sábado, 31 de julho de 2010

Receita de Guacamole

.



Está com vontade de comer uma típica comida mexicana? Veio a para a receita certa! Confira como se prepara Guacamole:

Rendimento

10 porções

Ingredientes

  • 1 unidade(s) de abacate
  • 2 dente(s) de alho amassado(s)
  • 2 unidade(s) de tomate picado(s), sem pele(s), sem sementes
  • 1/2 unidade(s) de cebola picado(s)
  • quanto baste de coentro picado(s)
  • quanto baste de cebolinha verde picada(s)
  • quanto baste de pimenta malagueta (ou Tabasco)
  • 4 colher(es) (sopa) de suco de limão
  • quanto baste de sal

Modo de preparo

Amasse o abacate, misture os demais ingredientes. Sirva com salgadinhos de pacote ou torradinhas.

Bom apetite!!!

.

Alfândega libera celular, câmera e relógio

.



A partir de segunda-feira, viajante que comprar esses produtos no exterior não terá mais de informar à Receita

Objetos integrarão cota de bens de uso pessoal, isentos de imposto; cigarros e bebidas terão limites específicos

A partir de segunda-feira, o viajante que comprar um telefone celular, um relógio de pulso ou uma máquina fotográfica no exterior não precisará mais declará-lo à Receita Federal ao retornar ao país. Esses objetos farão parte da cota de bens de uso pessoal, isentos de imposto.

A nova legislação, a ser publicada no "Diário Oficial da União", também isenta de tributação roupas e acessórios, adornos pessoais e produtos de higiene e beleza.
Baterias e acessórios em quantidades compatíveis, carrinhos de bebê e equipamentos de deslocamento como cadeiras de rodas, muletas e andadores também entram na lista.

Notebooks e filmadoras estão fora da lista de bens de uso pessoal. Devem ser declarados e entram na cota já existente, limitada a US$ 500 para quem usou transporte aéreo ou marítimo e a US$ 300 para quem utilizou transporte via terrestre, fluvial ou lacustre.

CIGARROS E BEBIDAS


A nova regra também colocará limites que antes dependiam da avaliação do fiscal da alfândega para serem fixados.

O viajante poderá adquirir no exterior e trazer consigo, no máximo, 12 litros de bebidas alcoólicas, dez maços de cigarros com 20 unidades cada um, 25 unidades de charutos ou cigarrilhas e 250 gramas de fumo.

Antes de embarcar, o viajante não precisará mais fazer a Declaração de Saída Temporária de produtos estrangeiros que está levando. Hoje essa medida é considerada pela Receita como excesso de burocracia.

O órgão colocará em seu site um "perguntão da bagagem", parecido com o "perguntão do Imposto de Renda", que define o que é considerado bem de uso pessoal e a quantidade permitida.

Pequenos presentes e suvenires que custem menos de US$ 10 poderão ser trazidos em no máximo 20 unidades, desde que não haja mais de dez idênticas.

FALTA DE CLAREZA


O Ministério da Fazenda e a Receita identificaram falta de clareza e transparência nas regras atuais.

Por elas, um fiscal poderia entender que duas garrafas de vinho são abusivas, enquanto outro poderia considerar uma caixa de uísque um consumo razoável.
Se o viajante comprar um iPod ou um iPad no exterior e comprovar que, durante a viagem, fez uso profissional da aquisição, não precisará declará-lo. Mas sempre precisará apresentar nota fiscal.

Caso uma brasileira chegue de viagem com um brinco de diamantes valendo US$ 50 mil nas orelhas, poderá ser questionada sobre a origem dos recursos para compra do produto, embora a joia faça parte dos bens considerados de uso pessoal.


(Thais Bilenky -Fonte: Folha)

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Viciado em trabalho

.



VICIADO...

01 - Um Viciado em Trabalho não tem quarto........ Tem escritório!


02 - Um Viciado em Trabalho não tem amigos........ Tem contatos!


03 - Um Viciado em Trabalho não tem vida............ Tem carreira!


04 - Um Viciado em Trabalho não tem sonhos......... Tem projetos!


05 - Um Viciado em Trabalho não tem encontros...... Tem reuniões!


06 - Um Viciado em Trabalho não toma cerveja........ Toma decisões!


07 - Um Viciado em Trabalho não faz sexo....... Descarrega o stress!


08 - Um Viciado em Trabalho não navega na Internet... Faz pesquisas!




09 - Um Viciado em Trabalho não tem domingo......... Tem hora-extra!


10 - Por último, fique tranqüilo, pois: Um Viciado em Trabalho não fica lendo essas postagens...



Ele Trabalha!




Ou seja, não é o seu caso...... kkkkkk .............

.

O retrocesso democrático

.


A proposta da criação do Conselho Federal de Jornalismo levanta, pela primeira vez, em âmbito nacional, a discussão sobre a existência, no governo Lula, de um projeto para reduzir o Estado Democrático de Direito, no Brasil, a sua mínima expressão.

Tenho para mim que existe um risco concreto de estar sendo envidada uma tentativa de impor um controle sobre a sociedade, se possível com a implementação de um ``direito autoritário``, desrespeitando até mesmo cláusulas pétreas da Constituição.

De início, quero deixar claro não considerar que o governo federal esteja agindo de má-fé, ao pretenderem seus integrantes impor uma república de cunho socialista, visto que nunca esconderam suas preferências, quando na oposição, pelos caminhos de Fidel Castro, de Chávez e da ditadura socialista chinesa. Prova inequívoca é o tratamento absolutamente preferencial que dão ao ditador cubano.

O que estão pretendendo impor é apenas o que sempre pregaram - embora não tenham sido eleitos para implementar programa com esse perfil. Tenho-os, entretanto, por gente de bem, que acredita num projeto equivocado de governo e de Estado - ou seja, num modelo a ser desenvolvido sob seu rigoroso controle, se possível sem oposição, que deve ser conquistada ou eliminada.

Como primeiro passo, sinalizaram que adotaram a economia de mercado, com o objetivo de não assustar investidores nacionais e internacionais, e desarmaram resistências, escolhendo uma competente equipe econômica, que desempenha papel distante dos moldes petistas, mas relevante para manter a economia em marcha e assegurar investimentos externos. É a melhor parte do governo.

A partir daí, todos os seus atos foram e são de controle crescente da sociedade. Passo a enumerar os sinais que justificam os meus receios:

1) MST - Trata-se de um movimento que pisoteia o direito, desobedecendo ordens judiciais, invadindo propriedades produtivas - muitas vezes, destruindo-as - e prédios públicos. Embora seu principal líder dê-se o direito de chamar o ministro Pallocci de ``panaca``, recebe passagens grátis do governo para pregar a desordem e a subversão. O ministro da Reforma Agrária, que o incentiva, diz, todavia, que o fantástico número de invasões - o maior que já se verificou, na história do país - é normal. Esse senhor, que saiu do MST, apóia abertamente as constantes violações da lei e da Constituição. A idéia básica é transferir toda a terra produtiva para as massas do MST.

2) Judiciário - A reforma objetiva calar um poder incômodo, que, muitas vezes, no exercício da sua função, impõe limites ao Executivo. Por isto o governo defende o controle externo desse poder, quando não admite a imposição de controle semelhante para outras carreiras do Estado, como, por exemplo, a Receita Federal e a Polícia Federal.


3) Jornalismo - O Conselho Federal do Jornalismo não objetiva outra coisa que calar os jornalistas, visto que hoje já há mecanismos legais (ações penais e por danos morais) para responsabilizar os que comentem abusos no exercício da profissão.

4) Controle da produção artística - Como na Rússia e na Alemanha nazista, pretende o governo controlar a produção artística, cinematográfica e audiovisual.

5) Agências reguladoras - Pretende-se suprimir a autonomia que a legislação lhes outorgou, para atuarem com base em critérios técnicos, e submetê-las mais ao controle do chefe do Executivo e menos dos ministérios, como se pode constatar dos anteprojetos que a imprensa já trouxe à baila.

6) Energia elétrica - O projeto é nitidamente re-estatizante.

7) Reforma Trabalhista - Pretende-se retirar o poder normativo da Justiça do Trabalho, reduzindo a força de um poder neutro.

8) Sistema ``S`` - Estuda-se, nos bastidores, retirar dos segmentos empresariais as contribuições para o Sistema ``S``, que permitem que Senai, Sesc etc. funcionem admiravelmente na preparação de mão-de-obra qualificada e recuperação de jovens sem estudo, com o que se retirará parte da força da livre iniciativa, representada pelas CNA, CNC, CNI e outras, de reagir a regimes autoritários. A classe empresarial ficará enfraquecida, se isto ocorrer.

9) Universidade - O fracasso da universidade federal está levando ao projeto denominado ``Universidade para todos``. Por ele, revoga-se, mediante lei ordinária, a imunidade tributária outorgada pela Constituição, retirando-se das escolas privadas - que fazem o que o governo deveria fazer, com os nossos tributos, e não faz - 20% de suas vagas. Como essas escolas já têm quase 30% de inadimplência, o projeto é forma de inviabilizá-las ou transferi-las para o governo.

10) Sigilo bancário - Embora haja cláusula imodificável, na Constituição, assegurando que o sigilo bancário só pode ser quebrado mediante autorização judicial, há projeto para permitir à Polícia Federal a sua quebra. Se ato desse teor for editado, terá, o governo, até as próximas eleições, acesso aos dados financeiros da vida de todos os cidadãos brasileiros, o que lhe permitirá um poder de fogo e de pressão jamais visto, nem mesmo durante o período de exceção militar.

Poderia enumerar outros pontos.

Não ponho em dúvida, volto a dizer, a honestidade dos integrantes do governo, até porque conheço quase todos, sou amigo de alguns, e estou convencido de que acreditam que essa é a melhor solução para o Brasil. Como eu não acredito que seja - pois entendo que nada substitui a democracia e que qualquer autoritarismo é um largo passo para a ditadura - e como não foi esse o programa de governo que os levou ao poder, escrevo este artigo na esperança de levar pelo menos os meus poucos leitores a meditarem em se é este o modelo político que desejam para o nosso país.


(Ives Gandra Martins)

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Stallone está certo

.



A mídia inteira está brabíssima com Sylvester Stallone porque ele disse que no Brasil você pode explodir o país e as pessoas ainda lhe agradecem, dando-lhe de quebra um macaco de presente. Alguns enfezados chegaram até a resmungar que com isso o ator estava nos chamando de macacos – evidenciando claramente que não sentem a diferença entre dar um macaco e ser um macaco.

Da minha parte, garanto que Stallone só pecou por eufemismo. Macaco? Por que só macaco? Exploda o país e os brasileiros lhe dão macaco, tatu, capivara, onça pintada, arara, cacatua, colibri, a fauna nacional inteira, mais um vale-transporte, uma quota no Fome Zero, assistência médica de graça, um ingresso para o próximo show do Caetano Veloso e um pacote de ações da Bolsa de Valores. Exploda o país como o fazem as Farc, treinando assassinos para dizimar a população, e o governo lhe dá cidadania brasileira, emprego público para a sua mulher e imunidade contra investigações constrangedoras. Seqüestre um brasileiro rico e cinco minutos depois os outros ricos estão nas ruas clamando pela libertação – não do seqüestrado, mas do seqüestrador (passado algum tempo, o próprio seqüestrado convida você para um jantar na mansão dele). Crie uma gigantesca organização clandestina, armando com partidos legais uma rede de proteção para organizações criminosas, e a grande mídia lhe dará todas as garantias de discrição e silêncio para que o excelente negócio possa progredir em paz: sobretudo, ninguém, ninguém jamais perguntará quem paga a brincadeira. Tire do lixo o cadáver do comunismo, dando-lhe nova vida em escala continental, e os capitalistas o encherão de dinheiro e até se inscreverão no seu partido, alardeando que você mudou e agora é neoliberal. Crie a maior dívida interna de todos os tempos, e seus próprios credores serão os primeiros a dizer que você restaurou a economia nacional. Encha de dinheiro os invasores de terras, para que eles possam invadir mais terras ainda, e até os donos de terras o aplaudirão porque você “conteve a sanha dos radicais”. Mande abortar milhões de bebês, e os próprios bispos católicos taparão a boca de quem fale mal de você. Mande seu partido acusar as Forças Armadas de todos os crimes possíveis e imagináveis, e os oficiais militares, além de condecorar você, sua esposa e todos os seus cupinchas, ainda votarão em você nas eleições presidenciais. Destrua a carreira de um presidente “direitista” e uns anos depois ele estará trocando beijinhos com você e cavando votos para a sua candidata comunista no interior de Alagoas.

Um macaco? Um desprezível macaquinho? Que é isso, Stallone? Você não sabe de quanta gratidão, de quanta generosidade o brasileiro é capaz, quando você bate nele para valer.

Fora essa ressalva quantitativa, no entanto, a declaração do ator de “Rambo” é a coisa mais verdadeira que alguém disse sobre o Brasil nos últimos anos: este é um país de covardes, que preferem antes bajular os seus agressores do que tomar uma providência para detê-los.

O clássico estudo de Paulo Mercadante, A Consciência Conservadora no Brasil, já expunha a tendência crônica das nossas classes altas, de tudo resolver pela conciliação. Mas a conciliação, quando ultrapassa os limites da razoabilidade e da decência, chega àquele extremo de puxa-saquismo masoquista em que o sujeito se mata só para agradar a quem quer matá-lo.

Curiosamente, muitos dos que se entregam a essa conduta abjeta alegam que o fazem por esperteza, citando a regra de Maquiavel: se você não pode vencer o adversário, deve aderir ao partido dele. Esses cretinos não sabem que, em política prática, Maquiavel foi um pobre coitado, que sempre apostou no lado perdedor e terminou muito mal. A pose de malícia esconde, muitas vezes, uma ingenuidade patética.

(Olavo de Carvalho - Diário do Comércio, 28 /07 / 2010)

Vejam que crime!!

.


Há mais de três décadas Clara Brandão criou um composto alimentar que revolucionou a nutrição infantil





A cena foi comovente. O vice-presidente José Alencar preparava-se para plantar uma árvore em Brasília quando foi abordado por uma nissei de 65 anos e 1,60 m de altura.

Era manhã da quinta-feira, 6. A mulher começou a mostrar fotografias de crianças esqueléticas, brasileiros com silhueta de etíopes, mas que tinham sido recuperadas com uma farinha barata e acessível, batizada de "multimistura".

Alencar marejou os olhos. Pobre na infância no interior de Minas, o vice não conseguiu soltar uma palavra sequer. Apenas deu um longo e apertado abraço naquela mulher, a pediatra Clara Takaki Brandão. Foi ela quem criou a multimistura, composto de farelos de arroz e trigo, folha de mandioca e sementes de abóbora e gergelim.

Foi esta fórmula que, nas últimas três décadas, revolucionou o trabalho da Pastoral da Criança, reduzindo as taxas de mortalidade infantil no País e ajudando o Brasil a cumprir as Metas do Milênio.

E o que a pediatra foi pedir ao vice-presidente? Que não deixasse o governo tirar a multimistura da merenda das crianças. Mais do que isso, ela pediu que o composto fosse adotado oficialmente pelo governo.

Clara já tinha feito o mesmo pedido ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão - mas ele optou pelos compostos das multinacionais, bem mais caros.

"O Temporão disse que não é obrigado a adotar a multimistura", lamenta Clara.

Há duas semanas a energia elétrica da sala de Clara dentro do prédio do Ministério da Saúde foi cortada. Hoje, ela trabalha no escuro.

"Já me avisaram que agora eu estou clandestina dentro do governo", ironiza a pediatra.

Mas ela nem sempre viveu na escuridão. Prova disso é que, na semana passada, o governo comemorou a redução de 13% nos óbitos de crianças entre os anos de 1999 e 2004 - período em que a multimistura tinha se propagado para todo o País.

Desde 1973, quando chegou à fórmula do composto, Clara já levou sua multimistura para quase todos os municípios brasileiros, com a ajuda da Pastoral da Criança, reduto do PT. Os compostos da multimistura têm até 20 vezes mais ferro e vitaminas C e B1 em relação à comida que se distribui nas merendas escolares de municípios que optaram por comprar produtos industrializados. Sem contar a economia:

"Fica até 121% mais caro dar o lanche de marca", compara Clara.

Quando ela começou a distribuir a multimistura em Santarém, no Pará, 70% das crianças estavam subnutridas e os agricultores da região usavam o farelo de arroz como adubo para as plantas e como comida para engordar porco.

Em 1984, o Unicef constatou aumento de 220% no padrão de crescimento dos subnutridos. Dessa época, Clara guarda o diário de Joice, uma garotinha de dois anos e três meses que não sorria, não andava, não falava. Com a multimistura, um mês depois Joice começou a sorrir e a bater palmas.


Hoje, a multimistura é adotada por 15 países. No Brasil só se transformou em política pública em Tocantins.

Clara acredita que enfrenta adversários poderosos. (alguém tem alguma dúvida ???)

Segundo ela, no governo, a multimistura começou a ser excluída da merenda escolar para abrir espaço para o Mucilon, da Nestlé, e a farinha láctea, cujo mercado é dividido entre a Nestlé e a Procter & Gamble

"É uma política genocida substituir a multimistura pela comida industrializada", ataca a pediatra.

A antiga Coordenadora Nacional da Pastoral da Criança, a saudosa Zilda Arns, reconheceu que a multimistura foi importante para diminuir os índices de desnutrição infantil.

"A multimistura ajudou muito", diz. "Mas só ela não é capaz de dizimar a anemia; também se deve dar importância ao aleitamento materno."

"ISTO É" procurou as autoridades do Ministério da Saúde ao longo de toda a semana, mas nenhuma delas quis se pronunciar.

"O multimistura é um programa que não existe mais", limitou-se a informar a assessoria de imprensa.

(Fonte: IstoÉ)

Visão de Marketing

.





Vote na Dilma e ganhe, inteiramente gratis, um José Sarney de presente agregado ao Michel Temmer.

Mas não é só isso, votando na Dilma você também leva, inteiramente grátis (GRÁTIS???) um Fernando Collor de presente.

Não pense que a promoção termina aqui.

Votando na Dilma você também ganha, inteiramente grátis, um Renan Calheiros e um Jader Barbalho.

Mas atenção: se você votar na Dilma, também ganhará uma Roseana Sarney no Maranhão, uma Ideli Salvati em Santa Catarina e uma Martha Suplício em S.Paulo.

Ligue já para a Dirceu-Shop, e ganhe este maravilhoso pacote de presente: Dilma, Collor, Sarney pai, Sarney filho, Roseana Sarney, Renan Calheiros, Jáder Barbalho, José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoíno, e muito, muito mais, com um único voto.

E tem mais, você também leva inteiramente grátis, bonequinhos do Chavez, do Evo Morales, do Ahmadinejad, do Hammas e uma foto autografada das FARC´s da Colombia.
Isso sem falar no poster inteiramente grátis dos líderes dos "Sem Terra" Pedro Stedile e José Rainha, além do Minc com uniforme de guerrilheiro e sequestrador.

Ganhe, ainda, sem concurso, uma leva de deputados especialistas em mensalinhos e mensalões. E mais: ganhe curso intensivo de como esconder dinheiro na cueca, na meia, na bolsa ..., ministrado por Marcos Valério e José Adalberto Vieira da Silva e José Nobre Guimarães.

Tudo isto e muito mais..


.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Ilusão dos direitos

.



Por hipótese (na minha opinião, razoavelmente correta) a Constituição de 1988 revelou claramente a preferência da sociedade brasileira por uma organização "democrática destinada a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça", como está explícito em seu preâmbulo. Ela incorpora algumas dificuldades. Por exemplo, a educação é "direito de todos e dever do Estado" (art. 205).

Exatamente da mesma forma que, durante anos, os ônibus em São Paulo traziam impresso em letras garrafais o slogan "transporte, direito do povo e dever do Estado". Direito que o "povo" nunca viu e o Estado nunca cumpriu...

Tais desejos são generosos, mas devem ser entendidos como objetivos a serem perseguidos. Ninguém pode ser contra tornar a educação, a saúde, a aposentadoria "direito de todos e dever do Estado".

Mas ninguém pode supor, por outro lado, que esse conjunto de "direitos" está assegurado apenas porque se afirma que eles são um "dever do Estado"! Para atendê-los são necessários recursos físicos (não sua expressão monetária). Ora, o Estado não produz qualquer recurso.
Para atender às suas tarefas, ele tem de extraí-los como tributos de todos os cidadãos.

Aliás, para distribuir 100 ele precisa extrair 110, porque consume 10 na sua própria subsistência.

Se o Estado não tiver recursos e tiver de cumpri-los aumentando sua dívida (interna ou externa), começa a cavar um fosso que elevará a taxa de juros e tornará ainda maior no futuro a falta de recursos, pela redução do crescimento do PIB.

Se, por outro lado, a política monetária for laxista, aumentará a taxa de inflação (um péssimo imposto) para extrair do setor privado o que ele irá receber como "direito". Lamentavelmente, por um princípio físico (que não responde a "vontade política"), é do couro que sai a correia...

Temos ainda um agravante. O sistema tributário que emergiu da Constituição de 1988 ignora o federalismo ínsito na construção do Brasil além de ser muito ineficiente e injusto.

Talvez sua maior perversidade não esteja no peso exagerado da carga tributária com relação ao PIB (certamente a maior do mundo para nosso nível de renda per capita), mas na sua alta regressividade: quem ganha menos paga proporcionalmente mais.

Em princípio, portanto, os "direitos" são pagos em boa parte por aqueles que potencialmente os exerceriam, mas que os recebem como serviços da pior qualidade, prestados por um Estado ineficiente.

(Antonio Delfim Netto - Folha)

Piada sinistra

.



Os programas de humor da TV estão proibidos de fazer imitações, sátiras e gozações com os candidatos às próximas eleições. Essa piada sinistra (copyright Nelson Rodrigues) atende pelo nome fantasia de resolução 23.191/2009 do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Mas a palavra correta é censura. O texto veta qualquer fala ou cena que "degrade ou ridicularize candidato, partido político ou coligação".

Isso dobra a responsabilidade dos candidatos a presidente, governador, deputado ou senador. Por causa da resolução, caberá exclusivamente a eles a função de degradar a si próprios ou de se ridicularizarem uns aos outros. O que eles já fazem o ano inteiro, certo. Mas, agora, com a mordaça aos humoristas, terão de ser comediantes em tempo integral.

O apoio de Fernando Collor a Dilma Rousseff, por exemplo, cumpre as funções citadas acima e também o inverso delas -a aceitação desse apoio, idem. E os apitos emitidos pelo deputado Indio da Costa, vice de Serra, sobre supostas ligações do PT, também dispensam a intervenção de meus amigos do "Casseta & Planeta" -os sobressaltos que Indio provoca em Serra já são hilariantes por si.

Na verdade, não ficaremos sem o humor político na TV. O horário gratuito obrigatório preencherá esta lacuna. Pena que, escrito por redatores de quinta e interpretado por canastrões, sua capacidade de fazer graça logo se esgotará. Em poucos dias, ao vê-lo surgir na tela, empatando a programação, o normal será que o telespectador desligue a TV e saia chutando baldes.

Mas nem tudo está perdido. As gozações, sátiras e imitações, assim como graves acusações, com ou sem fundamento, continuarão a circular -na internet. E, se conseguirem censurar a internet, sempre restarão as esquinas e os botecos, que é onde o povo exerce o seu irreprimível humor político.


(Ruy Castro - Folha)

terça-feira, 27 de julho de 2010

Desejos íntimos

.



No território da intimidade, os homens se sentem massacrados por uma suposta superioridade feminina


Mulheres reclamam de falta de intimidade. Acreditam que os homens são incapazes de serem mais subjetivos. Queixam-se por eles serem infantis, superficiais, incapazes de expressar seus sofrimentos, vontades e emoções.

Elas afirmam que, para os homens, intimidade se resume a fazer sexo, uma proximidade apenas física. Intimidade, dizem elas, é muito mais do que sexo. É uma maneira especial de estar juntos, conversar, escutar, compartilhar o silêncio, uma profunda comunicação psicológica, uma forma única de entrega amorosa.

Elas se sentem lesadas por investirem muito mais do que eles em um relacionamento.

Uma mulher, que acredita ser "100% heterossexual", conta que está vivendo uma relação extraconjugal com outra mulher. Diz que a amante lhe dá o que falta no casamento: atenção, carinho, delicadeza, diálogo e intimidade física e emocional.

"Meu marido não sabe dar um abraço aconchegante ou escutar verdadeiramente. Acho que os homens são ignorantes em tudo o que diz respeito à intimidade."

Outra revela que tem um amante virtual com quem conversa todas as madrugadas. Ela diz que vive, o que pode parecer um paradoxo, uma intimidade à distância: "Nunca tive conversas tão profundas com meu marido. Sei que pode ser só uma fantasia e que tudo pode acabar se nos encontrarmos no mundo real. Mas prefiro a intimidade que temos no mundo virtual do que a intimidade que jamais tive no mundo real, mesmo que seja apenas uma ilusão de intimidade."

A objetividade, praticidade e racionalidade masculinas, valorizadas em outros contextos, tornam-se impedimentos para um relacionamento íntimo, dizem elas.

Elas se consideram mais sensíveis, maduras e reflexivas. Eles são considerados mais carnais e sexuais. Nos discursos femininos percebe-se a ideia de que a natureza da mulher, em termos de autoconhecimento e exploração da subjetividade, é superior à masculina.

A recorrência da falta de intimidade como principal queixa feminina parece fazer parte de um jogo de dominação entre os gêneros, que legitima o poder das mulheres em tudo o que diz respeito ao mundo privado, às emoções e às relações amorosas.

No domínio da intimidade, os homens se sentem massacrados por uma suposta superioridade feminina.

Um deles, cansado das excessivas reclamações da esposa, pergunta ironicamente: "Será que está na hora de queimar as gravatas em protesto contra a permanente insatisfação das mulheres?".


(Miriam Goldenberg - antropóloga e professora da UFRJ - Fonte: Folha)

Dor

.






Só sabe o que é a dor aquele que a está sentindo. Passada a dor, ela fica na memória. Passa a morar no passado



Gosto da Adélia Prado por várias razões. É poeta. Tem o jeitão mineiro. E é teóloga. Sempre que ela fala sobre os mistérios do mundo sagrado eu me calo e medito. Quase sempre as palavras dela iluminam as minhas dúvidas. Sugestão para algum estudante que esteja à procura de tema para dissertação: "A Teologia da Adélia Prado"...

Mas hoje peço perdão. Discordo do que ela escreveu. Estava falando sobre a coisa mais terrível que há no mundo, o demônio, e foi isso, mais ou menos, o que ela escreveu. Digo "mais ou menos" porque não sei de cor e não posso consultar os livros dela que estão encaixotados, prontos para uma mudança, que julgo, será a última...

Foi isso que acho que ela disse: "O céu será igualzinho a essa vida, menos uma coisa: o medo..." Tanta coisa boa! Não é preciso mais nada. O que está aí chega. Precisa só tirar uma coisa, uma única coisa, e a Terra se transformará no céu. Qual é o nome dessa coisa terrível? Ela responde: o medo.

Concordo. Mas acho que tem coisa pior, que é a causa de todos os medos: a dor.

Nunca tive medo de cálculo renal. A despeito de nunca ter tido medo, ele veio, sem pedir licença e sem consultar se eu tinha medo ou não. Foi assim que conheci pela primeira vez a dor do inferno. Cessam todos os pensamentos. O corpo só deseja uma coisa: parar de sentir dor, a qualquer preço.

Dor não tem jeito de explicar. Bernardo Soares diz que tudo o que é sentimento é inexplicável. O artista, para comunicar seus sentimentos inexplicáveis, se vale de um artifício: invoca um sentimento "parecido".

De que comparação vou me valer para explicar a dor a alguém que não a está sentindo? Só sabe o que é a dor aquele que a está sentindo, no presente. Enquanto a dor está doendo, meu corpo -não minha cabeça- sabe o que ela é. Passada a dor, ela fica na memória. Passa a morar no passado. Mas isso que está na memória não é conhecimento da dor porque o passado não dói. A memória da dor, por terrível que tenha sido, não me dá conhecimento da dor, depois que ela se foi.

Minha memória mais antiga de dor me leva de volta à roça onde vivi quando menino. Lembro-me, mas não sinto. Acho até engraçado. Era dor de dente. A dor fazia ele inchar até ficar do tamanho do universo- e eu, chorando, sem saber contar a minha dor, dizia que tinha inveja das galinhas que não tinham dentes... Foi meu primeiro encontro.

Mais tarde ela voltou sem se anunciar. Não a mesma. Cada dor é única. Chegou bruta, definitiva. Lutei usando as armas que se compram nas farmácias. Inutilmente.

Levaram-me (nesse ponto eu já não era dono de mim mesmo; estava à mercê dos outros) então para o hospital. As injeções são mais potentes que os comprimidos. Aplicaram-me seis Buscopan. A dor não tomou conhecimento. Ficou mais forte. Comecei a vomitar. O médico, reconhecendo a derrota dos recursos penúltimos, dirigiu-se à enfermeira e disse o nome do último, nenhum mais forte: "Aplica uma Dolantina nele..."

Ela aplicou. Passados cinco minutos, senti a mais deliciosa sensação que tive em toda minha vida. Não era sensação de nada. Que me importava música, sexo ou flores? Era simplesmente a sensação de não ter dor. Pensei se essa euforia não deveria ser o estado normal da alma, sempre que o corpo não estivesse sentindo dor...

Rindo e feliz, brinquei que o Paraíso morava dentro de uma ampola de Dolantina...


(Rubem Alves - Fonte: Folha)

Explosão emocional, o lado bom

.



O uso constante de mecanismos de controle emocional pode elevar demais os níveis de tensão, prejudicando a saúde física e mental

A sensação de calor percorre o corpo, o coração dispara, a mente fica confusa: ataque de raiva a caminho.

Manter esse tipo de emoção sob controle é visto como sinal de equilíbrio. Mas novos estudos apontam que evitar a explosão pode fazer mal, tornando a pessoa mais tensa e fechada.

Pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, entrevistaram jovens que estavam entrando na faculdade. Concluíram que os que receberam maiores notas por suprimir emoções tinham mais dificuldade para fazer amigos.

Em outro estudo, pessoas instruídas a demonstrar indiferença ao comentar um documentário sobre bombardeios não conseguiam disfarçar a tensão nas conversas. De acordo com o estudo, as pessoas desenvolvem estratégias para controlar o que expressam, e essas técnicas se tornam subconscientes.

Não esconder a raiva pode até ajudar no desenvolvimento profissional, dizem os pesquisadores. Só uma explosão pode ser capaz de demonstrar, em alguns casos, o quanto se foi ofendido.

"Às vezes, é preciso mostrar o grau de absurdo de uma situação reagindo com espanto. Mostrar que se está perdendo o controle é um caminho para o outro perceber que limites foram invadidos", diz a psicóloga e psicoterapeuta Suely Mizumoto.

Não significa transformar o "rodar a baiana" em padrão. "É preciso usar a tonalidade emocional certa para se fazer entender: o importante não é o que é dito, mas como é dito", afirma Mizumoto.

Fazer uso constante dos mecanismos de controle emocional eleva o nível de tensão, que se manifesta em dores, estresse ou são base de doenças psicossomáticas.

"Sempre que não damos vazão às emoções e sentimentos, não temos vida plena. Há um colapso -e o termo é esse mesmo- do nosso equilíbrio", afirma Elko Perissinotti, coordenador do grupo de resiliência do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.

A pessoa vai aos poucos se descaracterizando, por não lidar com conflitos e nunca discordar, diz Mizumoto. "O indivíduo pode chegar à depressão, fica triste com ele mesmo ao não revidar."

Qualquer posicionamento pode, por vezes, ser experimentado como oposição. "Isso obriga aquela pessoa que sente muita necessidade de se sentir aceita, a estar em constante posição de uma concordância aparente. Torna-se falsa para si mesma."

Às vezes, o ataque de fúria é desproporcional à situação que o causou porque foi alimentado por fatos anteriores, acumulados.

A auxiliar administrativa Marisa Massetti, 52, diz que prefere explodir a engolir sapo. "Até os 30, não era assim. Com o passar dos anos e os problemas que surgiram, aprendi a me defender."

Ela diz que procura sempre expor seu ponto de vista e conversar, mas, se for preciso, "arma um barraco".

"Reprimir a raiva causa um mal danado", afirma Vera Martins, mestre em comunicação e especialista em medicina comportamental.

Segundo ela, a pior forma de manejar emoções negativas é engolindo sapos. A reação ideal é a assertiva, que pode ser atrapalhada pelo medo. Medo de magoar os outros, criar conflitos, perder o emprego, por exemplo.

O trabalho é o ambiente mais fértil para que a explosão germine. "É o local onde a pessoa se sente mais ameaçada, cobrada", diz Vera, que dá consultoria de desenvolvimento em empresas.

A consultora fez uma pesquisa com 220 funcionários e detectou que 48% reagem de maneira defensiva: ou engolem sapos, ou são agressivos ou são dissimulados. "O problema é tomar decisões sob o efeito exclusivo da raiva, a pessoa se torna vulnerável."

Um estudo de Harvard mostra que a raiva pode ser benéfica para a carreira. Os empregados que não hesitam em defender seus pontos de vista são respeitados e lembrados para promoções.

Mas o resultado só é positivo se houver assertividade: acesso descontrolado de fúria não tem o mesmo efeito.

FÚRIA CALCULADA

A modelo gaúcha Aline Garcia, 20, diz que não se deixa intimidar pelas pressões do mundo da moda. "O cliente fala o que ele espera de um trabalho, mas eu sempre digo o que eu penso", afirma.

"É preciso se expressar, sim, mas não se deve ficar calculando as reações. À medida que vamos ganhando maturidade, mais automatizada estará a expressão dos sentimentos", diz o psiquiatra Perissinotti, do HC.

O ser humano fica mais capacitado a controlar seus impulsos e suprimir suas emoções à medida que cresce. Crianças usam as mãos para esconder um sorriso, mas um adulto consegue disfarçar suas expressões.
Também é possível escolher as emoções, prestando atenção a um elogio e ignorando uma crítica. Estudo da Universidade de Brandeis descobriu que pessoas com mais de 55 anos têm mais facilidade do que jovens para focar imagens positivas quando estão de mau humor.

Perissinotti diz que quanto maior a percepção da realidade, maior a flexibilidade para lidar com confrontos.

"Todas as pessoas buscam independência, liberdade e felicidade, mas é preciso se conformar com uma pequena cota de cada; quem não se dá conta de que as três condições não existem em plenitude acaba se decepcionando."

(Marcelo Justo/Folhapress)