domingo, 6 de junho de 2010

Mas o que querem os vagabundos das sombras? Ou: Eles odeiam é a democracia

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Mas, afinal, o que querem os vagabundos que fabricam dossiês e que traficam relatórios, alguns produzidos por alas delinqüentes da Polícia Federal? Depende. Vai da intimidação à chantagem, passando pelo jogo político rasteiro.

Tomemos como exemplo a mais nova incursão, mas certamente não a última, do PT pelo submundo: ainda que o tal “dossiê” não venha a público, o que se quer é fazer circular nomes, acusações, ilações. Especialmente na era da Internet, isso já está de bom tamanho. Investe-se na rede de fofoca.

“Ih, dizem que Fulano está metido não sei onde”. Já é o suficiente. Se colar, colou! Há setores da imprensa que aplicam o princípio bucéfalo de “vamos publicar tudo o que temos, pouco importa a origem; viva o esclarecimento!”. Evidentemente, é o ambiente ideal para a vagabundagem. Quem for mais eficiente na tramóia sai ganhando.

Pegue-se o caso do dossiê dos aloprados em 2006. Vamos imaginar que a operação não tivesse sido abortada. Durante uns bons dias, Serra teria sido obrigado a se defender de uma armação asquerosa, na condição do famoso “OUTRO LADO”. Para todos os efeitos, daria a sua “versão” — embora, tivesse a coisa dado certo, se visse forçado a se defender de uma verdadeira conspiração.

Quando se viu a coisa no detalhe, quem estava por trás da baixaria? Assessores do presidente Lula — incluindo um padrinho de sua filha — e o homem de confiança de Aloizio Mercadante (SP), então candidato ao governo de São Paulo e principal beneficiário da operação se a sacanagem tivesse prosperado.

E o que aconteceu com toda aquela gente? Viu-se a mesma eficiência demonstrada, por exemplo, contra a gangue de Brasília, que matou politicamente o ex-governador José Roberto Arruda? Claro que não! E não estou reclamando do caso Arruda, não. Felizmente, ele está fora do jogo — embora os sobreviventes não valham um tostão furado. Estou reclamando é da estúpida ineficiência para apurar responsabilidades do caso dos aloprados. Também nesse caso, a impunidade saiu vitoriosa.

Não pensem que o estado policial precisa dos rigores formais de uma ditadura para se exercer. Ele também se revela desse modo. No fundo, o que essa gente odeia é a democracia; no fundo, o que eles detestam é existir quem não esteja subordinado a seu tacão.

Não é por acaso que aquele jornalista pançudo demonstra interesse em fichar o que ele chama os “5%” que rejeitariam Lula. No íntimo, desejam que os adversários estejam recolhidos ou ao silêncio ou à cadeia, quiçá a ambos.

(Blog do Reinaldo Azevedo)


2 comentários:

  1. Esse é o retrato do Brasil a partir do momento em que se instalou o governo Lula. Tudo gira em torno de armações e impunidade.

    No meu blog, o Dando Pitacos, já escrevi:

    "Em Lula e no PT eu jamais acreditei! Em 2002, quando todos os resultados já apontavam sua vitória nas eleições, disse ao meu filho que o Brasil iria mergulhar no período mais corrupto de sua história. Não que a corrupção já não existisse, absolutamente! Ela sempre existiu, mas com uma certa sutileza, o que não aconteceria com o PT, que estava prestes a assumir o poder perseguido por 30 anos. A espera foi muito grande e a voracidade de seus integrantes não teria limites, o que ia acabar fazendo com que eles misturassem pernas com bunda".

    A mistura de bundas e pernas continua! E se não tomarmos cuidado poderemos, sim, ser fichados como os que "rejeitaram Lula", como se isso fosse crime.

    Um novo dossiê está na praça. Já sabemos até mesmo que o encomendou. O que diz o governo e o PT sobre o assunto? Nada! Ninguém sabe, ninguém viu, ninguém sequer ouviu coisa alguma... Como sempre!...

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  2. Eu nem em urnas meto mais os meus pés ou melhor, meus dedos. Não acredito em políticas de combate a corrupção, pois a política por sí só já é uma corrupção só.

    Não teremos nenhum presidente, governador, deputado, senador, prefeito, vereador que não seja ladrão, nem em sonho. É uma perda de tempo achar que isso irá mudar enquanto houver este mesmo regime militar disfarçado e enquanto houver partidos que não sejam voluntários. Também não haverá melhora no comportamento dos candidatos, pois eles são Brasileiros comuns até se elegerem e isso já faz deles "expertos" por si só. Quem não quer se dar bem, mamar nas tetas da nação ou arrumar um empreguinho que lhe acerte a vida. Enquanto acharmos que dinheiro é mais importante que o bem estar de um povo inteiro, teremos sempre mais e mais ladrões no poder.

    O Brasileiro tem que parar de acreditar em propagandas que nos chamam de feitos, gordos, fedidos e mau vestidos. Assistir a Globo não dá camisa para nenhum brasileiro, só para os que estão no poder. Ler e agir seria a solução e fundar uma nação de voluntários seria uma boa alternativa para os partidos serem de uma vez por todas eliminados do cenário nacional. Se eu tivesse nas mãos o poder hoje, juntaria todos os políticos em Brasília ara uma reunião de emergência, removeria a população local de perto e faria de Brasília um coquetel atômico. Isso seria uma lição para o resto dos ladrões que existem no mundo. Uma verdadeira revolução atômica. Quem não fosse ladrão não morreria, iria para o céu, e quem fosse para o inferno, só tenho pena mesmo é do diabo. Como Chico Anísio dizia que queria que pobre se exploda, eu quero é que políticos sejam explodidos.

    Assim quem sabe se as próximas gerações iriam ter um pouco mais de respeito com o dinheiro que eu pago para que eles fiquem nos cargos de luxo.

    Abaixo aos políticos, morte e decapitação aos ladrões do impérios Brasil.

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