...


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Doses 'a mais' de paracetamol trazem sérios riscos à saúde

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O consumo excessivo de paracetamol pode causar danos ao fígado




Overdoses repetidas da droga provocam danos ao fígado e podem levar à morte



Ingerir paracetamol em excesso repetidamente, mesmo que apenas um pouco acima do limite recomendado, pode ser fatal. De acordo com pesquisadores da Universidade de Edimburgo, a overdose da droga é difícil de ser percebida, mas deve ser contornada o quanto antes, uma vez que o paciente corre o risco de sofrer uma falência no fígado que pode levá-lo à morte. A pesquisa foi publicada no periódico British Journal of Clinical Pharmacology.

O consumo da droga em excesso repetidamente é ainda mais perigoso do que uma overdose única. E costuma acontecer quando a pessoa sente dor e toma por várias vezes um pouco mais de paracetamol do que precisaria. “Não é uma overdose maciça, do tipo ingerida por pessoas que tentam se matar, mas com o tempo os danos se acumulam e podem ser fatais”, diz Kenneth Simpson, um dos responsáveis pelo estudo.

Um dos problemas com a overdose é que os médicos normalmente mensuram o risco do paciente por exames sanguíneos, para saber o quanto da substância está presente no organismo. No caso de uma overdose única, o exame sanguíneo de fato consegue dar informações valiosas ao médico. Pessoas com overdoses sucessivas, no entanto, podem ter níveis baixos de paracetamol no sangue, mesmo que estejam em risco iminente de falha no fígado e de morte.

Levantamento de dados - Durante a pesquisa, foram analisado 663 pacientes que haviam sido admitidos no centro médico Royal Infirmary, em Edimburgo, entre 1992 e 2008, com dano no fígado causado por paracetamol. Descobriu-se, então, que 161 deles haviam tomado overdoses sucessivas, normalmente para aliviar uma variedade de dores comuns, como dores abdominal, muscular, de cabeça e de dente.

“Na admissão no hospital, esses pacientes com overdoses múltiplas eram mais suscetíveis a terem problemas no fígado e no cérebro, precisavam de diálise renal ou ajuda para respirar. Eles tinham mais riscos de morrer do que aqueles pacientes que haviam tido apenas uma overdose”, diz Simpson. O problema é ainda mais sério para aqueles pacientes que chegam ao hospital mais de um dia após a overdose – eles têm ainda mais riscos de precisarem de um transplante de fígado.

Segundo o especialista, como mensurar o paracetamol no sangue é uma avaliação ineficaz do real estado do paciente em casos de overdoses múltiplas ou de internação tardia, é preciso que se desenvolvam novas maneiras de se fazer o diagnóstico e o tratamento.

Indicação - O paracetamol, assim como qualquer outro remédio, deve ser ingerido apenas com supervisão médica. Normalmente, cada comprimido contém cerca de 500 mg de paracetamol e recomendações gerais indicam que adultos podem ingerir até, no máximo, dois comprimidos a cada quatro ou seis horas - um máximo de oito comprimidos por dia.


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