domingo, 16 de novembro de 2008

30 "Frases de cabeceira"

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1. Dirigir uma empresa não é vê-la como ela é... mas como ela será (John Teets).
2. Algo só é impossível até que alguém duvida disso e acaba provando o contrário (Einstein).
3. O cérebro é como um pára-quedas. Só funciona quando está aberto (Sir James Dewar).
4. Ter idéias fechadas e só aprender com o tempo, a pauladas, é o preço corriqueiro que se paga em toda a parte pela tranqüilidade de não pensar (Roberto Mangabeira Unger).
5. Deus é contra quem faz a guerra, mas fica do lado de quem atira bem (Voltaire).
6. Quem vai na frente bebe água limpa (Ulysses Guimarães).
7. O poder é como violino. Toma-se com a esquerda e toca-se com a direita (Esperidião Amim).
8. Quando você aponta uma estrela para um imbecil, ele olha para a ponta de seu dedo (Mao Tsé-Tung).
9. Posso resistir a tudo, menos à tentação (Oscar Wild).
10. Deus está nos detalhes (Mies Van Der Rohe).
11. Notei que estava ficando velho quando o locutor da FM disse "flash back" e tocou uma música que eu não conhecia. (Cao Hering).
12. Nunca me preocupo com o futuro. Muito em breve ele virá. (Albert Einstein).
13. As mulheres gostam de bunda de homem porque fica perto da carteira. (Eugênio Mohallen).
14. Ter medo não ajuda a viver. (Ivo Pitanguy).
15. Nada é impossível para quem não tem que resolver o problema ele mesmo. (L. A. Dias da Silva).
16. O mundo é perigoso não por causa daqueles que fazem o mal, mas por causa daqueles que vêem e deixam o mal ser feito. (Albert Einstein).
17. Metade da humanidade passa fome e metade faz regime. Resumindo, a humanidade inteira passa fome. (Paulo M. Cerqueira).
18. Na vida, quem não sabe escrever sessenta é sempre obrigado a preencher dois cheques de trinta. (Paulo M. Cerqueira).
19. Se você é inteligente, cede. Até se tornar num idiota. (Frida Berg).
20. Quem tem muito dinheiro pode ser burro o quanto quiser. (Ovídio).
21. Um homem com mais de 55 anos acha que não faz mais besteiras. Isso é o que ele pensa. (Maurice Chevalier).
22. Um quadro é como um homem. Se você consegue viver sem ele, não há sentido em mantê-lo. (Lila Wallace).
23. É uma coisa solitária estar certa. (Mary Tylor Moore).
24. A receita de um médico é como um bilhete de loteria - de repente dá certo. (Schopenhauer).
25. Todas as grandes idéias são perigosas. (Oscar Wilde).
26. Sempre que uma mulher faz o melhor que pode, deve fazer duas vezes melhor que o homem para ser considerada apenas 50% à sua altura. Ainda bem que não é difícil. (Charlotte Whitton).
27. Os homens são ensinados a se desculpar por suas fraquezas. As mulheres, por sua força. (Lois Wyse).
28. O processo de morte começa no momento em que você nasce, mas se acelera consideravelmente durante os grandes jantares. (Carol Matthau).
29. O melhor marido que uma mulher pode ter é um arqueólogo. Quanto mais velha ela fica, maior o interesse dele. (Agatha Cristie).
30. Eu não sou tão pacifista a ponto de não entrar numa guerra pela paz. (Madeleine Stark).

(Bernard Shaw - Pequeno Breviário Shawiano)

O Enterro da Tia Josefa

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Toda a família em Cuba se surpreendeu quando chegou de Miami um ataúde com o cadáver de uma tia muito querida.
O corpo estava tão apertado no caixão que o rosto estava colado no visor de cristal.
Quando abriram o caixão encontraram uma carta, presa na roupa com um alfinete, que dizia assim:

Queridos Papai e Mamãe.
Estou lhes enviando os restos de tia Josefa para que façam seu enterro em Cuba, como ela queria.
Desculpem por não poder acompanhá-la, mas vocês compreenderão que tive muitos gastos com todas as coisas que, aproveitando as circunstâncias, lhes envio.
Vocês encontrarão, dentro do caixão, sob o corpo, o seguinte:
12 latas de atum Bumble Bee,
12 frascos de condicionador,
12 de xampu Paul Mitchell,
12 frascos de Vaselina Intensive Care (muito boa para a pele.. Não serve para cozinhar!),
12 tubos de pasta de dente Crest,
12 escovas de dente,
12 latas de Spam das boas (são espanholas),
4 latas de chouriço El Miño.
Repartam com a família, sem brigas!
Nos pés de titia estão um par de tênis Reebok novos, tamanho 39, para o Joselíto (é para ele, pois com o cadáver de titio não se mandou nada para ele, e ele ficou amuado).
Sob a cabeça há 4 pares de 'popis' novos para os filhos de Antônio, são de cores diferentes (por favor, repito não briguem!).
A tia está vestida com 15 pulôveres Ralph Lauren, um é para o Robertinho e os demais para os seus filhos e netos.
Ela também está usando uma dezena de sutians Wonder Bra (meu favorito), dividam entre as mulheres;
Também os 20 esmaltes de unhas Revlon que estão nos cantos do caixão.
As três dezenas de calcinhas Victoria's Secret, que ela esta usando, devem ser repartidas entre minhas sobrinhas e primas.
A titia também está vestida com nove calças Docker's e 3 jeans Lee.
Papai, fique com 3 e as outras são para os meninos.
O relógio suíço que Papai me pediu está no pulso esquerdo da titia.
Ela também está usando o que mamãe pediu (pulseiras, brincos, anéis, etc).
A gargantilha que titia está usando é para a prima Rebeca, e também os anéis que ela tem nos pés.
E os oito pares de meias Chanel que ela veste são para repartir entre as conhecidas e amigas, ou, se quiserem, as vendam (por favor, não briguem por causa destas coisas, não briguem).
A dentadura que pusemos na titia é para o vovô, que ainda que não tenha muito o que mastigar, com ela se dará melhor (que ele a use, custou caro).
Os óculos bifocais, são para o Alfredito, pois são do mesmo grau que ele usa, e também o chapéu que a tia usa.
Os aparelhos para surdez que ela tem nos ouvidos são para a surdinha da Carola. Eles não são exatamente os que ela necessita, mas que os use mesmo assim, porque são caríssimos.
Os olhos da titia não são dela, são de vidro. Tirem-nos e nas órbitas vão encontrar a corrente de ouro para o Gustavo e a aliança de brilhantes para o casamento da Katiuska.
A peruca platinada, com reflexos dourados, que a titia usa também é para a Katiuska, que vai brilhar, linda, em seu casamento.

Com amor, de sua filha,
Carmencita.

PS1:Por favor, arrumem uma roupa para vestir a tia para o enterro e mandem rezar uma missa pelo descanso de sua alma, pois ela de fato ajudou até depois de morta.
Como vocês repararam o caixão é de madeira boa (não dá cupim); podem desmontá-lo e fazer os pés precários da cama de mamãe e outros consertos em casa.
O vidro do caixão serve para fazer um porta-retrato da fotografia da vovó, que está, há anos precisando de um novo. Com o forro do caixão, que é de cetim branco (US$ 20,99 o metro) serve a Katiuska para fazer o seu vestido de noiva.
Na alegria destes presentes, não esqueçam de vestir a titia para o Enterro!!!

Com amor, de sua filha,
Carmencita.

PS2: Com a morte de tia Josefa, tia Blanca caiu doente. Façam os pedidos com moderação. Bicicleta não cabe nem desmontada e carburador de niva, modelo 1968, aqui ninguém ouviu falar.
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sábado, 15 de novembro de 2008

CRISE SEM CARA DE CRISE

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Esta historinha ja foi muito contada, mas ainda vale.Em pela crise, um novo chefe assumiu um departamento de uma grande empresa e foi logo fazendo uma reunião com todos os funcionários. Subiu na cadeira e , aos berros,anunciou: - Por enquanto não vou demitir ninguém, mas quero todo mundo trabalhando em dobro para superar a crise. Vamos! Mexam-se! Todos ao trabalho,já! Foi uma correria geral. Gente batendo cabeça para todo o lado, menos um cara que permaneceu sentado, na beirada da janela, paradinho, sem tomar conhecimento de nada. O chefe novato, louco da vida, chegou no cara e indagou: - Voce, quanto ganha? E o rapaz, displicente: - 300 dolares por mês. Pois bem, disse o chefe, tirando os dolares da carteira: - Tá aqui. Trezentos dolares, em dinheiro. Agora vai. Tá demitido. O cara saiu calmamente e o chefe perguntou a turma: - Quem é esse cara? Que é que ele faz? Todo mundo ficou constrangido, mas um funcionário explicou:- É o entregador de pizza. Tava só esperando a gorjeta. Em época de crise, chefe novo é um perigo. Mas e a crise, como vai? No governo, nos meios financeiros e na midia, a crise é de matar. Dizem que na proporção de 1929 ,que, na verdade, só chegou nas ruas em 1932. Será que estamos vivendo esse periodo de incubação? Bom, vou as reuniões de trabalho aqui em Nova Iorque e não se trabalha. Só se discute a crise. Vou para as ruas e nada de crise. Trânsito entupido, taxi só depois das oito da noite,lojas lotadas e todo mundo comprando tudo. Quero um lugar no teatro, não tem, está esgotado. Reserva no restaurante só para a próxima semana. Pombas. Onde está a crise? Será que estamos diante de uma nova bolha, a do cartão de crédito? Está todo mundo mandando ver. Tem fila pra comprar ,de cafezinho a caviar, de par de meia a vestido de gala e de bicicleta a Rolls Royce. Alguma coisa esta errada. Minha avó , aquela que dizia " só balde é que sabe onde é o fundo do poço" não está mais aqui para me explicar. Dos economistas que tenho lido nos jornais e visto na TV, ainda prefiro a minha avó. Li uma curiosa teoria de que agora é a nova hora e vez de Karl Marx, da criação de um novo socialismo, seria um socialismo- capitalista organizado e controlado pelo estado . Diz essa teoria que o solialismo não deu certo na Russia porque ela era pobre e que socialismo é coisa de nações ricas. Vão me enlouquecer. Enquanto isso não acontece, vou dar uma de entregador de pizza. Ficar quieto no meu canto e ver se alguem me dá uma grana para eu poder comprar umas coisinhas e consumir...consumir, pois nunca vi uma crise tão sem cara de crise.

(Boni)

NOVA ORTOGRAFIA, Ó PÁ

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Vou morrer de saudade do trema.

Sei que muita gente já o abandonou há bastante tempo, o que é errado, diga-se de passagem, mas eu não... Fiquei ali, ao lado dele, o valorizando sempre que podia. Tranqüilamente agüentando as conseqüências dos que riam desses dois pontinhos e freqüentemente achavam que eu estava errada. Ler uma carta ou um e-mail de alguém que escreve com trema é como encontrar um brasileiro num país estrangeiro, rola uma cumplicidade imediata. Mesmo que a pessoa não tenha nada a ver com você. “Brasileiro?! Que legal! Tá passeando? Tá gostando? Então tá...” Assim é com o trema. O texto pode ser sobre a importância dos pingüins de plástico em cima da geladeira, mas se a pessoa tascou um trema em cima do u dos pingüins, eu já sinto que a gente tem alguma coisa em comum.

Pois isso vai acabar...

A partir de 2009 a nova reforma ortográfica já estará valendo, mas soube que até 2012as duas grafias – a antiga e a nova – vão valer. Não só na comunicação informal, mas em provas, em vestibular, documentos oficiais, etc. Eu acho que vou preferir me despedir do trema logo nesse Reveillon. Assim como a gente decide, no Reveillon, abandonar o cigarro ou alguma coisa da qual a gente gosta, mas sabe que não tem futuro, vou abandonar o trema. Pelo menos tentar...

Nada de despedidas demoradas, sofridas. Se é pra ir embora, que vá logo. Se é pra gente se separar, que seja de uma vez. Talvez assim seja mais fácil agüentar, ou melhor, aguentar...

Apesar de ter um envolvimento emocional com o trema, consigo entender, perfeitamente, que ele não é essencial à escrita, pois ninguém que conheça a língua portuguesa vai deixar de pronunciar o “u” em palavras como “inconseqüência” ou, ao contrário, pronunciá-lo em palavras como “português” , como se fosse “portugüês” . Agora, outras mudanças são realmente estranhas e a gente vai ter que dar uma estudada legal nas novas regras. Por exemplo: sai a maioria dos hífens em palavras compostas. Assim, pára-quedas vira paraquedas. Quanto houver necessidade, será dobrada a consoante. Assim, contra-regra vira contrarregra.

Até aí, tudo bem. Estão só simplificando, não é? Porém, ah, porém... em substantivos compostos cuja última letra da primeira palavra e a primeira letra da palavra são a mesma, será feita a introdução do hífen. Assim, microondas vira micro-ondas. Na boa, se é pra tirar de umas e botar em outras, por que não deixa tudo como está? Parece até piada de português... Com todo o respeito...

(Rosana Ferrão)

COMO A VIDA DEVIA SER

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Eu acho que o ideal seria que as pessoas nascessem velhas e morressem crianças. O homem nasceria com 90 anos, ia ficando mais moço, mais moço, até morrer de infância.

Nascendo com 90 anos, você aos 65 se casaria com uma mulher de 59, mas e a recompensa? A cada dia, a cada semana, a cada mês, ela ia ficando mais nova, mais nova, até se transformar numa gata de 20.

Entendeu? E, depois do casamento, vocês dois ficariam noivos, seriam namorados, até chegar ao amor infantil, branco e desinteressado... mãos dadas... (no máximo) e apagando das árvores, os corações entrelaçados.

Você nasceria rico, aposentado e sábio. Começaria a ganhar cada vez menos... até entrar para a Faculdade para ir desaprendendo tudo e ir ficando mais ingênuo e mais puro. Depois a bicicleta, o velocípede, desaprenderia a andar, esqueceria como engatinhar, o voador, o cercadinho... do cercadinho pro berço, as fraldinhas molhadas, três gotas de Otalgan para a maldita dor de ouvido, o chá de erva doce para a dorzinha de barriga...a mamadeira de água, o peito da mãe e, num dia qualquer, pararia de chorar.

Com o tempo correndo para trás, a humanidade regrediria nos séculos até aparecer o último homem: Adão. Último-primeiro quando então, pegando-o na mão, ao invés de soprar sobre ele Deus inspiraria o homem outra vez para dentro de si mesmo.

(Chico Anísio)

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Ponto G - Martha Medeiros

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Fiz um comentário muito indignado no diHITT sobre um texto da Martha Medeiros e agora estou postando este texto para deixar claro que sou sua admiradora. Creio que o texto "Quando eu era Criança" foi um "mistake" de uma autora que respeito pela qualidade e visão. Isso acontece... Esse texto, "Ponto G", me diz que não me engano ao gostar tanto do que ela escreve.

Ponto G

"Isabel Allende é uma das escritoras que mais admiro, não só por seus livros, mas também por seu humor, sua trajetória de vida e sua força diante de dramas inesperados, como a morte prematura de sua filha, Paula, aos 28 anos, que acabou lhe inspirando um romance biográfico emocionante.
Hoje, Isabel vive feliz em Sausalito, Califórnia, com o segundo marido.
Lendo a entrevista que ela deu para a Playboy, ri muito com suas declarações e uma delas me pareceu um verdadeiro achado.
"As mulheres gostam que lhes digam palavras de amor. O ponto G está nos ouvidos. Inútil procurá-lo em outro lugar."
Ah, o ponto G, esse paraíso secreto que leva os homens a explorações minuciosas.
Não temos um ponto G, mas dois, um em cada lateral da cabeça, e não é preciso tirar nossa roupa para nos deixar em êxtase.
Falem, rapazes. Digam tudo o que sentem por nós, assim, assim... isso.
Concordo com a autora de A Casa dos Espíritos: o melhor afrodisíaco é a declaração de amor. Não aquelas mecânicas, faladas no piloto automático, mas as verdadeiras, sentidas, aquelas que os homens imaginam que basta serem ditas com o olhar e com as mãos, mas que fazemos questão de escutar também com a voz.
"Como eu gosto de estar com você, esqueço do tempo ao seu lado, que horas são?
Já? Que me esperem, não consigo desgrudar de você, amor."
Caetano Veloso vendeu um milhão de cópias do seu último disco, e tenho certeza de que não foi por causa de "vou me embora, vou me embora, prenda minha,..." e sim "por que você me deixa tão solto, por que você não cola em mim?"
As feministas mais ortodoxas devem estar bufando.
Tanta coisa pra se exigir de um homem: mais espaço na política, mais ajuda em casa, salários iguais e nada de gracinhas no escritório, e vem essa daí clamar por palavras!
Pois essa daqui acha tão interessante a idéia de igualdade entre os sexos que adoraria vê-los soltar o verbo como nós fazemos, expressar os sentimentos sem medo de ser piegas, afirmar e reafirmar diariamente como a gente é importante para eles e que saudades estavam do perfume dos nossos cabelos.
Clichê em último grau, reconheço, mas quem quer ser moderna nessa hora?
Tudo o que se reivindica é o desbloqueio emocional masculino.
Nossos hormônios saberão como agradecer."

(Martha Medeiros)

Você contrataria para alguma função???

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Caldo de sururu

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Rendimento: 4-6 porções

Ingredientes

- 2 pimentas-malaguetas sem sementes picadas finamente
- 2 dentes de alho
- 2 colheres (sopa) de azeite de oliva
- 2 cebolas médias picadas finamente
- 2 kg de sururus nas conchas
- 6 tomates maduros picados grosseiramente
- 2 folhas de louro
- 300 ml de leite de coco engrossado com farinha de trigo
- sal marinho e pimenta-do-reino moída na hora
- suco de 2 limões e mais fatias para guarnecer

Modo de preparo

Num pilão, triture a pimenta-malagueta, o alho e o sal. Adicione os talos de coentro e transforme tudo numa pasta. Numa panela de fundo grosso, refogue a pasta no azeite. Junte a cebola e cozinhe por 3 minutos, ou até ela ficar macia. Coloque na panela os sururus, os tomates e 500 ml de água. Cubra e cozinhe por 3 minutos. Adicione o louro e continue a cozinhar até as conchas se abrirem (jogue fora as que continuarem fechadas). Tire do fogo e transfira os moluscos e a cebola para uma vasilha. Deixe esfriar. Coe o líquido e reserve.

Retire o molusco das conchas. Passe dois terços dos sururus por um processador de alimentos junto com o tomate e a cebola (já resfriados) e adicione-os ao caldo. Bata o leite de coco com um pouco de farinha de trigo para engrossá-lo e misture-o ao caldo junto com mais 500 ml de água. Deixe ferver, abaixe o fogo e cozinhe por 10 minutos. Adicione os sururus reservados, tempere com sal, pimenta-do-reino e suco de limão.

Prove o caldo. Ele deve ficar encorpado e cremoso, com sabor picante. O suco de limão equilibra os sabores e impede que a mistura fique enjoativa. Sirva quente, em xícaras ou copos pequenos guarnecidos com fatias de limão.

Dica do chef Tom Kime: Para deixar o caldo crocante e saboroso adicionar " um punhado de amendoim torrado e triturado".

(Folha Online)

CASO OU ... COMPRO UM CACHORRO ?

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Se você está em dúvida se casa ou se compra um cachorro, eis aí algumas dicas :

Versão Masculina:

Cachorros adoram quando o dono traz os amigos em casa.
Cachorros não se importam se você usar o seu shampoo.
Cachorros nem notam se você o chamar por outro nome.
Cachorros não fazem compras.
Cachorros não usam cartão de crédito.
Os pais do cachorro nunca vêm lhe visitar.
Cachorros nunca o criticam.
Cachorros nunca querem saber sobre o seu passado.
Cachorros adoram quando você deixa um monte de coisas no chão.
Cachorros têm o mesmo humor todos os dias do mês.
Cachorros não se incomodam com o futebol.
Cachorros não assistem novelas.
Cachorros não são guiados por artigos de revistas, nem pelas "amigas"...
Cachorros nunca abandonam seu dono.
Você não precisa esperar o cachorro se arrumar.
Cachorros adoram quando você está bêbado.

Pense bem ...


VERSÃO FEMININA:

Os cachorros, quando treinados, mijam no lugar certo.
(Os homens passam a vida tentando.)
Cachorros não roncam no teu ouvido.
Cachorros não sabem manusear controle remoto da TV.
Os cachorros cultivam relacionamento.
A mãe do cachorro não cozinha melhor que você.
Cachorros não notam que você engordou.
Cachorros adoram passear com você.
Cachorros não passam os domingos assistindo futebol.
Cachorros não mordem a própria dona.
Cachorros são leais, carinhosos, solidários e bem humorados.
Cachorros não precisam mudar de carro todos os anos.
Se você fechar a porta, o cachorro não entra no seu quarto.
Cachorros não se machucam tentando jogar futebol.
Cachorros não ficam ridiculamente encantados com simples glândulas mamárias.

QUANDO OS CACHORROS SÃO IGUAIS AOS HOMENS

Ambos gostam de te cheirar.
São totalmente dependentes da dona.
Não conseguem se expressar de maneira inteligível.
Transam com qualquer uma.

QUANDO OS HOMENS SÃO MELHORES QUE OS CACHORROS?
QUANDO GANHAM BEM!!!!
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SAWABONA - SHIKOBA (Sobre estar sozinho)

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Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o início deste milênio. As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor.
O que se procura hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.
A idéia de uma pessoa ser o remédio para a nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século.
O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos. Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher. Ela abandona suas características, para se amalgamar ao projeto masculino.
A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: O outro tem de saber fazer o que eu não sei. Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma idéia prática de sobrevivência, e pouco romântica, por sinal.
A palavra de ordem deste século é Parceria. Estamos trocando o amor de necessidade pelo amor de desejo. Eu gosto e desejo a companhia,mas não preciso, o que é muito diferente.
Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras. O outro com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem.
O homem é um animal que vai mudando o mundo e depois tem de ir se reciclando, para se adaptar ao mundo que fabricou.
Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo. O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral.
A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado. Visa à aproximação de dois inteiros e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguem trabalhar sua individualidade. Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva.
A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa. As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem. Relações de dominação e concessões exageradas são coisas do século passado.
Cada cérebro é único. Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém. Muitas vezes pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto.
Tosas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal.
Na solidão o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não a partir do outro. Ao perceber isso ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.
O amor de duas pessoas inteiras é mais saudável. Neste tipo de ligação há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado.
Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém. Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo.
Caso tenha ficado curioso(a) em saber o significado de SAWABONA, é um cumprimento usado no sul da África e quer dizer:

“Eu te respeito, eu te valorizo, você é importante para mim.”

Em resposta as pessoas dizem SHIKOBA que é:

“Então eu existo para você.”

(Flávio Gikovate)

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Frango na Mostarda

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Ingredientes:

- 1 frango cortado nas juntas;
- 4 colheres de sopa de manteiga;
- 2 colheres de sopa de azeite de oliva;
- 1 folha de louro;
- ½ colher de café de tomilho seco;
- 1 cebola picada;
- 2 dentes de alho picados;
- 1 colher de sopa de grãos de mostarda moídos grosseiramente;
- 3 colheres de sopa de mostarda de Dijon;
- sal e pimenta-do-reino.

Modo de fazer:

1- Salgue e apimente com parcimônia os pedaços de frango.

2- Coloque numa panela os ingredientes do tempero: a manteiga, o azeite, o louro, o tomilho, a mostarda em grãos, a cebola, o alho e a mostarda de Dijon. Leve ao fogo apenas para derreter a manteiga. Retire do fogo e reserve.

3- Coloque os pedaços de frango na panela e deixe descansar durante meia hora.

4- Acenda o forno. Fogo relativamente forte, em torno dos 200 graus. Transfira os pedaços de frango para a grelha apoiada nas laterais da assadeira.

5 - Leve a assadeira ao forno e comece a pincelar com o tempero. Deve levar perto de meia hora no forno. Vá vigiando o forno e pincelando com o tempero várias vezes. Quando o frango chegar ao ponto, ficar bem douradinho, retire e sirva.

Obs.: Pode ser feito também na grelha da churrasqueira
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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Denúncia - Entenda a Con-Fusão Itaú / Unibanco

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RECEBÍ A INFORMAÇÃO DE UM AMIGO

Cheguei há pouquinho do Rio, onde trabalhei muito, quase 'fundindo a cuca'; mas não poderia deixar de responder esse seu mail agora, porque há +/- 2 meses o 'pessoal' da Ágora de SPaulo (vc conhece?) me 'bateu a bola' e passei-a para alguns amigos nos USA e não sei se também te copiei; de que o Henrique Meirelles tinha ido as pressas p/ NYork, devido à falência da AIG maior seguradora dos USA e que o Governo Americano a tinha estatizado!
O Bush e seus asseclas, por pura pressa e INCOMPETÊNCIA, não tinham avaliado as muitas implicações internacionais dessa medida. Dentre muitas, a AIG era controladora do UNIBANCO. Portanto o UNIBANCO PASSAVA A PERTENCER AO GOVERNO AMERICANO e, salvo o compulsório, a AIG, tinha esvaziado a caixa do UNIBANCO e a tinha 'enchido de mortgages podres americanas'.
Resultado: O Banco Central, emprestou a fundo perdido dinheiro ao ITAÚ, que não precisava e forçou o BNDES a emprestar dinheiro à 'taxas simbólicas' ao ITAÚ, para o mesmo fim. Em realidade você e eu compramos o UNIBANCO!!! E os 'títulos podres' do AIG, ficaram para o Banco Central!
Um novo PROER igual ao Marka/Fonte/Cindam concedido ao nosso 'amigo' Salvatore Cacciolla!!!
Isto tudo, é pura verdade e pode passar adiante!!!
Há ainda o Banco Panamericano (Silvio Santos ), que 'explodiu' e a Financeira Aymoré, que financiou em 72 prestações, sem garantias, a compra de milhares de carros 0Km, com entrada de R$1,00 e pagamento da primeira parcela só em março de 2009!!!
Esta BOMBA e outras vão 'estourar no colo' do blindado Lulla! Aí, depois, acontecerá a mesma coisa com as CASAS BAHIA, INSINUANTE, etc..
É só uma questão de tempo, e não tardará !!!
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terça-feira, 11 de novembro de 2008

36 HOMENS JUSTOS

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Li que no Talmude existe a história dos 36 homens justos que salvam o mundo da destruição. Segundo a tradição mosaica, a cada momento determinado da História vivem na Terra 36 homens cuja retidão de caráter impede Deus de fechar a mão e nos aniquilar. Os 36 podem estar espalhados pelo planeta, não se conhecerem entre si e não conhecerem o seu próprio poder, mas sua existência e o seu comportamento decidem o nosso destino. Se não fosse pelos 36, Deus desistiria de nós. Por que 36? Não sei. Também não sei se há algum tipo de flexibilidade divina. Se Deus aceita, por exemplo, 35 éticos e um que, vá lá, passou a mão na empregada ou na caixa da firma, mas hoje está arrependido, ou se o Talmude esclarece esse ponto. O fato é que a simples sobrevivência da Humanidade, apesar de tudo que ela já aprontou, é prova de que há pelo menos 36 homens justos no mundo, neste momento. Deus os conhece. Deus os conta todos os dias. Mesmo quem não segue o Talmude só pode torcer para que esta conjunção mágica não se desfaça, que nunca faltem homens justos no mundo em número suficiente para evitar nossa destruição. O mesmo vale para o Congresso brasileiro: só a existência presumida de um mínimo de 36 exceções à mediocridade, à venalidade ou à canastrice explicaria que um raio ainda não tenha destruído as duas casas. Os presumidos 36 preservam a instituição e, mais importante, preservam nosso amor-próprio, pois maus congressos significam maus eleitores. Nenhum congressista brotou da sua cadeira, foram todos postos lá por um de nós, o povo. Os presumidos 36 nos redimem. Quem são eles? Deus os conhece. Deus os conta todos os dias.

(Luis Fernando Veríssimo)

Prioridade Nacional

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Paranóico sendo, suponho que de nascença (recusava-me a nascer e só fui aparecer — a fórceps — depois de dez meses de gestação), de vez em quando me vêm pesadelos, quase certezas, sobre como seremos legislados para a prática de todos os atos de nossa vida, privada ou não. E, o que é pior, submetidos a sistemas de controle aterradores, tais como chips eletrônicos no cérebro, com cuja idéia vocês acham que fiz chiste ainda outro dia, mas não era chiste. Já tem gente pelo menos pensando em desenvolver chips para criminosos condenados, que assim teriam suas ações monitoradas, ou mesmo orientadas. De criminosos para nós, outros, o passo ia ser curto. Posso imaginar até mesmo os futuros (e geneticamente manipulados) bebês, como quem toma uma vacina rotineira, recebendo seus chips de sociabilidade, responsabilidade, bom comportamento, compulsão para pagar impostos, docilidade e o que mais dispuser a lei. Que, aliás, encontraria terreno feraz, em meio à carneirada que já somos. No Brasil, podemos não estar na vanguarda tecnológica. Mas, na legislativa, acho que de vez em quando damos mostras de que temos condição, havendo vontade política, de aspirar a uma posição de destaque. Agora mesmo, leio aqui que se encontra em curso, na Câmara de Deputados, um projeto para a regulamentação da profissão de escritor. Já houve uma tentativa anterior,aliás estranhamente apoiada por alguns escritores profissionais, que não vingou. Mas deve ser uma área atraente demais para ainda não estar regulamentada. Claro, nem todas as atividades, ofícios e profissões estão ainda regulamentadas, mas a dos escritores parece ser importante em excesso, para tão prolongado esquecimento governamental. Não li o projeto, mas é claro que ele não pode ser discriminatório. Para definir o escritor, tem-se que ser o mais abrangente possível. Escreveu, valeu. Valerão, portanto, não só livros como panfletos, discursos, sermões, cartas, bilhetes, diários, memorandos, relatórios, bulas de remédio e — por que não? — um caprichado cardápio de restaurante. Como dizer a um sujeito que escreveu que ele não é escritor? Acusações de preconceito, incorreção política e discriminação se tornarão inevitáveis, se todo aquele que escrever não for classificável como escritor. Bem verdade que, de acordo também com o que li, caberá aos sindicatos de escritores essa árdua tarefa — e também eles terão o mesmo problema para rejeitar pretendentes. Conhecemos o Brasil, não conhecemos? Finjamos que conhecemos, pelo menos. Que tramas logo entrevemos no futuro, se o projeto for transformado em lei? Posso logo conceber os casos tristes dos aposentados que escrevem regularmente para os jornais (mais um golpe nessa velharia desagradável que não serve para nada, pau neles) e serão, cedo ou tarde, flagrados no exercício ilegal da profissão. Claro, o projeto atual não deve prever isto, mas outros para complementá-lo advirão, principalmente porque assim se gerarão mais burocracia e mais empregos de favor, e os escrevedores de cartas aos jornais ou se filiam ao sindicato ou arrumam um amigo filiado, para co-assinar as cartas, na condição de "escritor responsável". Infortúnio que, aliás, deverá abater-se sobre diversos outros, como síndicos de prédios ou inspetores de obras, ou quem quer que seja obrigado a escrever relatórios. Talvez até placas, quem sabe? Será indispensável a chancela de um escritor responsável; do contrário, multa e cana inafiançável. Os sindicatos da categoria, naturalmente, assumirão atribuições formidáveis, com o decorrer do tempo. Ficar contra a maioria, por exemplo, poderá render expulsão e a conseqüente impossibilidade de exercer a profissão. Não está tampouco fora de cogitação que um sindicato muito atuante emita, depois das tradicionais assembléias tumultuadas, palavras de ordem a seus filiados. A política do sindicato, por exemplo, poderia ser não aceitar, sob penas variadas, que se escrevessem romances de amor ou literatura igualmente alienante. Quem escrevesse, além de punido, seria traidor da categoria. Para não falar em greves, obrigando os laboratórios farmacêuticos (pensando bem, talvez eles mereçam) a mandar um representante à casa de cada consumidor, para expor-lhe oralmente o conteúdo da bula e matando de fome heróica os que, como eu, vivem da ingrata pena. E, ça va sans dire, chegará o dia dos cursos. A coisa ficará um pouco fora de controle, haverá escritores de carteirinha em demasia, muitos despreparados para o exercício do mister, o descalabro terá que acabar. Para resolver isso, será criada uma comissão de notáveis (falar nisso, onde andam as comissões de notáveis, outrora tão abundantes e comentadas?), que, após dois anos de jetons e denúncias de interesses escusos, recomendará a criação de cursos superiores para escritores. Talvez como especialização, ou pós-graduação, dos atuais cursos de letras. O que vai interessar é o diploma para tirar a carteirinha. Para os veteranos, como novamente eu, talvez se consiga um provisionamento ou se exija um examezinho de habilitação, mas ainda assim a velha guarda será encarada com desprezo pelos novos, por faltar a ela a verdadeira formação profissional. Sei que outra vez vocês pensam que eu brinco, mas não brinco. O Brasil tem leis interessantíssimas, que vieram com as melhores intenções e rendem situações intrigantes. Por exemplo, como se sabe, se o sujeito for pego matando uma tartaruga protegida, vai preso sem fiança. Em contrapartida, se encher a cara, sair de carro e matar umas quatro pessoas, paga fiança e vai para casa. No caso da tartaruga, alguém raciocinará que é mais negócio matar o fiscal do Ibama, mesmo com testemunhas. Principalmente se estiver um pouco bêbedo, porque aqui é atenuante. É só escapar do flagrante, mostrar ser réu primário, conseguir responder ao processo em liberdade e, com azar, pegar aí seus dois aninhos de cana efetiva (em regime semi-aberto). Portanto, se aqui é mais negócio matar um homem do que uma tartaruga, não brinco. Acredito que nos possam perpetrar qualquer absurdo, inclusive esses de que acabo de falar e outros, que não chegaram a me ocorrer, mas são possíveis. Entretanto, há sempre um lado bom. Por exemplo, se algum dia exigirem carteirinha de escritor para eu escrever, não escrevo mais. Será, quiçá, uma boa notícia para alguns. Ou muitos, talvez, ainda não promulgaram uma Lei de Proteção da Literatura Nacional, obrigando todo mundo a gostar de tudo o que escritor brasileiro escreve. Embora, é claro, eu alimente fundadas esperanças, pois uma boa lei resolve qualquer coisa.

(João Ubaldo Ribeiro)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

O país dos meus sonhos

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Andando há 40 anos por este país, catando dinheiro para levar pra casa, eu aprendi a acreditar. Acreditar na terra, no homem, na chuva, na benção, na semente, no fruto, no coração, na mente… na inteligência. Aprendi, com o meu povo, que quando uma coisa está muito séria, o melhor que se faz é brincar com ela. E, naquelas tardes terríveis, sozinho num quarto de hotel, esperando a hora do show, eu comecei a desenhar o pais dos meus sonhos. Um país onde cada lavrador tenha um par de bois para puxar seu arado e que de tarde, ao voltar para casa, encontre um par de filhos o esperando e à noite quando for dormir, tenha um par de pernas para amar; no país dos meus sonhos, todo pobre vai comer, todo hospital terá remédios, todo aluno terá colégio, todo professor ganhará um salário decente e todo policial apenas prenderá os bandidos, em vez de os ajudar a matar e a roubar; no país dos meus sonhos todo cego vai ver, todo surdo vai ouvir e todo mudo vai ver e ouvir coisas tão lindas que nem será preciso dizer nada; no país dos meus sonhos a integração do homem com a natureza será tanta que eu chego a imaginar uma árvore dizendo a um homem: “Você me tratou tão bem, foi tão legal comigo, que eu gostaria de me transformar na mesa da sua casa, nas cadeiras onde sua família sentará, no berço do seu filho”. No país dos meus sonhos, o homem branco, afinal, vai descobrir que o coração do negro é do tamanho do seu e o sangue da mesma cor. O país dos meus sonhos um dia será verdade. E ele será tão feliz que nem vai precisar de mim para fazer rir um pouco. Não faz mal. Eu perco o emprego, mas não perco o meu sonho. Boa noite.

(Chico Anisio)

O AMOR ATRAPALHA O SEXO.

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Sábado, fui andar na praia em busca de inspiração para meu artigo de jornal. Encontro duas amigas no calçadão do Leblon. "Teu artigo sobre amor deu o maior auê..." - me diz uma delas. "Aquele das mulheres raspadinhas também... Aliás, que que você tem contra as mulheres que 'barbeiam' as partes?" - questiona a outra. "Nada... - respondo - acho lindo, mas não consigo deixar de ver ali nas 'partes' dessas moças um bigodinho sexy... não consigo evitar... Penso no bigodinho do Hitler, do Sarney - lembram um sarneyzinho vertical nas mmodelos nuas... Por isso, acho que vou escrever ainda sobre sexo..." Uma delas (solteira e lírica) me diz: "Sexo e amor são a mesma coisa..." A outra (casada e prática) retruca: "Não são a mesma coisa não..." "Sim, não, sim, não" - nasceu a doce polêmica ali à beira-maar. Continuei meu cooper e deixei as duas lindas discutindo e bebendo água-de-coco. E resolvi escrever sobre essa antiga dualidade: sexo e amor. Comecei perguntando a amigos e amigas sua opinião. Ninguém sabe direito. As duas categorias se trepam, tendendo ou para a hipocrisia ou para o cinismo; ninguém sabe onde a galinha e onde o ovo. Percebo que os mais "sutis" defendem o amor, como algo "superior". Para os mais práticos, sexo é a única coisa concreta. Assim sendo, meto aqui minhas próprias colheres nesta sopa. O amor tem jardim, cerca, projeto. O sexo invade tudo. Sexo é contra a lei, no fundo de tudo. O amor depende de nosso desejo, é uma construção que criamos. Sexo não depende de nosso desejo; nosso desejo é que é tomado por ele. Ninguém se masturba por amor. Ninguém sofre sem tesão. O sexo é um desejo de apaziguar o amor. O amor é uma espécie de gratidão à posteriori pelos prazeres do sexo. O amor vem depois. O sexo vem antes. No amor, perdemos a cabeça, deliberadamente. No sexo, a cabeça nos perde. O amor precisa do pensamento. No sexo, o pensamento atrapalha; só as fantasias ajudam. O amor sonha com uma grande redenção. O sexo só pensa em proibições; não há fantasias permitidas. O amor é um desejo de atingir a plenitude. Sexo é o desejo de se satisfazer com a finitude. O amor vive da impossibilidade sempre deslizante para a frente. O sexo é um desejo de acabar com a impossibilidade. O amor pode atrapalhar o sexo. Já o contrário não acontece. Existe amor com sexo, claro, mas nunca gozam juntos. Amor é propriedade. Sexo é posse. Amor é a lei; sexo é invasão de domicílio. Amor é o sonho por um romântico latifúndio; já o sexo é o MST. O amor é mais narcisista, mesmo quando fala em "doação". Sexo é mais democrático, mesmo vivendo no egoísmo. Amor e sexo são como a palavra farmakon em grego: remédio ou veneno. Amor pode ser veneno ou remédio. Sexo também - tudo dependendo das posições adotadas. Amor é um texto. Sexo é um esporte. Amor não exige a presença do "outro"; o sexo, no mínimo, precisa de uma "mãozinha". Certos amores nem precisam de parceiro; florescem até mais sozinhos, na solidão e na loucura. Sexo, não - é mais realista. Nesse sentido, amor é uma busca de ilusão. Sexo é uma bruta vontade de verdade. Amor muitas vezes é uma masturbação. Sexo, não. O amor vem de dentro, o sexo vem de fora, o amor vem de nós. O sexo vem dos outros. Não somos vítimas do amor; só do sexo. "O sexo é uma selva de epilépticos" (Nelson Rodrigues) ou "o amor, se não for eterno, não era amor" (NR). O amor inventou a alma, a eternidade, a linguagem, a moral. O sexo inventou a moral também do lado de fora de sua jaula, onde ele ruge. O amor tem algo de ridículo, de patético, principalmente nas grandes paixões. O sexo é mais quieto, como um caubói - quando acaba a valentia, ele vem e come. Eles dizem: "Faça amor, não faça a guerra." Sexo quer guerra. O ódio mata o amor, mas o ódio pode acender o sexo. Amor é egoísta; sexo é altruísta. O amor quer superar a morte. No sexo, a morte está ali, nas bocas... O amor fala muito. O sexo grita, geme, ruge, mas não se explica. O sexo sempre existiu - das cavernas do paraíso até as saunas relax for men. Por outro lado, o amor foi inventado pelos poetas provençais do século 12 e, depois, revitalizado pelo cinema americano da direita cristã. Amor é literatura. Sexo é cinema. Amor é prosa; sexo é poesia. Amor é mulher; sexo é homem - o casamento perfeito é do travesti consigo mesmo. O amor domado protege a produção, sexo selvagem é uma ameaça ao bom funcionamento do mercado. Por isso, a única maneira de controlá-lo é programá-lo, como faz a indústria das sacanagens. O mercado programa nossas fantasias. Não há "saunas relax" para o amor, onde o sujeito entre e se apaixone. No entanto, em todo bordel, finge-se um "amorzinho" para iniciar. O amor está virando um hors-d'oeuvre para o sexo. O problema do amor é que dura muito, já o sexo dura pouco. Amor busca uma certa "grandeza". O sexo sonha com as partes baixas. O perigo do sexo é que você pode se apaixonar. O perigo do amor é virar amizade. Com camisinha, há "sexo seguro", mas não há camisinha para o amor. O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado. Amor é a lei. Sexo é a transgressão. Amor é o sonho dos solteiros. Sexo o sonho dos casados. A (O) amante sacia nossa fome de verdade, mata nossa nostalgia da animalidade. Sexo precisa da novidade, da surpresa. O grande amor só se sente no ciúme (Proust). O grande sexo sente-se como uma tomada de poder. Amor é de direita. Sexo de esquerda (ou não, dependendo do momento político. Atualmente, sexo é de direita. Nos anos 60, era o contrário. Sexo era revolucionário e o amor era careta). E, por aí, vamos. Sexo e amor tentam mesmo é nos afastar da morte. Ou não; sei lá... e-mails de quem souber para a redação.

(Arnaldo Jabor)
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Enfim a Lei do estacionamento em shopping!!

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A lei do estacionamento em Shoppings, já está vigorando.

'Lei Gratuidade de Estacionamento' - Lei Estadual nº 1209/2004.

A caixa sabe, porém, só faz se vc pedir.

É necessário que o valor da compra no shopping onde vc estacionou seja 10 vezes maior que o valor do estacionamento.

Exemplo:

Se o valor do estacionamento é de R$3,00 e vc gastou R$ 30,00 no shopping, com qualquer coisa, alimentação, roupa, ... Peça o cupom fiscal e apresente ao caixa do estacionamento.

Eles terão que carimbar e validar o ticket, sem você precisar gastar nada mais.
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O QUE AS MULHERES SERÃO PARA AS GERAÇÕES FUTURAS?

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Acabo de voltar do carnaval na praia, onde fiz uma triste constatação: tá dominado, tá tudo dominado!!! Só dá funk! O "neo forró" tenta uma reação, mas suas letras não são cafajestes e não trazem a "alegria compulsória" que o brasileiro tanto gosta. Aí não dá, né, pô?! Como é que o cara quer fazer sucesso sem tratar mulher como lixo?! Esses forrozeiros, vou te contar... A indústria do CD pirata vai tratar de enfraquecer esse negócio, mas o jabá e a televisão devem insistir na onda por um bom tempo. Xuxa, Luciano Huck, Raul Gil, Gugu, enfim, toda essa gente boa vai se virar pra ganhar em cima. A Bandeirantes até já vai lançar um programa semanal com duas horas de duração dedicado ao funk. Isso, claro, até o "Tigrão", a mente por trás do "movimento", ser domesticado, o que, em termos mercadológicos, significa botar um terninho e gravar uma babinha pra novela das oito da Globo. O "Tigrão", aliás, deu uma elucidativa entrevista pra revista VIP de março. Eu digo elucidativa, pois ele dissipa a névoa de ignorância (por parte do público) que encobria alguns aspectos do "movimento". Vejamos: em determinado trecho da entrevista, "Tigrão" diz: "...As pessoas gostam desse erotismo. Mas, se você analisar, as letras nem são tão pesadas. Elas têm duplo sentido, até porque o público infantil ouve funk". Muitas coisas interessantes nessas sentenças! Então vamos por partes: "...se você analisar, as letras nem são tão pesadas". Eu analisei e ele está certo. Quem, em sã consciência, poderia achar pesada a letra do funk "Máquina de Sexo", que diz: "Máquina de sexo, eu transo igual a um animal / A Chatuba de Mesquita do bonde do sexo anal / Chatuba come cu e depois come xereca / Ranca cabaço, é o bonde dos careca"? Nota-se a leveza de termos como "sexo anal", "cu", "xereca" (!) e "cabaço". "Elas têm duplo sentido...". Procurei demais e não achei o duplo sentido no funk "Barraco III": "Me chama de cachorra, que eu faço au-au / Me chama de gatinha, que eu faço miau / Goza na cara, goza na boca / Goza onde quiser". Ah, agora entendi! "Goza na cara" é porque o cara ficava tirando sarro da menina pelas costas. Aí ela diz "Goza na cara!". Que coisa... "...até porque o público infantil ouve funk". Eis uma verdade e a preocupação do "Tigrao" se justifica. Foi pensando nas crianças que o garoto Jonathan, de 7 anos (ele mal tem coordenação motora para reproduzir a coreografia) foi incentivado a gravar o funk "Jonathan II", de edificante letra: "De segunda a sexta, esporro na escola / Sábado e domingo, eu solto pipa e jogo bola / Mas eu já estou crescendo com muita emoção / E eu já vou pegar um filé com popozão". 7 anos!!! 7 anos!!! Pô, foi mal... A culpa é minha, gente grande, feia e besta, que não entendo. Então, vamos lá, repetir o discurso de dez em cada dez apresentadores de programas femininos e de auditório: todo mundo junto, um, dois, três e já: "A malícia está na cabeça do adulto, a criança só quer se divertir. Onde já se viu, se preocupar com uma coisa dessas. Das crianças que passam fome na rua ninguém fala nada...". Aplausos entusiasmados e urros de apoio, por parte do auditório. É bom que se diga que as crianças que passam fome nas ruas são um sério problema social, cuja resolução deve ser uma das prioridades máximas de qualquer governo (detalhe sem importância: os funks da moda não passam nem perto dessa questão. Mas, beleza, vamos lá...). Só que é um problema do governo, a gente não tem nada com isso, não é mesmo? Ao invés disso, vamos dar risada e incentivar o moleque de 7 anos (7 anos!!!) a "pegar um filé com popozão". Afinal, nunca é cedo demais pra mostrar pro papai que se é um garanhão, que não deixa passar nenhuma cachorra. Isso é que é uma infância saudável! E pensar que eu perdi tanto tempo assistindo "Bambalalão", "Sítio do Pica-Pau Amarelo" e ouvindo aqueles discos da "Turma do Balão Mágico". Ao invés disso podia estar por aí, transando umas cachorras... Enquanto a gente dá risada, a molecada vai crescendo com a certeza de que mulher não passa de uma bunda e um par de peitos siliconados, que gosta de ser chamada de cachorra e que acha que só um tapinha não dói. Se "só um tapinha não dói", o primeiro deveria ser dado no popozão dos tigrinhos e cachorrinhas que curtem essas coisas. Depois a gente não entende o motivo do aumento dos índices de violência contra a mulher e porque ela é tão desrespeitada na sociedade. Será que não é óbvio? Você, cadela... quero dizer, mulher que está lendo isso, levante-se e lute! Não seja uma cachorra! Um tapinha dói, sim! Exija respeito antes que nós, homens, acreditemos que é isso mesmo que vocês querem. Deponham as Xuxas, Carlas Perez, Feiticeiras, Tiazinhas, Enfermeiras, Internéticas,Vampiras, Fernandas Abreu e Vanessinhas Pikachu de seus reinados de miséria intelectual! Conto com vocês!!!
E lembrem-se sempre da cada vez mais pertinente frase de Oscar Wilde: "Todo crime é vulgar, assim como toda vulgaridade é criminosa."

(Arnaldo Jabor)

TUDO PELA SATISFAÇÃO.

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Há muitos anos saiu num jornal popular uma manchete famosa: “matou a mãe sem motivo justo”. E o que chocou nessa notícia é que parecia haver um motivo justo pra se matar a mãe...
E nosso país ultimamente virou o carnaval dos psicopatas. Suzane mata os pais. Empregada espanca velhinha. E agora esse Gustavo mata a avó a facadas...
Parece que os assassinos estão encontrando motivos pra matar parentes. Não há motivos, claro, mas há um estímulo no ar para esses crimes.
A sociedade de consumo nos ordena satisfação o tempo todo. Coma, beba, vista, ame, transe. Só que é impossível realizar tantos desejos. E o consumo foi virando uma espécie de droga.
Só muito doidão como o Gustavo pode se dar conta do desejo infinito. O excesso de ofertas nos deixa sempre insatisfeitos. E, pior, tudo que seja frustração a desejos tem de morrer.
Some-se a isso o espetáculo banal da violência, e temos o tal "motivo justo". Quase um slogan: “mate quem impedir seu desejo”.
É... Um amigo meu falou que só dorme de porta trancada: "sei lá o que meus netos estão aprontando"...

(Arnaldo Jabor)

domingo, 9 de novembro de 2008

Voce sabe qual e o seu anjo da guarda?

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Descobrir o nome do nosso Anjo da guarda pode também ser considerado uma espécie de iniciação, como o recebimento de um código que nos dará acesso a novos níveis de consciência.

Descubra qual é o seu anjo da guarda e o anjo que pertence às pessoas através da data do seu aniversário e confira as características e qualidades das pessoas neste dia.

http://www.terra.com.br/esoterico/anjos/descubra_seu_anjo.htm
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Mecanico x Cardiologista

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Um mecânico está desmontando o cabeçote de uma moto, quando ele vê na oficina um cirurgiao cardiologista muito conhecido.

Ele está olhando o mecânico trabalhar.

O mecânico pára e pergunta:

- Doutor, posso lhe fazer uma pergunta?

O cirurgião, um tanto surpreso, concorda e vai até a moto na qual o mecânico está trabalhando.

O mecânico se levanta e começa:

- Doutor, olhe este motor... Eu abro seu coraçao, tiro válvulas, conserto-as, ponho-as de volta e fecho novamente e, quando eu termino, ele volta a trabalhar como se fosse novo. Como é então, que eu ganho tão pouco e o senhor tanto, quando nosso trabalho é praticamente o mesmo?

O cirurgião dá um sorriso, se inclina e pergunta bem baixinho para o mecânico:

- Você já tentou fazer isso, com o motor funcionando?

Conclusão: Quando a gente pensa que sabe todas as respostas... Vem a vida e muda todas as perguntas...
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Para um amigo

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Amigo, perdoe agora,
Se volta a um assunto antigo,
Mas, se o faco e porque,
Sei que voce hoje e Amigo

Amigo, voce me pode,
Dizer por um so momento
O que quer dizer Amor,
Segundo o seu pensamento?

E emocao passageira
Que logo depois se esvoa
Ou, talvez, e duradoura
E so se sente uma vez?

Amigo, voce que e tao
Amadurecido e capaz,
Vai dizer que o verdadeiro
Amor nao finda jamais.

Mas, se voce disser isso,
Vera que um dia mentiu:
Ou naquele em que me amava,
Ou naquele em que partiu...

Amigo, perdoe agora,
Se termino assim correndo,
Mas devo fechar a porta,
A saudade, chuva e vento.

Berenice - Out/2005

mamae@mamae.net

1ª CONVENÇÃO FAMILIAR - TEMPORADA 2008

Queridos Filhos,

Em primeiro lugar, MAMÃE gostaria de agradecer a presença de todos nesta Primeira Convenção Familiar.
MAMÃE sabe como foi difícil abrir um espaço nas agendas de cada um de vocês... Papai tinha uma lavagem de carro praticamente inadiável, Júnior já tinha marcado de se trancar no quarto, Carol estava para receber pelo menos três telefonemas importantíssimos de uma hora e meia cada um. MAMÃE está comovida. Muito obrigada.
Bem, conforme MAMÃE já tinha mais ou menos antecipado, esta convenção é para comunicar ao público interno – Papai, Júnior e Carol - todas as modificações nos produtos e serviços da linha MAMÃE.
Como vocês sabem, a última vez que MAMÃE passou por reformulações foi há 14 anos, com o nascimento do Júnior. De lá para cá, os hábitos e costumes, o panorama cultural, a economia e o mercado passaram por transformações radicais.
MAMÃE precisa acompanhar a evolução dos tempos, sob pena de ver sua marca desvalorizada.
Para começar, MAMÃE vai mudar a embalagem. MAMÃE sabe que esta é uma decisão polêmica, mas, acreditem, é o que deve ser feito.
MAMÃE sai desta convenção direto para um spa, e de lá para uma clínica de cirurgia plástica.
Nada assim tão radical. Haverá pouquíssimas alterações de rótulo, vocês vão ver. MAMÃE vai continuar com praticamente o mesmo formato, só que com linhas mais retas em alguns lugares e linhas mais curvas em outros.
Calma, Papai! MAMÃE já captou recursos no mercado. MAMÃE vai ser patrocinada por uma nova marca de comida congelada. Lei Rouanet, porque MAMÃE também é cultura.
Junto com o lançamento da nova embalagem de MAMÃE, no entanto, acontecerá o movimento mais arriscado deste plano de reposicionamento.
Sinto informar, mas MAMÃE vai tirar do mercado o produto Supermãe.
Não, não, não adianta reclamar. Supermãe já deu o que tinha de dar. Trata-se de um produto anacrônico e superado, antieconômico e difícil de fabricar.
MAMÃE sabe que o fim da Supermãe vai aumentar a demanda pela linha Vovó, que disputa o mesmo segmento. Paciência. Você não pode atender todos os públicos o tempo todo.
No lugar da Supermãe, MAMÃE vai lançar (queriam que eu dissesse 'vai estar lançando', mas eu me recuso) novas linhas de produtos mais adequados à realidade de mercado.
Vocês vão poder consumir MAMÃE nas versões :
Active (executiva e profissional),
Light (com baixos teores de pegação de pé),
Classic (rígida e orientadora),
Italian (superprotetora) e
Do-It-Yourself (virem-se, fui passear no shopping).
Mas uma de cada vez, sem misturar.
Ah, sim, MAMÃE detesta esses nomes em inglês, mas me disseram que, se não for assim, não vende.
MAMÃE gostaria de aproveitar a oportunidade para lançar seus novos canais de comunicação. De hoje em diante, em vez de sair gritando pela casa, vocês vão poder ligar para o SAC-MAMÃE, um 0300 que dá direto no meu celular (apenas 27 centavos por minuto, mais impostos).
MAMÃE também aceita sugestões e críticas no endereço mamae@mamae.net
Mais uma vez MAMÃE agradece a presença e a atenção de todos.

Beijos,

MAMÃE

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Espera

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Hoje eu me arrumei
Para esperar o meu amor.
Tomei um banho bem quente,
Me lavei em água de ervas,
Esfreguei óleo no corpo.
Passei perfume na nuca,
Entre os seios,
Atrás do joelho.
Vesti a camisola longa,
Branca,
Com rendas.
Acendi um incenso
Para perfumar o quarto.
Coloquei o vinho branco
Para gelar.
Arrumei flores no vaso
Rosas,
Vermelhas.
Troquei os lençóis,
As toalhas,
O sabonete.
Agora está tudo pronto
Para quando ele chegar.
Eu sei que hoje ele não vem...
Mas sei que um dia ainda virá.
Sigo a esperar.

Berenice 30/08/2005

Velhice ou Terceira Idade? Outra visão...

A Berê publicou ontem (06/11) o texto “Velhice ou Terceira Idade?” de Vitor Hugo Lopes Paese.
Como já freqüento essa patota, vou meter a minha colher torta neste assunto...
Velhice? Terceira idade? O que é isso? 
Só é possível “medir” o valor das pessoas pelo o que elas produzem...
Não importa a idade cronológica de pessoas como foram Drumond, Vinícius, Tom Jobim e tantos outros que persistiram em produzir obras primas até o fim de suas vidas. Todos eles se foram jovens!!!
No que me diz respeito, se querem dar um nome aos meus quase 62 aninhos, podem chamá-los de melhor idade...
Hoje eu tenho experiência de vida, adquiri ao longo dos anos alguma sabedoria, estou em plena forma, física e intelectualmente falando.
Melhor do que tudo isto: tenho tempo e $$$ para curtir minhas atividades, para escrever, para trabalhar e seguir produzindo, para ir a festas e dançar, para namorar, para beber com os amigos, para pedalar a minha magrela...
Ihhh, é tanta coisa que quase não dá tempo! rsrsrs
Em certo ponto o autor diz que (sic) “Assim, viver a terceira idade requer a busca de novas formas de contato com o mundo, novas vivências...”. Pois bem, eu discordo! Não busquei nada de novo para manter contato com a vida em função de qualquer limitação que a minha idade viesse a me impor.
Sigo vivendo a minha vida tal e qual era desde que me entendo como gente. Nunca deixei de ler, nem de estudar, nem de trabalhar, nem de dançar, nem de namorar, nem de fazer nada que gostasse, pouco me importando com o que os “velhos” iriam pensar de mim.
Talvez por essa razão, a maior parte dos meus amigos, companheiros, amigas, companheiras e namoradas são mais novos do que os meus filhos.
Velho é quem abandona a vida, pouco importando a idade que tenha. Velho é quem para de sonhar, de desejar mais da vida!
Você que se atreveu a ler até aqui, me responda... 
Onde andam os seus sonhos?
Cuidado! Sem eles, você não só envelhece, mas pior... MORRE !!!

Insatisfação Corporal: uma vertente para a anorexia e bulimia

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Beleza se põe à mesa sobretudo em nossos tempos. Na modernidade beleza e feiúra são fenômenos sociais da maior importância. Nas últimas décadas, há uma imposição sócio-cultural que atinge principalmente as mulheres. Trata-se de um padrão tirânico que rege a vida de muitas jovens influenciadas de forma marcante pelos valores estéticos regentes. As mulheres jovens mostram-se mais vulneráveis e buscam incansavelmente o corpo esbelto da atualidade. A auto-crítica em relação ao corpo tornou-se uma constante no discurso de muitas adolescentes e uma parcela destas revela uma preocupação exagerada com a imagem do corpo. Alcançar a beleza magra é uma meta para a maioria das mulheres e um imperativo para muitas meninas.

No culto ao corpo perfeito habita um desejo que é sempre frustrado. Primeiro pela própria impossibilidade biológica, depois pela idealização que por princípio é inalcançável, e também pela dificuldade em lidar com a paradoxal sedução aos prazeres da mesa. O resultado é que a grande maioria das mulheres em nossa sociedade está insatisfeita com o próprio corpo e muitas fazem um demasiado investimento em intervenções de efeito estético. Estas mulheres lançam um olhar cruel sobre o corpo, percebido como gordo, feio, rejeitável e inaceitável. Algumas mais vulneráveis, na trajetória de busca da imagem ideal e para elevar a auto-estima, acabam desenvolvendo um transtorno alimentar.

A insatisfação com o próprio corpo pode consistir o ponto inaugural para a evolução da Anorexia Nervosa e da Bulimia Nervosa. Também, é um sentimento expresso claramente por pessoas com compulsão alimentar periódica. O fator sociocultural que dita o padrão estético corporal, em interação com outros fatores - vulnerabilidade genética, psicopatologia familiar e experiências pessoais -, constituem uma força capaz de desenvolver transtorno alimentar.

Na Anorexia Nervosa, a pessoa tem comportamentos que visam a perda de peso e sua manutenção, movida por um medo exagerado de engordar. A pessoa pode se recusar a comer e atingir um peso muito baixo, podendo chegar a um quadro de inanição. Além da distorção da imagem corporal, há neste diagnóstico um distúrbio endócrino caracterizado pela ausência do ciclo menstrual. A auto-avaliação dessas pessoas é excessivamente centrada no corpo, em sua forma e peso.

Já na Bulimia Nervosa a pessoa apresenta um impulso irresistível de comer excessivamente, seguido de comportamentos que têm a função de evitar o efeito de engordar: vômitos auto-induzidos e/ou abuso de laxantes e diuréticos, exercícios exagerados, jejuns prolongados. O medo de engordar acaba por aprisionar a pessoa num recorrente ciclo bulímico, cujo percurso envolve a comilança, culpa e purgação.

Estes transtornos alimentares, assim como o compulsão alimentar periódico, têm atingido um número cada vez maior de pessoas nas últimas décadas, exigindo um tratamento especializado já que a saúde física e psíquica são afetadas. Dada a complexidade das manifestações clínicas destes distúrbios, o recomendado é o atendimento multidisciplinar, com cuidados médicos, psiquiátricos, psicológicos e nutricionais. A dimensão psicológica do tratamento é fundamental na medida em que centra suas intervenções nos conflitos e afetos ao redor de eixo sujeito-corpo-comida. A psicoterapia psicodinâmica ajuda a desvelar o que levou na história do sujeito à direção da idealização da imagem corporal; contribui para compreender a comunicação simbólica do sintoma,favorecendo entendimento sobre o significado do alimento na vida da pessoa.

Na clínica das patologias alimentares a função do analista implica em acolher o sujeito com a sua dor psíquica , e ajudá-lo a encontrar um lugar mais confortável dentro de si e na relação com o o mundo . Tal sofrimento psíquico, segundo Freire,está associado a impossibilidade de esconder a sua ferida narcísica. Estes pacientes sentem-se muito expostos em suas imperfeições que se expressam na forma corporal e mobilizam vergonha e humilhação. Aqui reside um profundo medo de não ser a causa do interesse dos outros. Neste sentido ,torna-se meta terapêutica o trabalho com o desenvolvimento da identidade, fortalecendo o frágil ego para torná-lo capaz de reconhecer e aceitar as rejeições, faltas e frustrações inerentes a vida.

(Marilene Damaso de Oliveira)

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Velhice ou Terceira Idade?

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Considera-se popularmente que o início dos sessenta anos indica a chegada de um novo momento de vida, a terceira idade. Costuma-se dizer que este momento é a chegada da velhice. Assim, quando se pensa em algo que é velho, de início surge a idéia de que esse algo perdeu o seu valor e de que não presta mais.

Muitas são as pessoas chegam aos seus sessenta anos e se consideram sem valor, descartáveis da sociedade e de suas próprias famílias. Consideram-se cada vez mais perto da morte e da doença. Aproximam-se da inutilidade perante a vida.

Entretanto, esquecem que o avançar da idade, o chegar dos anos, proporciona maior ganho de experiência de si para com o mundo; proporciona enxergar a vida com outros olhos — olhos que percebem a dimensão que o tempo dá às coisas e à vida.

Um bom exemplo é pensar esta nova época como um vinho de boa qualidade, que só ganha o sabor adequado com o passar do tempo e que precisa que sua rolha fique sempre úmida para que o vinho possa respirar e melhorar o seu sabor. Caso contrário —estando a rolha seca — o vinho azeda.

Pode-se fazer a metáfora do vinho com a vida humana. Assim, o vinho representa nossa própria existência; a rolha representa o contato, a relação, entre o mundo e a nossa própria existência; e o fato do vinho ficar saboroso ou azedo depende desta rolha que se umedece ou se seca. A qualidade de nossas vidas depende da forma como estamos em contado, em relação, com o mundo (com as pessoas, com a natureza e com Deus).

Para que se possamos saborear o bom vinho da vida com a chegada de uma nova época, a terceira idade, é preciso manter a rolha úmida, manter o contato com o ar, que é o mundo, que são todas as coisas.

Assim, viver a terceira idade requer a busca de novas formas de contato com o mundo, novas vivências, e vida nova ao que já foi vivido. Exige de nós um esforço para que novamente se ganhe gosto por coisas que sempre se fez e que hoje já não dão mais prazer algum. O simples fato de parar para sentir a vida novamente muda-nos a forma de agir.

Chega-se ao ponto, então, de que a velhice é como aquele vinho que deixou de respirar, de entrar em contato com o mundo e que azedou; e de que a terceira idade é como aquele outro vinho que respira o ar do mundo e que adquire maior qualidade, maior valor e que pode ser melhor saboreado.

(Vitor Hugo Lopes Paese)

Ter entre 25 e 34 anos ainda é ser jovem.

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Pessoas com idade entre 25 e 34 anos ainda podem ser consideradas integrantes do grupo dos jovens e devem ser tratadas de maneira específica pelos anunciantes, diz uma pesquisa da Viacom Brand Solutions International.


O estudo conclui que responsabilidades "adultas" - como filhos e hipoteca da casa - estão sendo assumidas mais tarde. Com isso, os que têm de 25 a 34 continuam a consumir games, música e internet e estão desfrutando os prazeres da juventude ao mesmo tempo em que se beneficiam de mais liberdade pessoal e financeira.

A pesquisa identifica esse grupo de jovens como "golden" - eles têm maior poder de compra e mais senso de identidade.

As outras fases da juventude vao de 16 a 19, chamada de "discovery" (descoberta), e de 20 a 24, identificada como "experimentation" (experimentaçao). O estudo foi realizado em 18 países, Brasil incluído.

(Blue Bus - 06/11/08)

Conxambrar e fazer chumbregâncias só pode dar macete...

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(ou Como se Tratava o Estupro em 1833)

SENTENÇA JUDICIAL DATADA DE 1833 - PROVÍNCIA DE SERGIPE

O adjunto de promotor público, representando contra o cabra Manoel Duda, porque no dia 11 do mês de Nossa Senhora Sant'Ana quando a mulher do Xico Bento ia para a fonte, já perto dela, o supracitado cabra que estava de em uma moita de mato, sahiu della de supetão e fez proposta a dita mulher, por quem queria para coisa que não se pode trazer a lume, e como ella se recuzasse, o dito cabra abrafolou-se dela, deitou-a no chão, deixando as encomendas della de fora e ao Deus dará. Elle não conseguiu matrimonio porque ella gritou e veio em amparo della Nocreto Correia e Norberto Barbosa, que prenderam o cujo em flagrante. Dizem as leises que duas testemunhas que assistam a qualquer naufrágio do sucesso faz prova.

CONSIDERO:

QUE o cabra Manoel Duda agrediu a mulher de Xico Bento para conxambrar com ela e fazer chumbregâncias, coisas que só marido della competia conxambrar , porque casados pelo regime da Santa Igreja Cathólica Romana;
QUE o cabra Manoel Duda é um suplicante deboxado que nunca soube respeitar as famílias de suas vizinhas, tanto que quiz também fazer conxambranas com a Quitéria e Clarinha, moças donzellas;
QUE Manoel Duda é um sujeito perigoso e que não tiver uma cousa que atenue a perigança dele, amanhan está metendo medo até nos homens.

CONDENO:

O cabra Manoel Duda, pelo malifício que fez à mulher do Xico Bento, a ser CAPADO, capadura que deverá ser feita a MACETE. A execução desta peça deverá ser feita na cadeia desta Villa.

Nomeio carrasco o carcereiro.

Cumpra-se e apregue-se editais nos lugares públicos.

Manoel Fernandes dos Santos
Juiz de Direito

Vila de Porto da Folha Sergipe, 15 de Outubro de 1833.

(Fonte: Instituto Histórico de Alagoas)

Um equívoco soberano

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Os senadores mais sensatos ainda podem barrar a criação do Fundo Soberano do Brasil e impedir uma aventura muito mal planejada e potencialmente custosa para o País. O projeto foi aprovado sem dificuldade na Câmara dos Deputados, onde a oposição fracassou nas tentativas de obstruir a votação e de acrescentar emendas ao texto. Se a proposta for convertida em lei neste ano, o governo disporá em 2009 de R$ 14,2 bilhões para gastos paralelos ao orçamento - "estratégicos", naturalmente - e ainda será autorizado a lançar papéis da dívida pública para sustentar esse trambolho. Também poderá usar ações de estatais com direito a voto para essa finalidade.

A idéia de criação de um fundo soberano foi apresentada em público há pouco mais de um ano pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. A primeira versão era muito confusa. Inicialmente se falou em usar reservas internacionais para aplicações no exterior e para ajuda à internacionalização de empresas brasileiras. Mas o uso de reservas não seria legalmente possível. O ministro parecia desconhecer essa informação - entre outras - e o resultado foi um choque previsível entre suas declarações e as do presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles.

Mas o erro mais grave era de concepção. Fundos soberanos são normalmente criados em países com superávits nas contas públicas e nas contas externas. Em geral, esses países dispõem de excedentes fiscais e cambiais para investir no exterior sem comprometer a solidez dos fundamentos de suas economias. Em alguns casos, como no Chile, os fundos são concebidos não só para proporcionar bom rendimento, mas também para políticas contracíclicas: poupa-se nos bons tempos para reforçar o gasto público nas fases de vacas magras.

O Brasil não preenche, como não preenchia no ano passado, nenhuma das condições para constituir um fundo soberano. Suas contas públicas são tradicionalmente deficitárias. O superávit primário, em geral suficiente para cobrir apenas uma parte dos juros, tem sido sustentado pela receita crescente, não pela boa gestão da despesa. Com menor crescimento da economia e também da arrecadação, no próximo ano a situação fiscal deverá ficar muito mais apertada.

A solução será cortar gastos, como já indicou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Investir os R$ 14,2 bilhões separados este ano para a constituição do fundo será um ação arriscada sem a mínima garantia de continuidade. Aumentar a dívida pública, já muito elevada, para sustentar esse tipo de atividade será um gesto irresponsável, além de incompatível com o próprio conceito de fundo soberano.

Do lado das contas externas a situação também não justifica a formação desse fundo. O País dispõe de mais de US$ 200 bilhões de reservas internacionais e isso pode facilitar a travessia de um período de muita incerteza e intensa turbulência no mercado internacional. Mas ninguém sabe quanto tempo a crise vai durar nem como afetará os volumes e preços das exportações brasileiras. Em outubro, a balança comercial já refletiu a mudança nas condições do comércio exterior e há motivos mais que suficientes para preocupação e prudência.

Além disso, o saldo comercial começou a diminuir antes do agravamento do cenário externo e neste ano o superávit em conta corrente foi substituído por um déficit. Esse déficit ainda é administrável, mas poderá aumentar perigosamente, se as condições internacionais piorarem e se o governo for incapaz de atuar com equilíbrio nos vários setores da política econômica. Será uma irresponsabilidade brincar de política anticíclica e levar o País a uma crise cambial, estimulando o mercado interno sem cuidar, ao mesmo tempo, de fortalecer as exportações.

Melhor seria deixar de lado o fundo soberano, inteiramente fora de tempo e de lugar, e pensar em ações para fortalecer o capital de giro das empresas, garantir uma boa produção agrícola para o próximo ano e ao mesmo tempo destravar as exportações. O governo realizará uma efetiva política anticíclica se gastar menos, e não mais, e proporcionar ao setor produtivo o desafogo necessário para continuar trabalhando em ritmo razoável e competindo internacionalmente. O resto é fantasia irresponsável.

(Editorial - OESP)

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Dieta do Engenheiro

Esta dieta é fantástica! Tudo se resume na aplicação das leis da física, ou seja: pelas leis da termodinâmica, todos nós sabemos que uma caloria é a energia necessária para aquecer 1g de água de 21,5° para 22,5°C.
Não é necessário ser nenhum gênio para calcular que, se o ser humano beberum copo de água gelada (200ml ou 200g), aproximadamente a 0°C , necessita de 200 calorias para aquecer em 1°C esta água.
Para haver o equilíbrio térmico com a temperatura corporal, são necessárias então aproximadamente 7.400 calorias para que estes 200g de água alcancem os 37° C da temperatura corporal ( 200 g X 37°C ). E, para manter esta temperatura, o corpo usa a única fonte de energia disponível: a gordura corporal. Ou seja, ele precisa queimar gorduras para manter a temperatura corporal estável.
A termodinâmica não nos deixa mentir sobre esta dedução. Assim, se uma pessoa beber um copo grande de aproximadamente 400 ml, na temperatura de 0° C de cerveja, ela perde aproximadamente 14.800 calorias (400g x 37°C ).
Agora, não vamos esquecer de descontar as calorias da cerveja, aproximadamente 800 calorias para 400g.
Passando a régua, tem-se que uma pessoa perde aproximadamente 14.000 calorias com a ingestão de um copo de cerveja gelado. Obviamente quanto mais gelada for a cerveja maior será a perda destas calorias.
Como deve estar claro a todos, isto é muito mais efetivo do que, por exemplo, andar de bicicleta ou correr, nos quais são queimadas apenas 1.000 calorias por hora.
Amigos, emagrecer é muito simples, basta beber cerveja bem gelada, em grandes quantidades e deixarmos a termodinâmica cuidar do resto.
Saúde a todos !!! Já pro boteco.... Malhar !!!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Marido Carinhoso!!!

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Uma noite, depois quase 40 anos de casados, o casal está na cama quando a mulher sente que seu marido começa a acariciá-la como não fazia há muito tempo.

Ele começou no pescoço, desceu pelo dorso até as nádegas; voltou no pescoço, nos ombros, nos seios e parou na barriga; colocou a mão na parte interna do braço esquerdo, passou no seio, na nádega. Na perna esquerda até o pé, subiu na parte interna da coxa e parou bem em cima da perna.

Fez a mesma coisa na parte direita e, de repente, vira as costas e não fala uma palavra.

A esposa, já 'acesa', lhe diz carinhosamente:

- Querido, estava maravilhoso, porque parou?

E ele resmungando:

- JÁ ENCONTREI O CONTROLE REMOTO...
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Ninguém é insubstituível

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Na sala de reunião de uma multinacional, o CEO nervoso fala com sua equipe de gestores. Agita as mãos, mostra gráficos e olhando nos olhos de cada um, ameaça: 'ninguém é insubstituível'. A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada.

De repente um braço se levanta, e o CEO se prepara para triturar o atrevido:

- Alguma pergunta?

- Tenho sim. E o Beethoven?

- Como? - o CEO encara o gestor, confuso.

- O senhor disse que ninguém é insubstituível, e quem substitui o Beethoven?

Silêncio.

Ouvi essa estória esses dias, contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso. Afinal, as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização, e que quando sai um é só encontrar outro para por no lugar.

Quem substitui Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Dorival Caymmi? Garrincha? Michael Phelps? Santos Dumont? Monteiro Lobato? John Kennedy? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso?

Todos esses talentos marcaram a História fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem - ou seja - fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis.

Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe, focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar 'seus gaps'.

Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico. O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos..

Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.

Se você ainda está focado em 'melhorar as fraquezas' de sua equipe, corre o risco de ser aquele tipo de líder que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo e Gisele Bundchen por ter nariz grande.

E na sua gestão, o mundo teria perdido todos esses talentos.

(Celia Spangher)

Motoristas são fiscalizados por 42 radares fixos em SP

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A Prefeitura de São Paulo afirmou que 60 radares fixos estarão funcionando nas ruas e avenidas da capital paulista nos próximos dias. Destes, 42 já estão multando os motoristas infratores. A maioria deles esta instalada na Zona Oeste.

Veja noticia completa com mapa de localizacao dos radares no site:

http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL844504-5605,00-MOTORISTAS+SAO+FISCALIZADOS+POR+RADARES+FIXOS+EM+SP.html
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As maes morrem quando querem

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Eu tinha 7 anos quando matei minha mãe pela primeira vez. Eu não a queria junto a mim quando chegasse à escola em meu 1º dia de aula. Eu me achava forte o suficiente para enfrentar os desafios que a nova vida iria me trazer. Poucas semanas depois descobri aliviado que ela ainda estava lá, pronta para me defender não somente daqueles garotos brutamontes que me ameaçavam, como das dificuldades intransponíveis da tabuada.

Quando fiz 14 anos eu a matei novamente. Não a queria me impondo regras ou limites, nem que me impedisse de viver a plenitude dos vôos juvenis. Mas logo no primeiro porre eu felizmente a descobri rediviva - foi quando ela não só me curou da ressaca, como impediu que eu levasse uma vergonhosa surra de meu pai.

Aos 18 anos achei que mataria minha mãe definitivamente, sem chances para ressurreição. Entrara na faculdade, iria morar em república, faria política estudantil, atividades em que a presença materna não cabia em nenhuma hipótese. Ledo engano: quando me descobri confuso sobre qual rumo seguir voltei à casa materna, único espaço possível de guarida e compreensão.

Aos 23 anos me dei conta de que a morte materna era possível, apenas requeria lentidão... Foi quando me casei, finquei bandeira de independência e segui viagem. Mas bastou nascer a primeira filha para descobrir que o bicho 'mãe' se transformara num espécime ainda mais vigoroso chamado 'avó'.Para quem ainda não viveu a experiência, avó é mãe em dose dupla...

Apesar de tudo continuei acreditando na tese da morte lenta e demorada, e aos poucos fui me sentindo mais distante e autônomo, mesmo que a intervalos regulares ela reaparecesse em minha vida desempenhando papéis importantes e únicos, papéis que somente ela poderia protagonizar...

Mas o final dessa história, ao contrário do que eu sempre imaginei, foi ela quem definiu: quando menos esperava, ela decidiu morrer. Assim, sem mais, nem menos, sem pedir licença ou permissão, sem data marcada ou ocasião para despedida.

Ela simplesmente se foi, deixando a liçãoque mães são para sempre.

Ao contrário do que sempre imaginei, são elas que decidem o quanto esta eternidade pode durar em vida, e o quanto fica relegado para o etéreo terreno da saudade...

(Alexandre Pelegi)

O NÃO DE ELOÁ

(Artigo Publicado no JB)

Criando um Monstro

O que pode criar um monstro? O que leva um rapaz de 22 anos a estragar a própria vida e a vida de outras duas jovens por... Nada? Será que é índole? Talvez, a mídia? A influência da televisão? A situação social da violência? Traumas? Raiva contida? Deficiência social ou mental? Permissividade da sociedade?

O que faz alguém achar que pode comprar armas de fogo, entrar na casa de uma família, fazer reféns, assustar e desalojar vizinhos, ocupar a polícia por mais de 100 horas e atirar em duas pessoas inocentes?

O rapaz deu a resposta: 'ela não quis falar comigo'. A garota disse não, não quero mais falar com você. E o garoto, dizendo que ama, não aceitou um não. Seu desejo era mais importante.

Não quero ser mais um desses psicólogos de araque que infestam os programas vespertinos de televisão, que explicam tudo de maneira muito simplista e falam descontextualizadamente sobre a vida dos outros sem serem chamados. Mas ontem, enquanto não conseguia dormir pensando nesse absurdo todo, pensei que o não da menina Eloá não foi o único. Faltaram muitos outros nãos nessa história toda.

Faltou um pai e uma mãe dizerem que a filha de 12 anos NÃO podia namorar um rapaz de 19. Faltou uma outra mãe dizer que NÃO iria sucumbir ao medo e ir lá tirar o filho do tal apartamento a puxões de orelha. Faltou outros pais dizerem que NÃO iriam atender ao pedido de um policial maluco de deixar a filha voltar para o cativeiro de onde, com sorte, já tinha escapado com vida. Faltou a polícia dizer NÃO ao próprio planejamento errôneo de mandar a garota de volta pra lá. Faltou o governo dizer NÃO ao sensacionalismo da imprensa em torno do caso, que permitiu que o tal seqüestrador conversasse e chorasse compulsivamente em todos os programas de TV que o procuraram.

Simples assim... NÃO. Pelo jeito, a única que disse não nessa história foi punida com uma bala na cabeça. O mundo está carente de NÃOS.

Vejo que cada vez mais os pais e professores morrem de medo de dizer não às crianças. Mulheres ainda têm medo de dizer não aos maridos ( e alguns maridos, temem dizer não às esposas ). Pessoas têm medo de dizer não aos amigos. Noras que não conseguem dizer não às sogras. Chefes que não dizem não aos subordinados. Gente que não consegue dizer não aos próprios desejos.

E assim são criados alguns monstros.

Talvez, não cheguem a seqüestrar pessoas. Mas têm pequenos surtos quando escutam um não, seja do guarda de trânsito, do chefe, do professor, da namorada, do gerente do banco. Essas pessoas acabam crendo que abusar é normal. E é legal.

Os pais dizem, 'não posso traumatizar meu filho'. E não é raro eu ver alguns tomando tapas de bebês com 1 ou 2 anos. Outros gastam o que não têm em brinquedos todos os dias e festas de aniversário faraônicas para suas crias. Sem falar nos adolescentes.

Hoje em dia, é difícil ouvir alguém dizer: Não, você não pode bater no seu amiguinho. Não, você não vai assistir a uma novela feita para adultos. Não, você não vai fumar maconha enquanto for contra a lei. Não, você não vai passar a madrugada na rua. Não, você não vai dirigir sem carteira de habilitação. Não, você não vai beber uma cervejinha enquanto não fizer 18 anos, ou seja nem apos. Não, essas pessoas não são companhias pra você. Não, hoje você não vai ganhar brinquedo ou comer salgadinho e chocolate. Não, aqui não é lugar para você ficar. Não, você não vai faltar na escola sem estar doente. Não, com isto você não vai brincar. Não, hoje você está de castigo e não vai brincar no parque.

Crianças e adolescentes que crescem sem ouvir bons, justos e firmes NÃOS, crescem sem saber que o mundo não é só deles. E aí, no primeiro não que a vida dá ( e a vida dá muitos ) surtam. Usam drogas. Compram armas. Batem em professores. Furam o pneu do carro do chefe. Chutam prostitutas na rua. Queimam mendigos e índios dormindo. E daí por diante.

Não estou defendendo a volta da educação rígida e sem diálogo, pelo contrário. Acredito piamente que crianças e adolescentes tratados com um amor real, sem culpa, tranqüilo e livre, conseguem perfeitamente entender uma sanção do pai ou da mãe, um tapa, um castigo, um não. Intuem que o amor dos adultos pelas crianças não é só prazer - é também responsabilidade. E quem ouve uns nãos de vez em quando também aprende a dizê-los quando é preciso. Acaba aprendendo que é importante dizer não a algumas pessoas que tentam abusar de nós de diversas maneiras, com respeito e firmeza, mesmo que sejam pessoas que nos amem. O não protege, ensina e prepara.

Por mais que seja difícil, eu tento dizer não aos seres humanos que cruzam o meu caminho quando acredito que é hora , e tento respeitar também os nãos que recebo. Nem sempre consigo, mas tento. Acredito que é aí que está a verdadeira prova de amor.

E é também aí que está a solução para a violência cada vez mais desmedida e absurda dos nossos dias.'

(Cristiane Brandão)

domingo, 2 de novembro de 2008

O CRONISTA É UM ESCRITOR CRÔNICO.

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O primeiro texto que publiquei em jornal foi uma crônica. Devia ter eu lá uns 16 ou 17 anos. E aí fui tomando gosto.
Dos jornais de Juiz de Fora, passei para os jornais e revistas de Belo Horizonte e depois para a imprensa do Rio e São Paulo. Fiz de tudo (ou quase tudo) em jornal: de repórter policial a crítico literário. Mas foi somente quando me chamaram para substituir Drummond no Jornal do Brasil, em 1984, que passei a fazer crônica sistematicamente. Virei um escritor crônico.
O que é um cronista? Luís Fernando Veríssimo diz que o cronista é como uma galinha, bota seu ovo regularmente. Carlos Eduardo Novaes diz que crônicas são como laranjas, podem ser doces ou azedas e ser consumidas em gomos ou pedaços, na poltrona de casa ou espremidas na sala de aula. Já andei dizendo que o cronista é um estilita.
Não confundam, por enquanto, com estilista.
Estilita era o santo que ficava anos e anos em cima de uma coluna, no deserto, meditando e pregando. São Simeão passou trinta anos assim, exposto ao sol e à chuva. Claro que de tanto purificar seu estilo diariamente o cronista estilita acaba virando um estilista.
O cronista é isso: fica pregando lá em cima de sua coluna no jornal. Por isto, há uma certa confusão entre colunista e cronista, assim como há outra confusão entre articulista e cronista. O articulista escreve textos expositivos e defende temas e idéias.
O cronista é o mais livre dos redatores de um jornal. Ele pode ser subjetivo. Pode (e deve) falar na primeira pessoa sem envergonhar-se. Seu "eu", como o do poeta, é um eu de utilidade pública.
Que tipo de crônica escrevo? De vários tipos. Conto casos, faço descrições, anoto momentos líricos, faço críticas sociais.
Uma das funções da crônica é interferir no cotidiano. Claro que essas que interferem mais cruamente em assuntos momentosos tendem a perder sua atualidade quando publicadas em livro. Não tem importância.
O cronista é crônico, ligado ao tempo, deve estar encharcado, doente de seu tempo e ao mesmo tempo pairar acima dele.

(AFFONSO ROMANO DE SANT'ANNA)

sábado, 1 de novembro de 2008

Acho que todos ja vimos este filme...

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PESCARIA

Fomos uns cinco pescar — conta-nos o amigo que há muito não encontrávamos. Tinha comprado um molinete e, segundo nos confessou, desde menino sonhava em ter o seu próprio molinete. Por isso aceitou o convite. Quando o encontramos, às 11 horas da noite de sábado, estava cansadíssimo e queria ir dormir. Mesmo assim contou como foi a pescaria.— Eles me convidaram dizendo que estava dando muito pampo na Barra da Tijuca. Passaram lá em casa às 7, me pegaram e saímos para comprar isca. Ficaram comprando isca e lá pelas 9 horas entraram num bar para tomar um negócio porque estava ameaçando chuva e era preciso precaução. Às 11 horas, saíram do bar e tinha um camarada na porta vendendo siris.— Vivos? — perguntamos: Nosso amigo diz que sim e que, por isso mesmo, era preciso preparar. Ninguém levava comida para a pescaria e, portanto, até que seria bom cozinharem uns siris para fazer o farnel. Na casa de um dele, a cozinheira foi avisada de que chegariam dentro em pouco com uma centena de siris para preparar. E de fato chegaram, lá pelas duas da tarde. Foi tudo muito rápido. Às 5 horas os siris estavam prontinhos e todos sentados em volta da mesa, para experimentar. Trouxeram umas cervejas e foram comendo, foram comendo, até que chegou uma hora em que havia mais siris do que fome. Resolveram tomar providências e telefonaram para uns amigos.— Venham comer siris. Os amigos chegaram com um violão e uma garrafa de uísque. Uísque vai, uísque vem, deu fome outra vez. Eram oito horas quando a cozinheira salvou a situação com uma panelada de carne-seca com abóbora. Uns sirizinhos antes, como aperitivo, e todos caíram na carne-seca.
Então deu vontade de cantar. Um lá pegou o violão, os outros suas caixas de fósforo e começaram a lembrar sambas antigos. E nosso amigo, ainda com o caniço e o molinete na mão, confessa:— Saí de lá agora.— E a pescaria?— Pescaria? Que pescaria?

(Stanislaw PontePreta - Sergio Porto)