quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Filhos são como navios

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Ao olhar um navio no porto, imaginamos que esteja em seu lugar seguro, protegido por uma forte âncora. Entretanto, sabemos que ele ali está em preparação, em abastecimento e em provisão para se lançar ao mar, ao destino para o qual foi criado, indo ao encontro das próprias aventuras e riscos.

Dependendo do que a força da natureza lhes reserva, poderá ter que desviar da rota, traçar outros caminhos ou procurar outros portos.

Certamente, retornará fortalecido pelo aprendizado adquirido, mais enriquecido pelas diferentes culturas percorridas. E, haverá muita gente no porto feliz à sua espera.

Assim, são os filhos. Estes têm nos pais o seu porto seguro até que se tornem independentes. Por mais segurança sentimentos de preservação e de manutenção que possam sentir junto aos seus pais, eles nasceram para singrar os mares da vida, correr seus próprios riscos e viver suas próprias aventuras. Certo que levarão consigo os exemplos de seus genitores e, também, os conhecimentos que adquiriram na escola, mas, a principal provisão é a capacidade de ser feliz que estará no interior de cada um.

Sabemos, no entanto, que não existe felicidade pronta, algo que se guarda num esconderijo para ser doada e transmitida a alguém.
O lugar mais seguro que o navio pode estar é o porto. Mas, ele não foi feito para permanecer ali. Os pais pensam que sejam o porto seguro dos filhos, entretanto, não podem se esquecer do dever de prepará-los para navegar mar adentro e encontrarem os seus próprios lugares, onde se sintam seguros certos de que deverão ser, em outro tempo, este porto seguro para outras pessoas.

Ninguém pode traçar o destino dos filhos, mas, deve estar consciente de que na bagagem devem levar valores herdados como: humildade, humanidade, honestidade, disciplina, gratidão e generosidade.

Filhos nascem dos pais, mas, devem se tornar cidadãos do mundo. Os pais podem querer o sorriso dos filhos, mas, não podem sorrir por eles. Podem desejar e contribuir para a felicidade dos filhos, mas, não podem ser felizes por eles.

A felicidade consiste em ter um ideal. A buscar e ter a certeza de estar dando passos firmes no caminho da busca. Os pais não devem seguir os passos dos filhos e nem devem estes descansar no que os pais conquistaram. Devem seguir de onde os seus genitores chegaram, de seu porto, e, como os navios, partirem para as próprias conquistas e aventuras. Mas, para isso, precisam ser preparados e amados, na certeza de que:

Quem ama educa e, como é difícil soltar as amarras...


(Autor desconhecido)
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