sábado, 3 de dezembro de 2011

O caso Lupi e a tática indiana das serpentes

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A presiden´Dilma disse que não era lá muito romântica. Em matéria de real-politik, este cronista tampouco. Prefiro gastar o romantismo e a devoção com as moças.

Nada amoroso em relação à classe dos profissionais da política, levanto o dedo aqui na nossa assembleia permanente.

Tenho uma proposta.

Valendo para todos os níveis e colorações de governo. Sem essa de tirar da reta por causa de esquerda ou direita.

Uma proposta indiana, hinduísta, alternativa.

Toda vez que uma autoridade teimar em demasia, caso agora do ministro Lupi, em deixar o cargo, que o seu gabinete seja invadido por serpentes.

Mirem-se no exemplo dos pequenos produtores agrícolas da Índia. Vocês viram?

Cansados de molhar as mãos de administradores da província de Basti, soltaram 40 cobras nos seus gabinetes. Foi aquele belo vexame.

Tudo vale a pena para se livrar do pagamento de propina.

O mesmo vale para autoridades do Patropizza que se recusam, mesmo diante de todas as evidências de irregularidades no cargo, a pedir o boné, a cair fora.

Você aí, amigo, em qual gabinete soltaria suas cobras e lagartos?

Não vale só para o ministro em jogo. Vamos ampliar o ativismo ofídico.

Vale inclusive para o Ricardo Teixeira, que não larga o osso há cinco copas. Agora não vale mais a desculpa de que comanda uma entidade privada.

Como assim, privada? Era. Agora vai tocar um negócio bilionário cuja maior fatia é de grana pública.

Enfim, meus encantadores leitores, para que repartições –não esqueçamos dos nossos ilibados prefeitos- iremos mandar as serpentes?

(Xico Sá - Fonte: http://xicosa.folha.blog.uol.com.br/arch2011-11-27_2011-12-03.html#2011_12-02_19_49_01-161644940-0)
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