quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Valério depôs à Procuradoria e citou Lula e Palocci

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O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como o operador do mensalão e condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), prestou novo depoimento ao Ministério Público Federal no fim de setembro e citou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro Antonio Palocci, de acordo com o jornal "O Estado de S. Paulo".

O depoimento feito por Valério é mantido sob sigilo. Segundo o jornal, o empresário mencionou outras remessas de recursos para o exterior, além das que foram feitas para o publicitário Duda Mendonça, que trabalhou na campanha de Lula em 2002 e foi absolvido pelo Supremo no processo do mensalão.

Ainda segundo a reportagem, Valério afirmou que poderá dar mais informações sobre suas acusações se for incluído no programa de proteção à testemunha. O empresário alega ter sido ameaçado de morte.

O pedido de inclusão ao programa de testemunhas foi formalizado com o envio de um fax ao STF no fim de setembro, como revelou a revista "Veja".

O empresário Marcos Valério, réu no processo do mensalão.

O ministro Ayres Britto, presidente do STF, disse na última terça-feira (30) que o fax com o pedido de delação a Valério é 'hiperlacônico'. "Em minha opinião, a essa altura, não [tem interferência]", disse o ministro.

Se tiver seu pedido atendido, Valério poderia se livrar da prisão, já que pessoas que fazem parte do programa precisam mudar de nome e vivem em local sigiloso.

Valério foi condenado no STF por formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato e lavagem de dinheiro. Suas penas do julgamento do mensalão somadas passam de 40 anos. Como a soma supera oito anos, o empresário deve cumprir parte da pena em regime fechado.

Segundo "O Estado de S. Paulo", o empresário também citou em seu novo depoimento o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, morto em 2002.

O Ministério Público vai analisar se abre ou não novo processo para investigar a veracidade das informações, segundo o jornal. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, vai avaliar se aceita ou não incluir Valério no programa de proteção a testemunhas.







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