segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Você sabia? Existe uma letra para a Introdução do Hino Nacional!

.


Houve uma época no Brasil em que nas escolas tinha aulas de Canto Orfeônico. E nas décadas de 70 e 80, havia também aulas de Música e de EMC e OSPB. Além de ter que saber cantar os Hinos brasileiros (Hino Nacional do Brasil, Hino à bandeira Nacional, Hino da Independência, Hino da Proclamação da República), os alunos eram submetidos a provas e chamadas orais sobre análises das estrofes, o significado de cada frase.

De acordo com o Poder dos MILITANTES de agora, acham que tais matérias eram caracterizadas pela transmissão da ideologia do regime autoritário ao exaltar o nacionalismo e o civismo dos alunos. Dessa forma, no governo FHC, as duas matérias foram condenadas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), estabelecidos pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1996, por terem sido (é o que acham os MILITANTES de agora) impregnadas de um caráter negativo de doutrinação. Alguns estudiosos, no entanto, acreditam que o civismo brasileiro, apesar de tido como obrigação pelo governo militar brasileiro, contribuiu para a auto-estima do País quando abordado sem exageros.

Neste país em que as condutas generalizaram ao ciNismo, parece que querem resgatar um pouco do ciVismo de outrora, como o projeto de lei que torna obrigatória a impressão da letra do Hino Nacional Brasileiro em todos os cadernos fabricados no país e a lei que obriga todas as escolas públicas e particulares, do ensino fundamental do País a executarem o Hino Nacional pelo menos uma vez por semana.

Creio que poucos dos professores de hoje (e ainda bem que existem alguns) sabem a letra correta do Hino Nacional e os significados de cada frase.
Fico aqui torcendo para que a maioria não criem os "achismo" que qualquer atitude de retomada desta grandeza seja considerado retrocesso.

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou, neste ano, projeto de lei que torna obrigatória a impressão da letra do Hino Nacional Brasileiro em todos os cadernos fabricados no país. O projeto ainda precisa ser votado em plenário. E, a partir de 22 de setembro de 2009, o hino nacional brasileiro tornou-se obrigatório em escolas públicas e particulares de todo o país. De autoria do deputado federal Lincoln Portela (PR-MG), a lei foi sancionada na segunda-feira, 21 de setembro, pelo presidente em exercício José Alencar. A lei obriga todas as escolas públicas e particulares, do ensino fundamental do País a executarem o Hino Nacional pelo menos uma vez por semana.

O Hino Nacional Brasileiro é uma das mais belas obras do repertório nacional: uma bem estruturada composição musical somada a um poema de rara inspiração cívica. Escrito por Joaquim Osório Duque Estrada completa em 2009 cem anos. Desde o descobrimento, o Brasil demorou mais de 300 anos para ter um hino.

Embora o civismo não tenha atualmente a mesma força que teve no passado, não só cantar Hino Nacional, a lei deveria também determinar que os professores das escolas estudem e passem aos alunos ensinamentos e respeito sobre o Hino, trabalhado o conteúdo e aprendendo o significado de cada estrofe, de cada frase.

História:

Embora pouco conhecida, a parte instrumental da introdução do Hino Nacional Brasileiro possuía uma letra, que acabou excluída da sua versão oficial do hino. Essa letra é atribuída a Américo de Moura, natural de Pindamonhangaba, presidente da província do Rio de Janeiro nos anos de 1879 e 1880 e apresenta os seguintes versos :

Que todos cumprai
Com o vosso dever.
Eia avante, brasileiros,
Sempre avante!
Gravai com buril
Nos pátrios anais
Do vosso poder.
Eia avante, brasileiros,
Sempre avante!
Servi o Brasil
Sem esmorecer,
Com ânimo audaz
Cumpri o dever,
Na guerra e na paz
À sombra da lei,
À brisa gentil
O lábaro erguei
Do belo Brasil.
Eia sus, oh sus!

(a palavra "SUS" é uma interjeição motivadora que vem do latim e que significa: eia!, coragem!, ânimo!; suspender, elevar. Neste caso, deve significar "avante, em frente").

A música do Hino Nacional do Brasil foi composta em 1822, por Francisco Manuel da Silva, para comemorar a Independência do país. Chamada inicialmente de "Marcha Triunfal" para comemorar a Independência do país Essa música tornou-se bastante popular durante os anos seguintes, e recebeu duas letras.

A primeira letra, produzida quando Dom Pedro I abdicou do trono, foi de autoria de Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva, sendo cantada pela primeira vez, juntamente com a execução do hino, no cais do Largo do Paço (ex-Cais Pharoux, atual Praça 15 de Novembro, no Rio de Janeiro), a 13 de abril de 1831, em desacato ao ex-imperador que embarcava para Portugal. O hino passou assim a se chamar "Hino ao 7 de abril".

A letra dizia o seguinte:
Os bronzes da tirania
Já no Brasil não rouquejam;
Os monstros que o escravizavam
Já entre nós não vicejam.

(estribilho)

Da Pátria o grito
Eis que se desata
Desde o Amazonas
Até o Prata
Ferrões e grilhões e forcas
D’antemão se preparavam;
Mil planos de proscrição
As mãos dos monstros gizavam

Posteriormente, à época da coroação de Dom Pedro II, sua letra foi trocada e a composição, devido a sua popularidade, passou a ser considerada como o hino nacional brasileiro, embora não tenha sido oficializada como tal. A segunda letra, de autoria desconhecida, dizia:

Negar de Pedro as virtudes
Seu talento escurecer
É negar como é sublime
Da bela aurora, o romper

Ambas versões, entretanto, caíram no esquecimento.

Durante o segundo reinado, o hino nacional era executado nas solenidades oficiais em que participasse o imperador, sem qualquer canção.

Após a Proclamação da República em 1889, um concurso foi realizado para escolher e oficializar um novo Hino Nacional. A música vencedora de Leopoldo Miguez, entretanto, foi hostilizada pelo público e pelo próprio Marechal Deodoro da Fonseca.

Com as manifestações populares contrárias à adoção do novo hino, o presidente da República, Deodoro da Fonseca, oficializou como Hino Nacional Brasileiro a composição de Francisco Manuel da Silva, estabelecendo que a composição de (*)Leopoldo Miguez ("Liberdade, liberdade! Abre as asas sobre nós!...") seria oficializada como Hino da Proclamação da República do Brasil, e a música original, de Francisco Manuel da Silva, continuou como hino oficial.

Somente em 1906 foi realizado um novo concurso para a escolha da melhor letra que se adaptasse ao hino, e o poema declarado vencedor foi o de Joaquim Osório Duque Estrada, em 1909.

Durante o centenário da Proclamação da Independência, em 1922, finalmente a letra escrita pelo poeta e jornalista Joaquim Osório Duque Estrada tornou-se oficial por Decreto do Presidente Epitácio Pessoa e permanece até hoje. A orquestração do hino é de Antônio Assis Republicano e sua instrumentação para banda é do tenente Antônio Pinto Júnior. A adaptação vocal foi feita por Alberto Nepomuceno e é proibida a execução de quaisquer outros arranjos vocais ou artístico-instrumentais do hino.

(Recebido por email - Desconheço o autor)

2 comentários:

  1. Desconhecia amiga esta introdução e olha que sou do tempo da obrigatoriedade da execução do hino brasileiro antes do inicio das aulas, todos os dias. Boa ótima informação.
    Abraços forte

    ResponderExcluir
  2. Eu tinha aula de musica... e rígida. Mas não me lembro dessas letras que se referiu. Puxa, Berenice, vc deu foi um aulão! Adorei ler isso.... fiquei aqui pensando se tenho mais o que resgatar da memória... bjs

    ResponderExcluir

Seu comentário é muito bem vindo.