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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A lenda da criação das Cataratas do Iguaçu

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São cerca de 275 quedas de água no Rio Iguaçu, bacia hidrográfica do Rio Paraná.

O Parque Nacional do Iguaçu é considerado um Patrimônio Natural da Humanidade, tem uma área correspondente a 250 mil hectares de floresta subtropical, natureza viva.

Uma linda lenda tupi-guarani explica o surgimento das Cataratas do Iguaçu:

"Há muitos anos atrás, o Rio Iguaçu corria livre, sem corredeiras e nem cataratas. Em suas margens habitavam índios caingangues, que acreditavam que o grande pajé M’Boy era o deus-serpente, filho de Tupã.

Ignobi, cacique da tribo, tinha uma filha chamada de Naipí, que iria ser consagrada ao culto do deus M’Boy, divindade com a forma de grande serpente.

Tarobá, jovem guerreiro da tribo se enamora de Naipi e no dia da consagração da jovem, fogem para o rio que os chama: - "Tarobá, Naipí, vem comigo!" Ambos desceram o rio numa canoa.

M’Boy, furioso com os fugitivos, na forma de uma grande serpente, penetrou na terra e retorceu-se, provocou desmoronamentos que foram caindo sobre o rio, formando os abismos das cataratas.

Envolvidos pelas águas, caíram de grande altura.

Tarobá transformou-se numa palmeira à beira do abismo, e Naipí, em uma pedra junto da grande cachoeira, constantemente açoitada pela força das águas.

Vigiados por M’Boy, o deus-serpente, permanecem ali, Tarobá condenado a contemplar eternamente sua amada sem poder tocá-la.


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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Quando tudo parece perdido...

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Conta uma antiga lenda que, na Idade Média, um homem muito religioso foi injustamente acusado de ter assassinado uma mulher. 

Na verdade, o autor era pessoa influente do reino e, por isso, desde o primeiro momento procurou-se um 'bode expiatório' para acobertar o verdadeiro assassino. O homem foi levado a julgamento e o resultado seria a forca.

Ele sabia que tudo iria ser feito para condená-lo e que teria poucas chances de sair vivo da historia. 


O juiz, que também fazia parte da conspiração que iria levar o pobre homem à morte, procurou simular um julgamento justo, propondo o seguinte:

Disse o juiz: 


- Sou de uma profunda religiosidade e por isso vou deixar sua sorte nas mãos do Senhor; vou escrever em um pedaço de papel a palavra INOCENTE e em outro pedaço, a palavra CULPADO. Você escolherá um dos papeis e aquele que você escolher, será o veredicto. O Senhor, por suas mãos, decidirá seu destino, determinou o juiz. 


Sem que o acusado percebesse, o juiz separou os dois papeis, mas em ambos escreveu CULPADO, de maneira que, naquele instante, não existia nenhuma chance do acusado se livrar da forca. Não havia saída. Não havia alternativas para o pobre homem. 


O juiz colocou os dois papéis em uma mesa e mandou o acusado escolher um. 


O homem pensou alguns segundos e pressentindo o que estava ocorrendo, aproximou-se confiante da mesa, pegou um dos papeis e, rapidamente, colocou-o na boca e o engoliu. 


Os presentes ao julgamento reagiram surpresos e indignados com a atitude do homem.

- Mas o que você fez ? E agora ? Como vamos saber qual o veredicto ?

- É muito fácil, respondeu o homem - basta olhar o pedaço que sobrou e saberemos, pois
escolhi e engoli o seu contrário. 

Imediatamente o homem foi libertado.





Moral da história:


Atitudes sábias valem mais do que se perder em explicações...

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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A Lição do Escorpião

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Um mestre do Oriente viu quando um escorpião estava se afogando e decidiu tirá-lo da água, mas quando o fez, o escorpião o picou. Como reação à dor, o mestre o soltou e o animal caiu de novo na água e estava novamente se afogando.

O mestre tentou tirá-lo novamente e outra vez o animal o picou.
Alguém que estava observando se aproximou do mestre e lhe disse:

-Desculpe-me mas você é teimoso! Não entende que todas as vezes que tentar tirá-lo da água ele irá picá-lo?

O mestre respondeu:

-A natureza do escorpião é picar, e isto não vai mudar a minha, que é ajudar. 

Então, com a ajuda de uma folha, o mestre tirou o escorpião da água, salvou sua vida, e continuou: 

-Não mude sua natureza se alguém lhe faz algum mal; apenas tome precauções.

Alguns perseguem a felicidade, outros a criam.

Quando a vida lhe apresentar mil razões para chorar, mostre-lhe que tem mil e uma razões para sorrir.

Preocupe-se mais com sua consciência do que com sua reputação. Porque sua consciência é o que você é, e sua reputação é o que os outros pensam de você.

E o que os outros pensam… é problema deles.


(Autor desconhecido)
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domingo, 30 de janeiro de 2011

Lenda Chinesa

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Certa lenda chinesa conta, que estavam duas crianças patinando em cima de um lago congelado, em uma tarde nublada e fria. 

As crianças brincavam sem preocupação, quando, de repente, o gelo se quebrou e uma das crianças caiu na água.
 
A outra criança vendo que seu amiguinho se afogava debaixo do gelo, pegou uma pedra e começou a golpear com todas as suas forças, conseguindo quebrá-lo e salvar o amigo. Suas mãos ficaram feridas e doía muito todo o seu corpo.
 
Quando, finalmente, alguns homens chegaram para ajudar e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino:
 
- Como você conseguiu fazer isso? É impossível que você tenha quebrado o gelo com essa pedra e suas mãos tão pequenas!
 
Nesse instante apareceu um ancião e disse:

- Eu sei como ele conseguiu.
 
Todos olharam para ele aguardando a resposta. O ancião então respondeu:
 
- Não havia ninguém ao seu redor para dizer-lhe que ele não era capaz.

(http://www.kungfucuritiba.com.br/lendas_chinesas.htm)

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Lenda do urubú e do pavão.

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Conta a lenda que em uma planície viviam um Urubu e um Pavão. Certo dia, o Pavão, sob a sombra de uma árvore, refletiu:
- Sou a ave mais bonita do mundo animal, tenho uma plumagem colorida e exuberante, porém nem voar eu posso, de modo a mostrar minha beleza.Feliz é o Urubu que é livre para voar e sua beleza mostrar.

O Urubu, por sua vez, também refletia no alto de uma árvore:
- Que infeliz ave sou eu, a mais feia de todo o reino animal e ainda tenho que voar e ser visto por todos;quem me dera ser belo e vistoso tal qual aquele Pavão.

Foi quando ambas as aves tiveram uma brilhante idéia em comum e se juntaram para discorrer sobre ela e decidiram: cruzar-se seria ótimo para ambos, gerando um descendente que voasse como o Urubu e tivesse a graciosidade de um Pavão.

Então cruzaram... E daí nasceu o PERU,
QUE É FEIO PRA CARAMBA E NÃO VOA!!!


Moral da história
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"Se está ruim, não faça gambiarra, porque pode piorar"...

quarta-feira, 24 de março de 2010

O Saci-Pererê, o duende mais popular do Brasil

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O Saci é o duende mais popular do Brasil. Sua lenda ocorre no Sul, no Centro e no Norte do Brasil.

Gozando da faculdade de se transformar, como todos os personagens elementais, ora é visto sob a forma de um pequeno tapuio, sozinho ou acompanhado por uma horrível megera, ora como um negrinho unípede, de barrete vermelho que aparecia aos viajantes extraviados na floresta, mas pode ainda, aparecer disfarçado de uma ave. Na maioria das lendas Tupis, o Saci é encontrado na forma de um pássaro. Distingue-se pelo canto, que consiste em duas sílabas: "sa-cim".

O cântico dos pássaros sempre esteve ligado ao fato da crença greco-romana dos augúrios que se julgava poder tirar-se da aparição, do vôo ou do canto das aves.

Quando os Tapuias ouviam o canto do Saci, os velhos o esconjuravam, as crianças procuravam o aconchego do colo de suas mães, os pais tremem, mas não negam o fumo que espalham pelas cercas dos quintais, para que o Saci se cale e se retire, levando com que satisfazer o vício de fumar.

LENDA DA ORIGEM INDÍGENA DO SACI

Um tuixaua tinha dois filhos. O tio odiava os sobrinhos e convidou-os para ajudá-lo em uma derrubada de árvores para fazer um plantio. Os dois sobrinhos aceitaram.

Chegando na floresta, o tio embriagou os jovens e os assassinou por pura maldade.

Depois um dos assassinados perguntou ao outro:

-"Eu tive um sonho muito estranho e tu o que sonhaste?"

-"Sonhei, diz o outro, que nos lavávamos com carajuru".

-"O mesmo sonhei eu".

E resolveram voltar para a casa da avó. Vendo-os, a velha já ia aquecer o jantar, mas os dois netos disseram:

-"Ah! nossa avó, nós não somos mais gente, e sim só espíritos. Assim, sendo, nós teremos que te deixar, mas quando ouvires cantar: Tincauan...Tincauan!...foge para casa. Mas quando cantarmos: Ti....Ti...Ti...., então nos reconhecerás.

Ficaram os jovens, desde então, mudados em dois pássaros de agouro, de mistério e de morte. Um é Saci, o outro é o Matintaperera. Ambos nascidos de uma tragédia, só espalham desgraças e semeiam pavores.

Impondo-se à crendice popular como um pássaro possuído pelo demônio, o Saci, adquiriu feições de gente e à noite vagueava pelas estradas, cantando e assobiando.

Contam que nos tempos coloniais, quando se avistava uma moça magra, triste, pálida, logo diziam:

- "Isso é obra de Saci", porque, segundo os velhos colonos, as moças se apaixonavam por ele, sendo a morte a conseqüência inevitável desta paixão. Daí as quadrinhas consagradas no folclore popular:

"Menina, minha menina,

Quem te fez tão triste assim?

De certo foi Saci

Que flor te fez do seu jardim."

Sua imagem e sua lenda, sofreram transformações quando em contato com elementos africanos e europeus. Suas características comportaram muitas variantes. Cada qual o vê a seu modo. De suas diabruras foram narradas coisas espantosas. Não se têm conta do número de molecagens e sortilégios que o diabinho infantil praticou. À noite dava nó na crina dos cavalos, roubava os ninhos das galinhas, cuspia nas panelas quando a cozinheira era preta, deixava as porteiras abertas, assobiava como o vento nas janelas e nas portas, etc.

O cavalo era uma das suas vítimas preferidas. Segundo a crendice popular, o Saci corre as pastagens, lança um cipó no animal escolhido e nunca errou, trança-lhe a crina para amarrar com ela o estribo e, de um salto, ei-lo montado. O cavalo toma-se de pânico e deita a corcovear campo a fora, enquanto o Saci lhe finca o dente no pescoço e chupa seu sangue.

Uma curiosidade em relação ao Saci-Pererê é que ele pode tornar-se invisível com o uso do sua carapuça vermelha. Contam alguns, que onde se forma um redemoinho de vento que levanta muito poeira (pé de vento), é certo que dentro dele há um Saci. Para capturá-lo, deve-se jogar dentro dele um rosário ou uma peneira. Todo o Saci, como todo o diabinho, tem horror de cruz. Já outros, afirmam que ele usa um barrete feito de marrequinhas (flores da corticeira) e é o Saci que governa as moscas importunas, as mutucas e os mosquitos.

Mas porque nosso Saci tem uma perna só?

O Saci é considerado um fiel representante de um período social da história do Brasil: a época da escravidão. Portanto, não é por acaso que o Saci apresenta-se com uma perna só, pois todos os escravos fugidos que eram recapturados passavam por muitas torturas e muitas vezes eram esquartejados. O Saci retrata este negro escravo em sua luta contra o dominador e o discriminador. A falta da perna não é só metáfora, mas sim algo que realmente acontecia nesta época e passou para o folclore a partir das amas negras, ao contarem suas estórias para embalar os sonhos das crianças brancas.

Com o passar do tempo, a imagem do Saci rebelde e desordeiro, foi amenizada, forçosamente controlada e passou então para estória brasileira como um símbolo nacional, um mestiço que une classes sociais e as etnias. Mas sabemos que a verdade não é bem essa....!

O valioso livro "Contos Populares" de Lindolfo Gomes, conta-nos um curioso caso, em que domina o Saci. E, das eruditas notas explicativas, transcrevemos:

"A respeito do Saci, há uns que afirmam ser um negrinho de uma banda, ou de uma perna só, gênio em alguns casos benfazejo e protetor e em outros, perverso e malfazejo, que vaga à noite pelas estradas a perseguir os viajantes ou penetrar nos lares para praticar toda a sorte de malefícios e acender seu cachimbo, sempre armado de um cacetinho, pronto a descarregá-lo no lombo alheio. Já para outros, o Saci é um passarinho cabuloso e maléfico. Percebe-se logo que este mito saci foi com o decorrer dos tempos se ampliando de elementos míticos estranhos, como por exemplo, os da Escócia, com os quis, segundo Ramiz Galvão, muito se assemelha o "Trilby", do conto de Nodier e o diabrete "Robin", de que nos fala Shaskespeare, ora tão prestativo e ora tão perverso para com a gente da casa em que se instala."

Há também ainda, quem lhe pinte com feições mais perversas, descrevendo-o como o "terror dos caçadores", que salta à garupa dos cavaleiros, chibatando-os e torturando-os.

Foi Monteiro Lobato em seu livro "O Saci", quem mais popularizou este personagem, como uma entidade travessa. Conta-nos que ele nascia em um local da floresta conhecida como "sacizeiros", constituída de bambuzais. Desse local só sairá quando completar 7 anos e viverá até os 77.

Mas mesmo Lobato não conseguiu com sua obra apagar os traços estigmatizantes do Saci, pois a mentalidade da escravidão ainda era muito forte. Tais marcas só desaparecem bem mais tarde, quando a indústria cultural consegue domesticar o Saci e torná-lo tão somente um molequinho arteiro, que perdeu seus poderes mágicos e sua agressividade.

Serão suas travessura que lhe garantirão popularidade em todo o País e fora dele também.

(Fonte: www.rosanevolpatto.trd.br)